quinta-feira, 27 de maio de 2021

UMA FICÇÃO DO SÉCULO XVIII ESQUECIDA ATÉ HOJE

Um pensador socialista do século XVIII, Robert Owen, dizia que a solução para acabar com a pobreza estava em tornar produtivos os pobres. Pena que o mundo não caminhou nesse sentido.

A preocupação demonstrada por Al Gore, líder político com enorme participação nas questões que representam um iminente e real perigo para a economia mundial com o aquecimento global, ressalta um encolhimento de 17% da economia brasileira para os próximos 30 anos, caso o país não faça " o dever de casa"; de tal ordem, parece que o Brasil está no olho do furacão de um problema que não foi por ele causado!

No meu entendimento existe uma digressão proposital para colocar os países industrializados de fora no que tange as emissões para a atmosfera de CO2. Deveria ser melhor explicado qual foi o modelo econométrico das curvas projetadas para os principais países industrializados no mesmo período de 30 anos. Tudo leva a crer que esses prognósticos revelaram, diferentemente da projeção linear brasileira, para resultados desastrosos em níveis geométricos.

A evolução do pensamento no mundo desenvolvido sempre caminhou nas margens das realidades, muito embora, sejam elas as únicas promotoras que transformam para serem transformadas. E, se o senhor Al Gore avaliasse o perfil das necessidades de consumo em várias épocas, os ciclos inovadores da economia apenas serviram para marginalizar a mão de obra de menor qualificação. A tecnologia nunca será justa se não for capaz de resgatar o trabalho produzido pelos pobres.

Desejo que essa preocupação vinda do mundo rico não esteja transvestida por uma falsa ideia de que os ricos estão lutando em uma causa geral e chegarmos em 2050 com menor miséria.