domingo, 26 de fevereiro de 2017

A ÉTICA VISTA POR UM PRISMA

     Apesar da crítica sobre a forma desnatural que o mundo moderno adotou para adquirir a prosperidade e o desenvolvimento, devemos por outro lado reconhecer os benefícios que os povos receberam com o avanço extraordinário da ciência com a implantação logística da globalização. Sobre esse aspecto o mundo melhorou, porque então passa por um processo de questionamento, justamente pelos países que mais ganharam no intercâmbio de negócios no mundo? Usar de políticas protecionistas contra as economias mais vulneráveis, pode "virar o feitiço contra o feiticeiro". A globalização, como disse,  pode ter o lado ruim em relação as diferentes linhas de condutas na formação dos acordos internacionais de comércio, ou melhor dizendo: quem tem o dinheiro tem o poder de estabelecer as regras, sabendo que essas regras só têm uma ideologia, o lucro.
     Os países mais desenvolvidos estão assustados, percebem que a correlação de forças está mudando de vetor, mudando de mão. Na década de 50, por exemplo, o Brasil tinha negócios com uma dúzia de parceiros comerciais, o que jogava para baixo o poder de barganha e o desenvolvimento, atualmente a economia brasileira ultrapassou todas as fronteiras impulsionada afinal de contas pela globalização. esse impulso foi mais além do que esperava no início, surgiram os emergentes e os pre-emergentes e com eles novas correlações se formaram em condições de relegar antigas influências mundiais. O que não pode acontecer, e isso seria um desastre, são atitudes burlescas contra a universalidade consagrada da economia mundial globalizada que derrubou os pactos entre países de forças desiguais e injustas. Não adianta bufonear com a seriedade que o lido de uma economia justa requer para todos os povos do mundo.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

A MUDANÇA DE RUMO NECESSÁRIA

     Apesar das dificuldades é dever de todos trabalharem em direção ao futuro, se é difícil aceitar e aprender que a felicidade não é medida pela satisfação de consumir, é preferível então dividir essa satisfação com a prática da beneficência.
     A vida dos consumidores globais terá que mudar seus padrões de consumo para o mundo avançar. A continuação desse propósito domina grande parte da consciência mundial, como nas palavras de Tobias Barreto: "Não se crava o ferro no âmago do madeiro com uma só pancada do martelo, é preciso bater, bater cem vezes, e cem vezes repetir". O mundo pobre de quase um bilhão  de analfabetos merece usufruir melhores condições de vida. Isso se chama solidariedade. O uso excessivo dos recursos naturais condiciona o mundo a um colapso, a continuação do atual processo econômico a partir do uso indiscriminado da terra coloca em risco o próprio setor primário da economia principalmente, no exemplo brasileiro 20% do território nacional é ocupado por 208 milhões de cabeças de gado bovino. Outras pesquisas revelam uma preocupante verdade de que 80% de tudo que se  consome não presta e o lixo que devolvemos para o meio ambiente, se não mudarmos o rumo de nossos conceitos, ficará como legado do nosso tempo.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

UMA GRANDE NAÇÃO NÃO PODE APEQUENAR-SE

     O Sr. presidente Donald Trump deve ter o devido cuidado para não ser visto como alguém que ainda acredita que a Terra não é redonda. O princípio medieval de tornar moral o interesse pessoal das idéias está morto e enterrado por São Tomás de Aquino no século XIII e mesmo na contemporaneidade, tanto o raciocínio da intervenção estatal na economia como o liberalismo econômico por excelência também foram mortos depois da primeira grande guerra mundial.
     Ressuscitar a política anonária usada durante a lei Semprônia de 123a.c. ou a lei Aureliana do ano 270 da nossa era é querer posicionar o Estado como manipulador do mercado. Sobre aquelas leis, elas permitiam que o Estado fosse um "padrinho" na distribuição da produção e da riqueza como bem lhe provesse.
     O senhor presidente Trump é presidente de uma nação líder e pujante, economicamente desenvolvida; porém, tem um enorme "telhado de vidro", basta lembrar que uma das 3 maiores empresas exploradoras de alumínio do mundo com um faturamento anual acima de 24 bilhões de dólares, está instalada no Brasil a mais de 60 anos. Uma relação comercial dessa dimensão tão comprometedora do ponto de vista econômico, político e social não se altera por decisão de cezarismo, existe um velho provérbio popular assim: "Quanto maior for a árvore, maior será o seu tombo". Portanto, o bom senso deve prevalecer em um mundo de estradas pedregosas quando queremos caminhar descalços.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

A ESPERA PELA SUSTENTABILIDADE VEM DE LONGE

     Um artigo em um jornal brasileiro datado de 13 de junho de 1984 informava que um diretor do órgão público de controle do comércio exterior do Brasil em palestra na Escola Superior de Guerra defendia a liberdade de comércio com os recursos naturais e os produtos industrializados deles originários. Aceitava também com naturalidade a proposta da primeira ministra britânica Margaret Thatcher, segundo a qual os países devedores deveriam vender suas riquezas naturais para pagar suas dívidas. Naquela época o Brasil detinha cerca de 35% das reservas mundiais de madeira tropical, e todavia com apenas 3% no mercado internacional que movimentava  6 bilhões de dólares por ano. Salientava ainda a importância relativa quanto ao acervo de espécies de madeira, dizia que enquanto o Brasil contava com mais de mil espécies, o mercado internacional não chegava a conhecer trinta.
     Atualmente a China consome mais de 50% de toda a madeira exportada no mundo, o Brasil, Indonésia, Costa de Marfim e Gabão respondem por 83% do comércio de madeira tropical, no caso brasileiro são toras de 2 metros de diâmetro árvores bicentenárias , são espécies como o magno, jatobá, maçaranduba, cedro, sucupira, imbuía, ipê, jacarandá negro, peroba do campo, essas madeiras estão sendo ceifadas amparadas por uma lei escrevinhada de certificação de corte seletivo !
     Podemos esperar de quem a não ser de nós, cidadãos do mundo, cada qual em seu lugar compreendendo que a nossa atitude é maior do que a nossa vida curta.

sábado, 11 de fevereiro de 2017

O ELEVADO PENSAMENTO ECONÕMICO

     Os brios da magnanimidade ficaram longe dos tempos que vivemos, aqueles que eram chamados os representantes do povo e do seu progresso foram derrotados ou pelo cansaço inglório, ou desanimaram de sê-los. Convinham, como penso, de outros meios oriundos doutra ordem e daqueles que falamos são os políticos e suas políticas cuspidas e não esculpidas pelo verdadeiro gênero humano, eles não trazem mais os louros ou as auréolas do bem praticado.
     Se não choramos pelo que perdemos também não fulguramos cantos de felicidade pelos dias que vivemos. Cada século apresenta cenários para serem apreciados, mesmo que ainda por tribulação ou de estrofes em cânticos de paz e prosperidade. Como tudo cederá a influência inefável e indefinida do tempo, nós, que nos chamamos de humanidade seremos purificados do opróbrio das idades que nos antecederam.
     Então...o economista não mais se ensoberbecerá sobre suas previsões porque viveremos em um mundo solidário, sem desperdícios e sem perda de trabalho em produção inútil. Esse Homem tão extraordinário não pensará mais em políticas escravizantes. Esse será um tempo que poderemos apenas contabilizar os revezes diante da natureza. Ela, reservada e perpétua, seremos, e como não acreditar, um povo augusto finalmente.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

O DRAMA INTRINCADO DO DESMATAMENTO

     A instituição do Greenpeace tem condições de trazer para a opinião pública mundial todos os danos sociais por onde ocorreram os desmatamentos e as desertificações, é de conhecimento geral o modo operante do mercado madeireiro na manipulação das leis e do coluio político. O desmatamento tem como um grande aliado a pobreza das regiões e as enormes dificuldades de oferta de trabalho, convém salientar, que apenas na parte legal da Amazônia esse setor emprega mais de 600 mil trabalhadores. Esses dados justificam o volume triplicado de madeira serrada, passando de 3,5 milhões de metros cúbicos para 11 milhões de metros cúbicos entre 1960 e 2000.
     Quando consideramos os danos sociais, paradoxalmente devemos aceitar a condição elementar da ocupação da mão de obra e da geração de renda, necessária na sustentação da condição mínima da sobrevivência das famílias de determinada região. Provavelmente, esse fenômeno ocorreu no Sudeste Asiático, o drama deve ser visto de várias formas, porém o que não se pode ignorar é a necessidade de quem não tem outra alternativa. Os Governos fazem "vistas grossas", e não poucas vezes, de forma indireta subsidia o desmatamento no avanço das fronteiras agropecuárias. A indagação sobre esse drama fica por conta dessas atividades interligadas do setor primário da economia, isto é, qual atividade gera menor custo benefício social ? Apenas devemos lembrar que estamos incluídos diretamente nessas atividades.
   








segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

O VERDADEIRO PROTECIONISMO

     No momento em que vivemos no meio de um confronto de forças políticas, as lideranças disputadas não tem a menor preocupação com o nosso futuro que não é de riqueza, o nosso problema é de sobrevivência. Normalmente o Estado por ser cúmplice, coloca a qualidade de vida natural das sociedades em segundo plano, acredito que a efemeridade do poder justifica essa forma de governar.
     Por ser a sobrevivência a nossa causa vital, retorno ao velho protesto da correlação Homem e Natureza: nos últimos 5 anos foram desmatados 4,5 campos de futebol por minuto na Amazônia ! É tao absurda essa informação quanto a omissão de todos nós. Conheci um caminhoneiro que buscava as toras dentro das matas, e, ele me contava que cada mês quando retornava para carregar precisava entrar mais 200 metros na mata durante a década de 80, esse processo intocável de desmatamento aumentou com o esgotamento das reservas florestais do sudeste asiático até o final da década de 70 que permitiu a transferência para o Brasil da capacidade de produção daquela região. Em 1956 a região amazônica tinha cadastradas 90 serrarias, com a explosão desse meio rápido de enriquecimento, em 40 anos, ou melhor, na virada do século estavam cadastradas mais de 6000 serrarias.
     Levarei mais adiante esse tema, pois sou filho de um carpinteiro, cuja profissão permitiu até nossos dias de hoje que milhões de famílias pudessem sobreviver, fazem parte da humanidade que sempre foram saciar sua sede de liberdade em velhas ânforas quebradas pelo poder.