domingo, 12 de fevereiro de 2017

A ESPERA PELA SUSTENTABILIDADE VEM DE LONGE

     Um artigo em um jornal brasileiro datado de 13 de junho de 1984 informava que um diretor do órgão público de controle do comércio exterior do Brasil em palestra na Escola Superior de Guerra defendia a liberdade de comércio com os recursos naturais e os produtos industrializados deles originários. Aceitava também com naturalidade a proposta da primeira ministra britânica Margaret Thatcher, segundo a qual os países devedores deveriam vender suas riquezas naturais para pagar suas dívidas. Naquela época o Brasil detinha cerca de 35% das reservas mundiais de madeira tropical, e todavia com apenas 3% no mercado internacional que movimentava  6 bilhões de dólares por ano. Salientava ainda a importância relativa quanto ao acervo de espécies de madeira, dizia que enquanto o Brasil contava com mais de mil espécies, o mercado internacional não chegava a conhecer trinta.
     Atualmente a China consome mais de 50% de toda a madeira exportada no mundo, o Brasil, Indonésia, Costa de Marfim e Gabão respondem por 83% do comércio de madeira tropical, no caso brasileiro são toras de 2 metros de diâmetro árvores bicentenárias , são espécies como o magno, jatobá, maçaranduba, cedro, sucupira, imbuía, ipê, jacarandá negro, peroba do campo, essas madeiras estão sendo ceifadas amparadas por uma lei escrevinhada de certificação de corte seletivo !
     Podemos esperar de quem a não ser de nós, cidadãos do mundo, cada qual em seu lugar compreendendo que a nossa atitude é maior do que a nossa vida curta.

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