domingo, 14 de dezembro de 2014

A espinha e a alma da mobilidade da Economia.

       As matrizes de energia e de transporte tornam o país integrado e economicamente sólido e independemente, produzindo e dando a seu povo condições de melhor poder ir e vir em todo o território nacional. O Brasil já deveria a muito tempo ter desenvolvido um programa ambicioso de transporte naval e ferroviário com investimentos privados externos e internos alem de recursos públicos nacional. Se as nossas planícies aráveis se localizam no centro oeste e por todo o noroeste brasileiro, nesse caso toda a iniciativa de investimentos deveriam ser focados em ferrovias que movimentassem essas regiões. A nossa costa marítima continental está a muito tempo atrazada no que se refere a construção de portos oceânicos, para os investimentos no setor de construção de portos caberia um sistema de financiamentos externos com contra partida do tipo de acordos de longo prazo para administrações externas ou internas privadas, mas que acima de tudo o país pudesse inaugurar uma nova era de movimentação de portos. Em países como o Japão, Russia e Estados Unidos predomina o transporte ferroviário e naval, mesmo sendo esses países possuidores de uma matriz energética avançada e variada, entretanto sempre mantiveram grandes investimentos nos transportes de massa.

                       Estrutura do setor transporte-década de 70 (em %)

           País                           Rodoviário        Ferroviário         Hidroviário
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   Alemanha                               18                       53                        29
   EUA                                       25                       50                        25
   França                                    28                       55                        17
   Japão                                      20                       38                        42
   Rússia                                      4                        83                        13
   Brasil                                      83                         5                        12
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  Fonte: Statistical year book-ONU


        Quando focalizamos a tabela acima, estamos tomando como referência um intervalo de tempo em torno de 40 anos, o que para efeito dos investimentos, exige para um país sem recursos alcançarem crescimento projetos permanentes com financiamentos citados, o que se constata é de que até hoje nada foi alterado em relação ao Brasil.

UMA VISÃO HISTÓRICA DE ERRO DE PLANEJAMENTO

UMA VISÃO HISTÓRICA DE ERRO DE PLANEJAMENTO

       No plano econômico o Brasil sempre careceu de planificação de longo prazo. O poder de poupança enfraquecido e o nível de investimento baixo aumentam a pressão do consumo com a presença crönica da inflação. A pressão do consumo aumenta com o crescimento desordenado da população, criando uma estrutura de medusa que impede o país de encontrar seu rumo. O governo arrecada muito imposto e não transfere à uma matriz energética adequada e para matriz de transporte que sirva à grande espinha do desenvolvimento. A implantação da indústria automotiva foi atabalhoada, porque tinhamos uma população com um consumo desse tipo de bem totalmente reprimido, de baixa renda, e o pior não tinhamos o combustível necessário para mover essa produção, alem, é claro a malha rodoviária.
       A matriz energética é fundamental para a vida futura de um país, por isso deve ser balizada somente em critérios técnicos e respeitada por todos os governos. O Brasil entre 1970 e 2000 mais que dobrou a sua população, enquanto isso não se produziu transporte de massa capaz de atender à demanda e também evitar a perigosa dependência do combustível fóssil importado. Os governos fizeram justamente ao contrário, e o custo dessa opção, principalmente, foi o surgimento dos gargalos do escoamento da produção nacional e o impedimento para que o crescimento econômico avance de forma acelerada para o interior e possa formar grandes corredores para todas as regiões, levando o emprego, a sustentação das ações sociais e evitando o êxodo de uma pobre camada de famílias desempregadas.