terça-feira, 30 de outubro de 2018

UMA CONTA QUE NÃO FECHA

     Os rumos das sociedades no mundo estão mudando. Todos os continentes sofrem transformações políticas e econômicas, parece um fenômeno em onda dos grandes bolsões da pobreza. O contraste oferecido pelo crescimento asiático, como exemplo, tem o patrocínio das multinacionais e seus investimentos com uma visão oportunista de produção à custo baixo. Ninguém duvida do sugamento das remessas desses lucros para as matrizes e seus acionistas.
     Uma outra preocupação, está em uma tendência do desinteresse das famílias pela cultura de poupar, preferindo o endividamento sustentado pelo consumo. E curiosamente, o mesmo ocorre com os governos que não conseguem administrar os saldos negativos em conta corrente, às custas da emissão perigosa de papeis como penhora de suas dívidas.
     Esse movimento mundial, para fechar o seu balanço registra a receita a favor de outro segmento econômico em atividade. segundo o FMI,  entre os 10 países com poupanças acima de 50% do PIB, 7 são países produtores de petróleo. Dessa forma, qualquer impulso da atividade econômica, a poupança mundial segue o caminho do mercado dessa fonte de energia, e continuará enquanto o consumo for alimentado e sustentado pelo recurso da dívida crônica.

sábado, 20 de outubro de 2018

O QUE DESTRÓI OS SONHOS ?

     A emigração humana não é como a das aves que sempre voltam, ninguém vai embora por estar feliz em seu lugar. A palavra mais enternecida de um emigrante foragido ele deixou para trás: a sua República. Nela ele abandonou os sonhos de oportunidade, cidadania e felicidade.
     Caminham em direção de um aceno da esperança em países mais desenvolvidos, de regimes democráticos capitalistas, talvez pela confrontação do seu lugar ou pela fome e tirania. Esse movimento mundial transmite a real noção de que a globalização uniu o compartilhamento de problemas e veio mostrar a verdadeira cara da falsa caridade, da indiferença e da demagogia.
     

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

O MUNDO ESTÁ A BEIRA DA FALÊNCIA

     É possível que a dívida global tenha ultrapassado os 250 trilhões de dólares. O que isso significa ? O que está acontecendo ?
     Ou o mundo se tornou pródigo ou não sabemos mais para que serve o dinheiro. Os governos se acovardam diante da ganância e da necessidade de mentir e as famílias não sabem como planejar o futuro preocupadas com as incertezas  causadas pelas frequentes crises que desestabilizam o sistema financeiro e produtivo. O empresário, o principal agente econômico, fica entre a obrigação dos impostos e o pagamento de salários, e assim como as famílias, a incerteza e as obrigações levam à angústia e a falência.
     O Estado como tem a lei e o poder, articula o balanço contábil com manobras engenhosas para encobrir a exigibilidade do dinheiro público, com isso o endividamento é rolado de gestão para gestão, quando não é coberto por emissão de papeis que cheiram a calote ou que se transformam em bolhas no mercado financeiro internacional, inaugurando uma nova crise.       

terça-feira, 16 de outubro de 2018

VISÃO DIFERENTE DE UM MESMO ÂNGULO

     Muito embora, o Fundo Monetário Internacional (FMI) considere que os países emergentes possam sofrer com o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos, acredito que o Brasil estará em condições de blindar a saída ou a fuga de capital. Acredito mais ainda, ao contrário, deverá entrar em uma fase promissora após o término das eleições e a inauguração de um novo governo, o que traduz implicitamente para o mercado externo de capitais a segurança do processo democrático brasileiro.
     Além de uma agricultura estruturada e competidora, o Brasil está entre os 5 maiores produtores de bauxita, alumínio e ferro ; tem uma poupança em divisas superior a 340 bilhões de dólares e uma política monetária que reduziu drasticamente a taxa referencial de juros, permitindo a menor despesa com pagamentos do juros da divida interna. As reformas a serem decididas pelo novo Congresso para conduzir com segurança a política fiscal não só reduzirá a dívida pública como permitirá a melhor regulação da economia.
     Como existe um elevado endividamento das famílias e um índice preocupante do desemprego, fica evidente que o consumo reprimido do comércio e dos serviços, setores propulsores da produção e da arrecadação, devem apresentar no curto prazo resultados positivos nos indicadores econômicos.
     Entendo afinal, que o Brasil está pronto para os investimentos externos em infra estrutura e retomar o crescimento da economia.

domingo, 14 de outubro de 2018

CADA PESSOA PRODUZ UM QUILO DE LIXO POR DIA

     Se a população mundial tender para um comportamento sem cautela quanto ao seu hábito de consumir, não precavendo-se contra a circunstância dos desastres naturais e crises de abastecimento, provavelmente passaremos por tempos difíceis.
     Os sintomas são latentes e assim mesmo as recomendações dos fóruns passam despercebidas, enquanto o cidadão comum continua pagando a conta sobre o consumismo desenfreado. A consequência imediata e perigosa subestimada é a produção de lixo, os números, incrivelmente, não afetam as pessoas por não conhecerem as suas dimensões catastróficas : cada pessoa no mundo produz um quilo de lixo por dia, países como Brasil, Japão, Estados Unidos e Alemanha tem uma produção próxima da referência mundial. Pagamos a energia para gerar esse lixo sem racionamento e raciocínio da sua real necessidade. Consome-se tudo de forma cega de responsabilidade, como se vivêssemos uma cultura dentro de uma seita cujo dogma é determinado por um sistema que fazemos parte e o alimentamos.
     Ninguém quer falar sobre isso !
     Não sei a total grandeza do que falo mas sei do que ele fará com o mundo. 

sábado, 13 de outubro de 2018

PRODUZIR O PERECÍVEL E O PERIGOSO-II

     Para os próximos 10 anos está prevista uma significativa resposta na produção de grãos brasileiro, estimá-se um crescimento de apenas 16% na área plantada e aumento de 30% na produção, provocando, sobretudo, um importante ganho de produtividade sem a expansão do desmatamento.
     Confirmada essa previsão, devemos acrescentar algumas variáveis consideradas ocultas nos modelos estatísticos atuais como oscilações climáticas, programas de governos, o manejo permanente do solo, o uso da água e características de cada lavoura, na visão conjuntural do setor agrícola. Esse procedimento, é bem verdade, não sofre grandes alterações no mundo agrícola.
     A produção de grãos é perecível e de elevado grau de desperdício, e essa produção consome a água disponível nos rios sem cobrança pelo seu uso. Segundo a ONU a indústria usa 17% e a agricultura usa 60% dos recursos hídricos. Essa questão está sendo inserida completamente no custo do nosso alimento, hoje os contratos de seguro agrícola estão mais caros, devidos aos riscos hídricos mais do que o controle de pragas.
     Se acharmos que esse processo produtivo colabora para o desenvolvimento definitivo do país e que seus efeitos colaterais não prejudicarão a vida de nossas gerações futuras para daqui a 100 anos, então, comemoremos hoje, rejubilemos, porque afinal, não estaremos lá.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

NÃO DEVEMOS SUBESTIMAR O MEDO

     O aquecimento das águas do Pacífico Sul, o El Niño, assola com seus efeitos a economia mundial e influi nos debates das conferências. Um choque súbito hoje, nos preços dos alimentos não isentará ninguém, a elasticidade dos preços dos alimentos  tem sua medida em termos das flutuações normais de mercado, e como deverá se comportar o mercado diante de uma catástrofe de secas no mundo.
     China, Austrália, Estados Unidos, Rússia, Europa, Brasil e Argentina ; todos esses países com suas produções de grãos alimentam o mundo e sofrem com o aumento do rigor e da frequência das estiagens. O Departamento de Agricultura do governo americano (USDA) acompanha o mercado e a produção de trigo mundial, esse grão faz parte da própria história da humanidade, mas ao que parece, contudo, é que a produção de 750 milhões de toneladas seja insuficiente para cobrir uma demanda de 740 milhões de toneladas. A FAO estima um crescimento de 20% da produção mundial de grãos em 10 anos e a população, em contra partida, deverá crescer um bilhão de pessoas, quase 15% da atual.
     É um equilíbrio no fio da navalha.
     

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

CRÉDITO DE DESCONFIANÇA

     Acompanho a política brasileira desde 1956, quando votei pela primeira vez. Com o passar do tempo, e com o amadurecimento da vida comecei a compreender que dar crédito de confiança e dar crédito de desconfiança, a soma será igual a zero.
     Todas as políticas oferecidas até hoje no Brasil não foram suficientes para mudar a qualidade de vida do povo. Não convencem os dados históricos sobre o desenvolvimento humano brasileiro, porque todas as parcerias comerciais com o mundo desenvolvido foram exploratórias dos nossos recursos naturais, sem que ao menos, fincassem um legado social. Devemos reconhecer que a participação das multinacionais na geração de emprego é uma verdade econômica, contudo, elas necessitam de mantem o rendimento constante de equilíbrio de suas ações na participação do patrimônio líquido.
     Esse entrave de política econômica se arrasta por longo tempo sem que ainda não tivéssemos capacidade de ordenamento dos planos nacionais de desenvolvimento com os acordos e parcerias nacionais e internacionais capazes de transformarem definitivamente o perfil do desenvolvimento humano brasileiro.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

AS IDEOLOGIAS POLÍTICAS ANDAM NA CONTRAMÃO

     Desde o mundo antigo governar é fazer política de maneira mais justa no geral, é claro que os governantes erram, e aí, nasce todo o problema com a interpretação dos atos políticos que conduzem à uma tendência de pensamento julgador, e nesse caso é obvio, o pensamento humano é criticista.
     Na minha concepção não existe ideologia ideal concreta, prefiro falar em bom senso de justiça, o poder de afirmação é um contra senso ao direito do contraditório naufragando a compreensão de ser diferente e poder viver com a alma democrática.
    Devemos nesse instante brasileiro, deixar de lado sentimentos que não refletem a nossa história recente, os  maiores avanços de direitos trabalhistas e os maiores lucros bancários no Brasil desde 1950 aconteceram em governos tidos de direita e de esquerda respectivamente, basta citar o lucro bancário realizado desde o ano 2000 que se aproxima de meio trilhão de reais.
    Nós somos um único povo. Nos versos de Raul de Leoni nos encontramos :
              Duas almas deves ter...
              É um conselho dos mais sábios;
              Uma, no fundo do Ser,
              Outra, boiando nos lábios !
     Governantes estarão sempre sob o nosso poder, por mais que queiram transformar por vezes o voto em seu trono. O cupim da opulência e da vaidade consumirá suas entranhas e nós sobreviveremos.