sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

A UTOPIA DA PROPRIEDADE PRIVADA

     O sonho de justiça na divisão da riqueza  jamais se tornará realidade enquanto houver o medo de perder. Desde Platão o ideal de um Estado sem pobreza e sem riqueza tornou-se verdadeiramente em uma utopia que alguns pensadores filósofos tentaram fazer acreditar que a possibilidade de felicidade comum estaria em nossas mãos, desde que compreendêssemos a renúncia da riqueza particular, objetivando-á.
     Em todo o transcorrer da nossa história essa vã intensão habitou as mentes religiosas mais radicais como Tomás de Aquino, Ambrósio e Basílio na Idade Média até se transformar em uma ideia científica do socialismo com Mark e Engel no século XIX, realimentando os princípios desgastados pelas disputas entre as categorias de classes. Cada uma desejando a ruína da outra e ambas, enquanto se arruinavam.
     Desde as ideias mais primitivas o pensamento que sempre determinou a continuidade do direito à propriedade privada foi o temor pela desigualdade da justiça. E não seria diferente quando se entrega a posse da riqueza para terceiros ou ao julgamento do Estado.
     A conturbação política é moldada atualmente, na minha visão, por ideias sem forças que retratem o poder de convencimento pelas transformações de todos os paradigmas econômicos que não sirvam ao desenvolvimento social. É um embate de cores nacionalista com elevado viés de protecionismo, vestido de medo pela possibilidade de piora das condições. 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

ESTAMOS EM UM BECO SEM SAÍDA ?

     Quando nasci existiam neste planeta 2 bilhões de habitantes. Como achar normal que ao completar meus 82 anos se juntaram à mim mais 5,3 bilhões de vizinhos, todos ávidos por consumirem tudo que encontrarem pela frente. As previsões mais conservadoras para os próximos 30 e 80 anos acreditam que as sociedades mais desenvolvidas serão responsáveis por taxas líquidas de natalidade entre 0,8 a 1,3%. A questão fundamental é que sabemos que o crescimento populacional tem relação direta com o crescimento das necessidades. As sociedades mais desenvolvidas mesmo crescendo menos,continuarão a consumir mais.
     A extensão do consumo e do desperdício dos mais ricos está anunciando uma crise a ser enfrentada quando se justificam que " os fins justificam os meios "!!! contudo, os meios, muito antes de nós "degringolarão".

sábado, 21 de dezembro de 2019

LONGA VIDA PARA O PETRÓLEO !

     A grosso modo, nesse momento, está sendo transportado pelos cinco mares 2,5 bilhões de toneladas de petróleo em 3500 petroleiros. É o bendito fóssil que será lançado para a atmosfera, mas isso não interessa mais do que protegermos a Amazônia. A Amazônia é a predadora do CO2 que permitirá usarmos à vontade os 8 trilhões de barris ainda sob a terra para os próximos mil anos.
     Como o custo de produção do barril não chega perto de 25 dólares, a cotação atual do mercado jorra uma receita liquida acima de 100%, o que permite prever uma longa batalha política entre os ambientalistas com os governos de países que detêm 50% da produção doméstica. O monopólio estatal se tornou uma necessidade econômica nas administrações dos orçamentos públicos.
     O dilema está na mão de quem consome : ou continua esperando o que o CO2 irá nos proporcionar ou plantemos uma Amazônia em cada continente.

domingo, 15 de dezembro de 2019

A JUVENTUDE É O GRANDE PROJETO

   "   O destino de meus pensamentos é um porto chamado juventude, ela me enche de uma saborosa inveja e por ela manterei acesa a chama do meu protesto sem claudicar nem recuar perante a estupidez da alcateia de desumanos.
     O avanço das ideias sem respeitar fronteiras mudou no mundo os currais ideológicos e criou para sempre uma opinião pública presente e respeitada, capaz de alterar a dinâmica que move os sistemas políticos e econômicos. Entre os ideólogos e doutrinadores cresceu o sentimento da aposentadoria desse debate, tanto uns como outros terão que conviver com a globalização da opinião pública mundial, ela varre o planeta em segundos e muda na hora qualquer "status quo".
     Nada nem ninguém impedirá essa nuvem que envolve todas as sociedades, por mais diferentes e isoladas. É um único mundo de uma relação umbilical.
     Esse é o sabor de uma nova era da humanidade  no jovem sorriso marcante e empolado da juventude, esteja ela aonde estiver, estará a fonte virgem e soberana da esperança. E a esperança para mim, é o colo ideológico em que me apoio e me inspira escrever.

sábado, 14 de dezembro de 2019

UM FAROL LONGE DEMAIS, DEMAIS ?

     Os setores mais presentes em nossas vidas estão sofrendo um processo de descontinuidade, enquanto esperam por novos caminhos, compatíveis com a sustentabilidade imaginada.
     Ocorre que esse tema, mesmo ocupando todas as mesas de negociações, não traz resultado algum, nada além de recomendações e ameaças. As previsões de longo prazo já nascem mortas se considerarmos que a produção gerada pela economia tida por desenvolvida é responsável por mais de 80% das emissões de gases-estufa. E não pára por aí: a parte mais dramática que destrói qualquer pretensão de sustentabilidade é a dependência que a sociedade consumidora mundial tem com esse sistema de produção !
     A mais importante das previsões, no meu pensamento, é qual o tamanho da prole humana em 2100, e com ela, quais serão as suas reais necessidades. O homem desde o nascimento necessita para sobreviver da disponibilidade de recursos da natureza. E, nesse caso o acatamento pelo mundo de hoje por um perdido fanal da humanidade, vale a pena : a consciência da herança.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

FAZEM OS SUBDESENVOLVIDOS DE BOBOS !

     A confusão articulada pelos movimentos climáticos não toca nos crimes ambientais causados por todos os países que já se desenvolveram, esses grupos ignoram de como as grandes corporações industriais alcançaram o poderio em condições de estenderem suas garras em todas as fontes de recursos, fossem elas naturais ou não, como a mão escrava dos humanos.
     A Europa patrocina uma campanha de pressão sobre os países amazônicos, como se fossem vilões, levando os europeus para as ruas manifestando seu repúdio ao desmatamento da região. Prefiro acreditar que esses contingentes nunca tenham se preocupado com a história do crescimento econômico da Europa e que apenas agora se agitam diante de uma expectativa, não do desmatamento amazônico, mas de um Continente abaixo da linha do equador que pretende levar o desenvolvimento aos seus povos.
     O temor europeu é a concorrência dentro da América do Sul entre as empresas americanas e chinesas contra as 25 maiores empresas europeias que atuam na região, algumas desde o tempo colonial.
     Prefiro imaginar que todas essas pessoas, tanto aqui como lá, queiram lutar diante do abismo climático. A dúvida é se querem para isso perderem o espaço de conforto adquirido.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

A REALIDADE CADUCA O PENSAMENTO

     Como Alfred Marshall, ilustre professor inglês do século XIX poderia imaginar a realidade de hoje??? Dizia ele que o "equilíbrio secular" era possível para um tempo muito velho. Chegamos ao ano 2020 !!!
     O que temos atualmente é uma conjuntura perdida no meio de uma encruzilhada. E estando no meio dela como poderemos seguir aquele pensamento de equilíbrio de longo prazo se não conseguimos nos ajustar hoje.
     A dimensão do mundo e a grandeza do seu conteúdo globalizado descarta qualquer teoria de equilíbrio, basta entender que apenas 3 países consomem 2/3 de toda a produção mundial. Esse apetite, porém, é parte do problema. A divisão do mundo tem o lado da riqueza que permite a cultura prodigiosa do consumo, e nesse lado, estão também as maiores reservas cambiais e de ouro. Esse lado é pródigo em desperdício, suas contas públicas extrapolam os níveis de segurança das despesas.
     Nessa balança não tem o fiel do equilíbrio, pois o lado da pobreza não pesa !

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

A ECONOMIA MUNDIAL É UMA TRAGÉDIA

     Nunca me agradou a maneira sempre pessimista ao analisar as previsões do mundo econômico, é como se fosse um enredo perpétuo da mitologia grega. Não tem fim !
     A verdade solidária ficou para trás. Lembro-me, quando ainda criança, colaborava com o esforço de guerra procurando pelos pastos pedaços de alumínio e ossos destinados à indústria. As montanhas que se formavam desse material, eram em verdade, a participação dos países pobres, era o voluntarismo internacional contra um perigo real e iminente.
     O perigo real e imediato que o mundo atravessa com o aquecimento global, tem sua responsabilidade transferida somente para o mundo político, evitando-se a presença nesse problema a sociedade mundial, como se não existisse mais de sete bilhões de consumidores pródigos e acéfalos de todas as formas de energias, de todas as quantidades disponíveis de matérias primas e se não bastasse, todos os refugos são deixados ao relento.
     O poder econômico engendrou uma saída "milagrosa" com o sistema de reciclagem, para que não abandonássemos o consumismo.
     É uma questão de escolha.
     Pelo menos, nos últimos 10 anos não vejo mais os enxames dos cupinzeiros e e abelhas fartos como antes.
     Sou, ambientalista antes de ser economista. Vivo como todos os humanos, no meio ambiente.