sexta-feira, 31 de julho de 2015

A DÚVIDA É SE O FUTURO DA ECONOMIA SERÁ COMO HOJE

     A pergunta que se faz necessária é como o Brasil pode manter as condições de desenvolvimento sustentável enquanto ao mesmo tempo existem enormes questões de qualidade de vida da população brasileira além das improváveis e intempestivas incertezas que sem querermos, importamos.
     O mundo desenvolvido só está desenvolvido porque desde a revolução industrial o avanço tecnológico foi empurrado pelo petróleo e pelo carvão, e essas nações que se enriqueceram não faziam idéia de que o consumo desenfreado dos combustíveis fósseis iriam no futuro se transformar em um complicador para que outros países pudessem também usar essas fontes de energia para tocar o seu desenvolvimento.
     A emissão de gases na atmosfera é um elemento novo na complicada estratégia de desenvolvimento no mundo moderno,pois que a transformação de hábitos de consumo de energia é muito lenta e para inibir o consumo das fontes de energia que são exploradas até hoje. E fundamental que haja uma rigorosa e definitiva economia de consumo. Como crescer e qualificar os meios de produção sem o seu correspondente processo de consumir? Cabe aqui a colocação de um nó para o futuro da civilização : ou mudamos o leque de bens e serviços ofertados pelos grandes conglomerados internacionais ou os povos do mundo inteiro terão que renunciar a tais necessidades para que possamos salvar a nós mesmos e deixar afinal que as leis embrionárias da oferta e da procura   equilibrem um novo leque e possamos ser livres do fantasma da autodestruição.

terça-feira, 28 de julho de 2015

A VERDADE AINDA DEMORA E A ESPERANÇA ESMAECE

     Se 1 % do PIB foi manipulado durante tantos anos, mesmo com tantos órgãos, secretarias, departamentos, agências, tribunais, conselhos, assessores, chefes de gabinetes, polícias, etc, podemos afirmar que os ladrões do povo brasileiro, estavam e estão amparados por um inacreditável sistema de blindagem.
     Desde a década de 50 entrego DE GRAÇA meu voto recheado de esperança. Portanto tenho o direito de duvidar da atual isenção de responsabilidade da Presidente da República do Brasil. O estadista não é o Estado, e para ele deve se curvar e pedir desculpas, entregar seu cargo e diante do público pedir satisfações a todos aqueles que receberam da presidência cargos e mandatos para cuidarem da vida ilesa desta soberana Nação.
     Até quando estaremos vivendo este pesadelo. Não consigo escrever sobre o meu conteúdo de economia. Não merecemos tantas apunhaladas enquanto dormimos. Não é mais na calada da noite os tratos, negociatas, conchavos, tripúdios, escárneo, sarcasmo, zombaria e deboche... e, ficamos estáticos pelo pânico que essa imoralidade venal entra em nossa casa e espeta o nosso menor brio.
     Estou velho, e a minha alma não suporta mais a falsa justiça, reclamo por vingança a essa corja, por conta das pessoas que morrem diariamente nos corredores e nas macas imundas dos hospitais dos pobres. Quem defende esses pobres? Quero continuar a escrever tão somente sobre a luz do pensamento econômico, e, sobre os mestres dessa ciência, defensores de idéias que ajudam a viver bem o ser humano.
   

sábado, 25 de julho de 2015

O PATRIOTISMO BRASILEIRO SOBREPÕE A INFÂMIA

     Mera ilusão pensarmos que não temos mais patriotas, reles engano quando dizemos que ficou no passado o sentimento de brasilidade e de honra. Somos muito honrados e de longa data.
     Eu tinha 8 anos de idade, e naquele verão de 1945, enquanto brincava nas pradarias existentes no subúrbio do Rio de Janeiro, olhava respeitosamente os grupos de soldados da FEB, jovens pracinhas que marchavam levando suas pesadas mochilas para o embarque nos trens e nos navios que seguiam para o palco da segunda guerra mundial. Cantavam hinos saudosos e seguiam para o destino do desconhecido; que sentimento aqueles voluntários da pátria tinham nos olhos? acredito que aquela luz ainda brilha em olhos enevoados espalhados e abandonados por este país afora.
     Somos muitos, como o gaúcho João Neves da Fontoura, os baianos Castro Alves e Rui Barbosa, os maranhenses Gonçalves Dias e Coelho Neto, o mineiro Basílio da Gama, os pernambucanos Olegário Mariano e Manoel Bandeira, os cariocas Machado de Assis, Olavo Bilac e Nilo Peçanha, e o paulista Mario de Andrade, tantos outros exaltadores da pátria amada, amantes da verdade da sua voz e do seu verbo.
     O legado dessas forças é a revolta que habita dentro de nós, contra as velhas táticas em se usar falsas políticas de propagandas para encobrir crimes administrativos governamentais, como nos regimes totalitários. Agora vivemos uma época sedentos da verdade, da seriedade e da austeridade autenticadas pelo povo brasileiro,que sonha por justiça e chora de emoção por assistir a imagem da nobreza como a que vi passar diante do meus olhos infantis, em algum verão do passado em meu amado Brasil.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

A ORIGEM DA CRISE-II

    Devemos repudiar qualquer constituição que estabeleça vantagens pródigas para aqueles que vivem nas sombras do poder, e esses são os mesmos que se encarregam de calcularem com rigor os índices que reajustam o salário a ser pago ao trabalhador, a peça central da aliança que configura a razão de existir a sociedade organizada desde os tempos antigos, desde quando não havia a moeda como elemento de troca.
     O sistema eleitoral do Brasil é inadequado para o processo de desenvolvimento, porque não permite ao eleitor dar sua opinião sobre os projetos de relevância na sua vida, como ocorre em países socialmente desenvolvidos. As decisões no Brasil são com as portas fechadas, acordos são feitos sob sigilo, como a compra de 36 caças de um país que não é um parceiro comercial para que pudéssemos ter poder de barganha, são modelos protótipos sem experiência de voo e que deverão ser equipados com a compra de seus sistemas nos Estados Unidos, são 14 bilhões de reais, quando compramos os Mirages já eram de segunda mão e duraram até hoje. Porque o projeto do trem bala de 35 bilhões de reais ?  Entendo ser melhor para o país uma rede ferroviária de trens velozes e modernos com tarifas mais sociais, o mistério do problema de transporte de passageiros brasileiro está no lobby permanente das companhias de ônibus. Em Portugal com a chegada dos recursos da União Européia construíram uma enorme rede rodoviária, em seguida fizeram a linha de trem de alta velocidade que tive oportunidade de usar, ligando o norte a Lisboa, é visível o esvaziamento das estradas naquele querido país. Devemos importar esses exemplos para ajudar em nossas decisões. Na área da produção de energia o Brasil parece que usa antolhos, Angra 3 custa em nosso bolso 13 bilhões de reais e a exploração duvidosa do petróleo extraído das camadas abaixo do pré sal no mar é um sistema de custo de produção variável, com alta ameaça ambiental e com preços incompatíveis com o mercado internacional.
     Essas observações nos levam a pensar se não estamos na contra mão do mundo e quem são esses brasileiros que discursam sobre o nosso destino e o nosso futuro.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

A ORIGEM DA CRISE EM 2 CAPÍTULOS

     O equilíbrio da economia é um sistema de convergência e manejo da produção e do consumo. A produção é sustentada pela massa salarial resultante da oferta de emprego e a renda familiar é a mola mestra da atividade econômica. Quando o governo implementa ações para acertar as contas públicas deve ter o cuidado em não reprimir o nível da renda do trabalhador, não tem cabimento um ajuste fiscal afetando diretamente o setor privado da economia, gerando uma turbulência na economia interna e a inevitável indexação da inflação psicológica.
     A verdade da crise econômica brasileira vem de longa data, historicamente os projetos de infra-estrutura foram preteridos pelos interesses dos políticos em tornar o tamanho do governo maior do que a sua real necessidade na administração pública, um exemplo recente foi a construção de estádios de futebol, verdadeiros elefantes brancos,ignorando e desprezando a importância do dinheiro gasto que poderia ser utilizado em saneamento básico em todo o Brasil nas camadas mais pobres e o que essa iniciativa representaria nas despesas com a saúde pública. O governo não desemprega diretamente para diminuir sua folha de salário mas cria meios para forçar os empresários a carregarem esse fardo nas costas, porque não corta mordomias vergonhosas como o uso de carros oficiais em todo o Brasil em todos os níveis, vale citar que na suprema corte dos Estados Unidos somente o presidente tem carro oficial e o antigo presidente do FED Paul Volker usava trem para chegar ao trabalho. Continuarei essa abordagem em outra postagem sobre os desperdícios do dinheiro público que, no meu entendimento é a principal causa da crise brasileira.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

A HONRA DE SER HONESTO E A ESPERANÇA ESTÃO MORRENDO NO BRASIL

     De Marco Aurélio, o imperador-filósofo o pensamento sobre viver: " É bem melhor ser reto do que retificado ".
     Vivemos uma era na qual aqueles que estão sob o manto da imunidade constitucional, pouco se importando com a retidão do caráter ou sequer na sua retificação. A administração pública no Brasil carrega uma máscara de integridade, encobrindo a face de um monstro desumano, devorador do bem público, insaciável e capaz até de negociar com um biscoito de uma criança. Maior que este desabafo é o sentimento de desânimo e tristeza em ver um país grandioso ser usado como máquina do enriquecimento criminoso, enquanto o povo simples e lutador angustia a incerteza do futuro.
     As notícias da imprensa nacional sobre os crimes na administração do dinheiro que pertence ao povo sofrem um processo de descrédito diante de tanta vulgaridade. E, é aí que o facínora que circula nos corredores e gabinetes oficiais se regozija, com o ar da prepotência ignóbil, descarada, sem que possamos usar as leis da forca e da guilhotina, únicos instrumentos capazes de amedrontar esse criminoso e conter a derrota de todos nós, amantes da moral e da vergonha.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

A DESACELERAÇÃO DA ECONOMIA E A ESTATIZAÇÃO

     O nível da atividade econômica é determinado pelo nível de emprego e do total da renda do país. O nível da renda total do país é medido pelo gasto da aquisição de bens e serviços dos consumidores,
em gastos em bens de capital pelos empresários e em bens de consumo e de capital por parte do governo. Ora! As flutuações da atividade econômica correm o risco de, caso haja uma desaceleração da economia sempre defrontar-se com o desemprego e a inflação. Como o Brasil tem uma economia fechada, permite que o governo tenha forte participação  no consumo, com isso a atividade econômica sofre influência pela indução pública. Nos últimos anos com o propósito de acelerar o crescimento o governo implantou uma estratégia inadequada e abusiva com grande incentivo à tomada de crédito e com isso aumentar o consumo e a produção.
     O interesse   político para se manter no poder o atual governo represou e abriu de forma desordenada os preços administrados, desequilibrando a manutenção do nível da renda nacional. O desemprego e a inflação emergiram pressionando as contas públicas e forçando o governo a usar de medidas emergenciais. Entendo que somente com a menor interferência do governo na atividade econômica e com o fortalecimento do nível de emprego a renda total do país  poderá conter o alto custo social que a recessão provocada domesticamente causou.

sábado, 4 de julho de 2015

SÓ O GOVERNO ACHA QUE OS IDOSOS DÃO PREJUÍZO

     O sistema da previdência social no Brasil tem como base a administração financeira do caixa, entendo que outros elementos sejam essenciais, como estudos do perfil do trabalhador, políticas voltadas para a oferta de emprego do setor privado, políticas de formação de mão de obra qualificada,
administração rigorosa do orçamento da previdência, qualidade nos investimentos em saúde pública e acompanhamento da participação da renda dos idosos na economia.
     A população em idade ativa, varia entre os diferentes povos conforme a pirâmide de idades e das  condições sócio econômicos de cada país. No Brasil para uma população estimada em 200 milhões a disponibilidade da mão de obra em condições de trabalho chega a 110 milhões, um aumento de 53% nos últimos 20 anos e desse montante 70 milhões trabalham efetivamente, apenas 35% da população total. Os outros 40 milhões não entram no mercado oficial de trabalho devido a falta de oferta de vagas, por inadequação, por baixa qualidade de vida e de dificuldades de logísticas e mobilidade.
     O problema focalizado acima não considera que existem no país 46 milhões de deficientes o que corresponde a quase um quarto da população, um ônus pesado para a previdência por não existir no país até hoje saúde pública. A população de idosos ultrapassa 23 milhões, os estudos estimam um crescimento em taxas geométricas, contudo o que é pouco mencionado é que os rendimentos das pessoas com mais de 60 anos chegam a meio trilhão de reais, algo em torno de 23% dos ganhos da população total no Brasil. Entretanto, enquanto o setor privado sai na frente, indo ao encontro desse mercado promissor criando novas linhas de ações em bens e serviços, aproveitando a demanda reprimida desse mercado, a governo com a visão míope da política fica para traz, achando que o dinheiro dos aposentados é queimado no fundo do quintal ou que ainda esconde embaixo do colchão, esse meio trilhão de reais sofre a carga tributária de 40%, a visão dos empresários sobre esse filão de ouro ajudará afinal à previdência na geração de empregos e na arrecadação. Em países com maior população de pessoas idosas,algumas iniciativas dão um banho de empreendedorismo, da Europa, América do Norte e Japão já impactados pelo envelhecimento. podemos capturar e trazer novas tendências. No Brasil a maioria dos idosos ( 64% ) é protagonista de suas decisões financeiras e de consumo e contribui com 20%  da renda das famílias do país.