domingo, 30 de abril de 2017

A FORMA DE PENSAR MUDA ?

     " Os homens não deixarão de fazer exatamente o que fazem, ainda que te arrebentes pregando o contrário !"
     O que dizer sobre esse pensamento nos dias de hoje, quando em verdade, é atribuído a Marco Aurélio nascido neste mês de abril no ano 121 da era cristã.
     A história é longa e através dela mudamos os meios mas não mudamos os hábitos e os costumes em consumir, mudamos até os conceitos ou toleramos novas ou velhas doutrinas, mas continuamos acreditando que somente em nós está guardada a verdade do mundo. Basta lembrarmos que após a primeira revolução industrial o trabalhador que ficou sem emprego, é o mesmo que ainda hoje, com a inovação tecnológica,  está formando um contingente permanente de desempregados no mundo. As grandes levas de emigrações fugidas das duas grandes guerras, estão atravessando o mediterrâneo fugindo do império do terror e da fome. A globalização quando começou a transferir as riquezas, imediatamente teve início o questionamento dessa política antagônica aos milenares sistemas oligárquicos.
     Se alguém achar que as novas ideias de solidariedade, sustentabilidade e globalização da riqueza serão capazes de mudar o pensamento egocentrista do por natureza, é achar também que Cezar Marco Aurélio não sabia o que dizia.

sábado, 29 de abril de 2017

A PROCURA POR UM INVESTIMENTO JUSTO

     Qual o pensamento que norteia a ideia de investimento e prosperidade para o mundo como um todo? A evolução do comércio e as tendências dos capitais seguem, como sempre, os interesses dos lucros capitalistas, não que isso seja errado, a parte errada é a sua exploração dentro das economias dos países subdesenvolvidos.
     Tomemos como exemplo o dinamismo do setor da agropecuária no Brasil, nos últimos anos tem sido o diferencial na balança das contas externas brasileiras, devemos acrescentar que esse processo teve início na década de 70, mas que todavia, não contribuiu para o desenvolvimento social. O fluxo de capitais desse setor tem grande envolvência cambial e se mantém dentro de um círculo no qual os resultados financeiros não conseguem alcançar a economia doméstica do país. Os investimentos vindos do exterior tem origem nos países ricos, são as poupanças das famílias que emigram, e portanto devem ser respeitadas. Isto é verdade, como é verdade que esse dinheiro quando se destina a projetos de infra-estrutura,  favorecem direta ou indiretamente as áreas estratégicas de exploração, mesmo sustentável, de matérias-primas e produtos agrícolas que serão mandados para o mundo rico.
     O pensamento é nesse caso linear: Todo investimento visa o lucro e o prazo no qual ocorrerá o retorno do capital aplicado, como o comércio de matérias-primas e produtos agrícolas sofrem a intempestividade do mercado cambial, logo a troca entre moedas fortes e fracas acelerará esse retorno. Existem opiniões respeitadas sugerindo que não se devem permitir que somente se adote a estratégia de exportação dessas riquezas para o mundo rico sem a necessária barganha social em todas as transações comerciais.
     Esse pensamento, repito, até hoje não teve respaldo dos grandes órgãos que regem as transações comerciais entre os países ricos e os pobres.

domingo, 23 de abril de 2017

QUAL É A MENSAGEM IDEOLÓGICA DA FRANÇA ?

     Ainda não aprendemos o caminho que a nossa civilização deve seguir, ora vivemos crises econômicas, ora são conflitos políticos, ora defrontamos com disputas religiosas, também lutamos contra epidemias, o fantasma da miséria deixou de ser fantasma para se apresentar como tema de lideranças, enfim, somos uma família nesse planeta que ainda não nos apresentamos.
     Os dois principais centros de desenvolvimento mundial estão passando por uma fase de encruzilhada, ponto chegado por seus méritos, mais também por seus projetos de liberdade e construção de respeito a cidadania de cada um que quisesse ali viver. Os Estados Unidos e a Europa depois da segunda guerra, se tornaram as esperanças para um mundo carente, eram o caminho mais fácil para a prosperidade. Acontece que, como é sabido, a vida, não importa em que dimensão, anda para a frente, mas não em linha reta e nivelada, a civilização é volúvel como é volúvel o ser humano, somos conduzidos por um princípio metafísico muito mais que lógico, o que nos deixa expostos as realidades de cada era por quais passamos.
     O momento de questionamento político e social está marcado pelo ponto de encruzilhada, se devemos seguir fechando as portas para nós mesmos e entregando as chaves aos guardiões do poder econômico, ou nos libertamos da mesquinha aparência da opulência como se fossemos soberanos eternos de toda a materialidade que consumimos.
     Unimo-nos... e viva a França !

sábado, 22 de abril de 2017

NA ECONOMIA MODERNA NÃO EXISTE PLENO EMPREGO

     Quando contabilizamos o total de desempregados em todo o mundo, os dados fornecidos abrangem as principais economias, o restante do mundo subdesenvolvido normalmente não é considerado. O desemprego na União Européia atinge 15 milhões de trabalhadores, essa mesma quantidade, pode ser atribuída ao Brasil. Entretanto, os efeitos causados pelo desemprego obedecem as características dos diferentes níveis tecnológicos existentes entre as duas regiões, enquanto na Europa a retomada do emprego se processa sem nenhum de readaptação técnica, nos países subdesenvolvidos o emprego não é recuperado sem um processo longo e sofrido.
     Ao invés de analisar o problema da perda da renda do sistema econômico, prefiro abordar o lado humano que, no meu entendimento, é o agente físico de todas relações da teoria econômica. O empregado, que também prefiro chamar de operário é a verdadeira essência do conceito marxista, a visão de um operário retornando para casa após a jornada de trabalho pode ser tão indiferente para o olhar dos mais favorecidos, mas é de sublime participação na mais valia do trabalho produzido. E, é esse operário que toda a economia mundial deveria. Jamais trocá-lo por qualquer máquina sob o pretexto da produtividade, o empresário bem sucedido será mais feliz protegido por essa força elaborativa e inventiva do homem.
     Foi por isso que surgiu a história da ciência econômica, é um eixo de cumplicidade entre a família e a empresa, moveram juntas a civilização até os dias de hoje apenas com os princípios da pura metafísica, e só.
   

sexta-feira, 21 de abril de 2017

O DRAMA DA HISTÓRIA DO EMPREGO

     Adam Smith e Karl Marx que nasceu quase um século depois (1818), tinham as mesmas ideias no que se refere a divisão do trabalho e a sua valorização na troca da utilização da mão de obra humana. Mais tarde, Keynes defendia o papel ativo da moeda para a sustentação do equilíbrio geral da economia. Fechava assim a convergência dos dois principais fatores do sistema produtivo da economia, era uma contribuição para a formação de um sistema de ideias destinadas as relações econômicas e sociais do sistema. Contudo, a evolução do sistema produtivo se caracterizou por uma tendência fortemente capitalista que valorizava mais o capital no conjunto agregado da produção.
     A principal consequência, a meu ver, foi a perda da importância relativa do empregado e da consequente perda do efeito multiplicador da renda, e a barganha entre os agentes envolvidos ficou para traz. Qual seria o entendimento no século XIX se o salário proveniente da mão de obra humana sofresse, como ocorre hoje, os efeitos de uma concorrência de uma tecnologia de ponta focada na produtividade, e que esse entendimento tivesse o objetivo exclusivo de remunerar o capital.
     É assim que pensa o empregador, e, é por isso que quem saiu perdendo sempre em todas as inovações tecnológicas, desde a primeira revolução industrial, foi o emprego e o salário. Se eu estiver enganado, porque os índices de desempregos continuam a tirar as noites de sono de quem precisa trabalhar e ganhar o seu sustento e de sua família ?    

domingo, 16 de abril de 2017

AONDE CHEGAREMOS SE ACABAR A FÉ ?

     Por mais que eu queira não saberei reconhecer a diferença entre o que é real e o que é a verdade. Se o real é mutante e a verdade é um ponto de vista, o que é realmente o que eu penso ?
     O mundo por alguns é o paraíso entre todos os jardins, enquanto para o restante todo que se entulha em um pequeno oásis com tudo que se possa imaginar de mínimo, de escasso e de resto, é um lugar em que não existe fuga, só o esmorecer da esperança.
     Esse é o tema essencial da Economia, o restante não passa de dialética com os números.
      Em alguém hoje vale a pena desejar... uma feliz Páscoa.

sábado, 15 de abril de 2017

A NAÇÃO PERTENCE AO POVO E AO TEMPO

     Mudar é se desestabilizar. Esse princípio é tão universal como particular. A cada momento quando  planejamos estamos, é claro, avaliando os prós e os contras que uma decisão de mudança poderá alterar a nossa vida. O mesmo raciocínio vale para avaliarmos do porque um país é subdesenvolvido e quais são as causas de sua pobreza.
     Um povo é uma Nação, ele encaminhará o destino segundo suas vocações e suas potencialidades. Caberá a ele, o povo, também saber escolher quem conduzirá sua aspiração de prosperidade e paz. Estão loucos aqueles que pensam que uma Nação é a vontade de um só homem. Se for assim, a quem debitaremos a perda de tempo na conquista do desenvolvimento, as estratégias e os projetos custeados por interesses que alimentam a corrupção e o desperdício  são elaborados por quem ?
     Por um único homem, ou com mais alguns convenientes seguidores ? Debitaremos o destino mal traçado da Nação a uma vaga circunstância temporal ?
     A causa da pobreza e do subdesenvolvimento de um país é o que pensa seu povo quanto a distribuição equilibrada e solidária dos recursos naturais, dos recursos morais e, principalmente, do poder de sua educação.
     A vontade de um povo é soberana tanto quanto a soberania do tempo.

sexta-feira, 14 de abril de 2017

O MAU QUE ASSOLA ENTRE NÓS

     A civilização vive em um mundo paradoxal, repudiamos a nós mesmos. Carregamos em todo o transcurso da nossa história os fardos da intolerância e da desigualdade,cada país se reveste de transcendental importância, sem entretanto, partilhar o ideal do desenvolvimento.
     A política internacional que comanda o comércio não obedece as regulamentações, tanto o setor privado como o público atuam com estratégias bilaterais, transformando os fóruns em meros eventos sociais. Entendo como necessário para o equilíbrio nas transações comerciais de cada país o livre arbítrio, deixando que as regulamentações de mercado cuidem dos cartéis e das praticas de "dumping" ou as intervenções nos contratos com sobre taxações unilaterais. Como tudo deve obedecer também as políticas públicas, as decisões bilaterais enfrentam insucessos perante o protecionismo e o nacionalismo. Enquanto isso o ideal de desenvolvimento global esmaece e ao mesmo tempo engrandece a desigualdade entre os povos e suas castas, isto é, aumenta a diferença entre os que são ricos e os mais pobres.
     Se até hoje não conseguimos nos livrarmos dos estigmas da incompreensão diante da pobreza e do despotismo bizantino, dejetos de uma sociedade política que circula pela história e por todos os governos, reinados e as tiranias deste planeta, pelo menos possamos adjazermos perante uma única lei que cremos não ter sido redigida por ninguém, um pergaminho piramidal, acredito profundamente, que ele é guardado dentro de cada um de nós : cidadãos do mundo que lutam no dia a dia com dignidade e amor.
     Esta é a lei única !

sábado, 8 de abril de 2017

O DINHEIRO QUEIMADO QUE NUNCA CHEGARÁ AO POBRE

     Se não bastasse as dificuldades que o mundo enfrenta para combater as crises econômicas e a pobreza, ainda temos que conviver com os medos patrocinados pelas grandes corporações que se alimentam dos lucros financeiros adquiridos desumanamente. Um cálculo rasteiro revela que fora os 1,5 bilhões de pessoas mais afortunadas neste mundo, o restante vive para sobreviver como pode a cada dia, e são esses  os que deixam de receber o benefício do desenvolvimento social e humano, por conta de uma contabilidade draconiana para esses e prodigiosamente benemerente para os outros.
     Esse é o mundo da desigualdade, lugar onde  pedimos centavos para ajudar os "Médicos sem Fronteiras" e derramamos em segundos um enxame de mísseis balísticos aleatoriamente, evaporando sem o mínimo constrangimento centenas de milhões de dólares. Estou velho para não mais buscar entendimento dessas coisas, se não somos capazes de impedir os produtores de medos e seus seguidores que ao menos possamos emanarmos por esse milagre da comunicação e construirmos uma nova e inimaginável República sem Fronteiras, ela será vestida por uma única razão de justiça, livre das armas que matam com obcecação obducto, estaremos conectados pela energia que aquece os corações dos mansos.
     O pelourinho que a humanidade tem  a oferecer aos tiranos que ainda circulam entre nós deve ser cimentado com desprezo, megera reencarnação dos grandes assolapadores assombrados de um passado sinistro em qualquer época ignorada.

domingo, 2 de abril de 2017

SEREMOS, POR ACASO, AINDA HUMANOS EM 2050 ?

     Somos vítimas de nós mesmos quando reclamamos da qualidade sanitária e química de todo o alimento que consumimos... e continuamos a consumi-los, esquecemos que o abandono do campo pelas gerações contemporâneas provocou a ocupação da agricultura e da pecuária pela inovação tecnológica, esse processo trouxe embutido a poderosa indústria química, e graças a ela, em tudo que comemos hoje, ela está presente.
     Em recente entrevista divulgada pelo jornal brasileiro Valor a bioquímica nigeriana Mojisola Ojebode deixa bem claro a sua preocupação pela saúde das gerações presentes e futuras, por conta do uso generalizado das pesticidas sintéticos na alimentação humana, aborda também o perigo das regulamentações inadequadas, só que no momento deixa de ser uma ameaça para ser real. Vivo no campo e conheço essa realidade, não existe regulamentação quando um caminhão-pipa chega em uma usina de beneficiamento de leite com 5 mil litros de leite estragado, imediatamente é "ressuscitado" com o uso de soda cáustica, entre outros, capazes inclusive de acrescentar uma sobrevida de 120 dias.
     A nossa alimentação deixou há muito tempo de ter a importância social e vital, somos os consumidores menos favorecidos, por exemplo, os equinos certificados tem uma alimentação criteriosa, provavelmente, melhor que a nossa. Os dados publicados, informam que pagamos e trabalhamos para produzir grãos na proporção de 2/3 destinados aos outros animais, isto é, grande parte da preocupação econômica estudada não se destina ao bem estar humano, essa ciência procuro levar com o punho da bandeira da verdade e da coisa certa, entendo que não vale a pena cuidar das oscilações gananciosas dos mercados enquanto assisto " o envenenamento lento e legal ", e o mais trágico, cruelmente necessário, para uma civilização cada vez mais faminta.