domingo, 30 de setembro de 2018

ALGUM DIA APRENDEREMOS A LIÇÃO ?

     A sabedoria dos anos se torna o livro aonde a história de cada vida fica registrada, porém, e ainda assim, buscamos tão longe a sabedoria que nos falta ou que teríamos que viver V séculos para encontrar pelo menos a penumbra do alvorecer da luz plena.
     7 séculos atras a necessidade era considerada a coisa mais poderosa e invencível e que tudo estaria perdido quando os malvados servissem de exemplo e os bons de mofa. Ao percorremos de um só lance a história da humanidade, podemos sentir de imediato que estamos andando para traz. Creio que o homem defende mais o poder do que a própria vida, e, se concordarmos, qual o critério entenderemos como o mais sábio para reunirmos as constituições dos 193 países no mundo e extrairmos a mais bela das leituras da carta das cartas e podermos finalmente dizer :
     Heis aqui a democracia.   

sábado, 29 de setembro de 2018

O CAPITALISMO IDEAL

     Até 1980 a Coreia do Sul tinha uma renda per capita menor que a do Brasil, quando então conseguiu a ultrapassagem nesse indicador econômico, e permitindo a partir disso que atualmente o coreano tenha uma renda superior quatro vezes ao brasileiro.
     A balança comercial Brasil/Coreia do Sul é caracterizada totalmente por uma troca de produtos agropecuários e minérios brasileiros em torno de 3 bilhões de dólares contra circuítos integrados, micro conjuntos eletrônicos,fornos industriais, motores de explosão, centrifugadores, telefonia, radiotelegrafia, radar, vídeo, robots tudo em tecnologia de ponta em torno de 5,5 bilhões de dólares. O principal indicador de desenvolvimento coreano, o IDH, é maior que 0,9 ( o máximo é 1,0 ) e o brasileiro está perto de 0,6. Enquanto a Coreia do Sul gasta 1.300 dólares por pessoa no Brasil esse dispêndio chega a 460 dólares.
     O resultado de tudo isso é que enquanto nesse país asiático o analfabetismo gira em torno de zero a educação brasileira tem um negativo de 8,3 % de analfabetos sem contar os funcionais, em outras palavras, corresponderia a 30% da população daquele país.
     

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

O DESENVOLVIMENTO IMPOSSÍVEL

     Só existe um caminho para o desenvolvimento, seguindo os conselhos da educação, construindo o bem estar e a segurança do povo. No Brasil, como entendo o processo de desenvolvimento, errou. Durante a década de 70 passada, como exemplo, o orçamento consolidado da união obedecia a uma programação quinquenal com acompanhamento trimestral do executado. Este era um sistema vinculado ao plano diretor do I e II PND do renomado economista brasileiro João Paulo dos Reis Velloso. Por lógica sabemos que não existe um plano tenaz no tempo, contudo, pior, é não haver um plano.
     O erro no exercício da República brasileira nas últimas décadas é administração de curto prazo, essa estratégia configura um interesse exclusivamente político de poder e não de Estado. Qualquer pensamento de desenvolvimento nacional não poderia nem pode se abstrair da educação qualificada do povo, como foi adotado, como exemplo que não serviu para o Brasil, o desenvolvimento da Coreia do Sul. 

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O AQUECIMENTO GLOBAL É UMA BOMBA

     A agricultura mundial é o setor mais sensível e fundamental para a economia e a estrutura social, ela é capaz de deflagar uma explosão inflacionária e quebrar todos os mercados.
     O desequilíbrio entre a produção e o consumo mundial do milho e da soja tem um elevado índice de insegurança quando destacamos alguns aspectos, como a participação de 44% da produção americana de milho sobre o total produzido no mundo e a liderança mundial dividida com o Brasil na produção de soja. A safra de milho nos Estados Unidos este ano foi favorecida pelas águas da chuvas do Meio-Oeste, porém a ameaça das secas é uma realidade, tanto para o solo americano como para a produção de soja brasileira.
     Com efeito, entendemos que a produção desses grãos sendo predominantemente entre dois países a demanda mundial fica refém do preço de um mercado oligopólio e do perigo da escassez. Se levarmos em conta que 1/3 de toda soja e milho plantado no mundo é consumido pela China, não podemos imaginar os efeitos imediatos de quebras rigorosas de safras desses alimentos. 
   

domingo, 23 de setembro de 2018

A DESTRUIÇÃO CRIADORA

     A Revolução Científica do século XXI, ao contrário daquela primeira, ela desemprega sem readaptação, está concretada no princípio da produtividade. A ideia de buscar os investimentos dirigidos para o crescimento da produção não deveriam se afastar da ideologia social de proteger o emprego e a família. Basicamente, a necessidade da obtenção de lucros constantes transformou o empresário em um inovador de fatores não mais preocupado em manter a força de trabalho humano. Isso talvez tenha se transformado na destruição da previdência social pelo mundo inteiro, com base nisso, existe uma indisfarçável insatisfação na sociedade mundial refletida na onda conservadora e protecionista da política dos governos.
     A justiça a favor da renda individual não segue mais o efeito demonstração do consumo, pelo contrário, passou a pressionar a capacidade de poupança e o aumento da dívida das famílias, esquecendo que a justiça que determina o padrão de vida do trabalhador é medida pela poupança que a sua força de trabalho propicia.
     Portanto, é necessário que a atividade econômica siga a inteligência conservadora, dispondo de todos os fatores de produção com equilíbrio, observando que a inovação não elimine o emprego, uma preocupação de Schumpeter, economista austríaco do início do século passado. Ele achava que o fenômeno do desenvolvimento parte da procura capitalista do lucro, constrói a evolução da economia, os ciclos são identificados com a realidade de cada época. E no transcorrer de todas as épocas o emprego se angustia pelo medo. 

sábado, 22 de setembro de 2018

UMA GUERRA DE TRAVESSEIROS

     Poucas ciências tenham as suas conexões tão permanente com a origem das ideias como a Ciência Econômica. O pensamento da Escala Clássica durante todo o século XIX ainda alicerça a vida moderna para que possamos entender melhor as questões a serem resolvidas.
     No início do século XIX, mais exatamente, nascia em 1806 Stuart Mill, doze anos antes do nascimento de Karl Mark. Seu pai era economista e discípulo de Ricardo. Ricardo morreu em 1823 com apenas 51 anos. Foi com esses mestres que, ao meu ver, ficou estabelecido o debate para sempre sobre o liberalismo, o direito de propriedade e o valor do trabalho.
     A compreensão do passado serve para aplicarmos hoje a "Lei dos Valores Internacionais" de Mill, podemos assim entender o confronto comercial entre as duas principais economias do mundo. A troca de mercadorias não atende exclusivamente ao interesse do preço de mercado ou ao custo de produção, o comércio internacional funciona cientificamente na formação de um equilíbrio de forças de procura e oferta. Porém, dentro desse equilíbrio deve se observar as conveniências estratégicas do valor agregado de cada produto negociado,e, está claro, o valor científico da mercadoria comercializada, como poder de barganha no negócio.
     Essa é a natureza da guerra, não de duas nações e seu intercâmbio comercial, mas do mundo inteiro a mais de 2 séculos.   

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

BRIGA DE DEVEDORES

     Se acharmos que a briga comercial entre os Estados Unidos e a China tem alguma injustiça dentre os dois, estamos completamente enganados. O país capitalista está cuidando de manter o emprego do trabalhador, o nível de renda e evitar que a inflação possa reaparecer para aumentar a dívida pública. O país comunista está preocupado com a capacidade instalada da sua indústria perder força, acumular estoques e o pior, perder o principal cliente consumidor.
     O que existe de igual entre os dois, é que são os maiores em dívida pública no mundo inteiro. A China para garantir sua poupança tem em títulos públicos da dívida americana mais de 1 trilhão de dólares, mesmo que queira se desfazer desses papeis será de forma pulverizada, o que não é conveniente.
     De repente, o impacto do consumo de 1/3 da produção chinesa, acordou o setor empresarial americano. O problema é de como equalizar a atividade desse setor que está presente, afinal das contas, nas duas Nações. É uma guerra de fogos de artifício, no final todos sairão felizes, menos os assistentes no resto do mundo, os injustiçados. 

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

O DESEMPREGO É UM INVESTIMENTO PERDIDO

     No mundo não existe coincidência, o estágio de pleno emprego passou a ser uma miragem. Como as commodities e os governos não conseguem administrar seus limites transferem seu endividamento para o mercado financeiro e essa ciranda desestimula os investimentos. Quando deveria ocorrer um maior fluxo de capital externo para tocar a economia e o emprego, os investidores estrangeiros esbarram na insegurança da legislação sobre o direito de recuperação do capital.
     O Brasil não tem como mudar de estágio de desenvolvimento sem um fluxo de capitais aberto. Em 1965 o Brasil não se tornou consignatário da Convenção de Washington para a arbitragem de investimento, muito embora, tenha feito outras alternativas, até agora os investimento externos ainda sofrem com a falta de proteção. Não existe fórmula mágica para avançar no desenvolvimento, o uso das poupanças das famílias nacionais e estrangeiras devem ser respeitadas a qualquer custo, mesmo que esse dinheiro venha por empréstimos de fundos internacionais como do FMI. Devemos ter consciência que governo nenhum em qualquer lugar é dono do dinheiro, somente as famílias produzem essa riqueza.
     

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

UM PAÍS RICO DE IDÉIAS POBRES

     Se os países desenvolvidos tem o alicerce da economia na indústria, como podemos acreditar que o Brasil alcance o desenvolvimento exportando grãos ! É impossível copiar as tecnologias da indústria de transformação, porque as patentes estratégicas não são transferidas. Normalmente vendemos a produção agrícola para serem transformadas e vendidas no exterior e o que sobra internamente é transformado pela indústria nacional com tecnologia de patentes de propriedades externas.
     Quem são esses brasileiros que em seus discursos nos levam a pensar se não estamos na contra mão do mundo na busca do nosso futuro ? O sistema eleitoral do Brasil é inadequado para o processo de desenvolvimento, porque não permite ao eleitor dar sua opinião sobre os projetos de relevância na sua vida, como ocorre em países socialmente desenvolvidos. As decisões no Brasil são com as portas fechadas, acordos são feitos sob sigilo, como a compra de 36 caças de um país que não é parceiro comercial para que pudéssemos ter poder de barganha, são modelos protótipos sem experiência de voo e equipados com a compra de seus sistemas nos Estados Unidos por 14 bilhões de reais, enquanto isso, o projeto do trem bala ligando o Rio de Janeiro a Campinas em São Paulo ( que não saiu do papel ) de inestimável valor social e econômico teria um custo de 35 bilhões de reais.
     Quem são esses brasileiros ?

domingo, 16 de setembro de 2018

A PRODUTIVIDADE PERECÍVEL E PERIGOSA

     Para os próximos 10 anos está previsto uma significativa resposta na produção de grãos brasileira. Segundo o Ministério da Agricultura haverá apenas um aumento de 16%  na área plantada e um crescimento de 30% da produção, é um importante ganho de produtividade sem provocar a expansão do desmatamento.
     A produção de grãos é perecível e com elevado grau de desperdício, sua irrigação é puxada de poços esgotados, como ocorre pelo mundo afora, enquanto isso, os rios para a irrigação não tem a necessária proteção ciliar. Outro fator questionado para que o desmatamento não avance, é que o solo precisa de equilíbrio químico e defensivos, o que tornará essas áreas agricultáveis com o tempo, abandonadas.
     Se hoje, achamos que esse processo produtivo colabora para o desenvolvimento definitivo do país e que seus efeitos colaterais não prejudicarão a vida de nossas gerações futuras, então, comemoremos ! regojizemos ! porque afinal não estaremos lá para empurrar a tal locomotiva salvadora da economia brasileira.

sábado, 15 de setembro de 2018

A FALTA DE DINHEIRO NÃO TEM IDEOLOGIA

     O Brasil se aproxima de suas eleições gerais e nesse momento, melhor que o debate sobre ideologias, seria que cada eleitor olhasse para a dificuldade que todos os planos apresentados encontrarão : a falta de dinheiro !
     Os principais indicadores econômicos e sociais mantém desativados os agentes que promovem a retomada do crescimento. Vivemos uma véspera que precisamos de conscientização muito mais grave, é dessa forma que devemos discutir a formação de emprego e de renda dos discursos imponderáveis. Aquilo que atribuímos ao agronegócio como locomotiva econômica não foi capaz de resolver o desemprego e a dívida pública e privada. Esse setor depende de um alto grau de dolarização em seu processo produtivo em insumos e implementos, o que vale dizer que depende do mercado cambial e de cotação do mercado de mercadorias.
     O desenvolvimento inicia com a solução da infraestrutura, e com base nisso, foi criado em 1993 a União Europeia, a formação de um poderoso fundo mútuo de assistência financeira, com aporte substancial aos seus filiados. Como exemplo, Portugal já recebeu mais de 600 milhões de euros para uma população de pouco mais de 10 milhões de habitantes,  permitindo que as dificuldades para implantação de projetos em infraestrutura pudessem ser resolvidos.
     Enquanto não tivermos um projeto de entrada de investimentos externos diretos, amparado constitucionalmente, estaremos inventando soluções de "algodão doce", e que agrada no momento à quem ? O eleitor.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

MODELOS ECONÔMICOS NADA SOCIAIS

     É reconfortante saber que minhas velhas ideias compartilham com a renomada cientista social de origem austríaca Riane Eisler e o economista alemão Reinhard Loske, sobretudo quando questionamos os modelos econômicos praticados no mundo. Os pensamentos voltados para a formação de capital e renda acabaram com o pensamento da sustentabilidade. Hoje visitei uma madeireira que recebe por quinzena uma carreta de 9 eixos de madeira serrada tipo "A" certificada da região amazônica,  não podemos dessa forma, acreditar que o atual sistema de produção e consumo seja a base para o desenvolvimento social.
     No outro lado do mundo, o Japão, a Alemanha e o Reino Unido reúnem aproximadamente 275 milhões de habitantes para consumirem quase 4 trilhões de dólares do PIB apurado. Esses valores revelam uma real condição de consumo em níveis exagerados e economicamente depreciativos ao confrontarmos com as ideias de sustentabilidade.

domingo, 9 de setembro de 2018

NÃO QUERO IMIGRAR PARA MARTE

     Os números, que são públicos, informam que o Brasil corta 21 mil quilômetros quadrados de florestas por ano ! Os depósitos de madeira serrada de primeira estão lotados, enquanto os caminhões percorrem as rodovias autorizados por uma falácia de madeiras certificadas. Apesar de todas as informações que projetam uma escassez terrível de água, o mundo ainda não chegou a um acordo de como economizar esse bem vital.
     O conflito da Síria, ainda não é um conflito pela posse da água, entretanto uma das causa foi a fuga para as cidades, fugida da seca. É o fenômeno mundial do êxodo procurando água, o Saara tem uma precipitação pluviométrica de apenas 10 milímetros por ano, congestionando o travessia do Mediterrâneo por refugiados. Sem essa água não existe razão para resistir. Os aquíferos não resistirão ao crescimento populacional.
     Quando se aborda o desperdício, a configuração esconde a distribuição de responsabilidades, é sabido que o brasileiro usa 200 litros por dia e o americano 600 litros. O que não conhecemos, e está contido nesse problema, é o consumo de água da produção industrial e da produção agrícola irrigada.
     Imaginar, segundo estudos da antiguidade, que o Saara já recebeu 400 milímetros de chuva por ano, nada se pode dizer ao contrário, que a Amazônia seja o Saara de amanhã.
   

sábado, 8 de setembro de 2018

AVANÇAMOS NO TEMPO E PARADOS NA HISTÓRIA

     Tão importante na história francesa, Voltaire dizia se tivesse que escolher a melhor tirania, preferiria aquela de apenas um disposta, ao invés de vários, porque seria obrigado a se curvar somente para um. Passaram 200 anos e Rui Barbosa, como se fosse hoje, aconselhava-nos que a República precisa de ser conservadora, mas conservadora a um tempo, contra o radicalismo e contra o despotismo, contra as utopias revolucionárias e contra as usurpações administrativas. E na mesma época, mais um dos nossos brasileiros imortais, Sílvio Romero dizia que : " PARA SERVIR BEM Á REPÚBLICA BASTA APENAS UM POUCO DE BOA VONTADE, DE BOM SENSO E DE PATRIOTISMO. "
     A carência é a forma geral do saudosismo e da melancolia, os valores morais não fazem parte da vida, e se fosse assim não estaríamos vivendo sob os chavões da turbulência, da incerteza e da intolerância. ´
     É como vejo a era sem definição que vivemos.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

UM SONHO BRASILEIRO

     Viver pela aspiração de uma democracia é como caminhar por uma estrada desconhecida e sem fim. No Brasil somos democratas sem conhecer o verdadeiro sentido da verdade democrática. A história contemporânea da política brasileira tem sido escrita por um Estado e por um Poder que vê a democracia pelo ponto de vista de cima para baixo, e como a nossa própria sombra, a verdade referida nunca esteve atrelada às ideologias conscientes de apenas  propósitos de poder político que fazem parte da vida de interesses de uma porção de bandos.
     O Poder que se torna pactário com os poderes constituídos, deixa à deriva a vontade e os direitos do seu povo e não deve e não pode ser chamado,portanto, democrático.
     É tão curta a conclusão como é tão grande a importância de que esse estado de governo será resolvido quando um dia tivermos dinheiro suficiente e necessário para mantermos e educarmos nossos jovens. Lá, nesse tempo, afogaremos todos os conluios, e a luz da democracia brilhará sobre nós.
   

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

MALTHUS : PASTOR, ECONOMISTA, FILÓSOFO E PROFETA .

      Por volta de 1800 o mundo tinha um bilhão de pessoas e Malthus era um economista inglês controvertido devido sua teoria sobre o perigo do crescimento da população de forma desenfreada em razão da dependência da produção de alimentos disponíveis. Para ele "não havia lugar para o Homem no banquete da natureza".
     Passados 200 anos a população mundial ultrapassa os 7 bilhões, convém ressaltar que o Brasil em apenas 30 anos mais que dobrou a sua prole, entre 1970 e 2000 passou de 90 para 190 milhões de habitantes. Sem abordar no momento o diagnóstico da taxa de natalidade, prefiro então me prender sobre a produção disponível de alimentos para o humano. Enquanto as previsões do crescimento populacional obedecem as taxas geométricas, o crescimento de alimentos não tem base de cálculo confiável. Os estudos de projeção são cautelosos em função do elevadíssimo grau de incertezas, com a inclusão de uma variável que Malthus não imaginava : o aquecimento global e seus efeitos catastróficos e as quebras consequentes de safras. Nunca é demais lembrar que 2/3 da produção mundial de grãos é destinada ao consumo animal não humano.
     O medo é que daqui a pouco cada um de nós esteja guerreando para ocupar seu lugar no banquete a que se referia Malthus em 1800. 
   

terça-feira, 4 de setembro de 2018

QUE ÉPOCA VIVEMOS ?

     A sensação é que ainda estamos na Idade Média, discutimos o tempo todo sobre o papel e a presença do Estado na vida das famílias. Primeiro concordamos que o poder absoluto, o absolutismo, é a forma de como as decisões são feitas e que as sociedades no mundo inteiro se submetem. O Estado participa de todos os segmentos da sociedade, enfraquece a iniciativa privada e quando manipula as regras alça seu braço em direção à corrupção.
     Esse questionamento é a fonte que alimenta os donos da razão, são os pensamentos , dentre outros, que diz "todo poder emana do povo", mas toda lei de outorga para o Estado não contempla a isonomia. Quando o confronto evidencia uma ruptura institucional na procura de uma definição se o Estado deve trabalhar para o cidadão ou é o cidadão que deve trabalhar para o Estado, surgem os chamados "iluminados", pseudos herdeiros do iluminismo do século XVIII, que traziam novas ideias salvadoras, diferentes da Idade das Trevas da Idade Média.
     A época que vivemos é outra mas somos os mesmos, entre a mentira e a verdade depende do conceito relativo de cada um.

domingo, 2 de setembro de 2018

COMO COMPREENDER O QUE NÃO CONHECEMOS

     A ideia pura de democracia ainda está por nascer. Na era da antiga Grécia, no berço da filosofia, esse conceito de justiça não avançou além da dialética, não bastaram também todas as revoluções contemporâneas porque todas elas apenas serviram para a troca de mão do poder. Mesmo as sociedades que se dizem democráticas, o estado de direito do cidadão não existe. Se isso é uma verdade é que ate hoje ninguém soube definir em plenitude o que seja estado de direito do cidadão, pois ninguém viveu nessa condição.
     O estado de direito pleno seria a soma de todas as liberdades individuais, é um bem sem autoria, ele é natural e não pertence a qualquer ideologia. Basta que possamos entender a existência da lei para ver com claridade o conceito relativo de liberdade e democracia. 

UMA LIDERANÇA EM XEQUE

     O governo dos Estados Unidos anunciam a possível saída da Organização Mundial de Comércio (OMC), assim como tem se manifestado com antagonismo sobre o Fórum de Davos, o acordo com a OTAN, com o NAFTA e desprezando o sentimento mundial quanto ao aquecimento global.
     Afinal, o que está por atrás dessa nova política ?
     Será que as peças no tabuleiro estão deixando a posição americana em posição desfavorável ? Ou a possibilidade plausível de que a política adotada no após 2ª guerra mundial esteja somente agora revelando suas falhas na medida em que elas trazem à tona uma estratégia de liderança absoluta, ao invés de uma liderança compartilhada com o mundo aliado em um desenvolvimento solidário além da fronteira europeia.
     Esse recuo, pior do que parecer um isolacionismo pretensioso, deixa nas "entre linhas" a clara impressão de um protecionismo cautelar diante de um enfraquecimento relativo na economia e na presença da política mundial. Sem levarmos em conta que o pensamento do governo dos Estados Unidos começa a entender que o mundo é bem maior do que o mercado interno de pouco mais de 325 milhões de consumidores, menor até do que o mercado somado de Brasil e Rússia de 350 milhões de habitantes dentro de um universo de mais de 7 bilhões de consumidores que não ficaram parados no tempo e no espaço.     

sábado, 1 de setembro de 2018

OS INDICADORES DO MEDO

     O mundo se tornou urbano e por causa disso surgiram as novas tribos para lutarem contra aquelas que ainda sobrevivem em seu pequeno espaço. O homem moderno vive em um núcleo que lhe oferece um conforto egocêntrico, como se fosse uma capsula. Ali se mantém conectado com tudo que lhe traz a razão dele, a vontade e as  suas aspirações que espera confortavelmente e que julga serem exclusivamente e somente suas.
     O convite para fugir de nós mesmos já foi dado no ano de 563 antes de Cristo por um príncipe indu, Sidarta Gautama, que viveu durante 29 anos de sua vida em uma capsula imperial, como vive o homem moderno.
     Quando ele saiu da capsula se tornou BUDA, o iluminado !
     Como sobreviver em um lugar urbano com 85% da população do país ? É o senso brasileiro, sobrecarregado com o desemprego. Alias, o mundo acumula mais de 200 milhões de desempregados, o que representa grosso modo, 1 bilhão de pessoas amarguradas. A população economicamente ativa mundial nos últimos 25 anos registra uma tendência decrescente permanente, isso projeta entre outras considerações, que hoje uma pessoa trabalha para sustentar mais quatro.
     O mundo atravessa por uma nuvem metamorfósica, ela está vindo da África e de todos os continentes. São pessoas desesperadas, em busca de uma capsula de sobrevivência e continuar, sem saber, escravo dentro dela.