sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

" A MÃO OCULTA DA IMPREVISIBILIDADE "

 Quando se levanta a teoria do retrocesso como modelo de desenvolvimento, longe de ser retrógado, pensamos na conjunção dos principais troncos da economia, sem precisar exaurir o pensamento que conduz as consequências produzidas pela mudança. 

O temor apocalíptico da extinção humana parece que ainda nesse segundo milênio não chegou ao juízo dos Parlamentos, diante do seus portais se mantém respeitáveis cartéis que dominam o sistema produtivo da economia durante os últimos 100 anos.

A estrutura do tabuleiro da economia mundial foi abalada pela pandemia, trazendo à tona os segredos da fragilidade de um sistema globalizado, sustentado, e aí está a verdade histórica, em fluxos de capitais que nunca tiveram compromisso com a segurança social do mundo. Desde a década de 70 do século passado o mercado do petróleo  ditou o perfil dos grandes investimentos em energia.

Como esse modelo está colocando a humanidade " em cheque", a visão dos verdadeiros troncos deverão ser despertados e entendermos finalmente que as necessidades essenciais também são esgotáveis: O ar, a água e o alimento deveriam estar protegidos por uma redoma produzida pela inteligência humana que, convenhamos, é duvidosa, para não dizer, desumana !

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

"" O REINADO DO PETRÓLEO ""

 Certamente a complexidade que envolve o Reinado do Petróleo, tenha nascido no início do século XVIII, quando as oligarquias se transformaram em forças dominantes na distribuição do capital. Desde então novas forças divergentes foram se formando e com elas novas barreiras dificultaram as iniciativas de promoção de políticas de distribuição da riqueza.

O desenvolvimento esperado, como solução da pobreza, nunca foi realizado pelo patamar industrial. Muito pelo contrário, o mundo se tornou refém dos grandes fundos que sustentam as exportações de energia extraída do petróleo. A continuidade dos modelos econômicos construídos com bases nesses fundos, deram entrada nesse cenário a população asiática, cujas necessidades estavam muito longe da satisfação.

Todavia, isso se transformou em uma tendência desde a década de 80 passada, como um fenômeno extraído da complexidade natural dos mercados, o que permitiu, com efeito, a divisão do capital existente no mundo em duas partes iguais, entre a Ásia e o resto do mundo.

Esse é um quadro de contornos políticos sem abordagem nos fóruns do clima devido as permanentes metas de produção e consumo, agora com a presença do mercado asiático. Como se avizinha um acirramento na concorrência pelo capital, podemos imaginar um descontrole maior no espaço da desigualdade da distribuição da renda e sem qualquer pretensão vazia da distribuição do capital e na diminuição da pobreza. 

domingo, 10 de outubro de 2021

" O EFEITO DA PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL CHINESA "

 Em 2015, quando foi realizado o fórum da COP-21, o PIB das 6 maiores economias  havia registrado 42 trilhões de dólares produzido por suas multinacionais. Devemos considerar sobretudo, a presença da Ásia nesse resultado desde a década de 90, inaugurando um novo espaço no tabuleiro da economia mundial, impulsionando, com efeito,  todos os agentes econômicos para um patamar de previsões pouco convencionais, ou seja, os investimentos no setor produtivo básico não observavam estratégias de sustentabilidade.

Logo em 2017, a Agência Europeia do Ambiente (AEA), apresentava dados de 400 mil europeus mortos prematuramente pela má qualidade do ar!!!  A Europa tem quase 80% da sua população em área urbana e acrescente-se à esse número a previsão do aumento da população mundial e o elevado grau de confiança de que a ordem natural do crescimento econômico será acompanhado por uma maior demanda industrial e rural.

Não é por acaso que a OCDE estima um consumo hídrico global aumentado em 55% até 2050 e de que a energia elétrica consumida exigirá um aumento de 140% do uso de água. São informações necessárias e suficientes que fortalecem a preocupação que se manterá o desiquilíbrio do uso da economia e da forma de pensarmos sobre ela.  



quinta-feira, 16 de setembro de 2021

O DESEMPREGO E A SUA DIMENSÃO DENTRO DA DEMOCRACIA

 Os princípios de moralidade em um campo minado pelo desemprego não sobrevivem por muito tempo. É nesse sentido que encontraremos o valor de um governo, quando tentando recuperar a economia de resultados negativos por um longo período é obrigado a abandonar sua trajetória de crescimento diante de um impacto sanitário perigoso.

O desemprego que assolou o Brasil significou em termos financeiros um lapso mensal da ordem de 25 bilhões de reais, considerando-se um salário médio de 1,6 mil reais. Essa massa salarial freou o movimento da economia, acumulando em 20 meses, nesse raciocínio, meio trilhão de reais. A resultante dessa perda só não foi maior devido a injeção de mais de 300 bilhões de reais oriundos do tesouro nacional em forma de auxílio emergencial.

Até junho passado o governo federal já tinha disponibilizado para combater a pandemia do Covid-19 mais de 550 bilhões de reais, um gasto não previsto no orçamento de 8% do PIB nacional. Se projetarmos, para se ter uma ideia, a dimensão do esforço na implantação, em curtíssimo prazo de um projeto anacrônico em um país continental, basta compararmos os 14 milhões de desempregados brasileiros com as populações somadas da Áustria e Suíça totalmente desempregadas.  

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

AS AMENIDADES DO FÓRUM DA ÁGUA-II

 Como o consumo de água não obedece à  nenhum sistema político, o debate fica restrito aos compromissos dos seus signatários e suas promessas abstrativas diante das realidades econômicas e sociais.

A prole mundial nos últimos 50 anos, aumentou em 4 bilhões de pessoas, mesmo com a taxa média de fertilidade tendo recuada a 2 filhos para cada mulher fértil. Com efeito, a variação da pirâmide demográfica no momento da inflexão da curva populacional, exigirá necessariamente a adaptação do sistema econômico, sempre se levando em conta, como nesse caso, em que a população cresce mas o contingente ou estoque da população ativa e consumidora perde força. Não obstante, como discutir sobre a previsão de consumo de alimentos em 50% da produção mundial que a Ásia precisará consumir nas próximas duas décadas ?

A água está embutida em todo o contexto econômico e social, e portanto, a comunidade política internacional se vê obrigada a tentar manter, sem êxito, regras severas na proteção do consumo da água, tanto no setor agrícola como no industrial. Alguns dados são tão preocupantes que descartam as metas resultantes dos acordos : durante a safra brasileira de grãos de 2018/19 foram exportados 113 trilhões de litros de água nos grãos de soja e milho ; em cada tonelada de aço semi acabado são utilizados 300 mil litros de água. E ainda assim, desde 2015, a indústria mundial está sob a pressão de uma demanda que não consegue atender. 

A atividade econômica está reprimida mas não pessimista em relação ao futuro, isso porque não teria sentido. 


quarta-feira, 28 de julho de 2021

" O CAMINHO A PERCORRER SERÁ ESTREITO "

 Daqui em diante deverá prevalecer, pela sua importância no quadro das necessidades, a segurança alimentar. Alguns fatores básicos contudo, deverão dar condições para que as políticas de governo possam ser postas em prática. É uma tarefa que pouco, ou quase nada, tem avançado, basta lembrar que desde 2008 as economias dos países industrializados não conseguiram sair do vermelho.

Tecnicamente, como o Estado tem apenas como fonte de recursos a cobrança de impostos ou através da emissão de títulos, em ambos os casos, o que fica claro é a falta de equilíbrio nas contas públicas que tem como barreira o nível da carga tributária. A política fiscal em todas as economias encontra como principal obstáculo a taxação do capital, há até quem diga ser isso uma utopia, em que pese raras tentativas nesse sentido, como após a recessão de 1929 quando Roosevelt elevou a margem superior a 80%, ou mesmo agora, quando a proposta da reforma fiscal do governo brasileiro esbarra no congresso quando tenta avançar nos ganhos de capital.

Dessa forma intrínseca, devemos considerar sobretudo que a questão da segurança alimentar está na distribuição da riqueza para que os investimentos sejam distribuídos prioritariamente no alcance maior do atendimento vital da sociedade, diminuindo a forte dose de preocupação nas previsões futuras quando sabemos que a matriz energética oferecida está no limite da exaustão e ainda assim as projeções de consumo para os próximos 30 anos esta em 50%.

sábado, 17 de julho de 2021

" A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO MUNDO É IRRESPONSÁVEL "!!!

 Apesar dos indicadores técnicos como Índice de Gini e IDH serem  básicos destinados às diretrizes orçamentárias sócio econômicas,  os governos parecem que estão descontrolados quanto ao rumo da organização financeira rigorosa, capaz de tranquilizar os mercados internacionais. 

A importância do PIB na medição do bem estar que a economia oferece já deveria ter sido aposentada. As oito  maiores economias industrializadas esbarram no limite do crescimento e não encontraram até agora uma saída para o equilíbrio de suas contas públicas. A poupança nacional desses países tem sido abastecida de forma positiva nos últimos 10 anos pela poupança privada, ao contrário da poupança pública que transfere para a sociedade a responsabilidade de evitar o colapso financeiro. Acrescente-se ao  fato de que a carga tributária dos países europeus desse grupo gira em torno de 40%, ou seja, esses governos estão sendo financiados em seus desperdícios de gastos militares, estimados em 250 bilhões de dólares anuais.

Normalmente os principais parceiros nas transações comerciais, tanto no fluxo das commodities de matérias primas como no fluxo cambial, são os países em desenvolvimento. Devido as políticas monetárias praticadas pelos países desenvolvidos, esse intercâmbio acaba pressionando as despesas com os juros da dívida publica nacional dos países não desenvolvidos. Isto é : O contingenciamento do problema orçamentário dos países ricos acaba sendo compartilhado pelos países pobres.

domingo, 4 de julho de 2021

A NOVA REALIDADE PARA O BRASIL

 A questão que deverá sobreviver pela sua importância no quadro mundial das necessidades, é sem dúvidas a segurança alimentar. Os elementos envolvidos continuarão sendo os mesmos, desde que as partes interessadas compreendam que os investimentos são fundamentais na agricultura sustentável, em parques estratégicos de silos reguladores de estoques, infra estrutura moderna de escoamento rápido de safras e tecnologia embarcada nos implementos do campo. 

Os bancos de desenvolvimento e os bancos comerciais apostam sempre nas previsões de longo prazo sem abrirem mão do seguro contratado, garantindo os negócios que levam à limites de até 3 anos para entrega de uma safra. Como nos últimos 50 anos o consumo de insumos não parou de crescer, a cada ano novas tecnologias foram introduzidas, produzindo com efeito, o desenvolvimento industrial para atender esse setor.

O resultado da produtividade é uma resultante necessária e insubstituível diante do processo da concentração urbana mundial. O campo, além de se submeter à imprevisibilidade da natureza, precisa estar preparado para todas as outras contingências humanas. São essas contingências que estabelecerão as pressões das demandas e seus preços.

O que se pode esperar para o Brasil é um maior papel nesse cenário, ocupando o protagonismo principal, como consequência, é preciso que se ressalte, do enorme desenvolvimento da atitude responsável no campo, e o mercado internacional reconhece esse papel.   

terça-feira, 15 de junho de 2021

" O PONTO DE INFLEXÃO A PARTIR DE 2030 "

 Hoje o Brasil participa em mais de 10% da produção de grãos da safra mundial. Mesmo assim, os analistas afirmam que a agricultura brasileira só é inteligente da porteira para dentro. Acredita-se também que muito embora as cotações das commodities de grãos estejam regulando as cotações para um patamar de segurança, o mercado de Chicago continua com os preços regulados pelas secas e crises hídricas que duram a algum tempo.

Indaga-se : O que tem haver isso com a falta de gerência de negócios na agricultura brasileira??? A produção nacional do milho representa algo em torno de 40% da produção de grãos registrada pela safra 20/21 de 105 milhões de toneladas, mais que suficiente para o consumo de 90 milhões de toneladas. Existe nesse caso um espaço gigantesco, diante do estoque de segurança, para um avanço vigoroso no mercado internacional, considerando é claro, em primeiro lugar a força da agricultura brasileira e em segundo lugar as incertezas da agricultura mundial motivada pela relação produção/consumo no momento em que se avizinha o perigo do crescimento populacional no mundo.

A China consome 300 milhões de toneladas de milho contra uma produção de 260 milhões !!! Seria plausível dizer que estaria em segurança alimentícia se a questão demográfica asiática não estivesse se aproximando do ponto de inflexão. Os dois gigantes do continente a  China e a Índia, daqui há 10 anos estarão participando com quase metade da população mundial, sem levarmos em conta a autorização do governo chinês para que as famílias possam ter até 3 filhos.

A meu ver, o projeto inteligente de negócios da agricultura brasileira deverá focar em um quadro internacional com uma pressão de elevada demanda agrícola; bastando,  é bom que se frise, que haja uma adequação de segurança entre as fontes do capital externo e interno.  

terça-feira, 1 de junho de 2021

PAGAMOS ENERGIA PARA GERAR LIXO

No rastro da mudança de cada realidade mudam-se também os fundamentos e conceitos. Em economia um dos seus mais eternos fundamentos  será destroçado pela realidade que se pronuncia em um futuro bem próximo:  "Os recursos são escassos e as necessidades infinitas". Mas como ? se pagamos energia para gerar lixo ! 

Há um absurdo nessa máxima; sendo escassos os recursos, as necessidades devem ser comedidas. É uma lógica fechada!. Cada pessoa produz em média um quilo de lixo por dia sem a mínima preocupação de que o mundo produtor  de alimentos sofre com o permanente aumento do rigor e da frequência das estiagens. A FAO estimou em 2018 um crescimento de 20% da produção mundial de grãos em 10 anos e a população, em contra partida, deverá crescer em um bilhão de pessoas, em torno de 15%.

Como não existe grau de elasticidade na produção agrícola cabe à população mundial tender para um comportamento de cautela em consumir, precavendo-se dessa forma contra os sinais reais dos desastres naturais e as suas consequências. Esses sinais, é bom salientar, apontam para possíveis crises de abastecimento e deflagrarem uma explosão inflacionária com a quebra de todos os mercados, Com esse quadro, fatalmente a estabilidade da estrutura social se desestabilizará e entraremos, aí sim, em tempos mais difíceis.    

quinta-feira, 27 de maio de 2021

UMA FICÇÃO DO SÉCULO XVIII ESQUECIDA ATÉ HOJE

Um pensador socialista do século XVIII, Robert Owen, dizia que a solução para acabar com a pobreza estava em tornar produtivos os pobres. Pena que o mundo não caminhou nesse sentido.

A preocupação demonstrada por Al Gore, líder político com enorme participação nas questões que representam um iminente e real perigo para a economia mundial com o aquecimento global, ressalta um encolhimento de 17% da economia brasileira para os próximos 30 anos, caso o país não faça " o dever de casa"; de tal ordem, parece que o Brasil está no olho do furacão de um problema que não foi por ele causado!

No meu entendimento existe uma digressão proposital para colocar os países industrializados de fora no que tange as emissões para a atmosfera de CO2. Deveria ser melhor explicado qual foi o modelo econométrico das curvas projetadas para os principais países industrializados no mesmo período de 30 anos. Tudo leva a crer que esses prognósticos revelaram, diferentemente da projeção linear brasileira, para resultados desastrosos em níveis geométricos.

A evolução do pensamento no mundo desenvolvido sempre caminhou nas margens das realidades, muito embora, sejam elas as únicas promotoras que transformam para serem transformadas. E, se o senhor Al Gore avaliasse o perfil das necessidades de consumo em várias épocas, os ciclos inovadores da economia apenas serviram para marginalizar a mão de obra de menor qualificação. A tecnologia nunca será justa se não for capaz de resgatar o trabalho produzido pelos pobres.

Desejo que essa preocupação vinda do mundo rico não esteja transvestida por uma falsa ideia de que os ricos estão lutando em uma causa geral e chegarmos em 2050 com menor miséria.  

segunda-feira, 1 de março de 2021

UMA ENCRUZILHADA SEM DEFINIÇÃO DE RUMO

 O sistema produtivo mundial tem sido gerador de desemprego e no entanto o maior problema discutido é a sustentabilidade necessária para que não haja redução nos níveis atuais de produção. Ao que parece, o importante é se falar menos em política de protecionismo, visto que o momento tem caráter emergencial e dificuldade de controle na política fiscal. Muito embora, sejam preocupantes, a minha desconfiança se abstraí e se desloca para uma visão mais à frente.

O ciclo do movimento econômico está travado e quando vier a se movimentar, será de forma lenta e deixará de fora uma margem acentuada da força de trabalho. O perigo é o rastro de incerteza quando a recolocação do emprego encontrar pela frente uma nova realidade dos níveis de qualificação.

Atualmente o mundo amarga um contingente de mais de duzentos milhões de desempregados. É como se toda a população do Brasil, por exemplo, não trabalhasse! Não se pode diante disso, ignorarmos ou fingirmos ignorar que não existe alguma coisa de errado! Existe e todo o mundo sabe, que não é possível nos próximos 10 anos, por conta de uma política de sustentabilidade mundial, recrutarmos novamente esses desempregados, se não for nos moldes atuais. 

A população do mundo continua a crescer e exige forçosamente, maior consumo de energia, produção e consumo. Essa encruzilhada não tem saída: se diminuirmos o consumo a produção cai e o desemprego mundial poderá ser do tamanho da população da China, por exemplo !

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

A GRANDE POTÊNCIA DO SÉCULO XXI

 O grande projeto mundial para o desenvolvimento teve como pilares o poder industrial baseado no consumo de energia, a pesquisa científica no agropecuário, na tecnologia de ponta para a produção e nas agências internacionais e seus protocolos de controle do comércio.

O êxito desse projeto dependeria de outras forças que surgiriam com a evolução do consumo e com ele a mudança de hábitos da sociedade. 

A tecnologia da comunicação foi responsável pela globalização do comércio, derrubando o muro de Berlin e todos mitos ideológicos do passado, tanto do Ocidente como do Oriente. A sociedade se tornou livre e unida nos quatro cantos do mundo, não permitindo mais que as verdades corressem por canais exclusivos dos poderes governamentais. A Internet nascia como a mãe de todas as nações.

Todavia, o ser humano tem como seu maior inimigo a solidão e foi assim que cada vez mais, desesperadamente ele construiu as megalópoles que se tornariam os monstros devoradores de todas as produções de qualquer natureza de forma insana sem um olhar em volta de si mesmo.

O aproveitamento dessa angústia pelo consumo determinou a formação dos cartéis e das commodities capacitados ao controle dos mercados e na exploração de todas as fontes de recursos do planeta. O resultado não poderia ser outro do que o esgotamento e exaustão dessa atividade depredatória.

Por isso nota-se um movimento político tão preocupado com esse quadro. Não que seja por cuidados humanitários, o retrospecto da história não sugere o mínimo ânimo pela esperança do retrocesso. Cabe sim, e sobre isso acredito, que os países detentores de grande patrimônio de recursos naturais sejam mais cautelosos sobre a ambição externa.

Quem tiver maior patrimônio natural será considerado como potência econômica e social.    

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

A GUERRA DOS MIL ANOS

 Os encontros em hotéis de luxo para se preocuparem com o clima que está sendo prejudicado com o desmatamento da Amazônia e com as queimadas no Brasil são cuidadosamente combinados para não se falar na queima de petróleo.

A cotação do barril que chegou em 2020 aos 30 dólares, tem uma recuperação neste ano de mais de 100%. Entre 2016/2018 a variação do preço permitiu um ganho de 170%. Em alguns países produtores, o custo de produção não ultrapassa os 10 dólares o barril. 

O petróleo abastece   aproximadamente 1,3 bilhão de carros e é responsável por 1/3 da energia consumida no mundo. Como em média o consumo aumenta em 1 milhão de barris por ano, a previsão para 2030 é de 110 milhões de barris consumidos em um único dia. Vale acrescentar que em um petroleiro é transportada toda a produção diária do Brasil. 

Como o potencial ainda a ser extraído garante o mercado por mil anos e de que apenas uma empresa do ramo retém um patrimônio em petróleo da ordem de 11 trilhões de dólares, a questão dos corredores de todos os fóruns deve ser bem costurada no sentido de acusar apenas aqueles que não fazem parte desse cartel.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

¨ O CAMINHO DE PEDRAS PARA SE CHEGAR AO DESENVOLVIMENTO "

 A pressão política internacional sobre o meio ambiente do Brasil é uma cortina de fumaça contra o verdadeiro objetivo, que não outro, além da presença brasileira comandando a agricultura mundial.

Durante a crise financeira de 2008 a agricultura nacional cresceu 9,1% em relação ao ano anterior, em 2020 esse setor registrou recordes de exportação, sendo o principal responsável por um desempenho da arrecadação contrariando todas as previsões e desfazendo radicalmente as expectativas negativas do PIB que no início do ano estimava-se em negativo de 2 dígitos fechou  negativo em apenas 4,47%.

Podemos de uma outra forma avaliar essa pressão com dados fornecidos pela ONU e o Banco Mundial : A área ocupada pela agricultura brasileira corresponde  a 8% do território total, bem diferente por exemplo, dos 60% que a agricultura francesa ocupa do seu território. Ainda é mais relevante, se considerarmos que os 8% representam 64 milhões de hectares, ou o dobro da agricultura de 32 milhões de hectares da França.

Vale ressaltar sobretudo, que enquanto toda a área agricultável americana está completamente explorada, o Brasil ainda dispõe de uma área fértil para expandir de 106 milhões de hectares. Para termos uma ideia do que isso representa, ela é maior do que a soma dos territórios nacionais da França e Espanha.

O desdobramento da potencialidade do território brasileiro, está na mira vertical dos países desenvolvidos. Caso seja feito a expansão da agricultura até 100 milhões de hectares, esse avanço não chegará aos 14% de ocupação da terra total. Nessas condições, e aí nasce o cerne vital : em todos os exemplos clássicos do desenvolvimento consta que atrás de uma grande agricultura surge a retaguarda de uma portentosa atividade industrial.  

sexta-feira, 22 de janeiro de 2021

QUAL A RAZÃO DA COBIÇA SOBRE O BRASIL ?

 Até o final do século XIX a Alemanha mantinha a liderança da economia mundial sustentada por uma indústria que prosperava na Europa de forma acelerada desde a revolução industrial. Com a virada do século os Estados Unidos deixa para trás com uma margem assustadora o desempenho econômico europeu, assume a liderança mundial, baseada em sua enorme capacidade de produção agrícola.

Nascia na prática, a teoria do desenvolvimento com a formulação de estratégias que usavam todos os fatores que determinam a riqueza de uma nação : o solo, a agua, os minerais, energia e madeiras. Não se pode fugir à esse fundamento, a riqueza natural é o maior vetor de desenvolvimento.

O Brasil dispõe de uma área total, incluindo territorial e marítima, de mais de 11 milhões de km², em todo o planeta, salvo melhor raciocínio, apenas uma meia dúzia de países tem tamanha grandeza física. Para uma população de 220 milhões de habitantes, a distribuição proporcional da riqueza natural brasileira, obriga à todos os governos tornarem em realidade econômica e social, essa propriedade  encarnada no desenvolvimento do país. Seguindo o exemplo americano, porque não ?

O obtentor legítimo dessa riqueza é o seu povo. Contudo, melhor é lembrar o pensamento de Thomas Jefferson : " O preço da liberdade é a eterna vigilância"               

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

" AS INCERTEZAS QUE AMEAÇAM O MUNDO!!!"

 O desafio precisa antes de mais nada reconhecer os riscos e de quanto isso vai além das incertezas. Neste momento, o importante é que hajam vacinas para todos e que as transferências de tecnologias sejam colocadas à parte, porque os investimentos das pesquisas precisarão ser recuperados, não importando nenhuma premissa ideológica no conhecimento científico. Ele é livre para o mundo no que tange à sua importância econômica inútil, se for útil, as transferências de tecnologias,  serà uma "faca de dois gumes".

As incertezas continuarão na administração desse mundo globalizado, e as previsões nas reformulações dos orçamentos deverão levar em conta os prejuízos da pandemia que forçosamente serão contabilizados à dívida global que se próxima de 250 trilhões de dólares. Esse valor é equivalente a 3 vezes ao que o mundo produz, se continuar nessa progressão, podemos afirmar que estamos quebrados !! Apenas a atividade da produção empresarial deve 75% desse montante. 

As previsões para a demanda hídrica global são da ordem de 55% até 2050, segundo estudo das Nações Unidas. Esse quadro deve servir como alerta para os países como o Brasil, que possui um incalculável manancial hídrico, na formulação das estratégias protecionistas contra as pressões internacionais dos países industrializados. O estudo revela que os recursos renováveis per capita em metros cúbicos por habitante ao ano, o Brasil dispõe de mais de 43 mil m³ contra uma média global de 6 mil m³. Um outro fator de ameaça é que o Brasil disponibiliza a água para 98% da população enquanto o mundo registra uma média de 86%.

As ameaças sempre existirão, as eras das incertezas se sucedem, é como funciona a roseta da espora que percorre por todas as economias e suas prensas políticas. É por essa visão que encontramos do por quê do esperneio internacional. O mundo é globalizado, mas os interesses NÃO !!!



quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

" A INUTILIDADE DO INTELECTUALISMO !!!! "

 No Brasil a planificação estrutural de longo prazo nunca funcionou. Quando o governo em meados do século passado ensaiou um arranco denominado "50 anos em 5", adotou como linha de frente a implantação da indústria automotiva. Naquela época a fabricação nacional do setor tinha a linha de produção instalada em piso de terra batida!!! Vale ressaltar que a renda individual comportava apenas a compra de um carro que saía da planta inacabado. E assim era vendido.

Setenta anos se  passaram e a renda individual só tem condições de compra de carro com financiamento de longo prazo, e essa condição torna a produção nacional em situação de trincheira por não  poder vender domesticamente e não exportar pela falta de competividade.

Nesta oportunidade relembro que em 2015, quando iniciei essa forma de fala, critiquei a posição do Brasil na matriz de transporte internacional publicada pela ONU. Como poderia um país continental, adotar o transporte rodoviário e abdicar do sistema ferroviário e naval??? Totalmente na contra mão do que havia no mundo. Ainda assim, o país continental tem perto de 30 milhões de carros, correspondente a pouco mais de 15% da população, enquanto na Dinamarca, um país menor que vários municípios brasileiros metade da sua população tem carro.

A China tendo adotado o sistema capitalista para se desenvolver, colocou como frente estratégica o sistema ferroviário de alta velocidade, enquanto o Brasil, a bem da verdade, nesse sentido criou apenas uma empresa estatal para cuidar do projeto que foi destruído pela corrupção. Antes mesmo de nascer !!!

O atual governo brasileiro está resgatando a necessidade do desenvolvimento pela implantação de um projeto de infra estrutura, perdido no atraso criminosamente, são 26 mil obras públicas inacabadas !! São rodovias, ferrovias, pontes, portos, aeroportos, rede de saneamento básico e transposição do rio São Francisco para o nordeste brasileiro.

Sem essa ação desenvolvimentista estaremos, com certeza, daqui a 70 anos de forma intrigante falando várias vezes por uma mesma coisa.



 

  

 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

QUAL SERÁ A VACINA PARA ACABAR COM O DESEMPREGO ?

 Naturalmente, respeitando as controvérsias, devo atentar para o emprego como a maior das ameaças ao equilíbrio da ordem social e econômica no mundo. 

A sensação é de empobrecimento das famílias, basicamente porque a massa salarial não sofre mais a ação pendular nas alterações dos níveis do emprego. Mesmo que ocorra um crescimento significativo no contingente da mão de obra, a variação anual do rendimento médio real não é traduzida por um cociente de ganhos atraentes para o trabalhador.

Atravessamos uma era marcada pela redução da idade ativa, de mais dificuldades nas aptidões técnicas de emprego, maiores despesas previdenciárias e consequentemente maiores impostos. Os países industrializados do bloco europeu, como exemplo, nos últimos 30 anos recrutaram a força de trabalho jovem dos países pobres. Aqueles países que exportaram seus jovens tiveram um efeito colateral extremamente negativo em sua pirâmide demográfica, o perfil que há 30 anos era de 40 idosos em cada 100 jovens, passou para 130 idosos em cada 100 jovens.

Qual deve ser o destino da base política existente no mundo??? Se as diferentes correntes ideológicas se recusam a admitir que não são puras e que uma terceira deve nascer na soma de suas sínteses, não por uma neologia, mais sim pelo reflexo da vida atual e da latência do desiquilíbrio.