quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

" A INUTILIDADE DO INTELECTUALISMO !!!! "

 No Brasil a planificação estrutural de longo prazo nunca funcionou. Quando o governo em meados do século passado ensaiou um arranco denominado "50 anos em 5", adotou como linha de frente a implantação da indústria automotiva. Naquela época a fabricação nacional do setor tinha a linha de produção instalada em piso de terra batida!!! Vale ressaltar que a renda individual comportava apenas a compra de um carro que saía da planta inacabado. E assim era vendido.

Setenta anos se  passaram e a renda individual só tem condições de compra de carro com financiamento de longo prazo, e essa condição torna a produção nacional em situação de trincheira por não  poder vender domesticamente e não exportar pela falta de competividade.

Nesta oportunidade relembro que em 2015, quando iniciei essa forma de fala, critiquei a posição do Brasil na matriz de transporte internacional publicada pela ONU. Como poderia um país continental, adotar o transporte rodoviário e abdicar do sistema ferroviário e naval??? Totalmente na contra mão do que havia no mundo. Ainda assim, o país continental tem perto de 30 milhões de carros, correspondente a pouco mais de 15% da população, enquanto na Dinamarca, um país menor que vários municípios brasileiros metade da sua população tem carro.

A China tendo adotado o sistema capitalista para se desenvolver, colocou como frente estratégica o sistema ferroviário de alta velocidade, enquanto o Brasil, a bem da verdade, nesse sentido criou apenas uma empresa estatal para cuidar do projeto que foi destruído pela corrupção. Antes mesmo de nascer !!!

O atual governo brasileiro está resgatando a necessidade do desenvolvimento pela implantação de um projeto de infra estrutura, perdido no atraso criminosamente, são 26 mil obras públicas inacabadas !! São rodovias, ferrovias, pontes, portos, aeroportos, rede de saneamento básico e transposição do rio São Francisco para o nordeste brasileiro.

Sem essa ação desenvolvimentista estaremos, com certeza, daqui a 70 anos de forma intrigante falando várias vezes por uma mesma coisa.



 

  

 

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