sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

A UTOPIA DA PROPRIEDADE PRIVADA

     O sonho de justiça na divisão da riqueza  jamais se tornará realidade enquanto houver o medo de perder. Desde Platão o ideal de um Estado sem pobreza e sem riqueza tornou-se verdadeiramente em uma utopia que alguns pensadores filósofos tentaram fazer acreditar que a possibilidade de felicidade comum estaria em nossas mãos, desde que compreendêssemos a renúncia da riqueza particular, objetivando-á.
     Em todo o transcorrer da nossa história essa vã intensão habitou as mentes religiosas mais radicais como Tomás de Aquino, Ambrósio e Basílio na Idade Média até se transformar em uma ideia científica do socialismo com Mark e Engel no século XIX, realimentando os princípios desgastados pelas disputas entre as categorias de classes. Cada uma desejando a ruína da outra e ambas, enquanto se arruinavam.
     Desde as ideias mais primitivas o pensamento que sempre determinou a continuidade do direito à propriedade privada foi o temor pela desigualdade da justiça. E não seria diferente quando se entrega a posse da riqueza para terceiros ou ao julgamento do Estado.
     A conturbação política é moldada atualmente, na minha visão, por ideias sem forças que retratem o poder de convencimento pelas transformações de todos os paradigmas econômicos que não sirvam ao desenvolvimento social. É um embate de cores nacionalista com elevado viés de protecionismo, vestido de medo pela possibilidade de piora das condições. 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

ESTAMOS EM UM BECO SEM SAÍDA ?

     Quando nasci existiam neste planeta 2 bilhões de habitantes. Como achar normal que ao completar meus 82 anos se juntaram à mim mais 5,3 bilhões de vizinhos, todos ávidos por consumirem tudo que encontrarem pela frente. As previsões mais conservadoras para os próximos 30 e 80 anos acreditam que as sociedades mais desenvolvidas serão responsáveis por taxas líquidas de natalidade entre 0,8 a 1,3%. A questão fundamental é que sabemos que o crescimento populacional tem relação direta com o crescimento das necessidades. As sociedades mais desenvolvidas mesmo crescendo menos,continuarão a consumir mais.
     A extensão do consumo e do desperdício dos mais ricos está anunciando uma crise a ser enfrentada quando se justificam que " os fins justificam os meios "!!! contudo, os meios, muito antes de nós "degringolarão".

sábado, 21 de dezembro de 2019

LONGA VIDA PARA O PETRÓLEO !

     A grosso modo, nesse momento, está sendo transportado pelos cinco mares 2,5 bilhões de toneladas de petróleo em 3500 petroleiros. É o bendito fóssil que será lançado para a atmosfera, mas isso não interessa mais do que protegermos a Amazônia. A Amazônia é a predadora do CO2 que permitirá usarmos à vontade os 8 trilhões de barris ainda sob a terra para os próximos mil anos.
     Como o custo de produção do barril não chega perto de 25 dólares, a cotação atual do mercado jorra uma receita liquida acima de 100%, o que permite prever uma longa batalha política entre os ambientalistas com os governos de países que detêm 50% da produção doméstica. O monopólio estatal se tornou uma necessidade econômica nas administrações dos orçamentos públicos.
     O dilema está na mão de quem consome : ou continua esperando o que o CO2 irá nos proporcionar ou plantemos uma Amazônia em cada continente.

domingo, 15 de dezembro de 2019

A JUVENTUDE É O GRANDE PROJETO

   "   O destino de meus pensamentos é um porto chamado juventude, ela me enche de uma saborosa inveja e por ela manterei acesa a chama do meu protesto sem claudicar nem recuar perante a estupidez da alcateia de desumanos.
     O avanço das ideias sem respeitar fronteiras mudou no mundo os currais ideológicos e criou para sempre uma opinião pública presente e respeitada, capaz de alterar a dinâmica que move os sistemas políticos e econômicos. Entre os ideólogos e doutrinadores cresceu o sentimento da aposentadoria desse debate, tanto uns como outros terão que conviver com a globalização da opinião pública mundial, ela varre o planeta em segundos e muda na hora qualquer "status quo".
     Nada nem ninguém impedirá essa nuvem que envolve todas as sociedades, por mais diferentes e isoladas. É um único mundo de uma relação umbilical.
     Esse é o sabor de uma nova era da humanidade  no jovem sorriso marcante e empolado da juventude, esteja ela aonde estiver, estará a fonte virgem e soberana da esperança. E a esperança para mim, é o colo ideológico em que me apoio e me inspira escrever.

sábado, 14 de dezembro de 2019

UM FAROL LONGE DEMAIS, DEMAIS ?

     Os setores mais presentes em nossas vidas estão sofrendo um processo de descontinuidade, enquanto esperam por novos caminhos, compatíveis com a sustentabilidade imaginada.
     Ocorre que esse tema, mesmo ocupando todas as mesas de negociações, não traz resultado algum, nada além de recomendações e ameaças. As previsões de longo prazo já nascem mortas se considerarmos que a produção gerada pela economia tida por desenvolvida é responsável por mais de 80% das emissões de gases-estufa. E não pára por aí: a parte mais dramática que destrói qualquer pretensão de sustentabilidade é a dependência que a sociedade consumidora mundial tem com esse sistema de produção !
     A mais importante das previsões, no meu pensamento, é qual o tamanho da prole humana em 2100, e com ela, quais serão as suas reais necessidades. O homem desde o nascimento necessita para sobreviver da disponibilidade de recursos da natureza. E, nesse caso o acatamento pelo mundo de hoje por um perdido fanal da humanidade, vale a pena : a consciência da herança.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

FAZEM OS SUBDESENVOLVIDOS DE BOBOS !

     A confusão articulada pelos movimentos climáticos não toca nos crimes ambientais causados por todos os países que já se desenvolveram, esses grupos ignoram de como as grandes corporações industriais alcançaram o poderio em condições de estenderem suas garras em todas as fontes de recursos, fossem elas naturais ou não, como a mão escrava dos humanos.
     A Europa patrocina uma campanha de pressão sobre os países amazônicos, como se fossem vilões, levando os europeus para as ruas manifestando seu repúdio ao desmatamento da região. Prefiro acreditar que esses contingentes nunca tenham se preocupado com a história do crescimento econômico da Europa e que apenas agora se agitam diante de uma expectativa, não do desmatamento amazônico, mas de um Continente abaixo da linha do equador que pretende levar o desenvolvimento aos seus povos.
     O temor europeu é a concorrência dentro da América do Sul entre as empresas americanas e chinesas contra as 25 maiores empresas europeias que atuam na região, algumas desde o tempo colonial.
     Prefiro imaginar que todas essas pessoas, tanto aqui como lá, queiram lutar diante do abismo climático. A dúvida é se querem para isso perderem o espaço de conforto adquirido.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

A REALIDADE CADUCA O PENSAMENTO

     Como Alfred Marshall, ilustre professor inglês do século XIX poderia imaginar a realidade de hoje??? Dizia ele que o "equilíbrio secular" era possível para um tempo muito velho. Chegamos ao ano 2020 !!!
     O que temos atualmente é uma conjuntura perdida no meio de uma encruzilhada. E estando no meio dela como poderemos seguir aquele pensamento de equilíbrio de longo prazo se não conseguimos nos ajustar hoje.
     A dimensão do mundo e a grandeza do seu conteúdo globalizado descarta qualquer teoria de equilíbrio, basta entender que apenas 3 países consomem 2/3 de toda a produção mundial. Esse apetite, porém, é parte do problema. A divisão do mundo tem o lado da riqueza que permite a cultura prodigiosa do consumo, e nesse lado, estão também as maiores reservas cambiais e de ouro. Esse lado é pródigo em desperdício, suas contas públicas extrapolam os níveis de segurança das despesas.
     Nessa balança não tem o fiel do equilíbrio, pois o lado da pobreza não pesa !

segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

A ECONOMIA MUNDIAL É UMA TRAGÉDIA

     Nunca me agradou a maneira sempre pessimista ao analisar as previsões do mundo econômico, é como se fosse um enredo perpétuo da mitologia grega. Não tem fim !
     A verdade solidária ficou para trás. Lembro-me, quando ainda criança, colaborava com o esforço de guerra procurando pelos pastos pedaços de alumínio e ossos destinados à indústria. As montanhas que se formavam desse material, eram em verdade, a participação dos países pobres, era o voluntarismo internacional contra um perigo real e iminente.
     O perigo real e imediato que o mundo atravessa com o aquecimento global, tem sua responsabilidade transferida somente para o mundo político, evitando-se a presença nesse problema a sociedade mundial, como se não existisse mais de sete bilhões de consumidores pródigos e acéfalos de todas as formas de energias, de todas as quantidades disponíveis de matérias primas e se não bastasse, todos os refugos são deixados ao relento.
     O poder econômico engendrou uma saída "milagrosa" com o sistema de reciclagem, para que não abandonássemos o consumismo.
     É uma questão de escolha.
     Pelo menos, nos últimos 10 anos não vejo mais os enxames dos cupinzeiros e e abelhas fartos como antes.
     Sou, ambientalista antes de ser economista. Vivo como todos os humanos, no meio ambiente.
     

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

A DIFÍCIL LUTA DOS EMERGENTES

     Os governos dos países estão atrelados à problemas que não deveriam fazer parte dos projetos de desenvolvimento. É possível que o maior de todos seja o efeito de fragilidade provocado pelo fluxo cambial, a dependência dos emergentes dos recursos externos tem relação direta com a dívida pública e com a emissão de títulos que dependem de refinanciamento.
     Existe uma insegurança dominante no mercado de fatores conduzida por um sintoma real do encolhimento da economia, com resultados nos custos das reservas cambiais em dólares. No caso dos emergentes, por serem de maior risco de investimentos, o custo dos empréstimos externos são mais altos.
     O desenvolvimento só virá se houver ajuda externa, e todos os governos emergentes sabem disso. Mesmo os países desenvolvidos estão enrolados com os níveis das suas dívidas públicas que atingem na maioria deles, em média 2,5 vezes o PIB e isso já basta que para os países pobres se preocupem, pois o dinheiro necessário para o sonhado desenvolvimento custará caro.   

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

O CASTIGO POR SER POBRE

     O Brasil está impedido de seguir o seu caminho em busca do desenvolvimento. Todos os países que hoje são desenvolvidos já foram considerados também em desenvolvimento, não sofreram as pressões políticas por consumirem os combustíveis fósseis necessários para o crescimento da economia.
     Os relacionamentos com os negócios bancários dos governos desses países  tinham acessos diretos com os banqueiros, diferente das negociações atuais com as instituições monetárias como o Banco Mundial e o FMI que estabelecem  protocolos de condutas nas administrações dos governos que procuram ajuda.
     A história mundial é fértil em ironia. As nações desenvolvidas ignoram o processo de suas estratégias, quando se esforçavam para conseguir o estágio atual. Recomendam entretanto ao Brasil os padrões dos projetos, obedecendo em primeiro lugar a sustentabilidade, já enfraquecida no mundo inteiro e que devemos nos  manter assim : impedidos de explorar seus recursos naturais, entrar em seu meio ambiente e afinal, ocupar em toda a sua plenitude o território nacional.
     Aqueles que se desenvolveram às custas, todos sabem, da exaustão do meio ambiente, colocam numa encruzilhada os países mais pobres, como se esses fossem os responsáveis por uma tragédia que não tiveram participação ! As ajudas são oferecidas sobre o cabresto intervencionista, porque todo banqueiro não gosta de negócio de ajudar.
     Lembrar é necessário da fala do antigo ministro das finanças da Tanzânia : " Por que supor que os mais pobres não têm interesse na estabilidade do mundo ? é o castigo pelo crime de ser pobre ".

segunda-feira, 18 de novembro de 2019

AS IDEOLOGIAS SERVEM APENAS AO ATRASO

     Como é possível o mundo continuar mergulhado em águas turvas, contaminadas por uma incerteza de qual deve ser o caminho ideológico da sociedade mundial. Esse caminho até agora tem sido marcado por conflitos que não conseguiram, mesmo assim, doutrinar o pensamento de solidariedade para o desenvolvimento.
     As crises econômicas e as pertubações de caráter político-ideológico servem para concretar o âmago dessa insegurança e o pessimismo sobre todos os fundamentos, sejam eles liberais no sentido da maior participação privada e aberto às leis de mercado, ou sociais conservadores com suas amarras no planejamento centralizado.
     A alternância de ideologias adotadas na condução dos agentes econômicos tem revelado, na minha visão, apenas um intransponível degrau construído pela concentração histórica da riqueza nas mãos de poucas pessoas. As turbulências nesse sentido representam atos no palco da história, e nós somos os apáticos espectadores.
   

sábado, 16 de novembro de 2019

O TRABALHADOR É O VILÃO DA ECONOMIA

     Por mais integrante que eu seja do pensamento capitalista, não posso deixar no passado a verdade marxista e nem ser apagada pela corrida desenfreada da tecnologia em dominar todos os campos da atividade humana.
     Não tenho medo de ser um retrógrado diante de um cenário mundial totalmente marcado por manifestações, com marcantes sinais de reivindicações sociais. São trabalhadores empregados, desempregados e desalentados. Conscientes com certeza que o salário termina antes do mês e que o mês seguinte é uma incógnita de efeito psicológico de sequela permanente.
     O sistema econômico atual, marginaliza friamente a contingência da mão de obra humana, substituindo-a pela tecnologia em toda a linha de produção e na cadeia agregada dos seus fatores até o final. É uma tendência de prognóstico visto por dois lados. Se de um lado é a ciência em benefício da sociedade, do outro é a falência da capacidade da renda familiar, cujas consequências, já estão presentes nas ruas do mundo.   

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

A VIDA DO TRABALHADOR ESTÁ MUDANDO ?

     Certamente que uma interpretação histórica da conjuntura econômica, indicará que a grosso modo a vida do trabalhador continua a mesma, isto é, entre o emprego e o desemprego está a sua forma de vida e sobrevivência.
     A economia contemporânea tem sido escrita na forma dos episódios de crises. Possivelmente, esse processo toma forma a partir da revolução industrial, quando o desemprego surge como um problema de repercussão social na malha da economia desenvolvimentista iniciada em meados do século XVII e se agrava com as manifestações violentas de trabalhadores contra o sistema fabril no fim do século XVIII e início do século XIX.
     O que mudou de um momento de uma tragédia sócio-econômica para um outro momento de economia moderna e próspera globalizada ? Não restam dúvidas, que o leque de oportunidades disparou com a imensa variedade de novas profissões e serviços. O quê que não mudou foi a gula de enriquecimento dos agentes promotores e detentores dos sistemas produtivos.
     São eles afinal, que através da história, inovam qualquer coisa que se queira produzir, desde que a inovação sirva apenas para o resultado financeiro e não o social. E a sociedade continuará a sua marcha sem conseguir enxergar o caminho da justiça.

segunda-feira, 11 de novembro de 2019

" O MUNDO SOFRE COM AS EXPECTATIVAS CLIMÁTICAS "

     É fácil supor que em meados do século passado os economistas não imaginavam que a economia poderia ser fortemente abalada pelo aquecimento do planeta. O fato é que as grandes economias estão pela primeira vez admitindo o risco real de uma quebra geral nos parâmetros que sustentam o processo produtivo mundial.
     Essa preocupação, recai principalmente no setor de seguros do mercado de origem rural, as indenizações estão seguramente tirando grandes fatias dos lucros  por conta das expectativas de catástrofes naturais. Por causa dessas incertezas, o mercado futuro de mercadorias do setor agropecuário obriga as commodities a realizarem coberturas cada vez mais onerosas. Não é preciso dizer que os inevitáveis aumentos de preços finais ocorrerão quando ainda estiverem iniciando a fase de semeadura.
     Esse tipo de inflação é uma realidade que ameaça e ameaçará o consumidor final. A escassez de alimentos amedronta o mundo!!!. Portanto devemos estar ligados ao consumir  qualquer coisa, não podemos mais acreditar no fundamento de que as necessidades são infinitas, estamos diante de uma nova verdade do mundo.
   

sábado, 9 de novembro de 2019

A DEMOCRACIA 300 ANOS AC NÃO VINGOU

     Os pobres e os escravos faziam a maioria da composição da população da Grécia na época de Aristóteles e no entanto é dele que buscamos a sabedoria para entender o que é democracia. Uma interrogação angustiante é imaginarmos que a população grega era pouco mais do que a de uma universidade de porte médio, e mesmo assim, os filósofos sofriam em entender a sociedade.
     O difícil, diziam eles, era de como gerenciar um Estado democrático sem a perfeita definição de democracia. Ora, se a sociedade é pobre o domínio não  será democrático, e naquela época não era. O conflito girava em torno das oligarquias hereditárias. Entre elas ! A grande maioria da sociedade inferior, servia apenas como adorno lateral ou como dizia Heródoto: " na Grécia a pobreza é apenas uma hóspede ".
     Portanto, nos arrastamos pela história tentando resgatar a literatura que não serviu então para um mundo tão pequeno, ao invés do caminho que resta hoje à esse mundo unívoco, ou melhor, a necessidade fraternal do elogio ao contraditório e a solidariedade que servem como o primeiro sopro da democracia.

segunda-feira, 4 de novembro de 2019

A POBREZA EM MEIO MUNDO

     Sempre tivemos nas mãos as soluções definitivas para a extinção da pobreza, e não seria nunca por falta de dinheiro ou de ideias. Robert Owen, socialista do século XVIII defendia a necessidade de se tornar os pobres produtivos contra a pobreza. Sabemos também que o mundo não caminhou nesse sentido, a economia se desenvolveu às margens das realidades, servindo apenas para manter a divisão desproporcional da riqueza produzida.
     Como economista não consigo defender qualquer doutrina ou ideologia política no mundo contemporâneo enquanto houver a divisão omitida, enquanto houverem rodadas de negociações comerciais, politizando apenas a questão do protecionismo entre seus pares. O interesse social dentro do comércio internacional não faz parte da agenda principal na estruturação do desenvolvimento global.
     A economia mundial nada tem feito no combate à pobreza, muito pelo contrário, são as diferenças crescentes entre os mais ricos e os mais pobres que estão tomando conta das manifestações globais. O caminho à seguir, caso não retrocedam essas manifestações, será o pensamento liberal da economia induzir o Estado a reduzir o seu tamanho à favor da sociedade.
     O debate sobre a economia mundial perde o significado enquanto virarmos as costas para os pobres, o que se faz é economia para os ricos, todos os mercados não transferem  nenhum dividendo para as populações das periferias urbanas e os governos escrevem suas leis entre vírgulas e condicionantes. 

sexta-feira, 1 de novembro de 2019

AS RUAS DAS CONTENDAS INGLÓRIAS

     O que marmoriza a prosperidade é o princípio do respeito à igualdade, aquela que desiguala a desigualdade. Não existe nenhum princípio além do respeito ao trabalho, capaz de acabar com o conflito do salário justo, nem antes e nem depois de Marx.
     A introdução da máquina na produção representou a evolução do lucro, esse martelo em cima da cabeça do trabalhador passou a ser chamado de produtividade, a sua generosidade nunca chegou ao trabalhador pela divisão isonômica do lucro produzido pelo seu trabalho.
     A evolução do processo produtivo contrariou o fundamento de felicidade da teoria econômica, Marx temia pela incapacidade do trabalhador em consumir o seu próprio produto, e ele estava certo. A ideia materialista fundamentaria toda a teoria em todos os conceitos modernos de produção. Rebaixou os níveis das classes operárias à dois tipos : os tecnológicos e os não tecnológicos.
     Diferentemente das revoluções passadas, na minha visão, não haverá mais os processos de readaptações, devido as velocidades das mudanças. Com o tempo, as insatisfações sociais serão substituídas por programas assistenciais caritativos, e a humanidade seguirá o caminho inverso :
     A salvação pelo retrocesso !

segunda-feira, 28 de outubro de 2019

ENQUANTO A CARRUAGEM PASSA

     O domínio e o poder mudam de " mão em mão " e em seus objetivos não faz parte o povo, como não faz parte na disputa pela conquista do dinheiro, da matéria prima, dos recursos naturais e principalmente da lei. O sentimento e o pensamento que os impele é a ganância farta e disposta, habitando no meio da soberania. É o prêmio natural de quem é herdeiro dos grandes impérios, senhores donos do dinheiro do mundo.
     Esses senhores não interferem nos meios circulantes da moeda, preferem a articulação das tendências dos mercados e eles são os mesmos que em nome dos direitos, dos princípios e conceitos de democracia, redigem as leis e formalizam a política para o povo respeitar. Portanto, nesse velho juízo repousa a afirmação de que ainda está na mão da família a chave mestra do mundo. sobrepondo aos gestores públicos e seus alquimistas do dinheiro que embalam a história de acabar com a miséria humana.
     A chave que desconecta a ordem do sistema parece estar girando. 

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

A EXTINÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO

     Os economistas e mestres estudiosos das antigas doutrinas e os analistas modernos trocam desencontradas opiniões sobre o futuro do emprego. Sabemos que toda inovação  no sistema econômico, exige a readaptação da mão de obra e ela traz consigo a diminuição da força do trabalho humano, redução de encargos e salários.
     Não é de hoje que alguns sinais começaram a afetar diretamente a vida das famílias. Alguém duvida que a estabilidade do emprego é coisa do passado ? e que a velocidade da inovação tecnológica, assim como na primeira revolução industrial, é o fantasma de quem ainda está empregado?
     Ao se verificar que a taxa média do crescimento líquido da população mundial, em torno de l,5% nos últimos 25 anos é acompanhada por níveis reduzidos do PIB médio mundial, o espaço de formação de poupança familiar é pressionado e ainda assim é obrigada a transferir para os governos através de impostos a sua segurança sem receber a reciprocidade social.
     Muito embora, todos esses aspectos possam ser rebatidos, acredito todavia que eles sejam a consolidação de todos os motivos que estão se espalhando pelas manifestações nas  ruas das cidades.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

O MUNDO EM PASSO DE ESPERA

     Com a desaceleração latente da economia mundial rondando os mercados de fatores é normal que o sistema entre em passo de espera. A impressão geral é de um processo crônico de insegurança nos investimentos. Os resultados negativos  nos preços das commodities e a resistência na composição de melhores níveis de abertura na bolsa de empregos, fazem parte fundamental, a meu ver,  do leque de fatores que sustentam a apatia no comportamento da economia mundial.
     Ainda assim, existem os países que protagonizam o fator da importância do mercado que movimenta as commodities do agronegócio. Eles estão fora necessariamente da crise psicológica das  incertezas, devido a natureza social da produção transportada.
     Seria essa a nova ordem econômica prevista para o mundo sustentável ?
      Os investimentos oriundos das poupanças seriam priorizados para a sobrevivência humana, contra a redução provocada pela inflexão dos hábitos e costumes de consumo da sociedade internacional. Podemos prever uma guerra de interesses patrimoniais, sobretudo em relação à dimensão instalada da indústria por todo o mundo.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

O ESTADO ESTÁ PERDENDO O PODER

     O Estado recua diante do limite imposto pela razão do cidadão no palco do mundo. Os novos sinais estão surgindo trazidos pelos cidadãos virtuosos e que seguem a virtude como guia para divergirem do Estado e impedirem dessa forma a tirania.
     Aristóteles acreditava que só haveria um Estado feliz quando todos os seus cidadãos tivessem a consciência plena da felicidade. Todavia, esse pensamento filosófico não representa nada além de uma visão imaginável de um horizonte de mais de dois mil anos atrás
     Como o Estado sempre viveu de tributos, convém mencionar que atualmente somente entre as 15 principais economias, excetuando os Estados Unidos, Japão e Coréia do Sul, tem uma carga tributária que ultrapassa em média os 40% e que a grande maioria dessa sociedade não recebe o retorno suficiente e compensatório. As contas públicas são deficitárias com o peso da má gestão de gastos  significativos no orçamento, sem condições portanto, de formação de poupança. Esse quadro, é bom que se diga, diz respeito  às economias mais desenvolvidas e o pior é o resultado social quando o índice de Gini revela que a riqueza produzida no mundo dos ricos está longe do alcance de todos os cidadãos.
     Os sinais de descontentamento humano se espalham e contaminam primeiro os menos favorecidos, mais ninguém ficará imune.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

A MADEIRA SERRADA VALE OURO

     Em setembro de 1980 chegava ao Brasil uma delegação de mais de 20 empresários europeus, chefiada pela associação dos Madeireiros da Suécia para junto com o IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal) extrair 5,6 milhões de metros cúbicos de madeira de primeira qualidade. Naquela época os seis projetos hidroelétricos projetavam um ganho de 30 milhões de dólares em 90 milhões de metros cúbicos de madeira tipo A.
     Em 2018 somente dois Estados Brasileiros do norte, faturaram mais de 200 milhões de dólares com a exportação aproximada de 3 milhões de metros cúbicos de madeira nativa. A diferença no tempo está na valorização extraordinária dessa mercadoria, alimentada por uma lei de sustentabilidade que apenas favorece aos quase 800 membros de associações de madeireiros da região citada.
     Os importadores são os mesmos que se manifestam contra o desmatamento brasileiro. A Ásia, os Estados Unidos e a União Europeia são os maiores fregueses, além do sul e sudeste brasileiro, ávidos pela madeira tipo A brasileira. Ignoram ou não se interessam em conhecer o fato fundamental de que o manejo de 25 anos para o rodágio do corte de madeira de lei representa a condenação da floresta, ( o reflorestamento de madeira tipo A, em meu pequeno sítio realizado há mais de 30 anos, ainda está na juventude ).
    " Esse é um Negócio da China", talvez por isso ela seja o maior importador.
     

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

O PROTOCOLO DO SUBDESENVOLVIMENTO

     De tempos em tempos o mundo mergulha em águas turvas, contaminadas pela incerteza encontrada no caminho até então percorrido. Esse caminho tem sido marcado por conflitos que sempre deixaram um rastro de destruição sobre tudo aquilo que o pensamento de solidariedade projetava para o desenvolvimento geral.
     As crises econômicas e as perturbações de caráter político-ideológico concretaram o âmago da insegurança que até os dias de hoje marca o balizamento  pessimista de todos os fundamentos, sejam eles liberais no sentido da maior participação do setor privado e totalmente aberto às leis de mercado, ou sem assemelhar, os sociais conservadores com suas amarras de planejamento centralizado.
     Entre as correntes de pensamentos, estão a crescente riqueza das nações e o contraponto do subdesenvolvimento e a fome que até a virada do século representava três quartos da população mundial. As alternâncias das ideologias adotadas na condução dos agentes econômicos, a meu ver, sempre encontraram um poder intransponível na concentração da riqueza nas mãos de poucas pessoas.
   








segunda-feira, 7 de outubro de 2019

O IMPERIALISMO ECONÔMICO EUROPEU

     O século XIX pode ser considerado como o período da repartição da África em colonias europeias, são ainda hoje, mais de 50% de países africanos falando linguás da Europa.
     Somente a partir do final da segunda guerra mundial é que : com o surgimento do nacionalismo africano, a exploração das riquezas pelas metrópoles cedeu ao processo político nacional, notadamente na África Central, aonde se localizava os maiores depósitos de riquezas minerais.
     A Europa então, como o continente mais desenvolvido se apoderava livremente de qualquer região. O colonialismo francês e inglês, por exemplo, se deslocou para o Oriente, avançou seu horizonte até o Extremo Oriente, chegando à Península Indochinesa e à Birmânia respectivamente.
     Devemos entender portanto que em todo o desenrolar da história moderna, a exploração econômica pelas nações colonialistas não foi mais consentida, e o domínio a partir do nascimento do sentimento nacionalista e protecionista, não teve mais sentido, na medida em que a modernização dos sistemas de comunicação se globalizavam, alcançando em tempo real todos os recantos do mundo.
     É como se a história da humanidade estivesse começando de novo, trazendo em sua escrita os verdadeiros fundamentos de justiça e liberdade.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

A EUROPA SEM FUTURO

     Como podemos pensar de outra forma que não seja de um continente ultrapassado. É dependente da energia importada do leste e o seu poderio industrial está nas multinacionais instaladas no exterior. Alguns dos setores industriais, responsáveis por uma grande massa salarial, estão sob forte questionamento ambiental, as produções  automotivas e aeronáuticas são as principais. As produções do setor químico que atendem toda a agropecuária no mundo inteiro, começam a ceder seus capitais para as grandes empresas chinesas e americanas, perdendo a participação na receita do produto exportado.
     A dívida pública consolidada dos grandes líderes da União Europeia funciona como em amortecedor nos investimentos, e isso projeta politicamente um enfraquecimento para a estabilidade política que se arrasta desde a crise grega. Se acrescentarmos às questões sociais e seus efeitos sobre a economia o êxodo incontrolável dos foragidos e refugiados, que se acotovelam sob as vistas dos governos, essa situação da Europa poderá ser explicada pela fuga da Inglaterra, como aquela primeira pérola a escapar do cordão.

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

O FIM DAS GREVES

     Próximo ao fim do século passado a GM americana enfrentou uma vigorosa greve de seus trabalhadores, com um planejamento financeiro dos sindicatos que permitiria sustentar uma "queda de braço" por 6 meses. Posteriormente essa montadora suportou mais 3 greves e em todas elas as reivindicações eram inseridas as necessidades das garantias sociais e previdenciárias.
     As reivindicações trabalhistas são os reflexos do nível da economia, quando a economia vai mal quem manda é o empregador e quando a economia vai bem quem manda é o trabalhador. Isso é uma máxima da teoria econômica. Qualquer greve atualmente abre espaço para os acordos com trocas de garantias de permanência do emprego por concessões de vantagens adquiridas em benefícios assistenciais, bonificações e reduções de salários.
     O fantasma que ronda a economia mundial neste século, fragiliza todas as políticas de investimentos e contingencia a renda familiar, se esse eixo não adquirir força no curto prazo os sindicatos estarão sem condições de pensar em greve, qualquer que seja o motivo.   

domingo, 29 de setembro de 2019

A FORMA DE PENSAR MUDA ?

     " Os homens não deixarão de fazer exatamente o que fazem, ainda que te arrebentes pregando o contrário."
     É um pensamento atribuído a Marco Aurélio, nascido no ano 121 da era cristã. E a história só nos tem dito que mudamos os meios, mas não mudamos os hábitos e os costumes. Mudamos até os conceitos ou toleramos novas ou velhas doutrinas, mas continuamos acreditando que somente em nós está guardada a verdade do mundo.
     A globalização quando começou a transferir as riquezas, imediatamente teve início o questionamento dessa política antagônica aos milenares sistemas oligárquicos.
     Se alguém achar que as novas ideias de solidariedade e sustentabilidade da riqueza serão capazes de mudar o pensamento egocentrista, é achar também que Marco Aurélio não sabia o que dizia.

sexta-feira, 27 de setembro de 2019

AS REFORMAS DO CAPITALISMO CONDENADO

     Quando Karl Marx no início do século XIX apresentou as bases que pretensamente sepultaria a doutrina capitalista, muito antes dele; Platão, São Tomás de Aquino e Sir Thomas More, já haviam manifestado os princípios socialistas. Todos eles aboliam a propriedade privada e a acumulação da riqueza e da sua transferência por herança.
     O socialismo científico de Marx, muito embora tenha influenciado o pensamento econômico, somente na Europa conseguiu sobreviver, muito mais pelo que pretendia dizer do que havia escrito. Certas predições sobre o futuro do capitalismo seriam esquecidas com a evolução do processo econômico em função da demanda da tecnologia embutida nesse processo.
     Ainda assim, não se pode negar a contribuição filosófica do pensamento de Marx para a teoria econômica. Entretanto, foi esse o caminho que o capitalismo percorreu, revolucionando pragmaticamente mais que a proposta da intelectualidade social. Gradativamente o capitalismo abria a doutrinação através das reformas na educação, tributação, trabalho, sindicatos, política e agraria.
     Seguindo a linha do pensamento lógico do socialismo de Marx, o que ele deixou foi o legado da dinâmica introduzida na doutrina mais liberal do capitalismo, em busca do desenvolvimento social.

segunda-feira, 23 de setembro de 2019

HÁ UM NOVO GIGANTE NO MUNDO

     Costumava-se dizer: " quem tem o dinheiro tem o poder". Não é mais verdade,  "quem tem todos os recursos naturais tem o poder!"
     É por isso que no momento o Brasil recebe a capitalização política do ônus ambiental , por ser o grande exportador de commodities. Em 2017, convém exemplificar, 80% das exportações brasileiras foram direcionadas para a China; essa parceria tem favorecido sobremaneira ao país asiático que tem utilizado a sua elevada taxa de poupança em relação ao PIB nos investimentos de ativos brasileiros, como o embarque de grãos no rio Madeira em plena amazônia.
     A Amazônia por estar localizada numa região que faz fronteira com o hemisfério norte precisa ser utilizada estrategicamente como principal rota de acesso mais rápida com o mundo desenvolvido. Isso não significa, apesar da preocupação comercial do mundo, que o Brasil, diferentemente do que ocorreu com o meio ambiente do planeta, faça a mesma depredação.
     A soberania brasileira é intocável ! ela é exatamente igual a todas as outras, em todos os países existem explorações de minas abertas ao céu aberto de ouro, carvão, bauxita, cobre e ferro. A madeira e o petróleo são consumidos de forma legal e a exploração da agropecuária se mantém nos moldes tradicionais do uso de defensivos que contaminam os lençóis freáticos. São esses mercados que fazem competição internacional com os produtos brasileiros.
     O que está ocorrendo é uma "cortina de palco" com a Amazônia brasileira, como ferramenta da neutralização da capacidade de liderança das commodities brasileiras.

domingo, 22 de setembro de 2019

O CONSUMO COMPULSIVO DO MUNDO

     Esse é o problema a ser resolvido para combater os desastres climáticos!!!!!
     A necessidade de consumo dos elementos essenciais da natureza colocará por terra qualquer política de sustentabilidade, isso porque existe um jogo entre a proteção do meio ambiente e a forma moderna de viver.
     Se avaliarmos alguns dados oficiais macroeconômicos, a conclusão óbvia será que, afinal de contas, a evolução de todo o sistema mundial produtivo só foi possível, devido ao crescimento de uma cultura promovida de consumo. Os 15 maiores produtores de petróleo são os 15 maiores consumidores. Quase 80% das necessidades enérgicas do europeu são atendidas com recurso do petróleo, gás e carvão; um único europeu consome 27 megawatt/hora; o consumo de água mundial variou de 580 km3 em 1900 para 3800 km3 em 2018 de água doce, sendo que 70% é destinada para a irrigação, segundo a FAO.
     Por outro lado, a produção de grãos brasileira em 50 anos passou de 38 para 236 milhões de toneladas, em 2016 estima-se que foram enviados para o exterior, algo em torno de 112 trilhões de litros de água do solo brasileiro dentro dos grãos de soja exportados. O que significa um débito real da capacidade hídrica desse recurso vital em troca de uma falácia de desenvolvimento sustentável, prevalente para o discurso que domina o poder econômico esperando que em 2050 tudo esteja como hoje.

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

PROTESTAR, É TRANSFERIR RESPONSABILIDADE

     Se a grande massa de jovens mundial está protestando contra o sistema produtivo que sustenta ela própria, qual deveria ser então a sua contribuição no sentido de contermos o desastre climático que já começou ?
     Ela precisa saber que há muito tempo a FAO vem alertando sobre o consumo desenfreado de todos os recursos naturais. Se desconhece isso nesse mundo conectado, errou por omissão. Essa Organização em 2015 relatou que a produção agrícola mundial havia triplicado em 50 anos e que apenas 25% se destinava ao consumo humano, e que quase 1 bilhão de pessoas estavam subnutridas.
     Não há como negar o êxodo dos jovens, fugindo do campo para as grandes metrópoles, apenas no Brasil nos últimos 50 anos a população urbana cresceu perto de 6 vezes. E devemos concordar que isso não é um fenômeno exclusivo brasileiro.
     A água está acabando, e no entanto, o consumo de proteína animal e a produção industrial mantém seus focos na manutenção dos rendimentos e na exploração das faixas etárias mais jovens.
     A minha angústia  é muito velha, minhas reflexões me conduziram para o único caminho cujo desafio é a coragem de retrocedermos.
     Qualquer outra opção, mesmo que estabelecendo metas e prazos,   será remediar enquanto o fim não chega.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

A FOME ESTÁ AGENDADA PARA 2050

     A FAO estima que a produção de alimentos até 2050 deverá ter um crescimento a partir de hoje na ordem de 60%, necessário para alimentar uma população mundial de 9 bilhões de pessoas.
     Sobre essa projeção a quem caberá essa incumbência, senão o homem do campo !
     Se retrocedermos até a década de 50 do século passado, a prole humana tem seus indicadores de crescimento reduzidos ao longo desse período, suas taxas de crescimento vegetativo foram derrubadas pela metade.  Naquela época, a China mantinha quase um bilhão de pessoas concentrada no litoral e as mulheres do nordeste brasileiro chegavam a ter seis filhos. Como não haviam políticas de governo capazes, sobre o controle de natalidade, as alterações das pirâmides etárias só vieram a sofrer distorções, com os efeitos dos fatores de comunicação e principalmente do efeito da infraestrutura social.
     A China e a Índia mantém 3 bilhões de pessoas na classe média, caminhando para mais de 80% de pessoas urbanas, fora do campo ! O elevado desempenho industrial contrapõe uma dependência de alimentos, mesmo que seja necessário
um programa de investimentos em áreas de outros países.
     Essa abordagem sobre o fator humano na produção de alimentos não considera a questão climática, o que por si só chancelaria essa previsão.

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

O ENDIVIDAMENTO GLOBAL

     A produção mundial bruta alcançou 80 trilhões de dólares sem conseguir reduzir os déficits das contas públicas das maiores economias. Como essa conta precisa fechar a solução imediatista é buscar na poupança privada a cobertura necessária, mesmo que para tanto, a sociedade se torne credora de um Estado já penhorado.
     Não é de hoje que as famílias pelo mundo afora vem cobrindo as contas públicas em troca de títulos oferecidos no mercado financeiro, como é o caso do momento, em que o Banco Central Europeu corre ao mercado quando a economia do continente não encontra no horizonte próximo as soluções estruturais capazes de salvar o Bloco cada vez mais dependente do que ocorre no resto do mundo.
     Os indicadores das contas públicas internacionais, no meu entender, funcionam como freio nos investimentos e colabora com a nuvem de incertezas na liquidez da poupança privada. Enquanto isso, poucos países como o Brasil, oferecem um quadro de estabilidade institucional bem definido e com um projeto potencialmente forte, refletido do desempenho do mercado de capitais.
     Para o investidor de capital, a lógica não se baseia unicamente em aritmética. No campo visual dele a idade promissora do lugar da sua alocação é que definirá seus rendimentos constantes. 
 

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

O CAPITALISMO VENCEU AS VELHAS DINASTIAS

     Diz um velho ditado : quanto maior a árvore maior será o seu tombo.
     O gigantismo despertado pelo Estado chines nos últimos 30 anos, deixou no passado todas as heranças culturais em troca de um moderno capitalismo globalizado, podemos dizer ainda palavreando o caráter popular : pegou o mundo inteiro com as calças na mão.
     Maior que o próprio acontecimento, é a compreensão que esse mundo assustado deve ter quanto ao valor de uma decisão nacional, poder representar na própria história e no legado cultural de um povo e de um país, ao deixarem o passado esquecido e mergulharem com estoicidade na conquista de todos os mercados.
     Esse avanço é compulsivo; são transportados pelos oceanos anualmente algo em torno de 100 milhões de contêineres chineses. Essa máquina de fazer dinheiro corre o risco de inflacionar os interesses nacionais dos países capitadores de capital externo e com efeito, emperrar e quebrar.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

OS AMBIENTALISTAS PERDEM PARA O PETRÓLEO

     Esse é um negócio que dominou todas as decisões de investimentos, até que, empurrada pela motivação dos danos ambientais, o dinheiro que remunerava os petrodólares seguiram o caminho dos ambientalistas e passaram para o lado das novas fontes de energia.
     Não obstante, o pior ainda é para o mercado de petróleo a demanda andar atrás da oferta. O cenário fica cada vez mais preocupante com a economia sinalizando uma perda de ritmo, aguardando possivelmente que as contas das grandes economias possam refletir positivamente para a retomada dos investimentos.
     Apesar de tudo, alguns produtores ainda pagam um custo menos de 10 dólares por barril diante de uma cotação em torno de 56 dólares, permitindo um longo estágio de conforto de uma generosa receita. A variação dos níveis ao longo do tempo não justifica uma eventual previsão de que o petróleo não manda mais nas cartas que estão sobre a mesa da economia mundial.

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

O NOSSO AMADO DIÓXIDO DE CARBONO

     A ONU publicou em 2005 uma pesquisa elaborada em 95 países com 1360 cientistas sobre uma avaliação do Ecossistema mundial no último milênio. É um documento revelador da ação sempre predatória dos processos produtivos, não importando dizer qual a política adotada em determinada época.
     Com a presença da tecnologia cada vez mais participativa na produtividade, acreditava-se em uma economia mais racional e sustentável, todavia com a sua incorporação no sistema globalizado de comércio as escalas de produção dispararam carregando junto todos os seus efeitos consequentes.
     Bastaram os últimos 50 anos desse milênio, segundo a ONU, para que houvessem o esgotamento dos pastos, florestas, terras cultiváveis, rios e lagos. Perdemos, ainda pelo citado trabalho, 1/5 dos recifes de corais e 1/3 dos manguezais.
     Como explicar esse prejuízo a não ser com as 25 bilhões de toneladas métricas de dióxido de carbono lançadas por nós na atmosfera. Lamento que a opinião pública internacional aponte o dedo para o Brasil como o país da tirania do meio ambiente, sem olhar para o próprio umbigo, e a opinião pública brasileira que só agora queira entender a contabilidade do desenvolvimento.

sexta-feira, 30 de agosto de 2019

A VORACIDADE PATOLÓGICA DO HOMEM

     Provavelmente Malthus no século XVIII não fazia ideia de quando a população consumidora do sistema econômico estaria sentindo os primeiros efeitos da mudança do planeta. É claro que vivemos assustadoramente diferente do início daquele século, como diferente também é o nascimento definitivo da preocupação por um desastre climático.
     Os 3 séculos que se seguiram, permitiram ao Homem ter o poder de inaugurar a era do Antropocentrismo, como se fosse capaz de ser dono de tudo e ter a natureza à disposição da sua ganância de riqueza sem sofrer com as consequências. Como é possível, depois de todo o esgotamento já realizado acreditarmos que o crescimento da humanidade, com os moldes de produção e consumo praticados até agora, possam ser feito para sempre com sustentabilidade.
     Toda produção econômica é exploratória da natureza e ela acaba.

segunda-feira, 26 de agosto de 2019

O FEUDO DO SÉCULO XXI PERTENCE AO G-7

     A reunião do G-7 nada mais é do que combinarem o loteamento do atual sistema econômico. Estão em volta de uma mesa para dividirem o lucro com o consumo excessivo e o desperdício do mundo, enquanto isso, aqueles que lutam pelas sobras não sabem que são manipulados pelas estratégias de mercado para manter as classes consumidoras divididas.
     O ciclo de dominação ainda está muito longe de acabar, se é que acabará. A diferença fica por conta da evolução de suas práticas, com novos acessórios incrementados pela ciência tecnológica. Aplicá-se o capital das famílias de destinação social em tudo que possa manter a sociedade consumidora sob o manto do império do desperdício, e dessa forma nesse mundo interligado, as diferenças de argumentos se diluem com a interposição de questões pequenas, mas potencializadas, para que a sociedade não entre no debate dos fundamentos que nos levarão, com fanal certeza, à escassez de tudo. 

sábado, 24 de agosto de 2019

" NÃO PODEMOS BLEFAR COM A COMIDA " !!!!

     É um contrassenso ou fraqueza política nos dias de hoje, se alguns políticos quiserem jogar com uma potência do setor da agropecuária. Após o acordo entre o Mercosul e a União Europeia a atitude da Alemanha e França em questionarem o acordo por conta das queimadas no Brasil, é no mínimo uma intensão de tirar alguns ganhos políticos internos.
     Atribuir ao governo brasileiro falta de responsabilidade pelos crimes ambientais em um país de dimensões maior que a própria Europa, é a maior irresponsabilidade no trato do problema. Prefiro imaginar nesse aspecto do que ver outras intensões de soberania.
     A União Europeia não pertence apenas a dois países, os vinte e oito integrantes somam mais de quinhentos e sete milhões de habitantes, desse total os dois países mencionados representam menos de 30 %. São dois países com elevadas taxas de envelhecimento, com uma relação de 50% a mais de idosos na comparação com os jovens. Vale ainda lembrar que as políticas de incentivos natalistas fracassaram, empurrando uma questão social para cima da questão econômica.
     O Brasil é um país jovem e está aproveitando as incertezas globais para se tornar o grande celeiro do mundo. O escoamento das safras agrícolas atravessam mais de quatro mil quilômetros pela região amazônica até ao norte de onde embarcam para todo o mundo. Países interessados nessa commodities vital como a China, já investiram na infra estrutura necessária.
     Se a Europa blefar, correrá o risco de ter que plantar para alimentar suas grande população de idosos. 

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

A FLORESTA AMAZÔNICA NÃO É A VILÃ DO MUNDO!!!!

     A Europa deveria informar quantas são as suas multinacionais que operam na região norte do Brasil além de incluir qual é a sua participação no setor de agrotóxicos na agricultura brasileira. A Europa está às portas da falência, e seus principais países estão dependurados em suas contas públicas com sérias dificuldades em resolverem as questões sociais emigratórias.
     A União Européia deve saber que acordos comerciais é uma via de mão dupla. As restrições serão sempre para os dois lados. Portanto, o difícil é saber quem perde mais ou se todos perdem.
     As causas e os efeitos do aquecimento global não surgiram dentro da Amazônia. Durante os últimos 35 anos, vivendo em um pequeno sítio de 6 hectares dentro de uma área de preservação ambiental na mata atlântica brasileira, muitas foram as vezes que me aventurei na tentativa frustante em combater o fogo no período da seca.
     O fogo inicia normalmente à noite em capoeira ou pasto e avança para a parte alta do terreno e raras vezes invade pela mata. A queimada está sempre aonde está a presença humana ( basta observar que na maioria das fotos divulgadas, percebe-se os vestígios como cercas, estradas e atividades extrativistas ou pequenas comunidades).
     A redução drástica da presença dos insetos em meu sítio, alterou visivelmente o equilíbrio das estações e da fauna local.
     Será que a culpa é da Amazônia ?
     

sábado, 17 de agosto de 2019

A AMAZÔNIA É INTERNACIONAL

     Sempre houveram estrangeiros dentro da Amazônia, e o povo brasileiro por uma irresponsável omissão não imaginava que um dia poderia se tornar corresponsável pela perda amazônica.
     Não foram apenas os franceses e holandeses que no despertar desta Nação tentaram avançar sobre nossas riquezas. Existe uma cidade na amazônia chamada Fordilândia, criada pela exploração da borracha para a segunda grande guerra.
     Tem sido assim a história não contada da floresta, lugar cobiçado por organizações de todo lenho cientifico e de indisfarçável presença da pesquisa de multinacionais em adquirir patentes na área farmacológica e cosmética. Além disso, apenas sabemos da exploração potencial de toda ordem de minérios raros e da exploração de madeiras nobres a serem consumidas pelo mundo todo.
       O mundo deve assumir sua hipocrisia. Quero ver amanhã encerrarem todas as fábricas de bens de consumo duráveis e não duráveis, ou os petroleiros aos milhares que navegam pelos oceanos, atracarem para sempre nos estaleiros ou os gigantes graneleiros não encherem mais seus tanques de soja e milho ou as usinas de carvão e gás não fornecerem mais para o inverno europeu.
      O Brasil foi a terceira nação a constituir o poder legislativo, atrás apenas da Inglaterra e os Estados Unidos, o que nos coloca como uma Nação a ser respeitada, primeiro por nós mesmos e o mundo saberá entender.
     Em 1923, quase cem anos da inauguração da ermida de São José no Rio de Janeiro, Amadeu de Beaurepaire escrevia sobre a história daquela ermida : "Depois...depois...passam os tempos, morrem os séculos, tudo muda...desprezam-se as tradições e tudo em nome do progresso e da civilização".

sexta-feira, 16 de agosto de 2019

A PENHORA DA AMAZÔNIA

     O Banco Mundial vem registrando a perda sistemática do PIB da economia globalizada, esse recuo é atribuído pelo banco à um possível estresse hídrico. Uma outra informação nos diz que de toda a disponibilidade de água para a irrigação, mais de 90%, é destinada às grandes propriedades rurais, isto é, essa água abastece a produção de alimento consumido pela comunidade internacional e entretanto até agora pouco havia de preocupação sobre essa questão.
     Um estudo da OCDE estima para 2050 um aumento de consumo de água em torno de 50%, podemos acrescentar diante dessa informação que, com a produção industrial nos moldes atuais, necessita de 300 caixas de 1000 litros de água para a produção de uma tonelada de aço enquanto a agricultura brasileira manda para o exterior mais de 100 trilhões de litros de água anuais contida nos grãos de soja.
     O aquecimento global é o principal vetor da emigração humana, esse movimento  transmite a real noção do desiquilíbrio no uso das riquezas naturais, junte-se à isso a prodigalidade dos governos e na fomentação de crises, e a maior de todas as crises chegará quando a escassez hídrica gerar a inflação fatal nos preços dos alimentos.
     ´Se é um rol de informações pessimistas, no entanto não podem ser descartadas, haja visto, que de repente, a opinião pública internacional tomou conhecimento que existe a Amazônia e que ela é a fiel depositária da penhora por tudo que o mundo dos ricos queimou até hoje. 

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

QUANDO 1% É MAIOR QUE 99%

    O espaço ocupado pela Amazônia brasileira corresponde aproximadamente à1%  do planeta Terra. Dizem que ela é o pulmão do mundo, mas não dizem o que ocorreu com os 99% do planeta desde o século XVII.
     Em primeiro lugar a indústria madeireira não surgiu no Brasil, pois a madeira acompanhou o desenvolvimento de todas as nações ricas que fazem parte do Continente Europeu. Esses países sempre aumentaram a procura por madeiras nobres de lei, elas são classificadas em seu valor pelas fibras curtas que impedem a entrada de pragas e podridão.
     Assim como o tráfico de drogas, o desmatamento só terá fim quando acabar a procura por madeiras nobres de florestas nativas.
     Enfim, em nome do desenvolvimento também chamado de sustentável, derrubamos árvores bicentenárias com 2 metros de diâmetro. Esse processo legal é o maior desastre praticado de forma oficial nas florestas brasileiras, processo conhecido por corte de madeira seletiva ou certificada.
     É um engodo que serve para desmatar sem que apareça nos registros controladores visto de cima. Somente a Amazônia legal dispõe algo em torno de 80 bilhões de metros cúbicos de madeira tipo A. Em 1980 foram retirados 90 milhões de metros cúbicos para inundações de hidroelétricas, rendendo na época 40 bilhões de dólares.
     A sustentabilidade e o desenvolvimento precisarão de novos padrões éticos de produção e consumo para poder seguir em frente. O mundo até hoje foi depredador da natureza e acorda para a salvação que só virá da Amazônia ???!!! Nesse caso cabe ao Brasil exigir royalties aos países que chegaram ao desenvolvimento na exploração industrial e poluíram a Terra. Enquanto isso, essa riqueza estará sob nossos cuidados.
     Porque os outros falharam !

     

sábado, 3 de agosto de 2019

O NÓ DO PENSAMENTO

     O nó da humanidade não se desatará, é fatal ! se parar de crescer demograficamente, morrerá... e morrerá se continuar a crescer.
     Para deixar de ser fatal, temos que retroceder. Depois de tudo que já vi em previsões, a minha conclusão factível não me conforta. O mundo acredita que o desenvolvimento sustentável garantirá o futuro, porém ninguém se atreve a projetar de como ficarão as explorações dos recursos naturais que servem como matérias primas, quando a industrialização desenfreada tomar conta de todo o Continente Asiático.
     Como o nosso destino está entregue às gerações dos jovens, caberá à elas a consciência de que precisará mudar os hábitos de consumo de forma parcimoniosamente. Será definitivamente necessário a coragem de todos para retrocederem ou morrerão vítimas da mudez, da surdez, da visão e lamentavelmente pelo falso pensamento !

sexta-feira, 2 de agosto de 2019

A HIPOCRISIA DO " THE ECONOMIST."

     A revista "The  Economist" faz severas críticas sobre o governo brasileiro na proteção da Amazônia. Estranhamente deixa de mencionar, talvez por um ligeiro esquecimento do passado recente, que em 1984 a primeira ministra britânica Margaret Thatcher, recomendava que os países devedores deveriam vender suas riquezas naturais para pagamento de suas dívidas.
     Naquela época, muito embora o Brasil mantivesse 35% das reservas mundiais de madeira tropical, apenas participava com menos de 3% no mercado mundial, enquanto o sudeste asiático dominava o mercado com 85%, voltados principalmente para o consumo ávido europeu e americano.
     O desmatamento é crime de toda a humanidade, e esse crime se tornou o   mostro de nossos dias pelas mãos da tecnologia desenvolvida pela economia dos países ricos. Eles são os verdadeiros vilões dos efeitos colaterais que o desmatamento causa à desprotegida humanidade.
     Façamos justiça  ao Brasil, o palco do iminente desastre mundial não será a Amazônia brasileira. Procurem os vestígios, se ainda existem, das florestas por onde passaram a insânia e a gula humana, antes de pisarem neste solo abençoado chamado Brasil.
     

quarta-feira, 31 de julho de 2019

O VALOR DAS COISAS VITAIS

     O potencial estimado do mercado de títulos climáticos tende a ultrapassar os 100 trilhões de dólares, vejo esse número como um chamamento aos espertalhões de plantão desse mercado para as oportunidades dos chamados de "crédito de carbono e green bonds".
     É um estelionato internacional e o principal garantidor desse negócio é o Brasil. As bolsas negociadoras como a de Luxemburgo estão de olho na política lobista do meio ambiente, no sentido de impedir que países possuidores de elevado nível de qualidade ambiental, deixem de ficar como avalistas do capital tomado por aqueles títulos, enquanto os países mais poluidores fiquem protegidos como no caso específico da União Europeia que emite para a atmosfera 80% de gases, apenas em energia.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

O VALOR DAS COISAS INÚTEIS

     A doutrina cardinal de Tomás de Aquino interpreta o valor de um bem pela justiça no ato da troca. A bem da verdade, o conceito de troca avançou no sentido abstrato, mesmo com a utilidade marginal tendo fornecido novos entendimentos, ainda assim, novos elementos foram descobertos.
     A noção de valor margeia o pensamento filosófico desde Aristóteles e nada mais proposital do que cunhar o elemento tempo como medida determinante no valor de qualquer bem físico ou não. A velocidade do tempo e o consumo, juntos,  derrubaram por terra o debate histórico sobre a formação do preço. A troca não se faz mais pelo juízo  dos fatores econômicos agregados, é a noção momentânea da inutilidade, pela presença do fator tecnológico, que imprime o valor de qualquer coisa. O que dizer, em outras palavras, é quando alguma coisa foi produzida já se tornou obsoleta.

sexta-feira, 26 de julho de 2019

A NECESSIDADE NÃO TEM HIPOCRISIA

     Existe uma dureza em se falar sobre duas questões fundamentais : a produção de alimento e a utilização dos recursos da terra. Qualquer que seja o debate nesse sentido, uma verdade é inquestionável, mais da metade da população mundial vive nas cidades, é urbana. Ela precisa se alimentar todos os dias, sobre essa conjunção, aliá-se a previsão para uma sociedade urbana maior em 65% para os próximos 30 anos, isso passa rápido !
     Se voltarmos no tempo, entre 1950 e 2000, o crescimento urbano foi acima de 5 vezes. Esse êxodo, alterou todos os ecossistemas. Com efeito, o surgimento de novas necessidades na organização da sociedade consumidora de alimentos trouxe no colo o problema da utilização inteligente do meio ambiente e ao mesmo tempo a revelação da sua fragilidade de difícil compreensão quando se precisa modificá-lo na busca do alimento.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

UM MUNDO CALOTEIRO

     Por preferirmos a proteção do Estado, o mundo está insuportavelmente endividado. Ficou apenas na literatura dos liberais da economia o sonho do liberalismo como modelo de prosperidade liderada pela iniciativa privada. Pior é ter medo  de torná-lo realidade, faz parte da covardia humana e da descrença que temos sobre nós mesmo.
     Funciona assim: é mais confortável transferirmos responsabilidades e nos omitirmos das informações preocupantes fornecidas pelos indicadores econômicos e sociais.
     A sociedade mundial é credora de todos os Estados no planeta algo em torno de 245 trilhões de dólares, foi ela quem forneceu esse dinheiro para que os governos de maneira pródiga gastassem. Isso é puro calote internacional, o PIB mundial representa quase 4 vezes menos, ou seja, não existe riqueza ou poupança produzida pela economia com poder de pagamento. Levemos em conta que a produção de 10 países representa 2/3 do PIB mundial, e são os principais devedores.
     A recessão mundial já a bastante tempo não sai das mesas dos fóruns econômicos, enquanto isso o modelo liberal fica com suas amarras presas ao protecionismo, essa contingência é que emperra e determina a dificuldade do comércio internacional globalizar a distribuição das riquezas e se libertar do egoismo pelo desenvolvimento.

sexta-feira, 19 de julho de 2019

A VERDADE SÓ TEM UMA CARA ( continuação )

     O bom senso nos obriga a afirmar que os investimentos em infra estrutura no Brasil estão parados nas últimas 5 décadas, assim como não podemos aceitar que o agro negócio pudesse ser adotado sem o planejamento em obras de energia, logística de transporte, custos competitivos, ferrovias, portos e desregulamentações e desburocratizações. Vale lembrar que a rodovia federal ligando o centro-oeste, de Cuiabá até Santarém no Pará (BR 163), só agora está sendo concluída. Em seu projeto original seria uma ferrovia com 4 modais de integração.
     Finalmente, acho inoportuno que seja válida a crítica ao pensamento liberal do atual governo como desconstrutor do desenvolvimento adquirido nas últimas 5 décadas. Que desenvolvimento ? Um país de uma reconhecida economia fechada, sob suspeita em sua relação institucional. Quebrado pela presença do Estado nos negócios econômicos e financeiros.
     Todo governo democrático tem que estar sob a tutela de sua sociedade, é assim que uma nação enriquece. Seus indicadores econômicos e sociais são a verdade.
     É só.

segunda-feira, 15 de julho de 2019

A VERDADE SÓ TEM UMA CARA

     O jornal brasileiro Valor Econômico publicou em 2 de julho passado um artigo do economista Luiz Gonzaga Belluzzo sobre estratégias de desenvolvimento, citando como exemplo, as conquistas das políticas para o desenvolvimento adotadas nos últimos 50 anos no Brasil.
     Em suas considerações, salvo melhor juízo, salienta as políticas sino-asiáticas como paradigmas ao processo de crescimento. Entendo que todo o avanço no sudeste asiático não devem servir como exemplo para possíveis critérios no desenvolvimento brasileiro. O Brasil é culturalmente diferente e se não bastasse isso, as decisões em uma região diferente por si só e que abriga a metade da população mundial devem abordar idéias de sistemas de governanças estranhas para os padrões ocidentais.
     Com exceção da Coréia do Sul, a presença nos investimentos chineses dos bancos, empresas e fundos públicos nos resultados da economia não servem como balizamento na estratégia brasileira no uso do poder público no sistema financeiro. Basta lembrar que as autoridades monetárias em nosso país sempre encontraram obstáculos políticos na administração da dívida pública e a sua contabilidade deve ser rígida, sem artifícios, porque dívida é divida.
     Vejo com estranheza a afirmação sobre o " arcabouço institucional que sustentou o desenvolvimento do país ao longo de cinco décadas ".
     Tomando a educação como exemplo mais significativo, na década de 70 o Brasil tinha um PIB per capita 5  vezes maior que a Coréia do Sul, com os investimentos vigorosos em educação naquele país, na virada do século a economia coreana já tinha nos ultrapassado. Qual outra explicação diante dessa comparação que não seja o total desprezo pela eficácia e eficiência nas políticas educacionais brasileiras ?
     Ainda seguirei em minha apreciação.     
   
   

sexta-feira, 12 de julho de 2019

O MUNDO TEM DINHEIRO DEMAIS

     A melhor explicação está no fato de que ainda os bancos pagam juros negativos. Só mesmo por suspeita de que a economia mundial não está em condições garantidora, o investidor pague ao banco para guardar o seu dinheiro.Esse excesso de dinheiro disponível fora da economia tem favorecido a maior capitalização dos bancos, aumentando a liquidez do sistema financeiro internacional sem ocorrer contudo o repasse para os investimentos.
     Ao que tudo indica, quando alguém for buscar o financiamento lastreado com a cor marcada desse tipo de dinheiro, terá que pagar a compensação dos juros negativos. O fantasma que continua rondando a atividade produtiva há bastante tempo, justifica o passo de espera dos detentores do bom capital. Eles preferem a liquidez de curto prazo.
     Certamente que o fator gerado pela insegurança política mantém latente a possibilidade real de uma recessão crônica do mundo econômico, e por isso é que o dinheiro em determinadas épocas chega a ser jogado por aviões.

sábado, 6 de julho de 2019

O MUNDO ESPERANDO PELA UTI

     Se retroceder não for uma boa ideia, como o mundo do futuro haverá de resolver o problema fundamental da sua sobrevivência no consumo da água e do alimento. Não importa mais o que previsões indicam em termos demográficos, sobre quantos seremos daqui a 20,30 ou 100 anos. Com 7,5 bilhões de habitantes nossas vidas correm perigo por causa dos fenômenos climáticos mais frequentes, a continuidade do desmatamento ilegal e oficial, as secas mais longas, o reúso da água e do lixo, a necessidade das safras de grãos serem sustentadas com uso de agrotóxicos e principalmente a promoção que os sistemas econômicos desenvolvem para que possamos consumir sem parar.
     A meu ver, esse é o retrato da falência dos sistemas econômicos até agora praticados e das ideologias que se prognosticavam. Os sintomas dessa decadência são latentes, mas no entanto, vivemos em uma platéia a assistir uma fantochada de líderes, títeres que entram em nossas vidas como traças que se alimentam das ambições, indiferentes aos choros seculares da humanidade. Essa mesma humanidade tem atualmente um passivo produzido por essas políticas que haverá de pagar, da ordem de 250 trilhões de dólares, mais de 3 vezes tudo que foi produzido, ou seja, o PIB mundial que produzimos.

sexta-feira, 7 de junho de 2019

A AGRICULTURA EM RÓTULOS

     Algum consumidor urbano conhece o leite ressuscitado ? Talvez não, mas já consumiu sem saber. A agricultura ao incorporar os recursos tecnológicos, seguiu por um caminho que quebrou todos os laços éticos da agricultura tradicional.
     A agricultura moderna se projetou não mais como uma atividade econômica cuja principal função seria alimentar a sociedade mundial, mantendo a qualidade  de uma época em que o campo era habitado por pequenas propriedades de gerações e suas técnicas empíricas de produção.
     Não se pode negar o progresso como também não se pode negar a perda da qualidade natural do nosso alimento. Podemos interpretar afinal que pagamos por produtos industriais sem os valores intrínsecos do alimento natural do pequeno produtor.
     Prefiro imaginar que a nossa mesa é uma feira de rótulos... bom apetite para o mundo !

sábado, 1 de junho de 2019

A RIQUEZA E A MENTIRA DOS POBRES

     É possível que estejamos passando por mais uma fase pós revolução. Essa talvez venha a ser a última : a robótica ou inteligência artificial. O quadro atual do trabalho humano, segundo a OIT é de 1,5 bilhões de trabalhadores, isso representa 21,5% da população mundial, menos de 1 pessoa para sustentar mais de 4 pessoas. Estimá-se em 200 milhões de desempregados em todo o mundo, seguindo a mesma relação, são quase 1 bilhão de pessoas amarguradas. Podemos até afirmar que vivemos em um planeta subdesenvolvido.
     A meu ver, esse é o retrato da falência dos sistemas econômicos até agora praticados e das ideologias que se prognosticavam. Os sintomas dessa decadência são latentes, mas no entanto, vivemos em uma platéia a assistir uma fantochada de líderes, títeres que entram em nossas vidas como traças que se alimentam de ambições, indiferentes aos choros seculares da humanidade. Essa mesma humanidade tem um passivo produzido por essas políticas mentirosas em torno de 250 trilhões de dólares.
     Essa é a riqueza dos pobres.

sábado, 25 de maio de 2019

SISTEMAS DE APOSENTADORIAS EM EXTINÇÃO

    A previdência social na forma de um fundo compensatório começou a sofrer a sua exaustão no início da década de 50 com as primeiras apresentações do sistema da linguagem Fortran de computação da IBM. Esse sistema ainda era de processamento de dados rudimentar. Hoje, acreditá-se que apenas essa empresa seja proprietária de mais de 8 000 patentes de inteligência artificial.
     A inteligência artificial IA está de fato ameaçando o futuro da economia ! Existem previsões para os próximos 10 anos que o PIB consolidado de 4 países : USA, China, Índia e Brasil some 150 trilhões de dólares, resultado do produto gerado por uma mão de obra que vem sendo substituída progressivamente desde os anos 50.
     Essa afirmação, se baseia em uma experiência particular quando utilizei em uma estatal brasileira os recursos de processamento Fortran. A capacidade de substituição chega a ser desumana e, sem dúvidas, a maior ameaça ao emprego do trabalhador tradicional. O futuro da economia baseado na renda e no consumo deverá ser subsidiado pela produção oriunda da inteligência artificial, assim como o financiamento de todos os fundos de aposentadorias. Vale lembrar que a população dos 4 países mencionados em 2030 poderá ultrapassar 3,5 bilhões, ou  corresponder a quase metade do mundo.   

segunda-feira, 20 de maio de 2019

AS PEDRAS DO CAMINHO DO DESENVOLVIMENTO

     Celso Furtado, renomado economista brasileiro, em meados do século passado, defendia a ideia de que o desenvolvimento de um país dependeria do desenvolvimento do conjunto regional aonde ele estivesse.
     A realidade do mundo e a economia moderna, ajudaram a esfriar o meu entusiasmo por aquela teoria desenvolvimentista. Algum outro fator ainda poderá sobrevir, porém,  o que se vê, são duas potências econômicas disputando pela sobrevivência hegemônica, protegendo indiscriminadamente seus compromissos comerciais. Nesse embate nenhuma ajuda entra em pauta, e os países que estejam envolvidos, mesmo na periferia, os seus acordos bilaterais ficam à deriva, com perda da confiança nas projeções e implantações de projetos.
     Na minha visão, a polarização comercial está prejudicando os planos de desenvolvimento dos emergentes, acrescente-se a esse fato, a concentração e proteção das patentes dos dois lados e do capital realizado pelas empresas nacionais desses países.
     A espera pela definição desse jogo, deve servir para a melhor reflexão dos países interessados em seus desenvolvimentos. Entendo que os negócios devam seguir independentes, as parcerias não devem mais aceitarem as propostas com barganhas, as barganhas em acordo entre forças econômicas desiguais, convenhamos : não existe.
     O mundo de hoje é plural, e sabemos disso.

sábado, 18 de maio de 2019

OS FANTASMAS DOS EMERGENTES

     Está cada vez mais difícil em alcançar o desenvolvimento. Não bastasse as dificuldades domésticas que as economias emergentes enfrentam pela falta de infra estrutura, logística e principalmente da necessidade do capital externo, e ainda assim ficam à mercê, da benevolência do que sobrar após uma guerra entre duas potências comerciais.
     Certamente, sempre foi assim, o que mudou veio pela globalização com a diversificação dos corredores de comércio. As commodities, todavia, dependem do fluxo de capitais com uma maior oferta de dinheiro barato. Se a taxa de juros americano entra em perspectiva de aumento, os preços de todas as commodities são pressionados nos dois sentidos : há um ganho nas receitas e uma perda no custo de fatores. Essa insegurança serve apenas aos mercados em prejuízo dos produtores.
     Na categoria de emergentes, essas economias estão abaixo dos detentores das regras impostas, na maioria dos casos, pelas economias desenvolvidas. Nesse momento, os mais fracos estão sofrendo com a crise entre os Estados Unidos e a China; caso houvesse um mercado internacional em um nível mais expansionista, os emergentes teriam um protagonismo relevante nessa competição, porque essas duas potências estariam sozinhas no meio de um comércio verdadeiramente democratizado, com leis de mercado vistas com ampla justiça para todos em condições de terem uma maior presença junto a OMC e a OCDE.
     Está na hora, o quanto antes, dos candidatos ao desenvolvimento se formarem em bloco e estabelecerem um pacto independente de comércio.
     

sexta-feira, 17 de maio de 2019

O NÓ DO DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO

     O pior para um país em alcançar o desenvolvimento é lutar e vencer as incertezas externas e internas. Os problemas do exterior são criados de forma independente, ao passo que as questões internas dependem do livre arbítrio constitucional.
     O Brasil precisa vencer 3 barreiras, cujas contingências, serão reduzidas com grandes programas de administração pública, austera e de médio prazo, no período de 10 anos. As barreiras dizem respeito ao controle rigoroso das contas públicas, à dedicação ao ensino fundamental e a preparação técnica para a moderna utilização da mão de obra brasileira, esse é o nó.
     Em uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, com dados referentes ao ano de 2000. Há uma referência quanto as contas da previdência social e que reflete, no meu entendimento, um Estado centralizador. Na análise da previdência social brasileira, passados 19 anos, o regime geral então, recolhia 56 bilhões de reais e pagava benefícios de 66, enquanto a previdência dos servidores públicos recebia 7 bilhões de reais e pagava 52 bilhões. Outro fator nessa pesquisa era o grau de analfabetismo nacional, acima de 15 anos com 14%. Comparando com os países vizinho, o Chile tinha 4%, a Argentina com 3% e o Paraguai em 6%, a soma da perda da educação desses países era menor do que a do Brasil, o mais grave é que aquela análise observava também a consistente deterioração na avaliação dos alunos nas disciplinas básicas.
     Se esses dados,ultrapassados quase 20 anos, sofrerem traduções políticas, ainda assim, o Brasil terá que resolver e desatar o nó com urgência, é um conflito encrostado nas despesas do governo, ela subtraiu tudo aquilo que ficou perdido na educação e na preparação da geração que naquela época tinha 15 anos. 

segunda-feira, 13 de maio de 2019

DESMATAR É FORMA DE SOBREVIVÊNCIA

     Em 1956 a região amazônica tinha cadastradas 90 serrarias, com a explosão desse meio de enriquecimento, na virada do século já estavam cadastradas mais de 6000 serrarias.
     O desmatamento tem como grande aliado a pobreza das suas regiões e as enormes dificuldades de oferta de emprego. Convém salientar que apenas na parte legal da Amazônia esse setor emprega mais de 600 mil trabalhadores. Esses dados justificam o volume triplicado de madeira serrada : passou de 3,5 para 11 milhões de metros cúbicos, entre 1960 e 2000.
     Quando consideramos os danos ambientais, paradoxalmente, devemos aceitar a condição elementar da ocupação da mão de obra e da geração de renda necessária na sustentação mínima de sobrevivência das famílias.
     Afinal, não devemos nos omitir da culpa do desmatamento, estamos envolvidos diretamente nessas atividades, ou não estamos ?

sábado, 20 de abril de 2019

O IMPOSSÍVEL PROJETO IDEAL

     O sistema de capitalização recomendado no atual projeto da previdência social brasileira, só alcançará exito com outro projeto de apoio financeiro na conta do aposentado. Essa ideia vale para o mundo todo, as incertezas que rondam as previsões global são produzidas por um fenômeno que surgiu a partir da acentuada queda da curva de natalidade e a tendência sistematizada do mercado de emprego em substituir a mão de obra humana pela inclusão da automação no sistema produtivo.
     O exemplo grego deveria ficar como parâmetro para esse problema social mundial, que veio para se tornar um custo fixo e que deverá ser compartilhado através de um imposto sobre o faturamento de todos os seguimentos, inclusive o bancário.
     Nada mais justo que o papel social do sistema capitalista seja o amparo do trabalhador por toda a vida. Após sua vida ativa, ele ainda continua participando como um agente econômico. Haverá um futuro não muito distante que a atividade robótica será responsável pelo sustento financeiro das famílias. 

domingo, 24 de fevereiro de 2019

A PREVIDÊNCIA DOS DESALENTADOS

 A previdência social, podemos dizer que é uma conta duvidosa.
 Como será a humanidade desempregada ? Quem à sustentará ?
     São perguntas das revoluções, que nunca foram interpretadas ou juntadas com as preocupações da segurança do capital e dos rendimentos constantes. Esse sistema caminha para a falência, pois não existe mais a confiança na estrutura econômica e em seus padrões adotados de produção sem a presença humana.
     Como sempre acontece, as economias estão sujeitas às turbulências, e, ao que parece, se mantiveram desde a crise financeira de 2008, o capital não serve mais para o desenvolvimento humano. Temos a impressão que ainda estamos no início do século XIX, no tempo de Malthus, quando o salário servia apenas para a subsistência, e, devemos considerar nesse propósito, que   suas idéias sobre a definição de salário do trabalho anteciparam  a teoria socialista. O desalento do salário e da previdência são bem velhos !
 NOTA ; Conheça a nova versão desse Blog, acesse : https://futurodaeconomia.com.br

sábado, 23 de fevereiro de 2019

VIVER CUSTA CARO

     O dinheiro nunca foi tão pouco, ele não cabe mais em nossas necessidades, basta observarmos as informações do endividamento das famílias e dos governos.
     Nos últimos 50 anos o mundo se tornou tecnológico, o crescimento da prole humana estagnou, envelheceu. A renda disponível das famílias foi reduzida e o desemprego se mantém crônico, em contra partida, a oferta de bens e serviços avançou por todas as fronteiras, impulsionada pelo comércio internacional que multiplicou o volume em escala geométrica.
     Se vivermos com a produção cada vez maior e a geração de renda cada vez menor, a volatilidade da inovação tecnológica   terá um efeito social devastador na moral social, causada, ora por conta da incapacidade econômica, ora por conta do efeito demonstração entre os desníveis insuperáveis na distribuição de renda e do desenvolvimento.
      Nota: Conheça a nova versão deste Blog, acesse: https://futurodaeconomia.com.br

sábado, 16 de fevereiro de 2019

A PREVIDÊNCIA SOCIAL DESCONHECIDA

     Se existe um tema do futuro das famílias que afeta a sua estabilidade, certamente é a previsão financeira. Após a metade do século XIX, o mundo dos países daquela época, com as economias mais estáveis, sofriam  com as desigualdades. Malthus, Ricardo e Mark e outros economistas procuravam soluções teóricas que pudessem resolver o problema da renda nacional, e da sua justa distribuição.
     A história vai se perdendo no espaço na medida que o tempo voa, cada vez com mais velocidade, e aí, temos a sensação da incapacidade mundial em equilibrar com justiça a riqueza produzida entre as pessoas.
     A previdência social somente será justa se a relação capital/renda de uma economia estiver ponderadamente equilibrada por todos os setores produtivos, com suas diretrizes de longo tempo bem definidas.
     Aí haverá paz na elaboração dos projetos de longo prazo previdenciários. Mas, para tanto é preciso haver a perfeita identificação da composição do capital que sustenta essa economia.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

A ERA DO COLD MONEY

     A China precisa usar sua poupança dentro do próprio país, visto que o mercado internacional dá sinais de uma oferta mais generosa de capitais. O FED, depois de prever mudanças nos juros, avaliou com mais prudência os efeitos no curto prazo do fluxo de capitais que essa medida poderia causar.
     Como as revisões da economia internacional são cautelosas e as taxas de câmbio não ajudam, por seu lado, nas investidas dos investimentos globais. É possível que o FMI esteja com vistas voltadas para esse quadro de incertezas, e assim não ofereça qualquer prognóstico aos mercados.
    Uma coisa está bem claro : o mundo da economia está com medo. Cabe aos emergentes voltarem seus projetos para um âmbito que não estabeleça contingenciamento externo. Estranhamente, não se pode dizer o mesmo em relação à China. Na minha ótica, a ironia da economia se aplica na vida chinesa; quando a renda per capita daquele país ultrapassar, por exemplo, 25 mil dólares , hoje em torno de 9 mil dólares, o orçamento público estará nas mãos dos credores externos.
     Heis o perigo de uma poupança inútil. 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

A POUPANÇA INÚTIL

     Quando guardamos nossa poupança por muito tempo, ela passa  ter a  sua segurança correlacionada ao tempo com todos os seus riscos. Essa verdade serve para todos os dinheiros, inclusive para aqueles também chamados de divisas nacionais. O Brasil, acumulou uma poupança em divisas que se aproxima de meio trilhão de dólares e não consegue utilizá-la, a China aproveitando a expansão de oportunidades no comércio internacional conseguiu uma enorme formação de poupança, sobretudo, pela entrada de investimentos em formação de capital fixo.
     No caso do Brasil, como a sua economia está atrelada às turbulências externas que abalam principalmente, aos movimentos das commodities, mantém suas divisas como uma blindagem cambial. Já, no caso da China, a competição política contra as economias ricas com estratégias protecionistas, foram capazes de oferecer um confronto, ao ponto de repercutir na produtividade chinesa.
     E, o que fazer com a sua poupança ?

sábado, 26 de janeiro de 2019

PRECISAMOS RETROCEDER

     A geração de emprego seria o maior problema se não houvesse o aquecimento global. A comunidade científica vacilava, e quando iniciou uma corrida de recuperação, já haviam passados, pelo menos, 40 anos desde 1980. Os efeitos irão determinar a orientação dos investimentos de longo prazo, enquanto a economia mundial continuará sem forças aceleradoras, e ao contrário, haverá o fortalecimento da onda de receios que contamina os mercados.
     Esse quadro de expectativas conflitantes não é de hoje. Mas, a avaliação da economia e as medidas capazes de impulsionarem o crescimento, esbarram em possíveis indicadores sociais que revelam novas tendências de comportamento na escala de preferências do consumidor. Se novos hábitos e costumes da sociedade mundial surgirem em função da mudança do clima, tudo terá que se adaptar, e isso demora.   

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

O IMBRÓGLIO DA ECONOMIA MUNDIAL

     O FMI está enrolado, faz alerta para a fraca economia mundial, e chama a atenção para os países emergentes, contudo não recomenda que as potências resolvem seus transtornos tarifários e retomem os negócios do comércio internacional.
     A globalização, apesar de algumas dificuldades políticas, deverá continuar. Porque o processo mundial para o desenvolvimento, só será possível com solidariedade. Não se pode entender como os Estados Unidos e a China que representam quase a metade do PIB mundial, estejam tão auto-suficientes, ignorando que o resto do mundo interligado sairá perdendo sozinho.
   

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

UMA FICÇÃO DO SÉCULO XVIII

     Um famoso pensador socialista do século XVIII, Robert Owen, dizia que a solução para acabar com a pobreza estava em tornar produtivos os pobres. Pena que o mundo não caminhou nesse sentido, a evolução do pensamento sempre caminhou nas margens das realidades, muito embora, sejam elas as promotoras que transformam a pressão das necessidades, não são  para sempre. Cada revolução nasce também para viver por algum tempo. Então, se o pensamento e a realidade são efêmeros, ambos nos servirão casualmente.
     Quando avaliamos o perfil das necessidades de consumo em várias épocas, encontramos as razões que marcaram os ciclos inovadores da economia. Se a indústria foi a área na qual a ciência, como um todo, mais evoluiu, foi ela também a que mais marginalizou a mão de obra de menor qualificação.
     A quinta revolução anunciada prevê a pá de cal na presença humana na atividade produtiva em todos os setores da economia. Espero, porém, que o capitalismo moderno considere essa revolução apenas um ligeiro prefácio daquela que seria a revolução de Owen : a tecnologia nunca será justa se não for capaz de resgatar o trabalho produzido pelos pobres, vencer a pobreza, e a humanidade fazer, afinal, a revolução de todas as revoluções.

domingo, 20 de janeiro de 2019

O ESTADO GRANDE SEM PLANO DIRETOR

     Fazemos parte do ranking dos 5 países maiores produtores de ferro, bauxita e alumínio. A nossa renda per capita é igual a China e a Suíça, e , com certeza, o celeiro do mundo ! Abordaria imensos motivos para incentivar viver no Brasil, o brasileiro que vive fora amarga essa verdade : somos uma grande Nação ! Então, vivemos contornando nossas mazelas e não mergulhamos, na procura das certezas que precisam da presença de cada um nós. A sociedade !
     O ferro gusa que mandamos para a produção de aço no exterior é produzido a partir da queima da madeira da amazônia, os maiores produtores são os mesmos países que questionam as queimas que fazemos em nossas florestas.  Não fazemos parte do ranking das reservas de ouro mundial, mas as nossas minas de exploração desse minério estão nas mãos das empresas externas.
     O Estado brasileiro tem uma dívida elevada que absorve mais de 60% a sua economia de curto prazo, e uma despesa com pessoal da ordem de 54% na média com todas as unidades da federação.
     O equacionamento nacional exige medidas pragmáticas, com apoio parlamentar, em condições de varremos o lixo burocrático e político que entravam a visão internacional do comércio e a máquina governamental livre das questões criminosas que tanto atrasaram e quase ruíram a moral da nação brasileira. 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

OS DISCURSOS DO IMPÉRIO

     Em 1944 na minha cabeceira, havia um rádio com sintonização por uma pedra de galena que permitia ouvir as transmissões da BBC de Londres. Está claro, aos meus 7 anos me divertia  com aquele som que não entendia, porém, imaginar hoje que na verdade estaria ouvindo os discursos de Wilston Churchill, quando às vésperas de uma possível invasão, admitia que a Ilha seria protegida pelo império de além mar. A Inglaterra naquela época tinha ascensão em dezenas de colonias, e não poderia se sentir desprotegida, com efeito.
     As colonias se dissiparam, e o que resta hoje é uma colonia global, sobre a qual todos devem pedir ajuda. Seria voltar no tempo e pedir que aquele primeiro-ministro aconselhasse os súditos de hoje, que o mundo mudou. O isolacionismo é um sinal, hoje, de insegurança ou de pretensa capacidade populista de sobreviver sozinho diante de problemas, como o aquecimento global, que destruirá a todos, caso não trabalhemos para inverter as previsões catastróficas, que a ONU e todos os Institutos Científicos divulgam.
     Como pararmos com discurso debatidiço decadente, sobre a luta pela forma em detrimento do conteúdo.
     Existe a expectativa de que os investimentos das empresas que tem suas produções com o uso da água, renegociem os seguros de seus investimentos em ativos da ordem de 70 trilhões de dólares.
     Isso é problema ! É a invasão em todas as economias.   

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

A INGLATERRA NÃO É MAIS UMA ILHA

     A bolsa de valores em todo o mundo tem como âncora de segurança o sistema político internacional, não é aceitável que a opinião inglesa sobre a sua posição dentro da União Europeia seja nos dias atuais, tão protecionista. Provavelmente, caso o parlamento inglês decida sair da zona do euro, haverá um longo período de perigosa adaptação nas composições dos fundos financeiros privados, visto que cada fundo tem seu próprio regulamento aceito pelas partes; os fluxos de capitais entre os mercados serão reavaliados sob a importância política e o mais importante, como entendo, será o movimento financeiros das commodities.
     O Brasil mantém um comércio com a Europa, e tem uma receita em torno de 50 bilhões de dólares com sua exportação, representado mais de 20% das exportações brasileiras, ficando atrás apenas no comércio com a China. Além do Brasil, é claro, está o mundo inteiro com essa expectativa que interfere nas políticas nacionais e nas projeções de investimentos.
     A parte estranha nesse processo, fica por conta da indagação: Porque a Inglaterra aceitou fazer parte da União Europeia ? O "fog" tradicional da Inglaterra era visto como um fenômeno nacional, mas estavam enganados os ingleses ; o nevoeiro paira por todo o mundo,e, é isso que deixa o parlamento ficar sem saber para onde ir.

domingo, 13 de janeiro de 2019

O MERCADO DE AÇÕES E O NEVOEIRO GLOBAL

     Já houve época que investir em ações, pessoa física, os indicadores financeiros de mercado eram  mais previsíveis. Como exemplo, as empresas divulgavam seus patrimônios líquidos, e com eles podíamos avaliar os valores das ações, esse indicador atualmente, no meu entender, sofre com a insegurança de previsibilidade das taxas de juros de longo prazo.
     O mercado de ações americano (Dow Jones) transfere para os mercados, como um todo, um passo de espera. É preciso saber que as taxas de juros americano balizam o mercado internacional, e sobre isso, seria uma catástrofe mundial o aumento de 2 pontos percentuais nos juros americano. As ações na zona do euro não se recuperaram desde a crise de 2008, mesmo com o aporte do Banco Central Europeu perto de 3 trilhões de euros à economia europeia.
     A expectativa de que a economia americana tenha chegado a um patamar de pleno emprego, sinaliza uma eventual política monetária mais restritiva. A questão americana/chinesa, vejo como um jogo de cartas combinadas, pois o envolvimento a que chegaram as duas economias, qualquer conclusão será precipitada. Esse nevoeiro ainda continua se expandindo em meus textos. 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

A DÍVIDA PÚBLICA MUNDIAL IRRESPONSÁVEL

     Essa dívida gira em torno de 60 trilhões de dólares, em alguns casos já ultrapassou a margem de segurança do equilíbrio financeiro. A dívida japonesa se for paga por habitante, cada cidadão desembolsará 100 mil dólares; nos Estados Unidos o cidadão americano pagará 60 mil dólares e o brasileiro desembolsará 6 mil dólares.
     A negociação das dívidas públicas entre os países é a maior prova de que o mundo precisa da cooperação mútua, essa relação acompanha paralelamente o intercâmbio comercial, por isso a suposta guerra comercial entre os Estados Unidos e a China apenas serve para valorizar  através do câmbio os títulos soberanos negociados. As dívidas são renegociáveis e terceirizadas, vale lembrar que a China tem em cofre 1 trilhão de dólares em títulos da dívida pública americana. Caso haja necessidade, esses títulos serão garantidos na liquidez por um país que honra seus compromissos, sem dúvidas.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

O CONFLITO DO PROTECIONISMO GLOBAL

     Desde a segunda parte do século XIX as grandes nações já apresentavam em suas políticas comerciais a necessidade de proteção de suas economias. A procura pelas matérias primas, exigiu a formação das colonias, sobressaindo nesse caso, a Inglaterra com forte abrangência sobre dezenas de colonias.
     A exploração estrangeira da sociedade capitalista tem a capacidade de transformação permanente, suas principais ferramentas são os bancos e a indústria. É possível que haja a formação nessas colonias de máquinas perversas de transferência de renda, quando se espera, pelo menos, a troca comercial de preços justos seguindo a doutrina cardinal de Tomás de Aquino.
     O comércio internacional e os investimentos em bens de capital, ou ainda, em aquisições de concessões, de licitações patrimoniais acionárias e empréstimos, são negócios que exigem comprometimentos de longos prazos, influindo nas instituições constitucionais e na soberania das nações mais desprotegidas.
      É uma regra com uso do poder econômico que já deveria estar enterrada pela intenção mundial de haver um desenvolvimento solidário. 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

O CAPITALISMO E A BURGUESIA DE KARL MARK

     O Manifesto Comunista em 1848 foi publicado quando a Revolução Industrial adquiria o fortalecimento do seu rumo na Europa. Essa revolução foi a resposta do capitalismo para aquilo que Mark acreditava como uma transformação natural em todos os sistemas. A afirmação da sua teoria central ficaria por conta da inacabada luta de classes, ao criticarmos hoje em dia o capitalismo, teremos que criticar aquela velha teoria sobre a qual o proletariado jamais faria parte da burguesia.
     Por mais que essa luta seja inseparável do conceito materialista, o sentido de escravidão econômica imposta pela burguesia no capitalismo, morreu com a evolução da história humana da civilização moderna. Foi a evolução dos dois pensamentos, que para Mark seriam antagônicos até que o choque de conflitos revelasse a afirmação do socialismo,  a tutela do capitalismo moderno que permite o trabalhador se transformar em um empresário e surgir o significado das parcerias impostas por leis de mercado entre quem é dono do capital e quem produz. E, principalmente, que a teoria do valor da produção foi substituída pelo valor de troca determinada pela procura e pela renda do proletariado.
     

domingo, 6 de janeiro de 2019

O CAPITALISMO ESTÁ FALINDO ?

     A ganância não mais planificada da economia, esqueceu a remuneração da força do trabalho humano. Sabia o sistema que o crescimento econômico sustentável dependia da função consumo/renda, disso se resultaria a poupança ou o endividamento, enveredou-se então, quase de forma draconiana, freneticamente, pelo caminho da produtividade, com objetivos voltados para a maior oferta possível, alicerçada pela tecnologia insuperável. A perda do ritmo da produção planejada, cria a insegurança nos mercados, os contratos futuros perdem a referência, preferindo-se contabilizar os lucros com negócios à vista.
     Dessa forma, todos os resultados recairão no bolso do assalariado, o custo de uma economia inconsciente gera as insatisfações e lança aos manifestos os elementos das crises.
     O capitalismo ao virar as costas para a função social da renda, achando que basta produzir que alguém irá consumir, e o proletariado também acreditando em seu papel de gerador de emprego como fator de distribuição de riqueza, sejam  suficientes  para a estabilidade econômica e social, estão enganados, pois o perigo da quebra do sistema começa com protestos nas ruas e seguem pelo mundo afora.

sábado, 5 de janeiro de 2019

A EUROPA DEPENDE DO MERCOSUL

     Os líderes da Alemanha e da França tentam barganhar entre o Mercosul e a União Europeia, alegando o Acordo de Paris sobre o aquecimento global; o resultado das eleições no Brasil seria um dos motivos de pressão para a conclusão do fechamento do acordo comercial. A América do Sul tem um forte crescimento de commodities primários, e a Europa sabe disso e não pode prescindir desse mercado que ainda está longe de alcançar sua maturidade econômica.
     Faz parte da história europeia o caráter soberbo,mas, de indisfarçável insegurança política. O continente persegue as soluções para os conflitos sociais causados pela insatisfação da fraca capacidade da renda do trabalhador diante da pressão do alto custo de vida. Seus líderes estão perdendo a oportunidade de acalmarem os tumultos parisienses, oferecendo uma oferta de consumo dada pelo Mercosul, que tem a vocação para o setor primário.
     Não é hora de se fazer blefe contra o futuro garantido de um continente que já não precisa de mais nada para se fazer presente no mundo.
     

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

O FUNDO PERDIDO DA PREVIDÊNCIA

     A previdência social é considerada como uma conta duvidosa. O trabalhador vive após da aposentadoria por um futuro próximo de vida sem o amparo legal do fundo que contribuiu durante sua vida ativa. É, em última análise, uma fraude legal. A previdência social caminha para a falência em todo o mundo, é o reflexo da insegurança do sistema econômico diante dos novos padrões adotados na economia moderna. Além disso as turbulências se tornaram frequentes com agravantes disputas de poder e ideologias que só servem para aumentar a insegurança do trabalhador e do futuro sob sua responsabilidade que herdará para a sua família.
     Cabe, no meu entender, que todos os órgãos internacionais do trabalho apresentem suas propostas contendo amarras de sustentação ao benefício àqueles indisponíveis pelo mercado de trabalho altamente transformado pela tecnologia de ponta em todo o sistema produtivo mundial.