Sempre tivemos nas mãos as soluções definitivas para a extinção da pobreza, e não seria nunca por falta de dinheiro ou de ideias. Robert Owen, socialista do século XVIII defendia a necessidade de se tornar os pobres produtivos contra a pobreza. Sabemos também que o mundo não caminhou nesse sentido, a economia se desenvolveu às margens das realidades, servindo apenas para manter a divisão desproporcional da riqueza produzida.
Como economista não consigo defender qualquer doutrina ou ideologia política no mundo contemporâneo enquanto houver a divisão omitida, enquanto houverem rodadas de negociações comerciais, politizando apenas a questão do protecionismo entre seus pares. O interesse social dentro do comércio internacional não faz parte da agenda principal na estruturação do desenvolvimento global.
A economia mundial nada tem feito no combate à pobreza, muito pelo contrário, são as diferenças crescentes entre os mais ricos e os mais pobres que estão tomando conta das manifestações globais. O caminho à seguir, caso não retrocedam essas manifestações, será o pensamento liberal da economia induzir o Estado a reduzir o seu tamanho à favor da sociedade.
O debate sobre a economia mundial perde o significado enquanto virarmos as costas para os pobres, o que se faz é economia para os ricos, todos os mercados não transferem nenhum dividendo para as populações das periferias urbanas e os governos escrevem suas leis entre vírgulas e condicionantes.
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