quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

FELIZ 2016 NATUREZA.

     Tiramos  durante o ano todo, mais do que precisamos da mãe natureza. E agora ela começa a se queixar das nossas leviandades e da hipocrisia humana. Me perdoem, mas como somos idiotas...me perdoem.  
     Dei hoje para meu filho um figo colhido maduro, Aquele fruto cumpria com o seu destino...ser bom! E, eu o admirava pela sua qualidade e a sua natureza.
     Assim como aquele figo natural, deveríamos ser, e  seriamos admirados e saborosos. Não nos resta na vida nada alem do que esperanças, expectativas e sonhos, guardemos isso em nossos corações, acriditemos...acreditemos, porque, isso é no meu passar da vida a mensagem que guardei. Isso é ser feliz ! 

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

CUIDADOS COM A ENTRADA DE CAPITAIS ESTRANGEIROS EM TEMPO DE RECESSÃO

     Do mesmo modo que o enfraquecimento da família na capacidade de honrar seus compromissos, abre oportunidade às tentações para entregar o patrimônio imobilizado a terceiros, a comparação é igual com um país cuja economia entra em recessão aguda e também se expõe ao domínio do capital externo.
     A segurança constitucional é o alicerce no qual o povo deve procurar abrigo contra a ilusão oferecida pelo dinheiro do exterior, são aportes nos capitais sociais das empresas nacionais em situação de insolvência. Existem países ricos, mas sem a segurança de uma economia estruturada nos fundamentos estratégicos para uma época não muito distante que se avizinha com grandes dificuldades de abastecimento de matérias primas e alimentos. Esses países estão em busca dessas garantias, com projetos, inclusive no Brasil, de compras de terras virgens nacionais que já possuem os direitos de exploração, autorizado pelo governo brasileiro. Convém acrescentar que no caso do aumento do grau de insolvência do setor privado, o perigo vem com o modelo aplicado de participações acionárias indiretas, " joint ventures ", bancadas pelas matrizes no exterior e avalizadas por seus países. A fragilidade econômica do país deixa as empresas descapitalizadas e a procura de financiamentos de suas dívidas.
     Portanto, o período de recessão não pode se arrastar por longo tempo, para não correr o risco de uma invasão oportunista do capital estrangeiro no patrimônio empresarial nacional, mesmo que esses objetivos sejam de desenvolvimento, os cuidados nas análises desses projetos devem focalizar objetivamente a soberania nacional.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

UM DIA É DE SUOR, UM OUTRO É DO PÃO E OUTRO DA REFLEXÃO

     Nessa época as lembranças e os ventos da saudade invadem nosso peito e brilha mais forte o nosso olhar. Eram os tempos de nossos avós, por serem portugueses assavam um leitão, e aquela mesa simples transbordava um ambiente feliz da harmonia familiar. A noite era curta, pois não havia televisão, tablete e celular, as crianças acreditavam na magia do sapato com presentes no dia natalino.
     Aqueles dias nunca estiveram tão vivos dentro de mim, quando comparo com a artificialidade que a vida moderna vestiu em nossa fantasia sobre o Natal. Essa noite é o encontro com o significado do amor. Foi um dia que um arcanjo chamado Gabriel avisou a uma jovem :

     QUE O SENHOR ESTEJA CONVOSCO

     E naquele momento, nascia o amor.

                           São os votos de um feliz Natal e próspero Ano Novo de Mario e sua esposa Aury.

sábado, 12 de dezembro de 2015

A COP-21 NÃO É EM PARÍS, É NO MUNDO !

     O que o nosso futuro deve esperar desse encontro a não ser falsas promessas ?
     Como impedir o avanço do desmatamento das florestas nativas brasileiras, por conta do incrível processo oficial de "  corte de madeira certificada ", esse procedimento, nada mais é, do que a variação no transcorrer do tempo dos diâmetros das árvores cortadas permitidas, em determinada floresta !
     Como serão controlados os 8 trilhões de barris de petróleo do Oriente Médio e da Rússia, e ainda os 2/3 das reservas estimadas no mundo inteiro, para serem retiradas da terra e consumidas. O que fazer com o carvão, a principal fonte de energia consumida, com uma participação relativa de 41 %,  entre todas as fontes de energia. Atualmente seu estoque é de 800 bilhões de toneladas, capaz de atender a população mundial nos próximos 130 anos, estima-se sua reserva em 7 trilhões de toneladas, suficientes para abastecer o mundo por mais de 1000 anos.
     Enquanto isso, em Paris estão preocupados com o comércio de carbono por tonelada lançada no ar que respiramos ! Não se discute a redução mas sim o direito de poluir, usando o eufemismo do " crescimento sustentável ". Discute-se as perdas e os danos e os projetos de gestões de riscos, e em nenhum momento a questão de como chegamos a esse ponto, e a partir daí como tentarmos o caminho de volta.
     As leis e acordos humanos, jamais sobrepujarão as leis da física, da química e da matemática.
     Enfim, encerro  a minha leiga participação, no problema sobre o ar que respiro, com  parte da minha postagem de julho deste ano :
     "O mundo desenvolvido só está desenvolvido porque desde a revolução industrial o avanço tecnológico foi empurrado pelo petróleo e pelo carvão, e essas nações que se enriqueceram não faziam ideia de que o consumo desenfreado dos combustíveis fósseis iriam no futuro se transformar em um complicador para que outros países pudessem também usar essas fontes de energia para tocar o seu desenvolvimento. A emissão de gases na atmosfera é um elemento novo na complicada estratégia de desenvolvimento no mundo moderno, pois que a transformação de hábitos de consumo de energia é muito lenta  para inibir o consumo das fontes de energia que são exploradas até hoje. É fundamental que haja uma rigorosa e definitiva economia de consumo. Como crescer e qualificar os meios de produção sem o seu correspondente processo de consumir? Cabe aqui a colocação de um nó para o futuro da civilização : ou mudamos o leque de bens e serviços ofertados pelos grandes conglomerados internacionais, ou os povos do mundo inteiro terão que renunciar a tais necessidades para que possamos salvar a nós mesmos e deixar afinal que as leis embrionárias da oferta e da procura equilibrem um novo leque e possamos ser livres do fantasma da autodestruição ".

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

QUAL É A MAIOR PREOCUPAÇÃO ? II

     O aquecimento global domina o noticiário internacional, e convoca os fóruns em busca de soluções, enquanto isso os ambientalistas tentam convencer os agentes econômicos sobre o papel danoso de suas atividades. Os desastres climáticos são uma grande preocupação de todos os segmentos da sociedade mundial, mas ao mesmo tempo, as medidas para redução do aquecimento, causarão profundas modificações em todas as economias do mundo. Por extensão, a formação dos níveis atuais de emprego,sofrerão alterações e um fluxo significativo migratório entre as atividades de trabalho. Esse será o futuro problema resultante da solução do aquecimento global.
     Uma previsão natural do setor da economia que carrega o desenvolvimento industrial no mundo, indica que as atividades extrativistas receberão de frente o impacto das mudanças previstas. São as matérias primas importantes como o carvão, petróleo, cimento, calcário, madeira, cobre, niquél, alumínio, prata, bauxita e ferro, responsáveis pela sustentação de atividades de produção de energia, indústria em geral, construção civil, infra estrutura, telecomunicação, transporte e agricultura. Caso essas atividades venham a sofrer rigorosas regulamentações com protocolos ambientais, os reflexos serão sentidos nos custos de produção e na ponta do consumo. A elevação dos custos agregados nas matérias primas essenciais, colocarão os níveis do comércio internacional em um patamar que colocará em discussão todos os acordos comerciais em vigor.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

QUAL DEVE SER A MAIOR PREOCUPAÇÃO ?

     Existem duas preocupações no mundo atual, uma diz respeito das garantias que os governos tomam para neutralizar problemas econômicos-financeiros, uma das garantias é o uso das chamadas " Treasurys ", são títulos da dívida soberana do governo dos Estados Unidos, e rolam no mercado financeiro internacional, valor calculado acima de 13 trilhões de dólares. Esses títulos funcionam como uma poupança dos governos para atender dificuldades de caixa em épocas de crises. Os mercados financeiros oscilam sobre as ondas de boatos, crises políticas e guerras, todo tipo de especulações agitam as moedas do mundo, muito dinheiro circula entre os canais desses mercados e dali nunca saem, ou melhor, é a riqueza produzindo riqueza. Nesse mercado virtual o que menos importa é se o clima está gelado ou quente.
     A outra preocupação está no aquecimento do clima terrestre. Admito que não sei qual será o rumo a ser seguido pelo mundo, mas se a primeira preocupação é com a quebra das riquezas, a segunda preocupação é aquela que pode acabar com a vida. Muito tem-se falado, muito tem-se discutido, mas a verdade é que o clima está morrendo e levando com ele a humanidade, a flora, a fauna, os perfumes e as cores da natureza.
     Eu e minha esposa vivemos em uma pequena área dentro da Mata Atlântica no Brasil a mais de 30 anos. Não tocamos em nada, a mata é soberana e o nosso respeito pela natureza revela a grande importância dessa relação para as nossas vidas. Ocorre que a realidade e o procedimento do ser humano não são da mesma forma. A Mata Atlântica desde a década de 70 foi patrocinada com incentivos fiscais para a recuperação da floresta, esse reflorestamento é com o plantio de eucalipto, entendo como um grande engodo para o país. Empresas governamentais fazem a gestão desses projetos, e o que se vê, são pequenos agricultores plantando eucalipto em substituição ao alimento. Os argumentos atribuidos são os seguintes : Diminuição do desmatamento nativo, aproveitamento de terras degradadas, proteção do solo e da água, exploração comercial e sequestro de carbono. Já visitei várias áreas cobertas por eucalipto, o impácto visual e a vivência formou minha opinião de que essa cultura só proteje ao comércio.
     O Brasil tem apresentado nesses foruns propostas de contribuição na luta contra o aquecimento global, todavia quando analisamos os dados da área ocupada pelas culturas da soja e do eucalipto que somam mais de 44 milhões de hectares para uma área total agricultável brasileira de 82 milhões de hectares, fico a imaginar que entre a necessidade da riqueza ou da vida, está o juízo de cada um de nós.


domingo, 6 de dezembro de 2015

OS ACÔRDOS DE PARIS E AS VERDADES

     Quando os participantes da COP-21 voltarem para seus países, novos debates ocorrerão entre as  resoluções em   Paris e as realidades domésticas . No curto prazo a produção de alimentos e a geração de energia não podem ser alteradas, outras necessidades como água potável, emprego, formação de capital fixo e o fluxo de investimentos devem seguir as políticas recomendadas em Paris.
     O confronto entre  os 5 países desenvolvidos e o grupo do BRICS revela um PIB consolidado de 33 trilhões de dólares, produzidos por 700 milhões de pessoas em 2014, contra 17 trilhões de dólares produzidos por 3 bilhões de pessoas dos países em desenvolvimento. A diferença está no grau de riqueza, porém, ambos poluem o planeta. O primeiro grupo gera desperdício da produção do consumo e da energia e o outro grupo produz poluição pela necessidade de crescimento.
     A China para se tornar uma potência industrial fecha os olhos para as consequências ambientais que produz. A Índia com 1,25 bilhões de habitantes, tem 400 milhões sem anergia elétrica, dependendo da queima de carvão  de suas reservas para os próximos 200 anos, e o Brasil optou pelas usinas hidroelétricas, como a de Belo Monte que produz 12 GW de energia. essa política brasileira cria muitas divergências quando comparamos o programa da Índia até 2022 em produzir 170 giga watts de energia limpa, solar, eólica e biogás.
     O desafio do desenvolvimento é a não agressão ao meio ambiente, os países desenvolvidos não conseguiram no passado vencer esse desafio, só resta assim, entendo, um mutirão internacional para que ocorra a transferência de recursos financeiros e tecnológicos e o fortalecimento do programa de distribuição de 'green bonds' aos países produtores de créditos de carbono.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

OS DANOS DO DESENVOLVIMENTO NO CLIMA

     Os antigos processos agrícolas foram suficientes para abastecer o consumo da sociedade brasileira até o final da década de 60. Os hábitos alimentares eram mais naturais e o cardápio seguia a composição da cesta de alimentos disponíveis em cada estação, não havia uma abertura das importações para os alimentos que permitissem manter o abastecimento no período das entre safras. Como também não havia  um sistema logístico estruturado, o abastecimento gerava elevado percentual de desperdício e de perecimento.
     Os tempos foram se tornando outros, os ideais agrícolas das famílias rurais sucumbiram diante do fenômeno antropossófico. Era o nascimento do êxodo rural, a realidade mundial começava a viver o dilema da causa e efeito. Hoje em dia, o jovem não se conforma em viver no campo. " Nínguem mais quer pegar no cabo da enxada ", " isso já era! " Fogem das estepes russas, dos cantões suíços, das planícies americanas, das pradarias patagônicas, dos urais da china e dos sertões brasileiros.
     A vida moderna e o desenvolvimento tecnológico, escravizaram o ego humano e a revolução industrial depois de mais de 2 séculos ressurge com novas ideias de produção de alimentos : Técnicas de congelamento, criação de novas espécies botânicas de alimentos transgênicos. O setor químico cuidou da "proteção", com adubos, pesticidas, herbicidas, fungicidas, inseticidas, hormônios de crescimento, controladores de crescimento, conservantes e corantes. Assim surgiu a indústria de transformação que entrega ao consumidor o alimento pronto para ser consumido, com validades que passam de 1 ano e o uso descontrolado da biotecnologia no fornecimento de carne bovina precoce e clonada.
     No campo a máquina substituiu o homem, e as cidades se tornaram, estranhamente, um lugar triste e de solidão em que o seu autor é o único responsável pela forma da vida que temos.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

'" QUO VADIS " COP-21 ?

     Existe uma expressão que surgiu com a 2ª guerra mundial, assim : " combinaram com os russos ? "
     Todos os líderes presentes na COP-21, deveriam antes de irem a Paris, combinarem com todos os meios poluidores e degredadores do meio ambiente em seus países sobre quais seriam as reais propostas a serem apresentadas no forun. Sabemos que as multinacionais dependem do entusiasmo da sociedade consumidora do mundo inteiro, essa relação não dá importância para o lixo que produzem. Como ignorar os lixões existentes em balsas gigantes flutuando sobre águas oceânicas, propriedades de alguns países do evento. Esses mesmos países são integrantes do G-8, G-20, G-33, Grupo de CAIRNS, cujos objetivos são unicamente financeiro, protecionista, formação de cartéis, concentração de renda e de elevado custo social na exploração dos recursos naturais. No último ano o G-20 faturou na produção agrícola 2 trilhões de dólares, tratando-se de alimento, todo o mundo se defende. Acredito que nesse forun estejam presentes grandes fazendeiros, madeireiros, pecuaristas, usineiros, mineradores,  portando no peito faixas de governantes.
     Já assisti pessoalmente,uma abertura de campo virgem para implantação de um projeto agrícola de soja : 2 tratores de esteira de grande porte afastados e conectados, numa distância de 50 metros e por uma corrente de com anéis de 3,5 polegadas de espessura de ferro. Quando iniciam o arrasto por onde passam, o solo virgem está limpo e pronto para o plantio, desafio alguém que já tenha visto esse conteúdo em algum documentário da imprensa.
     Enquanto ocorre a COP-21, os pecuaristas brasileiros fazem planos para 2030, é uma meta de redução de 55 milhões de hectares, porém, para realizarem essa tarefa, serão necessários investimentos acima de 50 bilhões de reais, em uma fase de grandes apertos de capitais. Espera-se para um período de 5 anos um confinamento de mais de 1 milhão de cabeças anuais até alcançar 6 milhões de cabeças bovinas no bioma da fronteira amazônica.
     Os governos que estão representados em Paris, fazem vistas grossas para as explorações do setor primário da economia. Mas, todos somos cúmplices da destruição do planeta, a visão e proposta que defendo desde muito tempo é a de começarmos o retrocesso  nos hábitos e costumes para que a COP-21 não fique marcada pela dúvida do debate sobre o início, ou o meio ou do fim do nosso futuro.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A COP-21 e o nosso alimento

     Cada delegação na reunião de Paris, conhece suas metas reais e as que irão propor. É sabido também que o mundo tem suas metas reais, somente as reais, e que as metas do mundo não são factíveis nessa reunião. A meta real da agropecuária, anualmente registra uma produção mundial exportada de 2 trilhões de dólares, e esse mesmo valor foi pago pela importação de alimentos, isto é sem dúvidas, real.
     Uma outra discussão, estaria numa agenda de políticas de subsídios e protecionismo, agenda que todos reclamam e todos tem razão. Quando a questão é sobre alimentos, todo o mundo se protege, porém, quanto ao custo social e ambiental a prosa segue nos " entretantos", acho oportuno citar alguns "finalmentes"que provavelmente não serão abordados:
     No Brasil, para cada mil quilos de soja, são necessários 2 milhões de litros d'agua, e  esse mesmo tipo de irrigação está secando os aquíferos da California; o comércio agrícola internacional tem como principais exportadores em dólares o continente europeu, os Estados Unidos, Brasil, China e Canadá, e os maiores importadores agrícolas são o continente europeu, China, Estados Unidos, Japão e Rússia, sendo que os 2 últimos dependem significativamente da importação de alimentos. O território brasileiro é ocupado pelo setor agropecuário em quase 1/3 e nesse terreno são usados anualmente 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos. Seguirei mais adiante falando dessas metas de "DANTE".

domingo, 22 de novembro de 2015

O ALIMENTO ESTÁ NA AGENDA DA COP-21 EM PARÍS

     O problema da economia mundial é o protecionismo e o atrelamento das commodities nas exportações dos países em desenvolvimento. Esse problema, para o Brasil , acarreta consequências estruturais na economia interna, como no comércio internacional a eficiência e a produtividade são fatores determinantes, a exportação brasileira do setor secundário e terciário encontra uma barreira muito grande, devido as lideranças dos países desenvolvidos e a concorrência dos países, como o Brasil, tem na produção de manufaturados um índice de componentes agregados que permitem uma maior expansão da renda nacional. É provável que no encontro agora em Paris, o setor primário da economia mundial tenha uma agenda relevante no papel que as commodities representam na venda de grãos para o mundo sem se preocuparem com as devastações das florestas, do envenenamento do solo e do subsolo, envenenamento dos lençóis freáticos e fundamentalmente o uso da água para a irrigação por aspersão retirada dos rios e poços sem o cuidado da exaustão desse processo.
     Se levantarmos o debate para a produção da soja mundial na escala especulativa que é praticada, o problema do clima e da função básica na alimentação que a soja representa, encontrará uma forte resistência por parte dos países que tem suas balanças comercias dependentes do dinheiro da soja.
     Seguirei mais adiante abordando o alimento que é produzido em escala.

sábado, 21 de novembro de 2015

O DINHEIRO EM NOSSAS VIDAS

     Quando Aristóteles colocou em seus pensamentos as primeiras observações do significado da presença da moeda cunhada no processo de troca de mercadorias, não imaginava a repercussão que haveria depois de 2000 anos. A necessidade de troca de mercadorias e as trocas das sobras provocavam a perda real do valor do que era produzido, devido ao processo físico do mercado, e por isso foi trazido para a vida da humanidade a invenção da moeda. A partir de então a moeda passou a ser o único símbolo de riqueza, adquirida pela arte de acumular patrimônio pela economia  produtiva, ou pela acumulação da moeda, ou ainda pela arte da especulação. A especulação é um impulso intuitivo de inteligência em antecipar e promover o resultado futuro. A história conta que Tales de Mileto, filósofo e matemático grego tenha usado essa estratégia para ganhar dinheiro; ao prever uma grande safra das oliveiras, comprou as prensas da região e monopolizou a produção de óleo. Ao dizermos que a riqueza é uma arte não estamos dizendo que todas as artes são boas, a mitologia grega também nos conta como é estranho pensar que a riqueza não impede alguém de morrer de fome, a citação própria é encontrada na fábula de Midas, Deus que transformava em ouro todos os alimentos que lhe eram servidos.
     O dinheiro não é chave das soluções de todos os problemas e muito menos movimenta o mundo. Como elemento de troca é usado por aqueles que dispõe de uma intuição elevada e realizam as melhores trocas. Quando o sistema de trocas não era representado monetariamente, um quilo de trigo poderia ser trocado por um quilo de ouro, a equivalência dos valores dessas mercadorias é contada pela real necessidade de cada trocador. Ainda existem as trocas, e nesse caso, impera o sentimento da igualdade, ninguém perde porque o bem ou serviço é real. O drama aparece com a utilização da moeda que não nos dá o conhecimento  do destino final de nossas decisões, é o mistério do resultado contido nas incertezas e nos julgamentos alheios.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

A CONFIRMAÇÃO DE UMA IDÉIA ABSURDA

     Em 1983, em um seminário sobre planejamento demográfico, o ilustre economista brasileiro Mário Henrique Simonsen, já alertava o perigo de uma taxa de crescimento demográfico negativa, para uma população de renda per cápita anual decrescente, a partir de níveis de subsistência,
" podendo-se esperar é que a população seja submetida a um processo gradual de extinção por falta de meios de sobrevivência ".
     Uma previsão com pouco mais de 30 anos, mencionando uma idéia catastrófica, poderia ser considerada como absurda, porém, a grande previsibilidade daquela época, atualmente, se confrontarmos com os indicadores globais, não há como deixar de se preocupar.
     A saber inicialmente, que em uma população mundial em torno de 7,3 bilhões de pessoas, 54 % vivem em cidades, são quase 4 bilhões de pessoas fora do campo, lugar, é necessário lembrar, aonde se produz o alimento da raça humana. Apenas no Brasil, essa diferença é representada por uma proporção de 6 habitantes urbanos para apenas i no campo. A taxa de crescimento demográfico mundial tem uma tendência decrescente, e, é mais significativa nos países desenvolvidos, com uma variação para menor de 50 % nos últimos 50 anos. Como natural consequência dessa população velha, o mundo está produzindo menos. Em 2014, o PIB contabilizado pelas 10 maiores economias, alcançou 51 trilhões de dólares e no entanto a taxa de crescimento desse indicador de riqueza, vem caindo desde a década de 70.
     Outra avaliação global, pode ser feita com a soma dos Estados Unidos, Europa, Ásia, Oriente Médio, América Latina e África, se classificarmos por grupos produtores de tecnologia, produtores industriais, produtores de agricultura e pecuária e produtores de energia, entenderemos facilmente, que a grande parte de países no mundo são dependentes de uma pequeno grupo que produzem alimentos e com enormes secas e de redução nos lençóis freáticos, haja vista, que o Estado da California, tido como um dos maiores celeiros do mundo, a agua começa a ser localizada em poços mais profundos, e no caso do Brasil, apenas em 2012, 113 trilhões de litros de água foram enviados para o exterior nos grãos de soja, e para a Rússia, em cada quilo de carne bovina que exportamos, são necessários 15 mil litros de água. Como o processo de irrigação retirada dos rios não tem hidrômetro, toda a água que abastece as commodities, compromete o meio ambiente e tem alto custo social.
     

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O DINHEIRO ANDA NA CONTRA MÃO BRASILEIRA

     A história que está por trás da recessão deve ser contada levando-se em conta a volúpia financeira que é adotada pelo sistema bancário com a proteção da legislação que o governo mantém. A atividade econômica perdeu o fôlego e o caminho seguido pelo dinheiro foi direto para o mercado de capitais. Esse setor não ajuda a ninguém que participe dele sem que tenha um alto conhecimento de seus meandros, apenas os astuciosos estão com um passo a frente das flutuações especulativas e o governo patrocina as injustiças desse mercado com a autoridade que impõe taxas de juros abusivas no crédito e para os tomadores já realizados. Como as empresas ficam descapitalizadas, a procura por capital de giro fica difícil de se levantar porque o dinheiro é caro no mercado dominado pelos bancos e as famílias sofrem o mesmo processo de descapitalização pela perda do poder da moeda e do desemprego.
     O efeito colateral desse problema é a imediata redução da arrecadação de impostos e o baixo nível contábil no superavit primário do governo. Qual a garantia fora do sistema produtivo que as aplicações no mercado financeiro podem oferecer ao investidor ?  Nenhuma. Já ocorreram  quebras de bancos e calotes de governos. seus papéis e títulos públicos e privados, entregam todo o risco para o investidor. Se a poupança doméstica no país foge para os papéis públicos influenciados pela insegurança dos indicadores econômicos, também causa o problema do aumento da dívida pública, que será paga no final das contas, pelo próprio investidor.
     Enquanto não se fizer uma desoneração no custo do dinheiro em circulação, pelas taxas referênciais, pelos custos dos serviços bancários e pelos custos fiscais agregados nos bens e serviços produzidos, teremos uma eterna indexação na economia que sustenta o passivo do governo e escraviza as famílias consumindo grande parte de sua renda.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A FALÊNCIA DAS IDEOLOGIAS POLÍTICAS

     Qual é o destino da base política existente no mundo? As diferentes correntes ideológicas se recusam a admitir que não são mais puras e uma terceira começa a nascer na soma de suas sínteses.
Não é uma neologia sobre essa idéia, porém a vida reflete uma permanente barganha de interesses políticos e financeiros na ebulição global.
     A partir do início do século 20, mesmo antes da primeira guerra mundial, o sistema capitalista já apresentava os primeiros sinais de enfraquecimento, a perfeição do regime liberal abria espaço para as idéias do dirigismo da economia. Com o tempo aquele modêlo se transfigurou e as economias do mundo ocidental passou a ter a presença do Estado cada vez maior, regulando, normatizando e competindo com o setor privado. Nas economias de países de regime comunista os mercados financeiros movimentam capitais especulativos e abrem as portas para o deslumbramento das multinacionais, amparadas por leis comuns que facilitam o acesso aos donos do feudo chamado mundo.
     Em tese, a economia de mercado liberava o indivíduo para comutar sua propriedade com qualquer bem material ou racional, era um sistema baseado no indivíduo em busca do seu bem estar e esse regime privado produziria indiretamente a satisfação coletiva, também conhecido como sistema capitalista. Por seu lado a economia distributiva ou socialista comunista, era baseada no coletivismo que substituiria o indivíduo. Cabia a autoridade a divisão igual do resultado, a propriedade pertencia a todos e os objetivos eram planificados e o quanto coubesse a cada um significaria  seu nível de vida.
     A história apenas narra a contra partida entre os dois sistemas, sem que entretanto, nenhum dos dois tenha adquirido um corpo capaz de formar uma estrutura forte de sustentação de poder político. Como mais nada sobressae, a humanidade através dos tempos mantém uma dialética que não passa de concepção de cada um. A realidade nos mostra que o mundo tem um sistema extraído das imperfeições do liberalismo e do socialismo. Esses sistemas se enfraqueceram lutando por suas afirmações, e por mais contraditório que pareça, esses dois regimes contém em seus âmagos ideológicos os mesmos princípios, sem que entendam a convergência que está presente em suas divergências.
   

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

UMA APLICAÇÃO DE RISCO É O CÂMBIO

     O montante em reais como resultado da economia brasileira não é suficiente para tocar a construção de toda a infra-estrutura necessária capaz de tornar o país desenvolvido. É preciso que haja entrada de recursos externos, é a contribuição proveniente das poupanças das famílias estrangeiras, atualmente é superior a 500 bilhões de dólares, também conhecida como a dívida externa do país. Essa é a verdadeira noção sobre a quem pertence a moeda de um país, o governo é seu avalista legal e essa moeda é garantida por lastro em ouro nos cofres do tesouro nacional.
     Em 2014, para mencionar alguns exemplos, entraram no Brasil aproximadamente 65 bilhões de dólares, destinados principalmente para a área do petróleo e ainda devem entrar 25 bilhões de dólares até 2020 para atender a 90 projetos de logística apenas na região sudeste. O fluxo internacional de dinheiro é regulado pela variação cambial e pela situação política das instituições representativas dos poderes de uma nação. No caso do Brasil, o câmbio está provocando uma perda de mais de 200 bilhões de dólares nas poupanças das famílias do exterior. O entendimento aritmético e financeiro dessa perda pode ser com dados hipotéticos ; se entra no país 100 dólares valendo 2,50 reais por dólar, convertidos serão 250 reais, quando o dólar passa a valer 3,00 reais, os 250 reais que pertencem, dentro do Brasil, as famílias do estrangeiro só poderão reaver 83,33 dólares.
     Portanto, os recursos externos, que fazem parte da dívida brasileira devem ser honrados, pois eles participam na construção do país e representam a confiança e o respeito que o mundo tem pelo Brasil.
   

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

O MUNDO É CAPAZ DE ABANDONAR O PETRÓLEO ?

     Quando regozijamos com a perda da importância relativa do petróleo como fonte de energia, não consideramos o desastre no futuro que teremos que enfrentar com a troca para outras fontes de energia limpa. Em primeiro lugar não acredito que os cartéis estarão dispostos a perderem de "mão beijada" sua principal fonte de renda, e abandonarem as gigantes reservas como as que estimam estarem depositadas no Oriente Médio e Rússia, algo em torno de 8 trilhões de barris. São poderosos conglomerados que irão manipular, como sempre fizeram, os preços a níveis reduzidos afim de incentivar o sistema de consumo atual.
     É possível que ainda leve muito tempo para assistirmos a reforma da capacidade instalada da indústria mundial no uso desse combustível. Sabemos que até hoje apenas foi explorado 1/3 do potencial estimado no mundo e que existem atualmente navegando pelos mares mais de 3.500 petroleiros, carregando 2,4 bilhões de toneladas de óleo, uma avaliação mais contundente é que somente um super petroleiro transporta mais que toda a produção de um dia do Brasil.
     Dentre todas as questões sobre esse assunto, haverá o questionamento do fim a ser dado a toda sucata, as problemas oriundos das negligências que ocorrerão após os abandonos dos ambientes dos campos produtores terrestres e marítimos além dos complexos sistemas de logísticas de estocagem e transporte. O impacto da transformação nos países que tem o petróleo como sustentação de suas economias, deverá alcançar o resto de mundo. O mundo se movimenta com o petróleo e o efeito multiplicador do colapso da produção será disseminado por todas as camadas da sociedade mundial. Por isso, acredito que a tendência da política do mundo dos negócios, arraste essa questão para o âmbito de expectantes debates e de reuniões para se marcar outras reuniões.    

domingo, 1 de novembro de 2015

A ENCRUZILHADA DO MUNDO

     Em alguns momentos sou levado a pensar apenas no presente e não ver com mais atenção o quanto a frequência das causas que tiram a tranquilidade das pesssoas alteram as nossas vidas sem que tenhamos a apercepção do que está acontecendo. A sociedade como um todo , vive o dia a dia fazendo planos imediatos baseados principalmente na renda pessoal ou na proteção do emprego e o   medo do endividamenteo. Mantem um adequado sistema de consumo, de preferência cuidando em não mudar seus hábitos e na medida do possível cuidando da educação e da saúde. Esse plano de vida tem atravessado a história da civilização, valendo  para os ricos e os pobres, mantendo, é claro, as devidas diferenças.
     Durante o caminhar da humanidade, não se deu conta que a presença da tecnologia a partir do meio do século passado, mudou o fundamento e a compreenção da vida. Se eu só preciso do dinheiro para satisfazer todas as minhas necessidades materialistas, sem dar um passo siquer, o fundamento da conquista pessoal  dos valores acabou! E, se eu acho que toda a  tecnologia virtual  é a razão da minha felicidade, o meu juízo de valores já não mais me pertence!
     A tecnologia isola as classes sociais das castas e elites e  ainda mais daqueles que governam, os  senhores feudais. Precisamos acordar da fantasia do sistema virtual, no meu entendimento retrógrado, estamos nos isolando da natureza real das coisas, do tato e do faro. É como se cego e surdo eu fosse, e assim viveria feliz apenas imaginando tudo.

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A AMBIVALÊNCIA DA RECESSÃO

     Toda vez que o processo da recessão aparece na conjuntura que é movida pela economia, novas realidades são colocadas em prática pela sociedade consumidora. Como teoricamente a renda é igual ao que se consome mais a poupança disponível,  a flutuação dessas variáveis  determina os novos destinos dos investimentos, mas o fato é que após os conflitos e crises, sejam de natureza econômica ou não, a sociedade não será mais a mesma.
     Pode parecer um paradoxo, mas a recessão permite o realinhamento e equilíbrio dos agentes fundamentais da economia. Nessa fase as autoridades governamentais que são responsáveis pelas contas públicas, refazem suas previsões e controlam com rigor a realização das dotações orçamentarias. Os investidores aumentam a proteção do capital e avaliam e protelam novos projetos. As empresas criam novos sistemas e programas de custeio, melhoram os métodos operacionais, buscam maior produtividade na produção e fortalecem o relacionamento entre seus parceiros.
     A recessão encontra na família, o principal agente da ciência econômica, é ela que irá colocar os elementos financeiros de mercado, os níveis de oferta e demanda de bens e serviços em equilíbrio, e indicar mediante seu comportamento qual deve ser a real utilização do dinheiro na atividade econômica. Os conflitos e crises não surgem das empresas e muito menos das famílias, porém são os que sofrem na pele as consequências. Esse preço deve ser compensado com uma nova mentalidade nas relações dos mercados, da proteção da massa salarial, no maior sentido das políticas e diretrizes governamentais e nas instituições do país.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

O MERCOSUL DEVE SE VALORIZAR MUNDIALMENTE

     O Mercosul é composto por países, de níveis sócio-econômico baixos e com grande falta de investimentos, é aí que aparece a dificuldade de se fazer considerações sobre a consistência do grupo. Qual o país sul-americano que dispõe de um desenvolvimento em condições de representar a locomotiva do crescimento regional ? Toda a América Latina tem sérios problemas de investimentos em infra-estrutura e essa questão dificulta acordos entre os blocos internacionais e a mesma questão não contribui para a formação de um fundo financeiro capaz de atender aos países consignados, pois é evidente a enorme necessidade de todos os países da região em gerar renda de curto prazo que alimente o consumo.
     Quando foi criado a União Europeia de Livre Comércio, haviam países lideres que representavam a força dessa união, principalmente a Alemanha, França e Itália. Esses países tem em suas economias a força de grandes multinacionais, empresas que exportam produtos de grande valor agregado, bens e serviços para o mundo todo. O mercado comum europeu já nasceu forte e com capacidade suficiente para ajudar aos parceiros do bloco menos desenvolvidos.
     Penso que a posição do Mercosul deveria se voltar para objetivo do fortalecimento do bloco, o único caminho, a meu ver, de se conseguir o desenvolvimento regional, na linha da teoria do economista brasileiro Celso Furtado. Os acordos bilaterais com outros blocos devem ser estratégicos com o foco visando a maior presença no mercado internacional, aumentando o poder de barganha entre as nossas matérias primas e os produtos industrializados.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

POLÍTICA ENTRAVA O DESENVOLVIMENTO

     O sonho de ver o Brasil nacionalista na sua cultura e dono do seu destino social, levou-me a interpretar quem somos e quem queremos ser. Depois de tantos anos acompanhando as mudanças políticas e regimes de governo me convenci que a vida do povo sempre foi motivo de conveniências políticas por causa da falta de uma real inteligência que surgisse do povo uma real inteligência para elaborar, segundo suas necessidades, os planos nacionais de desenvolvimento.
     A revolução da forma de pensar sobre o Brasil é muito importante, e que o povo aceite as ideias de comprometimento nas decisões do futuro que lhe resta e de seus descendentes. Em alguns momentos da vida nacional assistimos o enfraquecimento das instituições que formam o alicerce da nação e cabe apenas ao caráter do pensamento do povo a renovação e o fortalecimento da pátria mãe. Quem vive neste momento em algum lugar deste país, correndo em busca de uma melhor condição de vida, deve saber que não irá a lugar nenhum se não mudar a forma de pensar, pois vive dentro de um sistema fechado pela ganância dos planos daqueles que nunca se importaram com a esperança que habita no coração de uma nação tão cheia de condições e amantes da liberdade.

domingo, 25 de outubro de 2015

O DRAMA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

     As baixas avaliações dadas pela UNESCO sobre a qualidade do ensino no Brasil, traduz a idéia que alguma medida estrutural deve ser adotada, ou melhor, aplicar de maneira radical e pragmática os recursos que são destinados para a educação, com distinção  ao ensino médio. Esses recursos, se olharmos os dados fornecidos pelo governo, existem constitucionalmente, tem dotação orçamentária da receita do Tesouro Nacional. O percentual de 5,7 do PIB significa em linhas gerais, algo acima de 100 bilhões de reais, percentual esse que está na média mundial, acima inclusive, do Canadá, Estados Unidos, Coréia do Sul e Rússia. Se a educação brasileira também tem uma destinação de 25% da receita federal, correspondente a 250 bilhões de reais, e,  se a fonte de informação é o próprio governo, esses dados se apresentam conflitantes.
     Está evidente que os recursos existem mais são aplicados inadequadamente e provocam as desigualdades nas avaliações. Entendo que só teremos a melhora com o envolvimento nacional, quando os recursos forem priorizados para o ensino médio, aonde está a base da qualificação, ajudando com mais atenção aos jovens das cidades do interior,que são regiões de maiores dificuldades para a  frequência as  escolas. A educação do futuro depende da capacitação no ensino médio, alunos motivados e professores valorizados, salas de aulas cheias e as lousas ilustrando os diagramas da vida, acabando para sempre a explicação infeliz de que os alunos vão as escolas para fingirem que aprendem e que os professores estão lá fingindo que ensinam.

terça-feira, 20 de outubro de 2015

O DIAGNÓSTICO DE UMA ESTRATÉGIA MEDROSA

     O Brasil perdeu a oportunidade de hoje estar livre das incertezas externas e das turbulências do câmbio e da pressão inflacionária. Nos 8 primeiros anos depois de 2000, o consumo das famílias esteve aquecido devido ao bom desempenho do PIB, foi também o que levou ao crescimento da arrecadação e dos gastos públicos. Nesse período a arrecadação federal subiu mais de 90 %, é importante frisar que 1/3 do valor do PIB é representado pela carga tributária injetada nos custos de fatores. Esse quadro de euforia não tinha a segurança da produção nacional, as reclamações sempre recaíram na falta de competividade com o setor externo. Convém lembrar que na época quando o câmbio se mantida estável abaixo de 2 reais era o momento crucial para a importação de bens de capital fixo pelas empresas nacionais, trazendo novas tecnologias e qualidade. O governo não tomou a frente nessa estratégia, e a partir de 2008 com a queda do consumo das famílias, fator alimentado pelo desemprego, a produção nacional para exportação que é basicamente   formada por manufaturados não teve capacidade de competir no mercado externo. Para se ter uma idéia, a produção nacional ocupa o lugar de número 75 em competividade no ranking mundial, o que, a meu ver, é uma contradição com a posição de sétima economia mundial. Os entraves domésticos são significativos nesse sentido, não se desenvolve a economia produtiva com a pressão de uma matriz de impostos opressora, com a infraestrutura de mobilidade atrasada e principalmente a dificuldade com a ineficiência e a burocracia estatal.
     Contudo, a diminuição da demanda externa abriu espaço para o consumo interno, o câmbio elevado forçou a seletividade na escala de preferência do consumidor, e o efeito substituição, afinal de contas, permitiu a melhora de alguns segmentos da produção nacional de bens e serviços. Com a dificuldade atual do custo do dinheiro e a ausência dos investimentos diretos do exterior a fase de recuperação só terá início no momento em que os empresários se tranquilizarem com o futuro de seus negócios.

sábado, 17 de outubro de 2015

OS NÚMEROS EM 60 ANOS NÃO REDUZIRAM A POBREZA

   Até hoje não conseguimos explicar a distribuição da renda mundial com mais de 7 bilhões de habitantes. Atualmente os 10 países mais pobres do mundo só conseguem contabilizar um PIB de 9 bilhões de dólares. Esse valor revela a total falta de solidariedade da comunidade internacional para o desenvolvimento. A prova dessa minha colocação é o PIB dos 10 maiores países do mundo, eles contabilizam um total de 51 trilhões de dólares. Uma outra informação sobre as desigualdades de renda, é que apenas 0,7 % , algo em torno de 50 milhões de pessoas detém mais da metade de toda a riqueza do planeta. Entre 1950 e 2012 a população mundial teve um  crescimento de 3 vezes, passando de 2,5 para 7 bilhões de pessoas e o PIB no mesmo período teve uma variação de 15,5 vezes, isto é, passou de um valor de 5,37 trilhões de dólares para 82.762 trilhões de dólares.
     Desde a década de 40, no sentido de se resolver essa tragédia mundial, já foram criadas entidades como a ONU, UNESCO, FAO, BID, UNCTAD, GATT, BIRD, OCDE, CEPAL, OIT, FMI, ONGs, todas voltadas para combater e eliminar a fome, a pobreza e a desigualdade entre os povos.
     Porém, a história mantem a mesma conclusão : Os ricos são cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

O PEJO DE UMA NAÇÃO CANSADA

     Depois de 25 anos praticando uma nova vida nacional de pensamento e iniciativa livres, tenho a impressão de que o povo brasileiro abriu mão da segurança na proteção de sua liberdade. Aqueles que se apresentaram como novos lideres e paladinos da democracia, nada mais eram do que as famintas hienas a espera das sobras nas carcaças que os abutres abandonam. O Brasil é rico em sua natureza, em seus abundantes recursos naturais e tem uma população gentil em mais de 204 milhões, e, entretanto essa população vem carregando nesse período um fardo pesado com falsas promessas, pegajosas mentiras e a permanente dilapidação do patrimônio público.
     Poderia ainda mais desabafar a minha revolta e o meu desprezo, ocorre que ainda me resta a memória dos nossos heróis do passado, cidadãos brasileiros de ilibada passagem pela vida, e por eles me curvo solene ao mencionar o pátrio pensamento de RUI BARBOSA ;

   "  DE TANTO VER TRIUNFAR AS NULIDADES, DE TANTO VER PROSPERAR A DESONRA, DE TANTO VER CRESCER A INJUSTIÇA, DE TANTO VER AGIGANTAREM-SE OS PODERES NAS MÃOS DOS MAUS, O HOMEM CHEGA A DESANIMAR DA VIRTUDE, A RIR-SE DA HONRA, A TER VERGONHA DE SER HONESTO. "

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

A CARRUAGEM PASSA E O POVO BATE PALMAS

Época após época, a civilização se movimenta alterando seus hábitos e costumes. Essa movimentação tem um ritmo e direção que também podemos classificar em ciclos ou eras. Seus protagonistas são sempre os mesmos: o capitalista, o empresário, o povo e o governo. O domínio e o poder é o objetivo de vida do qual não faz parte o povo, como não faz parte na disputa pela conquista do dinheiro, da matéria prima, dos recursos naturais e principalmente da lei. O sentimento e o pensamento que os impele é a ganância farta e disposta no meio da soberania, é o prêmio natural de quem é herdeiro dos grandes impérios, senhores donos do dinheiro do mundo. Esses senhores siquer interferem nos meios circulantes da moeda, apenas articulam as tendências dos mercados e eles são os mesmos que em nome dos direitos, dos princípios e conceitos de democracia redigem as leis e formalizam a política para o povo respeitar. Entretanto, é essa figura ancestral do povo, que tem no seu núcleo a instituição da família e ali que fica guardada a chave que muda a direção da vida.
     Todo o pensamento da construção da teoria econômica tem como matriz nuclear a família, a capacidade de equilibrar as necessidades fundamentais como: produzir, consumir, progredir, poupar e defender a liberdade. Portanto, nesse velho juízo, repousa a afirmação de que está na mão da família a chave mestra do mundo. Sempre haverão os conflitos beligerantes ou políticos que jogam pelos ralos em indústrias de armamentos ou por gestões públicas feitas por alquimistas o dinheiro suficiente para acabar com a miséria humana. A chave está girando e pode desconectar a ordem do sistema.  

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

A DEMOCRACIA AINDA ESTÁ LONGE

     A impressão hoje é de que os ideais da redemocratização do Brasil foram abandonados. Pedimos desde o início os avanços sociais e o afastamento do sub desenvolvimento, porém, ao listarmos os principais temas noticiados pela imprensa brasileira nos últimos anos, descobrimos, em verdade, que a democracia sonhada, parece estar mais distante do que imaginamos, e para alcançarmos esse facho dourado teremos primeiro que eliminar nossos entraves:
   1-Aumento do lucro oportunista dos bancos
   2-Aumento para 39 ministérios da máquina estatal
   3-Aumento para 35 partidos político
   4-Aumento da má distribuição de renda
   5-Aumento das periferias nas capitais brasileiras
   6-A perda do aproveitamento no ensino fundamental
   7-A realidade difícil da saúde pública
   8-Aumento da insegurança pública
   9-Perda do poder aquisitivo da classe média
  10-A interdependência política nos 3 poderes da Nação
  11-Institucionalização da corrupção
  12-Desinteresse pelas reformas
  13-A carga tributária não é traduzida em desenvolvimento
  14-A capitalização da classe pobre não tirou a condição de pobre
  15-O pensamento ideológico na sustentação do poder
  16-Perda da confiança no sistema político
  17-A centralização e regulamentação da economia
  18-O poder da impunidade dos poderosos
     A paz social, a esperança em progredir, o respeito por todas as leis e o sentimento de patriotismo é a essência do nosso ideal. O conjunto das citações acima, não rara vezes, aparecem para o nosso conhecimento revestidas da comédia ou da tragédia, assim como era descrita na arte grega.

domingo, 4 de outubro de 2015

O MOVIMENTO DO MERCADO DO PETRÓLEO

    Não existe dúvidas de que a OPEP ainda dominará esse mercado por muito tempo. Para esse grupo, o custo de produção do barril varia em torno de 25 dólares e entre  os 15 maiores países consumidores tem apenas 2 de seus integrantes, basicamente exportam toda a sua produção, e na comparação com os 15 maiores países exportadores, tem 11 integrantes. Como possuem um baixo nível de custeio, sustentam uma rentabilidade operacional equilibrada com uma gerência do fator de reposição de reservas, isto é, é a variação dos preços somados entre as compras de reservas de outros produtores com a produção do próprio grupo. Podemos avaliar também da seguinte forma: mantemos guardada a nossa produção e compramos a de terceiros, com preços inferiores ao que vendemos. Isso garante a sustentação da produção estratégica e a manipulação dos preços no mercado.
     Existe um ponto de estrangulamento na produção rentável do petróleo, tratá-se do refino e aí também podemos notar que no ranking dos 10 maiores refinadores, a liderança é mantida pelos Estados Unidos, seguem a Rússia, China, Ìndia, os países europeus e a Arábia Saudita como a principal representante da OPEP. Para os países que apenas exportam o petróleo crú e são obrigados a importar seus derivados, estão, em verdade, beneficiando a rentabilidade daqueles que tem a capacidade  do refino. Essa é uma condição longa e de difícil mudança e que pesa negativamente na conta da balança comercial. O refino é a parte boa do negócio, como em todo o negócio na história da humanidade é o  atravessador quem mais saí ganhando.

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

UM VILÃO CHAMADO 'OURO NEGRO'

     Para aqueles que se preocupam com as gerações futuras, o perigo está na forma de encarar e agir contra a exploração mundial do petróleo, é um vilão admirado pelo mundo consumidor, e o que é pior, sabemos que ele é um predador e que nós somos suas presas.
     É com o aliciamento do conforto e da solução imediata que o mundo está submisso ao império desse "ouro negro", basta citar que 8 trilhões de barris estão localizados no Oriente Médio, Rússia e no Mar Cáspio. Como existe o restante de estoques mundial e se o petróleo até hoje só foi explorado em  1/3 do planeta é com absoluta visão,  que a idade me permite, acreditar que no futuro todo esse potencial será jogado na atmosfera de todas as crianças que estão por nascer.
     Os povos são aliciados pelos governos, por isso compreende-se porque mais de 50% da produção do petróleo mundial é estatal. E por causa do Estado em 1970 a estrutura do setor de transporte no Brasil era completamente liderado pelo sistema rodoviário com 80% de participação, e esse aliciamento permitiu que após 45 anos ainda encontrássemos esse predador engarrafando nossas cidades e enfileirando o transporte de cargas nas estradas.
     No âmbito mundial para aonde vai o dinheiro do petróleo que é afinal de contas a razão "petra" desse mercado ? Para os Bancos europeus e americanos e Fundos  financeiros que financiam a escassez de capital para o desenvolvimento dos países pobres. Se esse desenvolvimento não ocorrer por razões políticas ou criminosas, restarão as dívidas e a sustentação necessária da condição de sub-desenvolvimento.

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

O PETRÓLEO É VILÃO OU MOCINHO DO MUNDO

     Desde o início da década de 70, com o advento da criação da OPEP em 1960, em sala de aula eu prognostificava de que os produtores de petróleo teriam que enfrentar no futuro a realidade de que os estoques seriam, como são, finitos, e o rumo alternativo de energia abalaria a dependência pelo consumo. Aconteceu que após 50 anos um novo elemento "acima da terra" surgiu para favorecer aquela produção de petróleo, a sofisticada tecnologia aplicada ao sistema de comunicação "on line" para que os participantes dos grandes conglomerados, as corporações e os cartéis pudessem em condições de "full time" gerir seus negócios, transferências e atuações manipuladoras das cotações dos mercados financeiros e de mercadorias.
     Como o petróleo ainda é a energia que move o mundo, durante algumas postagens abordarei os aspectos que dizem respeito a evolução desse mercado e a politica brasileira dirigida para a sustentação da oferta da procura interna com a relação com o  comércio internacional. É um conjunto complexo em que envolve governos, reservas estratégicas, prospecção, refino, produção, oferta, consumo, disputas de produtores, mercado financeiro internacional, informações de caráter mercadológico de cada país produtor e principalmente a política internacional de preços.
     

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

O PERIGO DE UM PARASITA

     Vez por outra, somos levados a compreender e analisar questões atuais, esquecendo ou mitigando os problemas do interior das doutrinas da economia.  As conjunturas evoluem no tempo, e aos poucos tentamos relacioná-las ao pensamento contido nas ideologias.
     O princípio de liberdade como lema antigo, não avançou com a Revolução Francesa. No meio do século XIX os operários só dormiam em casa e voltavam ao trabalho para cumprir 15 ou 16 horas de jornada por conta do mínimo que os proprietários do negócio pagavam. Quando avaliamos as relações de trabalho a partir do século XX, verificamos que pouca coisa mudou, e por que ? Os padrões e as escalas dos agentes e recursos disponíveis no sistema mundial de negócios e de produção adquiriram proporções que afastam a possibilidade de melhorar o conforto para a vida do homem comum. A pressão da vida moderna anulou as conquistas da ciência, da tecnologia, da automação, da informação e da produtividade. É um absurdo que mesmo com toda a evolução, o trabalhador ainda ganhe o mínimo que o patrão paga.
     As previsões para o movimento do trabalho e do bem estar são intrigantes. A evolução da inteligência tira sutilmente a necessidade da mão de obra, sem, contudo, evitar a necessidade da comida no prato do homem.
     Esse conflito entre esses dois agentes econômicos surge com a interferência do Estado. O sistema liberal representou a liberdade dos agentes econômicos, porém a presença da planificação do governo e a mediação contra a formação de agrupamentos e cartéis aumentou o controle de preços e a presença da política na economia. A partir de 1938, antes do início da segunda guerra mundial, começou se formar uma nova corrente formulada pelo economista Jacques Rueff, o neoliberalismo, tentando resgatar o livre mercado com críticas ao intervencionismo do Estado.
     Na década de 40 o ilustre médico A. Silva Mello, escreveu em seu livro "O homem": "Por que  essa distribuição tão iníqua e imoral ? Não demonstra isso realmente que as leis foram criadas sobretudo para proteger os ricos, primeiramente garantir a sua posição dentro da sociedade ? "
     O mundo tem que resolver definitivamente o seu futuro, não pode mais o Estado interferir na economia, com o objetivo de se manter no poder, qualquer que seja o regime de governo, isso é um perigoso parasita que se instala no processo de desenvolvimento econômico e social. É um perigoso parasita que é formado pelo corporativismo das empresas e que tem como seu poderoso hospedeiro o sistema político do governo. Então a árvore da Nação está ameaçada.

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

DESENVOLVIMENTO É A PRIORIDADE BRASILEIRA

     A verdade precisa ser dita, o governo se desdobra para se manter no poder. Tomando como referência, no sistema parlamentarista esse gabinete já teria caído, por causa das afirmações durante o pleito eleitoral e as decisões que provocaram a desestabilização econômica. As  políticas adotadas nos governos anteriores revelam que faltou a visão da teoria elementar da economia, as medidas atualmente    propostas para ajustar as contas públicas, são criticadas pelos setores produtivos com excessão do setor bancário.
     O povo sempre se apresentou como sendo o cravo e o governo o martelo. O consumidor é o agente que administra e suporta as variações dos preços do mercado, e o mercado sempre acatou essa gestão,o que significa o equilíbrio pelas leis de mercado. O governo na figura do martelo, aumenta impostos, aumenta juros, desrespeita a execução orçamentária, pratica uma desastrosa política de oferta de emprego público e constrói um incontrolável organograma destribuido por todas as unidades da federação.
     O governo se preocupa em manter reservas cambiais, mas elimina os agentes e fatores da economia, há uma ausência significativa do volume de renda e a perda da capacidade de formação de poupança voluntária. As medidas que geram desemprego, quebram a estabilidade familiar, quebram o consumo, a renda, a poupança, a arrecadação e os investimentos privados e públicos, e atrasa o principal projeto da nação; o desenvolvimento da nossa inteligência e soberania.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

A PORTA DA NECESSIDADE É ABERTA

     É um debate que se esvaece no tempo: no regime capitalista predomina o  pensamento de se garantir aos capitalistas exercerem predominância sobre o restante da sociedade pois eles tem a propriedade das forças produtivas. Esse pensamento é a base da crítica socialista de Mark, mas a história da economia de hoje conflita com os pensadores clássicos, atualmente a condução da economia brasileira, para não falar do resto do mundo, é uma mistura desses dois fundamentos. Essas ideologias não contavam com a evolução do processo essencial dentro da produção, isto é, o fortalecimento da correlação entre o capital e a mão de obra.
     O governo brasileiro sempre adotou um papel centralizador e ao mesmo tempo uma forte relação
de dependência com o setor privado. Algumas considerações justificam o texto acima, durante as décadas de 70 e 80, 60% do crédito no país era estatal e estatal também era a participação de 50% no patrimônio das empresas, ainda hoje há uma acentuada restrição à privatização que impede a maior atividade do setor privado, o relaxamento da obediência fiscal e a regulamentação da economia inibem consideravelmente a iniciativa privada. Curiosamente propõe medidas para estabilizar as fracas condições que a economia brasileira atravessa com ajuste fiscal e política monetária que só beneficiam o capital e seus donos. Só existem os programas sociais porque a sustentação é mantida pelos impostos gerados pelo setor privado e pelas classes de trabalho.
     A democracia, afinal, garante que o capital, o Estado e a iniciativa voluntária privada possam fazer os seus papéis, conquistarem seus objetivos e ao mesmo tempo consagrar o desenvolvimento e o bem estar social.


domingo, 13 de setembro de 2015

O ESGOTAMENTO IRREVERSÍVEL DO SISTEMA

     Depois de tantas incertezas, qual é a vocação brasileira ? O mundo se transforma de tal maneira que buscar exemplos externos para o nosso desenvolvimento pode não ser a melhor opção. O atual sistema e estratégia de desenvolvimento brasileiro apresenta um acentuado esgotamento.
     Tanto as idéias capitalistas como as socialistas devem permitir que outras idéias mediadoras sejam formuladas para impedir que os governos tomem o poder absoluto com egos e vaidades desastrosas.
     A orientação politica praticada no Brasil propiciou inicialmente um crescimento pela entrada e indução dos recursos públicos, essa visão de aceleramento sabemos, porém, que exigiu fortes demandas de impostos e se esses impostos são usados para atender indiscriminadamente os subsídios no sistema produtivo aumenta a intranquilidade sobre as possíveis alterações desses benefícios e a consequente oclusão nos custos de fatores.
     A meu ver, o erro ocorrido no processo de desenvolvimento brasileiro foi a idéia de que somente o Estado seria capaz de melhorar o bem-estar do povo, e o que é mais desagradável o próprio governo brasileiro até hoje não tem uma definição do seu verdadeiro papel, de como deve ser gerida suas contas e na super-regulamentação da economia implantada até hoje.Continuarei essa abordagem sobre esse erro estrutural do sistema adotado para o nosso desenvolvimento.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

FAZER POLÍTICA REQUER ISENÇÃO DE ESPÍRITO

     A política irreal de crédito ao consumidor para fomentar o consumo iludiu a capacidade empresarial provocando a oferta de emprego, esse crescimento começou a ser estancado com a abertura das tarifas públicas num período em que já havia uma forte incerteza política. Teve início então uma fase preocupante para o equilíbrio da economia, os rendimentos decrescentes passaram a ser contabilizados pelas empresas e pelas famílias, essas duas pontas da economia ativa iniciaram a retração mútua, se o sistema produtivo começou a liberar o excesso da mão de obra, o consumidor também começou a reter o impulso de comprar, isso é inevitável, é uma atitude de proteção da renda dos dois lados. O efeito substituição conduz a economia para patamares recessivos, porque na visão das famílias a política adotada nos últimos anos comprometeram a renda familiar por longo prazo eliminando a capacidade de poupança voluntária, o êmbolo da formação da riqueza nacional.
     Se forem colocadas em prática algumas medidas com respaldo da opinião pública,o processo de recuperação seria imediato e sem custo social, objetivando o poder aquisitivo da moeda, da produção e do emprego:
     1-Redução acentuada da taxa de juros
     2-Redução da participação pública na economia
     3-Redução progressiva da carga tributária
     4-Redução do prazo da linha de crédito ao consumidor
     5-Redução dos pagamentos por não moeda
     6-Redução dos dias parados por feriados
     7-Alavancagem do setor de manufaturados e da indústria de base
     8-Reforma fiscal com um projeto de lei oferecido pelos agentes econômicos e  governo
     Entendo que a pior maneira de combater a inflação é agindo com uma agressiva política monetária sem um cuidadoso diagnóstico da sua origem. A inflação nasce de uma convergência de fatores como a expectativa psicológica, a situação externa, aumento da demanda interna, redução da oferta de bens e serviços, problemas climáticos e condução das contas públicas.
     Por fim, a administração do poder aquisitivo da moeda exige permanente atenção desses fatores. A moeda só tem a função de troca no curto prazo, de outra maneira, em troca de títulos com o setor produtivo da economia. Quando a moeda não está dentro desse sistema de mão dupla entre a família e a empresa, corre perigosamente para o sistema especulativo ou para o financiamento do sistema público que históricamente no mundo nunca soube usar.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A IMAGEM NÃO É PIOR QUE A CAUSA

     Continuo defendendo o retrocesso da comunidade econômica mundial. Não podemos mais sustentar a exploração ambiental na produção de bens e serviços que não tragam uma imediata melhoria da condição da qualidade primária da vida humana. O mundo está demasiadamente industrializado e a alta tecnologia utilizada é para atender a exclusiva necessidade de ganhos crescentes e indica de que quanto maior for a inclusão da produtividade no processo econômico, maior será o pensamento hedonista daqueles que são os detentores do capital e que vivem na parte mais alta da pirâmide humana. No meu entender o progresso do mundo não carrega em seu bojo a função do bem estar social que desejamos e precisamos.
     É profundamente lamentável, mas sou obrigado a considerar que o êxodo das famílias que está acontecendo na Europa, na fronteira dos Estados Unidos da América com o México, no interior da China e no interior do Brasil, citando como exemplos, é sem dúvidas, a desesperada e sagrada intenção de se buscar o sustento pela oportunidade de emprego, educação e a saúde, ninguém imigra se é feliz aonde vive e está coberto pelo manto da liberdade.
     Como estão enganados os que fazem parte das elites mais altas, imaginando que estão incólumes, ignoram o que acontece no mundo aonde está localizada e  reside a base da pirâmide, essa base é larga e densa mas também esse alicerce dá sinais que está ruindo, e se não cuidarmos com rapidez, sem discursos, sem encontros de cúpulas mas com iniciativas pragmáticas, todos  seremos cúmplices dessa realidade que bate na porta do mundo e se cada um não for racional no uso dos bens disponíveis e na sua inteligência doadora afligiremos um futuro de derrotados.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A MEDIDA MONETÁRIA NÃO MEDE O PREJUÍZO

     O governo impõe o sacrifício usando de medidas intervencionistas monetaristas tentando o equilíbrio da economia.
     David Ricardo,economista durante o século 19, dizia que, " O equilíbrio monetário em cada país existe, em dado momento, um certo estado de equilíbrio monetário que lhe é peculiar em função de sua atividade econômica, de seu sistema monetário e da sua organização bancária". Se compararmos com o que acontece no sistema econômico e financeiro do Brasil constataremos que o equilíbrio monetário está desajustado devido a grande especulação cambial, o controle de preços administrados e a desastrosa medida monetária imposta pelo governo. Essas decisões acarretam prejuízos sociais de longa recuperação e até irreversíveis. Só como exemplo, a inflação medida pelo IPCA ( índice de preços ao consumidor amplo ) tem uma ponderação de 60% das necessidades essenciais, somados é claro ao desemprego. Em 5 anos foram gastos mais de 1 trilhão de reais em pagamentos de juros. Esse valor escorreu pelo ralo e foi pago pelo público, sem o respectivo retorno social. Está evidente que essa medida só tem como objetivo sublimar a maior concentração da renda.
     O mestre Ricardo indicava a peculariedade de cada economia, também nesse caso é necessário frizar que a nossa economia é dependente do fluxo cambial e principalmente do intervencionismo governamental. Dentre outras medidas, não monetária em busca do equilíbrio econômico, seria a intervenção estratégica no câmbio e a real desaceleração do consumo do governo, mais que entretanto, transferisse sua demanda para o setor privado. Se o tamanho do Estado consome 40% da nossa atividade econômica precisa da cobertura contábil  dada pela carga tributária. Essa carga tributária paga a  consolidação da folha de pagamento de 6,3 milhões de empregados municipais, 3 milhões de empregados estaduais e 2 milhões de empregados federais. É muita gente para colaborar com o princípio da ineficiência elaborativa da mão de obra, e o que é mais pesado é que diferentemente de outros países, todo esse contigente goza do previlégio da estabilidade do emprego, essa é uma das peculariedades de Ricardo.

terça-feira, 1 de setembro de 2015

O ALIMENTO, A SAÚDE E A EDUCAÇÃO II

     O mundo continua sofrendo as consequências das falsas promessas que os governos fazem sobre a melhoria do meio ambiente e da produção de alimentos. A´agropecuária brasileira colabora de maneira importante no processo danoso sobre a natureza, aliás, no final do ano será realizado em París a COP 21, conferência sobre o clima e durante esse evento o governo do Brasil deve apresentar um estudo sobre a pecuária de corte Amazônica.É uma previsão para 2030 com investimentos em torno de 50 bilhões de reais até aquele ano. A pecuária ocupa uma área estimada em 250 milhões de hectares, e por esse estudo haveria uma redução da área de pasto e o aumento da produtividade. Considero esse projeto arriscado para o país devido a grande demanda que hoje a carne bovina brasileira atende a um leque  muito grande de países importadores, e a preocupação histórica nos controles governamentais na implantação desse projeto.
     Quanto a produção  agrícola, ela só atende as necessidades do governo na formação de divisas sem olhar o prejuíso da expanção desenfreada do desmatamento. Esse setor gasta só em defensivos, algo em torno de 13 bilhões de dólares anuais e diante disso a agricultura de escala não tem a mínima responsabilidade ambiental e genético no alimento que produz e ainda assim o destino desse alimento dificilmente chegará aos pratos de mais de 2 bilhões de pessoas pobres no mundo.
    Das reservas cambiais do mundo todo que apenas servem para proteger os países das crises financeiras internacionais, fossem destinados 10% compulsóriamente para alimentar os pobres; posso estar errado, mais a fome do mundo acabaria.
     O alimento, a saúde e a educação são os únicos elementos da felicidade humana.Para alcançarmos esse destino dependemos do interesse internacional total e o sentimento eterno que o homem carrega dentro de sí..." O AMOR."

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

O ALIMENTO, A SAÚDE E A EDUCAÇÃO I

     Há um ano atrás abordei a idéia antagônica aos atuais processos dos sistemas econômicos que se interligam no mundo. O retrocesso econômico sustentável, é uma idéia que coloca a economia mundial focada principalmente na qualidade essencial da vida humana, o essencial é o alimento, a saúde e a educação, fora disso é esperar pelo fim. A economia solidária repousa no auxílio aos mais fracos e na luta contra a fome, já manifestada por João XXIII e em campanhas da FAO. Seria a transferência de excessos de produção dos países ricos para consumo dos países pobres.
     Politicamente, ainda abordava, a necessidade de ações novas comerciais que valorizassem a produção de grãos e extração de minérios. Essas transações devem conter forte poder de barganha nos acordos com países que em troca possam fornecer tecnologia e condições de expansão de mão de obra nas áreas de alimento, saúde e educação.
     O Brasil é um dos maiores parceiros internacional de alimentos e de matérias primas, um real argumento sobressai: a nossa agricultura é irrigada mesmo em períodos de estações regulares de chuvas e aumenta significativamente em anos sem chuva, esse fator deve entrar como elevado valor ambiental a ser agregado ao custo de produção. Na extração de recursos minerais a degradação do solo e do sub-solo é irrecuperável e por isso o custo de produção tem que conter um valor elevado desse agregado. Ora ! empobrecemos e envenenamos nossa terra, vendemos para quem não tem essa mercadoria, e com os preços cotados pelos poderosos, e ainda a receita não sendo  distribuída universalmente, esse processo  do sistema econômico do mundo de destruição permanente do solo e dos negócios que são  comandados por quem é o dono do capital, só levará ao empobrecimento de todos... a humanidade.

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

POR QUE TANTAS CRISES ?

     A política e a economia são invenções do homem... daí.
     O governo brasileiro está pressionado pelas suas despesas obrigatórias, alcançando 89% da receita, uma variação para cima nessas despesas de 15% nos últimos 10 anos, são despesas que tem um componente do pagamento da folha de salários para mais de 13 milhões de empregados do setor público nos 3 níveis da federação, a constatação mais intrigante é de que a evolução da receita não proporcionou níveis satisfatórios para formação de poupança, o que leva ao entendimento de que a economia não é suficientemente potente na sua atividade produtiva, na estrutura de planejamento e na segurança das normas e diretrizes por parte dos agentes públicos. É importante frisar que nesse mesmo período a arrecadação de impostos foi liderada pelo IOF com um ganho real de 294% e o IRPF com 214% reais, indicando que no citado período as atividades bancárias estiveram mais aquecidas do que o setor da produção.
     A desconfiança de que com a evolução dos atuais indicadores, como a fuga do mercado de capitais para o mercado cambial, a procura de empréstimos das empresas estrangeiras no Brasil em suas matrizes para atender o capital de giro e o estancamento das remessas de lucros estejam descapitalizando perigosamente essas empresas. O mais grave é que a piora desses resultados venham a desaguar dentro das famílias, só a indústria demitiu este ano 5% do seu contingente e a economia legal registra 7,5% de desempregados.
     Isso se chama recessão ou a crise instalada no mundo entre os agentes detentores do capital e os novos conceitos de produção e consumo ?

terça-feira, 18 de agosto de 2015

CUIDAR DOS RECURSOS É CUIDAR DO FUTURO

     O mundo vive às custas das energias e das matérias primas disponíveis aonde estiverem, e os países que possuem esses recursos terão condições de conduzirem as relações internacionais de comércio.
     A história conta que o rumo das batalhas da segunda guerra mundial foi definido pelo controle do movimento essencial dos recursos que sustentavam a guerra. As invasões tinham como objetivo países que pudessem abastecer os exércitos com combustível e todas as matérias primas necessárias. Naquela época com meus 7 anos de idade participei da guerra, pois juntava sucata de alumínio, formando verdadeiras pirâmides de metal nas ruas que eram enviadas para a indústria de guerra, o Brasil foi importante também no fornecimento da borracha da Amazônia para os aliados.
     O mundo de hoje não é diferente , os países fornecedores de energia ou matéria prima são alvos dos interesses desenfreados pela exploração dessas riquezas, sobretudo a   água, a madeira, as terras raras, minerais e fontes da bio diversidade. Não basta, todavia ser proprietário das riquezas naturais, é preciso a gestão de longo prazo e da prudência da preservação da soberania, e nesse ponto, está o alicerce do desenvolvimento racional e o futuro sustentável da Nação.

quinta-feira, 13 de agosto de 2015

A DESIGUALDADE ENTRE OS IGUAIS

    A democracia é um ponto de vista ou é o poder de poder ? Vivemos sob a lei e reinados pelos poderes do judiciário, legislativo e executivo que legalmente estabelecem suas remunerações, sempre em níveis acima dos padrões dos trabalhadores. Esses poderes são protegidos por imunidades cuidadosamente redigida na constituição, e ficam livres para barganhas políticas em que todos saem ganhando.
     E que trabalhadores são esses ? Seriam aqueles professores abnegados com a função de educar nossos filhos, ou os médicos estressados dos hospitais públicos abandonados, ou os policiais que morrem na guerra contra a bandidagem, ou os motoristas do transporte público transtornados pelo trânsito infernal, os empregados da limpeza pública, do comércio, da indústria que costumam acordar desempregados, ou os trabalhadores do campo que cuidam do nosso alimento.
     Esses são os desiguais.
     Que sustentam as colunas do regime democrático ou de qualquer outro regime político. A aristocracia segundo o filósofo Aristóteles é formada por uma sociedade política irmanada que constroem constituições viciosas e sistemas de governos combinados.
     Penso com alguma tristeza que enquanto não houver um pensamento igualitário de verdade em nossa nação não haverá democracia ou alguma forma de governo que se aproxime disso.
     Se isso for utopia o que devemos esperar no futuro ?

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

O DESEMPREGO E A FOME NÃO ESPERAM O FUTURO

     Ficar esperando que os sistemas conglomerados mudem as estratégias atuais dos mercados internacionais no que se refere ao domínio de preços e estoques de  alimentos e que possam fazer uma distribuição humanitária com uso das commodities é uma perda de tempo porque a receita de todo esse movimento continua restrita nas mãos de poucos. Esses mercados não se preocupam com a falta de alimentos para aproximadamente 3 bilhões de pessoas no mundo, população essa que aumentou de 2,5 bilhões em 1950 para mais de 7 bilhões em 2010. O Oriente Médio que luta a muitas décadas para ultrapassar suas diferenças e dificuldades tinha em 1950; 100 milhões de habitantes e agora já ultrapassou com folga 400 milhões com 2/3 dessa população constituída de jovens com menos de 25 anos sem expectativa de segurança e estabilidade em seu futuro. No Brasil em 1960 a população urbana era de 32 milhões, em 2010 já alcançou a soma absurda de 161 milhões de pessoas, a população rural variou inversamente, passando de 39 para 30 milhões no mesmo período, considero essa informação alarmante sob todos os aspectos. Esse fenômeno migratório é mundial, acontecendo também na China.
     Será que a fuga em massa que está ocorrendo pelo povo africano, cujo continente tem  mais de 1 bilhão de habitantes não caracteriza o começo do fim, a tragédia de Dante, será que eles não estão nos avisando que a fome não espera pelo futuro.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O FUTURO DA ECONOMIA SEM DESEMPREGO E FOME

     A economia de mercado levou o mundo a uma grande concentração de renda e uma divisão de classes muito mais acentuada, na qual a camada mais rica se solidificou enquanto a classe média se aproximou das classes inferiores mais pobres. No início da década de 90 havia a idéia de que os países sabiam o caminho a ser seguido, imaginava-se que o livre mercado não sofreria com as regulamentações dos governos e que as privatizações não seriam engavetadas pelo planejamento econômico centralizado, acreditava-se também que o nível da tecnologia, a força do trabalho e a expansão do conhecimento seriam a estrutura de uma milagrosa dinâmica para o progresso e desenvolvimento mundial.
     Desde aquela época as crises políticas-financeiras promoveram o contrário, uma maior participação dos governos nos sistemas econômicos, o que é previsível sempre que a economia nacional é ameaçada pela recessão. Quando as informações da conjuntura do mundo são publicadas passamos a considerar que aquelas idéias apenas serviram para transformar o trabalhador em um item descartável no processo produtivo, afastando dele a possibilidade de qualificação com a presença de uma desumana e desigual competição com a automatização e a robotização. Esse quadro mundial provocou profundas consequências sociais e nascer novos pensamentos para a economia no futuro que abordarei adiante.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O VIRUS DO NOSSO PROBLEMA É PALACIANO

     Esses novos comentários sobre a inflação no Brasil são completamente desprovidos de qualquer tendência política, acredito que a forte interferência do governo como agente consumidor e fornecedor de serviços são prejudiciais ao sistema produtivo brasileiro. O índice de inflação pode ser comparado a um termômetro de medição de temperatura, as suas medições variam da normalidade ao colapso.
     Uma das causas que serviu de gatilho para o aumento acentuado dos preços foi o represamento  por conveniência política dos preços administrados pelo governo. Usando nesse caso uma explicação mais teórica, esses preços se mantiveram pelo efeito da elasticidade, forçada e proporcionando um outro efeito, esse é sobre a renda do consumidor que fica com maior capacidade de procura em bens e serviços. O governo não podendo sustentar seus preços, abriu as comportas de seus preços e tarifas, imediatamente o custo da produção foi violentamente alavancado, indexando toda a economia e reduzindo a renda líquida do consumidor final. Também  essa redução provocou um outro efeito, o da substituição na procura por bens e serviços, esse efeito-substituição é muito ruim para a economia, é um recuo na qualidade ofertada e principalmente nos níveis de salários e empregos.
     Outra causa provocada pelo governo, é a meu ver, a absurda medida de controle da inflação pelo aumento da taxa de juros, numa economia já enfraquecida, nesse caso os meios circulantes de pagamentos não estão inflados, ao contrário, a massa salarial está reprimida e criteriosamente usada.Existe ainda um paradoxo financeiro nesse momento que justifica a alta de juros referencial, como pode em plena fase de acentuada recessão econômica um banco comercial privado anunciar um lucro líquido de 6 bilhões de reais nos dois primeiros trimestres deste ano ?
     Finalmente, a dolarização de todo o sistema produtivo brasileiro deixa dúvidas sobre o saldo contábil, econômico, ambiental e social da política de comércio exterior adotada até hoje por todos os governos. Exemplo, o setor agrícola ganha na exportação quando os preços das commodities no mercado internacional estão favoráveis, se a cotação do mercado estiver em baixa anula o câmbio alto, no plantio das safras o produtor rural depende de importações de sementes, adubos, máquinas e equipamentos,regulador de crescimento, inseticidas, herbicidas e fungicidas, cujas tecnologias químicas pertencem as multinacionais do setor.
     Portanto, a origem da crise econômica financeira do país está nas decisões políticas da administração pública, são decisões sem o respaldo da opinião pública, e lamentavelmente algumas decisões são sigilosas, assim como também é lamentável o desrespeito às leis da execução orçamentária do país.

sexta-feira, 31 de julho de 2015

A DÚVIDA É SE O FUTURO DA ECONOMIA SERÁ COMO HOJE

     A pergunta que se faz necessária é como o Brasil pode manter as condições de desenvolvimento sustentável enquanto ao mesmo tempo existem enormes questões de qualidade de vida da população brasileira além das improváveis e intempestivas incertezas que sem querermos, importamos.
     O mundo desenvolvido só está desenvolvido porque desde a revolução industrial o avanço tecnológico foi empurrado pelo petróleo e pelo carvão, e essas nações que se enriqueceram não faziam idéia de que o consumo desenfreado dos combustíveis fósseis iriam no futuro se transformar em um complicador para que outros países pudessem também usar essas fontes de energia para tocar o seu desenvolvimento.
     A emissão de gases na atmosfera é um elemento novo na complicada estratégia de desenvolvimento no mundo moderno,pois que a transformação de hábitos de consumo de energia é muito lenta e para inibir o consumo das fontes de energia que são exploradas até hoje. E fundamental que haja uma rigorosa e definitiva economia de consumo. Como crescer e qualificar os meios de produção sem o seu correspondente processo de consumir? Cabe aqui a colocação de um nó para o futuro da civilização : ou mudamos o leque de bens e serviços ofertados pelos grandes conglomerados internacionais ou os povos do mundo inteiro terão que renunciar a tais necessidades para que possamos salvar a nós mesmos e deixar afinal que as leis embrionárias da oferta e da procura   equilibrem um novo leque e possamos ser livres do fantasma da autodestruição.

terça-feira, 28 de julho de 2015

A VERDADE AINDA DEMORA E A ESPERANÇA ESMAECE

     Se 1 % do PIB foi manipulado durante tantos anos, mesmo com tantos órgãos, secretarias, departamentos, agências, tribunais, conselhos, assessores, chefes de gabinetes, polícias, etc, podemos afirmar que os ladrões do povo brasileiro, estavam e estão amparados por um inacreditável sistema de blindagem.
     Desde a década de 50 entrego DE GRAÇA meu voto recheado de esperança. Portanto tenho o direito de duvidar da atual isenção de responsabilidade da Presidente da República do Brasil. O estadista não é o Estado, e para ele deve se curvar e pedir desculpas, entregar seu cargo e diante do público pedir satisfações a todos aqueles que receberam da presidência cargos e mandatos para cuidarem da vida ilesa desta soberana Nação.
     Até quando estaremos vivendo este pesadelo. Não consigo escrever sobre o meu conteúdo de economia. Não merecemos tantas apunhaladas enquanto dormimos. Não é mais na calada da noite os tratos, negociatas, conchavos, tripúdios, escárneo, sarcasmo, zombaria e deboche... e, ficamos estáticos pelo pânico que essa imoralidade venal entra em nossa casa e espeta o nosso menor brio.
     Estou velho, e a minha alma não suporta mais a falsa justiça, reclamo por vingança a essa corja, por conta das pessoas que morrem diariamente nos corredores e nas macas imundas dos hospitais dos pobres. Quem defende esses pobres? Quero continuar a escrever tão somente sobre a luz do pensamento econômico, e, sobre os mestres dessa ciência, defensores de idéias que ajudam a viver bem o ser humano.
   

sábado, 25 de julho de 2015

O PATRIOTISMO BRASILEIRO SOBREPÕE A INFÂMIA

     Mera ilusão pensarmos que não temos mais patriotas, reles engano quando dizemos que ficou no passado o sentimento de brasilidade e de honra. Somos muito honrados e de longa data.
     Eu tinha 8 anos de idade, e naquele verão de 1945, enquanto brincava nas pradarias existentes no subúrbio do Rio de Janeiro, olhava respeitosamente os grupos de soldados da FEB, jovens pracinhas que marchavam levando suas pesadas mochilas para o embarque nos trens e nos navios que seguiam para o palco da segunda guerra mundial. Cantavam hinos saudosos e seguiam para o destino do desconhecido; que sentimento aqueles voluntários da pátria tinham nos olhos? acredito que aquela luz ainda brilha em olhos enevoados espalhados e abandonados por este país afora.
     Somos muitos, como o gaúcho João Neves da Fontoura, os baianos Castro Alves e Rui Barbosa, os maranhenses Gonçalves Dias e Coelho Neto, o mineiro Basílio da Gama, os pernambucanos Olegário Mariano e Manoel Bandeira, os cariocas Machado de Assis, Olavo Bilac e Nilo Peçanha, e o paulista Mario de Andrade, tantos outros exaltadores da pátria amada, amantes da verdade da sua voz e do seu verbo.
     O legado dessas forças é a revolta que habita dentro de nós, contra as velhas táticas em se usar falsas políticas de propagandas para encobrir crimes administrativos governamentais, como nos regimes totalitários. Agora vivemos uma época sedentos da verdade, da seriedade e da austeridade autenticadas pelo povo brasileiro,que sonha por justiça e chora de emoção por assistir a imagem da nobreza como a que vi passar diante do meus olhos infantis, em algum verão do passado em meu amado Brasil.

quarta-feira, 22 de julho de 2015

A ORIGEM DA CRISE-II

    Devemos repudiar qualquer constituição que estabeleça vantagens pródigas para aqueles que vivem nas sombras do poder, e esses são os mesmos que se encarregam de calcularem com rigor os índices que reajustam o salário a ser pago ao trabalhador, a peça central da aliança que configura a razão de existir a sociedade organizada desde os tempos antigos, desde quando não havia a moeda como elemento de troca.
     O sistema eleitoral do Brasil é inadequado para o processo de desenvolvimento, porque não permite ao eleitor dar sua opinião sobre os projetos de relevância na sua vida, como ocorre em países socialmente desenvolvidos. As decisões no Brasil são com as portas fechadas, acordos são feitos sob sigilo, como a compra de 36 caças de um país que não é um parceiro comercial para que pudéssemos ter poder de barganha, são modelos protótipos sem experiência de voo e que deverão ser equipados com a compra de seus sistemas nos Estados Unidos, são 14 bilhões de reais, quando compramos os Mirages já eram de segunda mão e duraram até hoje. Porque o projeto do trem bala de 35 bilhões de reais ?  Entendo ser melhor para o país uma rede ferroviária de trens velozes e modernos com tarifas mais sociais, o mistério do problema de transporte de passageiros brasileiro está no lobby permanente das companhias de ônibus. Em Portugal com a chegada dos recursos da União Européia construíram uma enorme rede rodoviária, em seguida fizeram a linha de trem de alta velocidade que tive oportunidade de usar, ligando o norte a Lisboa, é visível o esvaziamento das estradas naquele querido país. Devemos importar esses exemplos para ajudar em nossas decisões. Na área da produção de energia o Brasil parece que usa antolhos, Angra 3 custa em nosso bolso 13 bilhões de reais e a exploração duvidosa do petróleo extraído das camadas abaixo do pré sal no mar é um sistema de custo de produção variável, com alta ameaça ambiental e com preços incompatíveis com o mercado internacional.
     Essas observações nos levam a pensar se não estamos na contra mão do mundo e quem são esses brasileiros que discursam sobre o nosso destino e o nosso futuro.

segunda-feira, 20 de julho de 2015

A ORIGEM DA CRISE EM 2 CAPÍTULOS

     O equilíbrio da economia é um sistema de convergência e manejo da produção e do consumo. A produção é sustentada pela massa salarial resultante da oferta de emprego e a renda familiar é a mola mestra da atividade econômica. Quando o governo implementa ações para acertar as contas públicas deve ter o cuidado em não reprimir o nível da renda do trabalhador, não tem cabimento um ajuste fiscal afetando diretamente o setor privado da economia, gerando uma turbulência na economia interna e a inevitável indexação da inflação psicológica.
     A verdade da crise econômica brasileira vem de longa data, historicamente os projetos de infra-estrutura foram preteridos pelos interesses dos políticos em tornar o tamanho do governo maior do que a sua real necessidade na administração pública, um exemplo recente foi a construção de estádios de futebol, verdadeiros elefantes brancos,ignorando e desprezando a importância do dinheiro gasto que poderia ser utilizado em saneamento básico em todo o Brasil nas camadas mais pobres e o que essa iniciativa representaria nas despesas com a saúde pública. O governo não desemprega diretamente para diminuir sua folha de salário mas cria meios para forçar os empresários a carregarem esse fardo nas costas, porque não corta mordomias vergonhosas como o uso de carros oficiais em todo o Brasil em todos os níveis, vale citar que na suprema corte dos Estados Unidos somente o presidente tem carro oficial e o antigo presidente do FED Paul Volker usava trem para chegar ao trabalho. Continuarei essa abordagem em outra postagem sobre os desperdícios do dinheiro público que, no meu entendimento é a principal causa da crise brasileira.

quinta-feira, 16 de julho de 2015

A HONRA DE SER HONESTO E A ESPERANÇA ESTÃO MORRENDO NO BRASIL

     De Marco Aurélio, o imperador-filósofo o pensamento sobre viver: " É bem melhor ser reto do que retificado ".
     Vivemos uma era na qual aqueles que estão sob o manto da imunidade constitucional, pouco se importando com a retidão do caráter ou sequer na sua retificação. A administração pública no Brasil carrega uma máscara de integridade, encobrindo a face de um monstro desumano, devorador do bem público, insaciável e capaz até de negociar com um biscoito de uma criança. Maior que este desabafo é o sentimento de desânimo e tristeza em ver um país grandioso ser usado como máquina do enriquecimento criminoso, enquanto o povo simples e lutador angustia a incerteza do futuro.
     As notícias da imprensa nacional sobre os crimes na administração do dinheiro que pertence ao povo sofrem um processo de descrédito diante de tanta vulgaridade. E, é aí que o facínora que circula nos corredores e gabinetes oficiais se regozija, com o ar da prepotência ignóbil, descarada, sem que possamos usar as leis da forca e da guilhotina, únicos instrumentos capazes de amedrontar esse criminoso e conter a derrota de todos nós, amantes da moral e da vergonha.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

A DESACELERAÇÃO DA ECONOMIA E A ESTATIZAÇÃO

     O nível da atividade econômica é determinado pelo nível de emprego e do total da renda do país. O nível da renda total do país é medido pelo gasto da aquisição de bens e serviços dos consumidores,
em gastos em bens de capital pelos empresários e em bens de consumo e de capital por parte do governo. Ora! As flutuações da atividade econômica correm o risco de, caso haja uma desaceleração da economia sempre defrontar-se com o desemprego e a inflação. Como o Brasil tem uma economia fechada, permite que o governo tenha forte participação  no consumo, com isso a atividade econômica sofre influência pela indução pública. Nos últimos anos com o propósito de acelerar o crescimento o governo implantou uma estratégia inadequada e abusiva com grande incentivo à tomada de crédito e com isso aumentar o consumo e a produção.
     O interesse   político para se manter no poder o atual governo represou e abriu de forma desordenada os preços administrados, desequilibrando a manutenção do nível da renda nacional. O desemprego e a inflação emergiram pressionando as contas públicas e forçando o governo a usar de medidas emergenciais. Entendo que somente com a menor interferência do governo na atividade econômica e com o fortalecimento do nível de emprego a renda total do país  poderá conter o alto custo social que a recessão provocada domesticamente causou.

sábado, 4 de julho de 2015

SÓ O GOVERNO ACHA QUE OS IDOSOS DÃO PREJUÍZO

     O sistema da previdência social no Brasil tem como base a administração financeira do caixa, entendo que outros elementos sejam essenciais, como estudos do perfil do trabalhador, políticas voltadas para a oferta de emprego do setor privado, políticas de formação de mão de obra qualificada,
administração rigorosa do orçamento da previdência, qualidade nos investimentos em saúde pública e acompanhamento da participação da renda dos idosos na economia.
     A população em idade ativa, varia entre os diferentes povos conforme a pirâmide de idades e das  condições sócio econômicos de cada país. No Brasil para uma população estimada em 200 milhões a disponibilidade da mão de obra em condições de trabalho chega a 110 milhões, um aumento de 53% nos últimos 20 anos e desse montante 70 milhões trabalham efetivamente, apenas 35% da população total. Os outros 40 milhões não entram no mercado oficial de trabalho devido a falta de oferta de vagas, por inadequação, por baixa qualidade de vida e de dificuldades de logísticas e mobilidade.
     O problema focalizado acima não considera que existem no país 46 milhões de deficientes o que corresponde a quase um quarto da população, um ônus pesado para a previdência por não existir no país até hoje saúde pública. A população de idosos ultrapassa 23 milhões, os estudos estimam um crescimento em taxas geométricas, contudo o que é pouco mencionado é que os rendimentos das pessoas com mais de 60 anos chegam a meio trilhão de reais, algo em torno de 23% dos ganhos da população total no Brasil. Entretanto, enquanto o setor privado sai na frente, indo ao encontro desse mercado promissor criando novas linhas de ações em bens e serviços, aproveitando a demanda reprimida desse mercado, a governo com a visão míope da política fica para traz, achando que o dinheiro dos aposentados é queimado no fundo do quintal ou que ainda esconde embaixo do colchão, esse meio trilhão de reais sofre a carga tributária de 40%, a visão dos empresários sobre esse filão de ouro ajudará afinal à previdência na geração de empregos e na arrecadação. Em países com maior população de pessoas idosas,algumas iniciativas dão um banho de empreendedorismo, da Europa, América do Norte e Japão já impactados pelo envelhecimento. podemos capturar e trazer novas tendências. No Brasil a maioria dos idosos ( 64% ) é protagonista de suas decisões financeiras e de consumo e contribui com 20%  da renda das famílias do país.

terça-feira, 23 de junho de 2015

A PREVIDÊNCIA SOCIAL EXIGE UMA PROFUNDA E PREOCUPANTE DISCUSSÃO

     O regime de previdência requer uma participação solidária e justa, gerida pelo governo. Ao se abordar a presença do governo na formulação da justiça social, podemos remontar aos primórdios do nascimento do pensamento filosófico em Sócrates : " A procura pela justiça transcende à capacidade humana, a justiça é eventualmente a solução de interesses contra a virtude que não tem senhor : adere a quem a honra, e foge do que a menospreza. Cada qual responde por sua escolha: Deus é inocente ".
     A justiça previdenciária não deve ser resultado de cálculos atuariais somente, no uso das variáveis fundamentais como a expectativa de vida, o número de contribuintes e o número de beneficiários. Entre a filosofia do mestre e o interesse em nome da justiça existe inúmeros fatores e argumentos que devem instrumentalizar este debate.
1- A população em idade ativa variou de 72 milhões em 1992 para 110 milhões em 2014;
2- A população economicamente ativa de 47%, correspondente a 80 milhões de pessoas para um
    total de 200 milhões de habitantes de uma mão de obra de baixa formação enquanto em alguns
    países desenvolvidos o percentual chega a 75% da PEA de mão de obra qualificada;
3- A taxa de crescimento da população brasileira variou de 3,2% em 1961 para 1,2% em 2014;
4- Em 2010 o Brasil tinha um IDH ( índice desenvolvimento humano ) de 0,73 para valores que
    variam entre 0 e 1, considerado elevado pela ONU aonde são citados EUA, Canadá, Noruega,
    Suécia, Áustria e França com índices acima de 0,90;
5- Esse índice é obtido levando-se em conta 3 variáveis :
          Vida longa e saudável
          Acesso ao conhecimento
          Padrão de vida
6- O número de contribuintes para a previdência pessoa física em 2013 chegou a 70 milhões de
     pessoas e o número de contribuintes empregados em 2013 era de 56 milhões, com 4% rural
     29% na indústria e 67% em serviços;
7- A composição por classe salarial destaca que 92% dos contribuintes recebem até 5 pisos e de
    3% acima de 10 pisos ( 788 reais );
8- Os dados contábeis fornecidos pelo INSS revelam que em 2013 a receita total chegou a 387
    bilhões de reais enquanto a despesa total alcançou 398 bilhões de reais;
9- Outra informação contábil significante é que as despesas correntes em 2013, abatidos os
     benefícios pagos, registraram um percentual de 25% o que corresponde algo em torno de 100
     bilhões de reais
     Esta discussão está a disposição de todos nós porque faz parte dos nossos projetos de vida,
contudo, as minhas considerações sobre os itens alinhados farei em outro texto.

quarta-feira, 17 de junho de 2015

A POLÍTICA ECONÔMICA DO BRASIL E A TEORIA APLICADA SÃO ANTAGÔNICAS

     Segundo foi noticiado, teria a chefe do executivo brasileiro recomendado que o povo não pare de consumir, no sentido está claro, de reativar a economia. Alguém deveria informar ao governo que o consumidor está sendo vítima de um processo altamente destruidor do nível de sua renda. A renda nacional de quem trabalha e de quem está aposentado, é taxada compulsoriamente, somadas as quatro alícotas do imposto de renda, em 59 %; da mesma forma, a soma das três alícotas do recolhimento do INSS é igual a 28 %, e os 9 % da inflação que corroem os salários, e gera desemprego em todos os níveis da economia com a perda consequente do poder de revindicação de níveis reais de salários e as outras despesas fixas do trabalhador, todos esses fatores de taxação deixam  as famílias à beira do endividamento e sem poder consumir e muito menos poupar. Convém acrescentar que existe uma máxima sobre emprego e salário que diz : Em época de prosperidade quem manda é o empregado e em época de dificuldade da economia quem manda é o patrão.
     O governo brasileiro não sabe poupar e está impedindo que o povo faça poupança, essa situação dá a entender que os governantes nunca abriram qualquer livro sobre a mais simples teoria da economia, como, por exemplo, aquele gráfico simples de 90 graus no qual a reta de 45 graus que divide o gráfico em partes iguais, está indicando o equilíbrio econômico entre as coordenadas que medem as receitas e as despesas de uma pessoa, de uma família, de um governo e até de um grupo de países como a União européia. Fico pensativo se de fato alguém se preocupa com isso no governo.