quarta-feira, 18 de novembro de 2015

A CONFIRMAÇÃO DE UMA IDÉIA ABSURDA

     Em 1983, em um seminário sobre planejamento demográfico, o ilustre economista brasileiro Mário Henrique Simonsen, já alertava o perigo de uma taxa de crescimento demográfico negativa, para uma população de renda per cápita anual decrescente, a partir de níveis de subsistência,
" podendo-se esperar é que a população seja submetida a um processo gradual de extinção por falta de meios de sobrevivência ".
     Uma previsão com pouco mais de 30 anos, mencionando uma idéia catastrófica, poderia ser considerada como absurda, porém, a grande previsibilidade daquela época, atualmente, se confrontarmos com os indicadores globais, não há como deixar de se preocupar.
     A saber inicialmente, que em uma população mundial em torno de 7,3 bilhões de pessoas, 54 % vivem em cidades, são quase 4 bilhões de pessoas fora do campo, lugar, é necessário lembrar, aonde se produz o alimento da raça humana. Apenas no Brasil, essa diferença é representada por uma proporção de 6 habitantes urbanos para apenas i no campo. A taxa de crescimento demográfico mundial tem uma tendência decrescente, e, é mais significativa nos países desenvolvidos, com uma variação para menor de 50 % nos últimos 50 anos. Como natural consequência dessa população velha, o mundo está produzindo menos. Em 2014, o PIB contabilizado pelas 10 maiores economias, alcançou 51 trilhões de dólares e no entanto a taxa de crescimento desse indicador de riqueza, vem caindo desde a década de 70.
     Outra avaliação global, pode ser feita com a soma dos Estados Unidos, Europa, Ásia, Oriente Médio, América Latina e África, se classificarmos por grupos produtores de tecnologia, produtores industriais, produtores de agricultura e pecuária e produtores de energia, entenderemos facilmente, que a grande parte de países no mundo são dependentes de uma pequeno grupo que produzem alimentos e com enormes secas e de redução nos lençóis freáticos, haja vista, que o Estado da California, tido como um dos maiores celeiros do mundo, a agua começa a ser localizada em poços mais profundos, e no caso do Brasil, apenas em 2012, 113 trilhões de litros de água foram enviados para o exterior nos grãos de soja, e para a Rússia, em cada quilo de carne bovina que exportamos, são necessários 15 mil litros de água. Como o processo de irrigação retirada dos rios não tem hidrômetro, toda a água que abastece as commodities, compromete o meio ambiente e tem alto custo social.
     

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