sábado, 21 de novembro de 2015

O DINHEIRO EM NOSSAS VIDAS

     Quando Aristóteles colocou em seus pensamentos as primeiras observações do significado da presença da moeda cunhada no processo de troca de mercadorias, não imaginava a repercussão que haveria depois de 2000 anos. A necessidade de troca de mercadorias e as trocas das sobras provocavam a perda real do valor do que era produzido, devido ao processo físico do mercado, e por isso foi trazido para a vida da humanidade a invenção da moeda. A partir de então a moeda passou a ser o único símbolo de riqueza, adquirida pela arte de acumular patrimônio pela economia  produtiva, ou pela acumulação da moeda, ou ainda pela arte da especulação. A especulação é um impulso intuitivo de inteligência em antecipar e promover o resultado futuro. A história conta que Tales de Mileto, filósofo e matemático grego tenha usado essa estratégia para ganhar dinheiro; ao prever uma grande safra das oliveiras, comprou as prensas da região e monopolizou a produção de óleo. Ao dizermos que a riqueza é uma arte não estamos dizendo que todas as artes são boas, a mitologia grega também nos conta como é estranho pensar que a riqueza não impede alguém de morrer de fome, a citação própria é encontrada na fábula de Midas, Deus que transformava em ouro todos os alimentos que lhe eram servidos.
     O dinheiro não é chave das soluções de todos os problemas e muito menos movimenta o mundo. Como elemento de troca é usado por aqueles que dispõe de uma intuição elevada e realizam as melhores trocas. Quando o sistema de trocas não era representado monetariamente, um quilo de trigo poderia ser trocado por um quilo de ouro, a equivalência dos valores dessas mercadorias é contada pela real necessidade de cada trocador. Ainda existem as trocas, e nesse caso, impera o sentimento da igualdade, ninguém perde porque o bem ou serviço é real. O drama aparece com a utilização da moeda que não nos dá o conhecimento  do destino final de nossas decisões, é o mistério do resultado contido nas incertezas e nos julgamentos alheios.

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