domingo, 31 de dezembro de 2017

O POBRE AMANHÃ AINDA SERÁ POBRE

     A virada do ano gregoriano não virará as diferenças. Que alegria hipócrita possa se apossar de mim neste momento de um mundo tão...tão desigual ! Perdoem-me, estou velho demais para me congratular com a presença da pobreza de irmãos meus espalhados pelo mundo. Defendo a solidariedade na hora da divisão da riqueza e da justiça. Sendo assim, não me chamem para brindar uma esperança que em nós somente.
     Sou economista por acaso, mas acho que já nasci assim
     Enquanto eu olhar ao meu lado o pobre dividindo e economizando o produto da sua miséria, estarei amargurando a minha incapacidade, e pedindo a todos os credos que rezem para que isso acabe um dia.
     Qual o sentido de se comemorar ! 

sábado, 30 de dezembro de 2017

A EDUCAÇÃO É A GRANDE ARMA

       A história de um país só pode ser contada pela educação do seu povo. Na sua origem, a verdade começa a ser revelada e sem medo do futuro, isso porque, os alicerces de uma educação bem formada significam a base indestrutível de uma nação e de seu povo. Por acaso o contrário, não é o desprezo pelo banco escolar a causa de toda a miséria e violência da civilização contemporânea  ? Não começa na escala de preferência na distribuição de verbas orçamentárias de todos os governos do mundo inteiro ? A participação relativa do ensino nos orçamentos nunca será maior do que a preocupação com a sustentação do poder instalado.
      No Brasil, o efeito principal do abandono às políticas rigorosas do orçamento para a educação, é o acentuado processo de empobrecimento social e cultural nas faixas etárias pré-econômicas. O medo do futuro brasileiro, surge quando são revelados os dados oficiais da formação escolar. Entre 1970 e 2010, a taxa de crescimento da alfabetização dos jovens brasileiros, teve variação decrescente em todas as 4 décadas, com uma variação mais preocupante na faixa etária, cujo estágio significa a transição para o mercado de trabalho, entre 15 e 19 anos de idade !
     A democratização do ensino, seria a universalização  ampla para todo o cidadão. Parece que ela não é bem vista, quando da distribuição e destinação dos recursos financeiros governamental. Enquanto isso ocorre contra os anseios da juventude, vão se perdendo as gerações, vão se perdendo as oportunidades do crescimento intelectual, vão se perdendo os pilares da soberania, e finalmente, vão se perdendo no passado os sonhos e a esperança da justiça. 

sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

O ANO GREGORIANO SEM DÍVIDAS

     Desde 1582, os anos gregorianos passam obedecendo um calendário estabelecido pelo Papa Gregório III, sem que possamos resolver a questão do conceito de renda. Afinal, qual a diferença entre a renda, o dinheiro e a necessidade de consumo ? A renda tem a representatividade contábil da nossa capacidade de gastar, enquanto o dinheiro é a forma física e real disponível para todos os gastos, já a necessidade de consumir é que irá determinar de forma discriminatória a previsibilidade da utilização da renda. Dizer que o limite de despesas realizadas representa o tamanho da renda é formar apenas um ponto de equilíbrio acadêmico, no meu entendimento, nada mais é do que um sentido abstrato da nossa capacidade econômica de viver.
     O poder político na vida de cada um de nós é uma medida psicológica em função da variação da riqueza para cima ou para baixo. Existe uma identidade do indivíduo, do governo e da empresa; suas rendas são mutuamente dependentes, enquanto seus dispêndios acompanham as previsões e suas temporalidades, objetando completamente suas capacidades de renda. Os endividamentos das famílias, os déficits primários dos governos e as moratórias das dívidas empresariais, retratam a ideia da falência da correlação entre renda e consumo, quando fora do texto puramente teórico.
     Assim deveria correr a vida, se estou certo e convencido: A cada fim de ano gregoriano deveríamos estabelecer nossas metas e projetos com base numa seleção de desejos de consumo, com a expectativa de uma renda de suporte físico e não abstrata como nos acostumamos, e assim será para sempre.
     Feliz Ano Novo !

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

A ECONOMIA NÃO PERMITE O INDIVIDUALISMO

     Ao avaliarmos a contribuição que a revolução tecnológica entregou para o consumo da civilização moderna, somos levados também a pensar sobre o tamanho do custo econômico-social pelo aumento da desigualdade que a concentração da riqueza produziu.
     Nem as guerras, nem todas as revoluções foram capazes de destruírem a velha relação entre o poder e o Estado. As classes detentoras da maior parte da riqueza que emergiram, a meu ver, poderão levar a sociedade trabalhadora mundial a uma total incapacidade de si quer debater o seu papel dentro do processo econômico. No momento em que se acirram as críticas ao aumento das riquezas isoladas, a  proposta como via de solução para o mundo, a formação de sociedades individualistas, em verdade, o que está se criando é uma separação de corpos. Sobre isso, a primeira vista, seria o fracasso total do pensamento da globalização, que mesmo com seus defeitos, permitiu o conhecimento geral de quem somos.
     Ter auto-determinação é poder usar de soberania, mas para tanto é necessário no mundo atual, ser antes de tudo auto-suficiente, o que acredito não haver em lugar algum. O abastecimento necessário de matérias primas que sustentam o poder produtivo das economias desenvolvidas, ou o arranco asiático, é o resultado da produção de outros parceiros em todo o mundo.
     Como é possível o pensamento de uma sociedade individualista, virando as costas ou fazendo ouvidos de mercador, quando o jogo de barganha faz parte integrante e permanente na evolução de qualquer tipo de troca. É uma capsula inviolável indispensável para o desenvolvimento mundial.

sábado, 23 de dezembro de 2017

A INDEFINIÇÃO DO CAMINHO A SEGUIR

     Quando o Homem iniciou sua trajetória ao encontro de uma organização social cimentada pelos princípios fundamentais da justiça e da igualdade, teve que se defrontar com a necessidade material da vida humana: o dinheiro e a propriedade. Foi por esse caminho também que surgiram os pensadores e seus pensamentos, postulavam com suas correntes ideológicas achando que poderiam estabelecer os compartilhamentos das riquezas, nesse mesmo caminho essas idéias passam a  interagir com o poder do Estado, sobre o qual o Homem é o seu criador e o seu algoz.
     Estava então  completo o conjunto para a formulação econômico-social, a sustentação do debate sobre essa formulação até hoje não foi capaz de pelo menos definir o que é justiça social e igualdade. A tragédia ou o regozijo fica por conta da falta do mínimo convencimento, e isso se arrasta no tempo, ora sem alternância do sentido modificador, ora somente para manter a dialética da questão.
     Socialismo ou Capitalismo ?
     Talvez, a Humanidade esteja começando a acordar e perceber que debater ideologias, apenas serve para aumentar uma insatisfação  que não leva absolutamente à nada. Porque até hoje não se houve pragmatizar algum fato ou algum ato contra a miséria e a desigualdade ?
     O pior dessa história é pensar que a trajetória definida no passado estava errada !

segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

A POLÍTICA MONETÁRIA NA ERA DA INCERTEZA

     O mercado financeiro internacional sempre manteve um pé no Federal Reserve(FED), e se agora o mercado americano remunera com juros de 1,5% a.a. e ainda oferece uma previsão  de mais 3 aumentos nos próximos 3 anos, o balcão de negócios com a moeda americana, a meu ver, receberá fortes ventos de uma tendência para a formação de uma bolha especulativa no seu mercado de capitais.
     Atualmente a taxa real do desemprego americana empurra para baixo a previsão de 4% , essa avaliação revela um momento vigoroso da economia, acontece também que a política monetária utilizada para conter algum vestígio inflacionário representa, em verdade, uma faca de dois gumes, isto é, a necessidade de sustentar o crescimento da renda de forma equilibrada e a dificuldade para impedir a entrada de dinheiro no momento da economia perto do pleno emprego.
     Os riscos que a política monetária americana pode levar ao sistema financeiro internacional, e às economias dos países menos protegidos, tem suas causas na própria estabilidade política e econômica americana, que tem a preferência dos investidores de capital especulativo , é um dinheiro que não entra para formação de capital fixo, eles abrem mão dos ganhos maiores em mercados que oferecem juros mais elevados, mais sem as principais premissas garantidoras do dinheiro aplicado.

domingo, 17 de dezembro de 2017

A INFLAÇÃO GERADA PELO AQUECIMENTO

     É fácil supor que em meados do século passado os economistas não imaginavam que a teoria econômica seria fortemente abalada por uma variável que passaria a fazer parte de todos os modelos matemáticos de investimentos. Hoje ela é conhecida como "aquecimento global". O fato é que as grandes economias estão pela primeira vez admitindo o risco real de uma quebra geral nos parâmetros que sustentam o processo produtivo mundial.
     Nesse assunto devemos ressaltar o setor de seguros, as indenizações estão tirando grandes fatias dos lucros por conta das catástrofes naturais que ocorrem com grande frequência em todo o mundo. Outra preocupação, é o mercado futuro de mercadorias, nesse caso, as commodities são obrigadas a realizarem coberturas de seguros cada vez mais caras contra as quebras de safras. Não é preciso dizer que os inevitáveis aumentos nos preços finais ocorrerão quando começarem as colheitas.
     Esse processo, parece que não mudará mais, e o consumidor estará ameaçado pela escassez ou um consumo a preços elevados. Em ambos os casos, é preciso que fique claro que o consumidor final de qualquer mercadoria é quem financia e quem paga por todos os riscos no balcão do aquecimento global.

sábado, 16 de dezembro de 2017

OS CAMINHOS DE UM DESENVOLVIMENTO ERRADO

     Fico a pensar se o conceito de uma economia sustentável não é uma forma de enganar a opinião pública mundial dos verdadeiros processos de produção e consumo. Cada vez que tomamos conhecimento de estudos destinados à proteção e recuperação da Mata Atlântica e da Mata Amazônica, ficamos com "uma pulga atrás da orelha".
     O projeto chamado de "Verena", Valorização Econômica do Reflorestamento com Espécies Naturais", é uma maneira de sustentação de negócios com as espécies de madeiras naturais brasileiras muito bem recebidas pelos mercados madeireiros. Como o movimento de negócios atraem cada vez mais os investimentos, os estudos chegam juntos, objetivando maiores retornos financeiros. Estudá-se neste momento, o melhoramento genético dessas matas em escalas que possibilitem uma comercialização geral das espécies naturais. Só no estado de Mato Grosso no Brasil, existe um projeto em execução que derruba madeiras naturais "certificadas" com toras de uma circunferência em torno de 3 metros, esse projeto de 3,2 milhões de hectares, em 2030 deverá chegar, segundos as estimativas, à uma área igual ao território da Suíça, foram realizados ultimamente mais de 2000 empreendimentos industriais e comerciais, alimentados e fomentados às custas de políticas exploratórias do patrimônio natural que não pertence a uma geração de investidores gananciosos sem o menor compromisso social futuro.
     Eles dizem: "madeira, é o nosso negócio". 

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

A SUSTENTABILIDADE NUNCA SAIU DOS DISCURSSOS

      Se alguém acha que o desmatamento no Brasil poderá acabar, a resposta vem por um velho ditado brasileiro : "pode tirar o cavalo da chuva". Com o devido respeito, tenho uma autoridade natural de criticar com rigor o problema, porque vivo em um sítio dentro de uma reserva ambiental, da Mata Atlântica, a mais de 30 anos. Nesse lugar cultivamos até hoje apenas o respeito inabalável ao meio ambiente no qual fazemos a parte mais insignificante, aqui deixamos o legado da recuperação das nascentes, da flora e da fauna. Portanto temos a honra e a emoção de saborear todos os dias a energia vital das  águas.
     Temos dois sentimentos: um de agradecimento pelo o que essa natureza nos doa; o outro é de tristeza pelo o que fazem com ela fora desse pequenino "torrão" que habitamos.
     Esse comentário pessoal de caráter ambientalista, começa em !!!!! verdade, no início da década de 80 do século passado, foi quando iniciei o acompanhamento do noticiário a respeito, como exemplo, em agosto de 1980 chegou ao Brasil uma delegação de 20 empresários  europeus chefiada pela Associação dos Madeireiros da Suécia, para juntos com os órgãos governamentais brasileiros avaliarem os 65 mil hectares que seriam inundados pela hidroelétrica de Tucuruí, com seus 5,6 milhões de metros cúbicos de madeira tipo A, vale ressaltar que cada 10 mil metros quadrados de terra, ( um hectare ), contém aproximadamente 200 espécies de madeira ! Havia uma opinião geral dentro do governo brasileiro, de que o potencial madeireiro da Amazônia era aproveitado de forma inadequada.
     A importância da sustentabilidade nunca saiu dos discursos. Penso que a cultura preventiva vai muito além do que pensamos a respeito, o reúso dos recursos naturais é uma estratégia perigosa, pois ao adquirir uma forma de investimento econômico, criará uma cadeia de dependência com o desperdício. O sonho de uma economia sustentável ainda viverá por muito tempo no degrau do limbo, podendo sair de um sonho para entrar em um pesadelo.     
   

domingo, 10 de dezembro de 2017

PODEREMOS ENTENDER O CAPITALISMO ?

     Uma crítica que se faz ao sistema capitalista é a concentração da riqueza e o poder econômico em um universo muito restrito. Ao concordarmos com essa verdade, por outro lado, será que poderemos discordar dos métodos para a melhoria da produtividade e do desenvolvimento da produção ? Se não houver a introdução da tecnologia no processo produtivo os níveis do consumo poderão entrar em colapso e deflagar uma incontrolável inflação mundial.
     Esse é o conflito ideológico sem solução. A sociedade precisa livremente consumir o que a tecnologia produz e o capitalista investir na geração de empregos, é uma correlação que foi criada pela história da economia e juntos vieram suas virtudes e seus defeitos. O que  até agora ninguém foi capaz de explicar como pode uma relação tão antiga de interesses mútuos ser, ironicamente, separados cada vez mais em suas diferenças.
     Karl Mark, era contra as diferenças dessa relação, mas deveria ser contra também da forma desse convívio que levasse o mundo econômico viver com maior justiça. Entendo, que no íntimo ele sabia que era a realidade da forma e não da essência, aconteceria na maneira de se viver sob cada ideologia. Quando o operário ou o lavrador dedica o máximo de si para produzir, com certeza no seu destino, não usufruirá do prazer de consumir. Porque o salário que receberá não será suficiente para isso, o resultado do seu trabalho não lhe pertence, sempre foi assim e acredito que não mudará.
     Se mudar essa desigualdade; piora.
     A organização social da produção e consumo que nós mesmos criamos, condenamos; não porque estamos verdadeiramente preocupados com a desigualdade, mas sim, menos pelos efeitos da natureza e muito mais pela aproximação do nosso universo social do fantasma da pobreza e da miséria de povos abandonados.

sábado, 9 de dezembro de 2017

MUDAM OS SÉCULOS E NÓS NÃO MUDAMOS

     Estamos no século XXI e o pagador de impostos continua o mesmo e a mesma fonte inesgotável da riqueza de todo governo. Quantas sociedades já viveram as amarguras do empobrecimento causadas pela injustiça da imposição de tributos. Na antiguidade, o Estado grego mesmo com a reputação de melhor governo, tinha na sua democracia desenhos oligárquicos bem definidos. Essa forma de governar defenderá sempre a doutrina que tributa a favor da concentração da riqueza; a carga tributária cobrada pelo mundo atualmente, não tem sido suficiente para cobrir as necessidades dos governos. Essa carga, na  média dos 30 países participantes da OCDE, gira em torno de 33%, é muito alto para esses países que tem suas dívidas públicas pagas pelo contribuinte, esse dinheiro tem efeito imediato na poupança privada e no consumo, e, é o contribuinte com efeito, o único financiador obrigatório do crescimento e dos investimentos públicos. Se o mundo da economia e todos os governos desse universo econômico não assumirem compromissos sociais de longo prazo, em 2030 a população mundial estimada em 9 bilhões poderá amargar uma maior pobreza se continuar  pagando a conta de uma administração mundial irresponsável.

domingo, 3 de dezembro de 2017

O AQUECIMENTO É OBRA DO CONSUMIDOR

     O grande perigo que a economia mundial e o mercado consumidor terá que enfrentar daqui para a frente, será uma inflação alimentada e financiada pelo próprio consumidor final, e devemos reconhecer, somos nós os consumidores finais, que contribuímos diretamente e indiretamente com a cumplicidade por aceitar um sistema econômico, cujos objetivos são contaminados por uma hipocrisia, que procura esconder a verdade da concentração de renda das classes mais abastadas. Agora, sobre o aquecimento global, pagamos sozinhos todas as contas, como exemplo, a despesa da cobertura do seguro cobrado pelas seguradoras, por qualquer quebra de safra dos nossos alimentos.
     As previsões são cada vez mais preocupantes sobre os efeitos das catástrofes naturais na produção agrícola mundial, são estimados o aumento das coberturas de seguro na proporção da grandeza dos eventos. Se isso for uma tendência, provavelmente acabará nos ombros da sociedade que vive de renda salarial, o seguro agrícola é pago com grande subvenção estatal e parte pelo próprio agricultor. A parte do governo é dinheiro público, portanto nosso dinheiro,  e a  parte do agricultor, ele transfere para nós. O entendimento resultante desse processo fica por conta da transferência para o consumidor de todo o custo do seu alimento, entretanto, quando as safras não sofrem com as intempéries, o dinheiro continua saindo do bolso do consumidor, convém lembrar que pagamos em dobro a parte do seguro agrícola pago pela governo em subsídios.
     Em um futuro não muito longe, podemos crer na possibilidade dos orçamentos das famílias de renda salarial,  serem destinados  basicamente para a alimentação.     

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

O EQUILÍBRIO DO CONSUMIDOR NÃO EXISTE MAIS

     Era uma vez  um consumidor que permitia uma explicação fundamental da sua posição de equilíbrio, por ter desaparecido a sua vontade de comprar e consumir nova porção de um bem. Essa história da teoria do consumidor não pode mais servir como ferramenta, para se entender o que está acontecendo com o grau de endividamento e comprometimento da renda do assalariado. Esse é o foco analítico da renda, quando ela é disponível em escala gradual no salário; ao trocar um determinado bem atendendo a sua preferência, segundo a teoria, deve avaliar se houve uma alteração na sua capacidade financeira.
     O que aconteceu com a noção de equilíbrio ? Essa pergunta cabe a resposta ao desencadeamento de um novo processo de produção, conduzido pelos grandes conglomerados e também pela revolução tecnológica nos sistemas de pagamentos e movimentações financeiras. Existe atualmente um sentimento de ansiedade indisfarçável que pressiona as rendas das pessoas e elas são seduzidas por uma facilidade virtual de compras, gerando um endividamento, em alguns casos, de efeitos desastrosos. Vivemos uma realidade consumista prejudicial às formas mais naturais de viver, afetando ao nosso meio ambiente, mas principalmente, creio seguramente nisso, essa necessidade patológica em consumir, tem um ganhador e um perdedor. Conhecemos os dois.   

terça-feira, 28 de novembro de 2017

A ANGÚSTIA ENTRE POUPAR E GASTAR

     As classes ricas e muito ricas não sofrem dessa angústia, suas satisfações são atendidas sem que não precisem renunciar a nada. As outras classes, essas lutam em sua sobrevivência entre os sonhos de consumir e as precárias sobras financeiras. Existe um elo, mais que um fenômeno é um paradoxo entre esses dois mundos, um não sobrevive sem o outro, se alimentam desde muito antes da Idade Média, então como acabar com essas diferenças: um poupa sem precisar e o outro gasta sem poder.
     Partindo-se da ideia que apenas 5% da população mundial não se angustia, a dimensão do consumo que é reprimido em todo o mundo não é si quer dimensionado pela produção, essa produção hoje em dia é tão descartável e tão cara que a pressão das necessidades andam na frente do dinheiro disponível. O efeito demonstração dos 5% privilegiados e os fatores de produção por eles também financiados são, no meu entendimento, a causa e o efeito da perda lenta e permanente do poder de poupança da sociedade salarial em todo o mundo.
     É uma regra muito antiga: uns são proprietários dos meios e por causa disso o restante vive a espera do dia seguinte.

domingo, 26 de novembro de 2017

QUANDO SE SAI DA REALIDADE O QUE SE VÊ ?

     Uma outra realidade, ou entramos nos campos verdejantes da esperança, a sensação do mundo real parece um outro mundo, não o que serve de meio para o nosso dia a dia que sobrevivemos e ainda assim ficamos esperando pelo dia de amanhã. Vou mais longe, quando às vezes acho que o mundo é composto de tantos mundos quantos são as classes de riquezas em confronto com as classes de pobreza. Não permitirei que alguém possa apresentar qualquer explicação lógica para haver uma favela ao lado de mansões, que os grandes iates possam estacionar nos portos que abrigam os desabrigados. Que hajam restaurantes com taças de cristais e talheres de prata para se servirem do que jamais assistiram de como são sofridos os processos de suas produções.
     Qual é afinal a distância entre esses dois abismos ? Deixemos de lado os tamanhos de cada economia e os tamanhos das riquezas para medirmos as intangíveis diferenças dos sentimentos de solidariedade e doação, é desse tipo de mundo que imaginamos nos campos da esperança, lugar de melhor partilhamento dos recursos materiais, que o sistema de troca ocupe um melhor espaço nos negócios. Entendo que durante toda a vida a troca seja a nossa única forma de viver, em tudo que fazemos, sobre tudo que pensamos para hoje e para sempre. Isso vale para todos.

sábado, 25 de novembro de 2017

O PATRIMÔNIO DO POVO É INTOCÁVEL!!!!!

     O que podemos esperar quando o intervencionismo se torna uma prática mundial, a não ser a transferência dos custos sociais para a própria sociedade. Como os problemas da produção representam, em verdade, a eterna busca pela riqueza, entendo então, que qualquer intervenção do Estado transfere parte da riqueza produzida pela economia para sustentação dos gastos públicos. A gestão pública depende do financiamento oriundo da poupança privada e da arrecadação de impostos, quando o governo toma empréstimo do setor privado, está se endividando com o compromisso de cunho social mais importante na vida republicana, porque isso? A poupança nacional somada ao resultado líquido das exportações impulsionam os investimentos e o desenvolvimento.
     Contudo, o governo brasileiro pretende usar o dinheiro poupado em divisas para amortizar suas dividas, considero essa decisão uma estratégia fragilizada, desde que a dívida pública não seja devidamente estratificada, para que se possa saber a que se refere o pagamento em troca de uma renúncia de investimento. Já houve até quem tivesse recomendado no passado que o Brasil vendesse suas riquezas naturais para pagamento da dívida externa, nesse caso, foi nada menos do que a senhora Margaret Thatcher, primeira ministra do Reino Unido em 1984.
     Não se deve mexer no patrimônio que não lhe pertence.

segunda-feira, 20 de novembro de 2017

AS COPS E OS GOVERNOS

     Acabou a COP-23, os participantes retornaram aos seus países com as bagagens recheadas com recomendações para que seus governantes colaborem na luta contra o aquecimento global, acontece e já faz bastante tempo que as principais economias e seus governos estão muito mais preocupados com suas dívidas públicas do que com o meio ambiente. O fórum tenta resolver um problema de tabuleiro de xadrez, é um problema que exige dinheiro para formação de um fundo, no momento em que a economia mundial se arrasta com uma recessão endêmica, basta a avaliação da situação das contas públicas dos 10 principais países mais poluidores da atmosfera, a soma do déficit orçamentário desses países ultrapassa os 60 trilhões de dólares e o pagamento dessa dívida exige por parte dos governos uma política monetária que traz atrelado os juros que estrangulam os investimentos e o crescimento econômico.
     A distância entre a COP e os governos é a necessidade de uma gestão contemporizadora de medidas antissociais  e programas de recuperação da atividade econômica, diante desse quadro, a meu ver, não encontro espaço nos países ricos para a devida atenção ao aquecimento global. A economia mundial  precisa limpar de vez os efeitos da crise de 1988, mas isso só será possível com o aumento da produção pela matriz energética adotada até hoje, o que se torna um contrassenso e um nó difícil de se desatar.
     Portanto, cabe que a consciência da sociedade consumidora, tome a dianteira dessa questão e inicie um permanente processo de mudança de hábitos de consumo, não podemos ficar esperando que os interesses dos ricos se sensibilizem e abram os cofres para financiar essa batalha.
   

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

SALVE A REPÚBLICA DO BRASIL !

     "Não permita Deus que eu morra" antes de ver raiar o sol de um novo dia, e poder respirar o ar, não mais da nostalgia, dos heróis republicanos brasileiros.
     A história dessa República remonta dentro de mim nomes brasileiros que souberam erguer uma nova Nação, deixando apenas os traços monárquicos escritos em livros escolares, sem que no entanto, nenhum sinal revolucionário hostil fosse assinalado. Que desçam dos seus monumentos de mármore e bronze esquecidos pelas praças nacionais, os heróis anônimos ! Foram os senhores Rodrigues Alves, Campos Sales, Prudente de Moraes e Joaquim Nabuco que deram início a trajetória que chegou até nós, nesses dias, pouco republicano.
     Então, diante da aurora desse 15 de novembro de 2017, revivo o pensamento erudito e eloquente do senhor Rui Barbosa, um dos principais fundadores da República, exatamente no momento que comemoramos 128 anos da sorte dessa praia e dessa fonte, esperança da nossa salvação de viver em liberdade.
     "Com a República mudamos de higiene; mas não mudamos de sangue. E os males de sangue não se extirpam radicalmente na primeira geração. A República precisa de ser conservadora, mas conservadora a um tempo, contra o radicalismo e contra o despotismo, contra as utopias revolucionárias e contra as usurpações administrativas. Uma Constituição sobrevivente a provas terríveis, da honra patriótica contra os refugos da monarquia inconsoláveis por não desfrutarem do fôro de príncipes na República, coveiros da realeza elevados a salvadores da democracia".
     Enfim, a emoção da vida vivida neste solo cantado por Castro Alves, é em mim a força de acreditar e sonhar o sonho de Silvio Romero em dezembro de 1900: "Para bem servir a República basta apenas um pouco de boa vontade, de bom senso e de patriotismo". 


domingo, 12 de novembro de 2017

COMO SE ADQUIRI O HÁBITO DE POUPAR ?

     Nos países mais pobres é muito difícil educar os filhos para a cultura da poupança, e eles ainda crescem dentro de uma sociedade que privilegia o consumo irresponsável, fornecido e promovido pela economia da produção desenvolvida, onde todos os seus modelos tem objetivos bem definidos de exploração da renda das famílias. As metas das multinacionais tem suas orientações voltadas para o sentido psicológico do consumidor e da sua renda produzida pelo salário. Ora! o que vemos com isso, nada mais é do que uma transferência de riqueza e o aumento das desigualdades.
     O caminho do desenvolvimento deve ser marcado pela justiça social, para isso é necessário que os investimentos destinados pelos orçamentos públicos na área da educação, fortaleçam principalmente o ensino fundamental, que os seus conteúdos projetem os resultados do comportamento financeiro tradicional dentro da família, porque entendo, que nessa fase é que se constrói os alicerceies de uma nação igual, compreensiva quanto às necessidades da sociedade consumidora interna, capaz assim de criar os meios de fortalecimento do hábito e cultura de se poupar, pois a poupança é um dos fatores da segurança familiar e por extensão a segurança nacional. 

sábado, 11 de novembro de 2017

O HOMEM, TRANSFORMADOR OU DESTRUIDOR

     Até mesmo Keynes não fazia ideia das condições tecnológicas e políticas que dominariam o mundo de hoje, ele acreditava no seu otimismo ao dizer: "Nas possibilidades econômicas para nossos netos". Provavelmente Malthus no século XVIII, diferentemente de todos os grandes pensadores da teoria econômica, também não fazia ideia de quando a população consumidora do sistema econômico estaria mudando o planeta por tanto explorar desmedidamente a natureza e o meio ambiente.
     Vivemos um pensamento assustadoramente diferente do início do século XVIII, a preocupação por um desastre climático é um risco maior do que todas as crises econômicas e financeiras. Os 3 séculos que se seguiram, permitiram ao Homem ter o poder de inaugurar a era do Antropoceno, ter a natureza à disposição da sua ganância de riqueza, achando que seria capaz de usar os recursos naturais sem sofrer com as consequências.
     O antropocentrismo deve estar na agenda principal da COP-23 em Bonn, de forma de se encontrar a base de uma resolução para o fundamento de que devemos ter o cuidado de parar enquanto é tempo, porque existem sinais latentes de que o início já começou de uma era transitória, a dúvida é saber como estaremos na próxima. 

quarta-feira, 8 de novembro de 2017

O BRASIL É PAUTA NO FÓRUM DE BONN

     Como é possível acreditar que o crescimento da humanidade com os moldes de produção e consumo praticados até agora possa ser feito com sustentabilidade. Toda produção econômica é exploratória da natureza, e além disso, o poder político circulante nos corredores dos fóruns, atua a favor da manutenção do sistema que permita agregar valor à produção sem o menor compromisso social, e empurra para frente os debates e soluções dos problemas que afetam as condições saudáveis da vida.
     A participação brasileira na questão ambiental sofre uma barreira política dentro do próprio Congresso Nacional, existe ali uma frente parlamentar com quase 50% dos políticos das duas casas legislativas, esses votos derrubaram o Código Florestal e agem para desmontar as regras jurídicas que protegem o meio ambiente brasileiro e o seu correspondente benefício social que são garantidos até agora constitucionalmente. Os ruralistas brasileiros desejam avançar em terras protegidas para especulação agropecuária e já receberam por emendas orçamentárias 19 bilhões de reais, destinados a regularização de propriedades rurais de grilhagem na Amazônia.
     O Fórum de Bonn deve pautar a importância do sequestro de carbono natural brasileiro, as ameaças por conta do avanço da ganância depredatória tem retirado o dinheiro externo que ajuda a combater o desmatamento. Bonn deve atentar para a relação entre a abertura da Amazônia na exploração de minério com o projeto de mineração da Samarco em Minas Gerais. Um desastre igual ao de Minas Gerais no coração da Amazônia, sangrará o mundo para sempre.

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

A SUSTENTABILIDADE ESTÁ LONGE DE BONN

     O Brasil disponibiliza 1/3 do seu território para o setor de agropecuária aonde são derramados anualmente 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos, essa é uma verdade escondida no mundo inteiro, quando falamos sobre sustentabilidade e meio ambiente. É uma referência do problema da sociedade consumidora mundial, os lucros do envenenamento do alimento e da terra, resultado do faturamento de 2 bilhões de dólares em 2016 beneficiaram as famílias alemãs por duas fabricantes da Alemanha, sendo que 50% desse faturamento foi conseguido na América Latina.
     O ex vice-presidente americano Al Gore em sua cruzada sobre o aquecimento global não enfatiza  a degradação que os defensivos agrícolas provocam na natureza. Se ela morre morre o clima. A tragédia da humanidade, da maneira que penso, é que os defensivos são necessários para a produção dos alimentos em escala acelerada  enquanto destroem  o ecossistema, está ocorrendo a perda gradual da polinização natural, os riachos  estão morrendo pelo dreno das lavouras em aclive, a irrigação mecanizada está esgotando os lençóis freáticos, as queimadas para renovação de pasto e o desmatamento emitem gazes estufa e todo esse processo acaba quebrando toda a cadeia reprodutiva da natureza.
     O meu pequeno prognóstico sobre a sustentabilidade e a qualidade do clima, dependerá de um sonhado retrocesso dos hábitos e costumes da sociedade, porque a tragédia já começou no campo e seus efeitos na natureza atingirão logo a todos em qualquer lugar que vivam.

domingo, 5 de novembro de 2017

A ÁGUA NO CENTRO DE TODAS AS CRISES

     A economia mundial vive às voltas com um estrangulamento formado com a oferta de capital disponível nos mercados e os desiquilíbrios orçamentários das principais economias, enquanto isso a recuperação da atividade produtiva se mostra recessiva. Será que existem outros riscos provocando as incertezas nessa recuperação? Nunca estivemos tão inseguros para investir  em projetos que dependam dos recursos naturais e entre eles, o fornecimento e utilização da água. É um elemento natural mas que há muito tempo sofre com a contaminação produzida pelo homem. Se não bastasse essa ameaça, o Fórum Econômico Mundial avalia de forma pessimista a oferta hídrica.
     A previsão do aumento da população e da economia tem elevado grau de confiança por ser uma ordem natural de crescimento, com efeito, ela será acompanhada por uma maior demanda industrial e rural, setores cujas estruturas não conseguem dar um passo sem o abastecimento da água. Podemos acreditar que a presença da água no destino da humanidade é mais importante que as questões econômicas, porque essas não são vitais, a água é. O sistema econômico está pagando cada vez mais caro por esse fator de produção e mesmo assim  continua a escassear.   

 

sábado, 4 de novembro de 2017

OS PERIGOS DE UMA ECONOMIA INÚTIL

     A contribuição dos processos de inovação  do sistema produtivo da economia, é para que os consumidores, sem notarem, paguem duas vezes, pelo menos, pelo mesmo produto.
     David Ricardo (1820) abordava na sua teoria do salário a ideia da subsistência como base do nível salarial, dizia ainda que o salário se manteria em seu nível não elevado, em função dos hábitos e costumes dos trabalhadores, não vejo isso como uma vantagem capitalista, nos dias de hoje que justifique a um trabalhador ganhando apenas para a sua subsistência, como também é verdade que não existe trabalhador que tenha como hábito e costume gastar seu salário várias vezes pela mesma coisa.
     Da verdade até a realidade existe um universo infinito.
     Como é público e serve como exemplo, os celulares produzidos por uma empresa asiática tem como inovação o seu "designer,"para isso foi utilizado toda a capacidade instalada, sua produtividade e a força do "marketing", visando apenas o visual. O mesmo acontecendo com a indústria automobilística.  Se isso  não  caracteriza duplo pagamento por uma mesma mercadoria voltada para a exploração da renda dos trabalhadores, sem a preocupação ética com a inovação tecnológica de um produto mais inteligente, é verdadeiramente um alerta para o perigo de estarmos, sem percebermos, consumindo nosso salário de forma irresponsável a favor dos objetivos de rendimentos constantes das grandes empresas e de seus donos. 

terça-feira, 31 de outubro de 2017

OS CARTÉIS E A COP-23

     Começa em Bonn na Alemanha, a COP-23. O lado positivo desse encontro está na sua  manutenção como fórum permanente sobre os debates da mudança do clima, suas causas e suas consequências. Serão levantados os problemas negativos que ainda não foram resolvidos. Como exemplo, vale citar a política de preços da OPEP. Como é sabido esse cartel é muito capitalizado, e a cotação do barril no mercado internacional por ser em função da variação da oferta, dominam o mercado de energia fóssil ignorando a realização desse tipo de fórum. Nesse momento, acrescentando ainda as empresas petroleiras internacionais disputam a exploração do pré-sal brasileiro o que levanta a interrogação de como pode ocorrer com sucesso um leilão de exploração de petróleo de reconhecido custo elevado no momento em que a cotação do mercado não consegue se recuperar, apesar do controle da oferta.
     Outro dado, é a política de bens de consumo duráveis e serviços que as multinacionais desenvolvem nos países em desenvolvimento. O consumo desenfreado da população é generalizado, sem controle e omisso pela autoridade competente. Vale citar, que existem no Brasil mais de 200 milhões de celulares ativos, produzindo lixo e consumo inadequado de energia elétrica nas recargas de baterias.
     A conta criada pelos países ricos para disponibilizarem 100 bilhões de dólares anuais aos países em desenvolvimento que cortarem as emissões de gases na atmosfera não é compatível com a presença e finalidade das multinacionais. Os países pobres não tem voz ativa nesse debate e muito menos nas decisões entre todas as partes, contudo, são eles os países pobres que não podem ficar esperando a vida toda pelo desenvolvimento, e o clima do mundo também não pode continuar aquecendo.
     Então, temo que os confrontos de forças e interesses tornem esse fórum parceiro das minorias,        e deixem a humanidade esperando.

domingo, 29 de outubro de 2017

O ESTADO É MENOR DO QUE O CIDADÃO

      Nesse mundo ideológico no qual fazem parte todas as sociedades, as trabalhadoras e não trabalhadoras.  todas habitam um mesmo espaço abstrato no centro de uma encruzilhada, e por serem assim, formam aquilo que chamamos de sociedade organizada e esse sentido de organização permite a origem da figura do Estado. Como cada cidadão tem dentro de si a sua ideologia  para conduzir e construir a sua vida, ele segue o caminho da liberdade que não é traçado pelo Estado. É uma vontade que emana dos anseios temporais de cada sociedade, o Estado quando é de todos, aí sim, ele é perfeito. Precisa, nas palavras de Sócrates, o infalível sinal do respeito e da igualdade: " isto é meu, e isto não é meu". O Estado que verdadeiramente precisamos deverá ser virtuoso somente pela educação, capaz de reescrever a Constituição de vários senhores, protetora dos interesses tiranos, corrompidos e corrompedores.
     O cidadão deve ocupar o seu lugar de único constituidor da vida e da nacionalidade da sua terra e impostar um malho legal tão pesado que nenhuma conspiração tirana possa move-lo, É assim como penso: O Estado não me pertence e nem sou escravo dele.   

sábado, 28 de outubro de 2017

AFINAL, O QUE É O ESTADO ?

     Na antiguidade, ele representava os escravocratas, na idade média  os senhores feudais, a partir daí passou a servir à burguesia. O Estado nessa condição ainda submete a sociedade, porque qual será a nova denominação que devemos atribuir ao burguês moderno? acredito ser ele um vínculo escondido entre as linhas e vírgulas das Cartas Magnas, ou melhor, das Constituições com cuidadosas estruturas oligárquicas, promovidas pelo sistema econômico internacional sustentado pelo capital da  pequena classe feudal moderna.
     Apesar disso, por mais estranho  e contraditório que possa parecer, o fundamento para uma economia desenvolvimentista, no meu entendimento, deve ser capitalista. Assim penso, justamente por não dar maior crédito ao papel do Estado no uso do dinheiro público. Por outro lado, a visão socialista, mesmo aquela revolucionária, sempre presente, quando ficaram mais frequentes as crises econômicas, nunca foi capaz de se impor como um sistema construtivo sem a presença do capital fornecido pelo setor privado, como também nunca a presença do trabalho e do trabalhador foram suficientes  para transformar o mundo econômico, de uma maneira ou da outra, em um sistema político e econômico que produzisse igualdade e distribuição de renda.

sexta-feira, 27 de outubro de 2017

A NOVA HEGEMONIA MUNDIAL

     O quadro político mundial revela um novo desenho entre as forças hegemônicas, potências econômicas que representam o movimento globalizado da produção mundial. Se voltarmos ao passado a primeira liderança comercial começa com a presença do Reino Unido durante o século XIX, as grandes guerras do século passado serviram para dar aos Estados Unidos a condição que mantém até hoje de principal mercado dos negócios de tudo o que é produzido no mundo, para que isso tivesse acontecido, é claro, contou com a força incontestável de suas multinacionais.
     Coincidentemente, com a chegada do século XXI surgiu uma nova liderança comercial. Ela pertence  à China. E é bom que tenha ocorrido essa mudança, a mudança faz parte da essência da filosofia chinesa, ela deve passar por mãos diferentes de pensamento e conduta. É assim que deve caminhar a humanidade, segundo Lau-Tseu: "quando a gente chega ao fim da sua ciência e da sua força, começa a dedicar-se ao desengano".

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

A GLOBALIZAÇÃO EMPACOU, A CHINA NÃO.

     Enquanto os países exportadores de matérias primas lutam para manter o equilíbrio de suas contas, a China no 1º semestre deste ano conseguiu um resultado líquido das exportações de meio trilhão de dólares. Se houve um país que soube aproveitar as políticas comerciais adotadas pela cooperação comercial internacional, esse país foi a China. Ainda que atualmente tais políticas sejam consideradas fracassadas devido aos resultados insuficientes e a fuga nos últimos dois anos de 1 trilhão de dólares dos investimentos diretos e no comércio de bens, o gigante asiático manteve a sua atividade econômica.
     É nesse ponto que se avista um novo quadro pintado da economia mundial, mais precisamente a sua própria história na era moderna: quando atribui-se a um possível empacamento da globalização, deixamos de lado o fato de que o eixo comercial entre os fornecedores de matérias primas estava, como está, voltado para a China. Isso pode ser explicado pela relação dos comportamentos das recuperações das atividades produtivas que estão ocorrendo nos países participantes desse eixo.
     A chegada da China ao ocidente, falando de um sistema econômico capitalista, inaugura uma nova época em nossa história,e, é bom que isso tenha ocorrido, porque de hoje em diante a hegemonia política mundial passa a ter na mesa dos debates uma maior distribuição de forças. 

domingo, 22 de outubro de 2017

A COP-21 É COISA DO PASSADO

     Em 2015 tudo já estava escrito. Os grandes países participantes do evento (EUA, CHINA, JAPÃO, ALEMANHA, FRANÇA E REINO UNIDO) haviam registrado no ano anterior um PIB de mais de 42 trilhões de dólares com suas multinacionais que faturaram com o entusiasmo da sociedade consumidora do mundo inteiro, sabiam também que essa relação não daria a mínima importância para o lixo que produzido. Se compararmos o sistema produtivo desse grupo com o sistema produtivo dos países em desenvolvimento, constataríamos que os 42 trilhões de dólares foram produzidos por 430 milhões de trabalhadores contra 17 trilhões de dólares produzidos por 3 bilhões de trabalhadores dos países em desenvolvimento. Percebemos que a diferença entre os dois sistemas está basicamente no desenvolvimento tecnológico, mesmo com a presença das multinacionais nos dois lados.
     Tanto o G-20 como o G-33 fazem parte desse processo agregativo, e portanto, mais que a preocupação com o planeta  é a necessidade de  manter os rendimentos constantes. O dano ambiental produzido por 3 bilhões de trabalhadores recaí sobre eles próprios por serem os fornecedores de fatores para os 430 milhões de trabalhadores desenvolvidos.
     Enquanto a sociedade consumidora não tomar consciência da sua responsabilidade com o futuro, o grupo dos G-160 continuará a produzir lixo.

sábado, 21 de outubro de 2017

BRINCAR NÃO É MAIS NECESSÁRIO

      Há mais de 70 anos eu fazia parte de um  grupo de moleques brincalhões, vivíamos no mundo inventivo de brincadeiras na plenitude dessa palavra. E foi isso, acreditem ou não, a fonte que alimentou e criou o meu caráter, livre de modelos educacionais. Brincar era o único dever da infância, o alimento estava na alma, na formação de um espírito limpo que iria se transformar na base da minha longa vida.
     Antes fosse um prólogo saudosista, como dizia o poeta  Casemiro de Abreu; "Ah! que saudade eu tenho da minha infância querida que os anos não trazem mais". Antes fosse.
     A medrosa preocupação, está na possível origem da fonte da formação do caráter da juventude do século XXI. Será ela absolutamente original ? a nata, impar, limpa, coberta e protegida pela clarevidência da vida ? É desse caráter que o mundo precisa.
     Estou, afinal, falando contra o caráter que é importado da fonte de uma inteligência alheia, desconhecida em seus fundamentos humanos. Ela é materializada sob diversas formas, revestidas por uma tecnologia ludibriante, e que não notamos e também muitas vezes não queremos notar, assim somos escravizados mortalmente. Por ser assim, vejo uma juventude de uma infância brincando no  mundo da solidão !
     O que pensará, ou não, o jovem no futuro sobre a noção de conceitos filosóficos naturais ? Terá ele a capacidade discernente  entre o certo e o errado ?  pelo fator da hereditariedade saberá a diferença entre o bem e o mau. A criança terá a sua integridade humana, quando estiver livre para escolher diante da natureza seus próprios passos, pois a natureza, não tenho dúvida,  saberá conduzi-los.
     Assim penso, pelo o que já vi e pelo o que vejo. E nisso há uma diferença, e não gosto dela, o que é uma pena. 

domingo, 15 de outubro de 2017

A FALTA DE ÁGUA GERA INFLAÇÃO

     Por mais que seja repetitivo, e não devo desistir, é a abordagem sobre os riscos para a economia mundial do uso e reúso da água. Assim penso, partindo de uma premissa de que o fim dos meios determinará o fim dos fins.
     O Banco Mundial divulgou uma perda global do PIB de 6% por conta de um possível estresse hídrico, e, é por isso que também devemos buscar a causa ou a coisa que podem estar dentro de um cesto de fatores. O comércio internacional de grãos é mantido por uma frota de graneleiros que mal atracam nos portos, como isso é possível, a não ser na ponta da produção, ou melhor, no campo, sustentado por um processo perene de irrigação sem obedecer os ciclos naturais das chuvas que sofrem com o aquecimento global. Outra informação pouco mencionada, nos diz que, de toda a disponibilidade de água para irrigação, mais de 90% é disponibilizada para as grandes propriedades e o restante para o pequeno produtor, mais voltado ao mercado doméstico.
     Esse processo de irrigação para atender uma demanda sempre crescente de grãos, deve ser na minha opinião, um perigo maior do que o aquecimento global, porque a escassez de água está acontecendo na produção do alimento diário da humanidade. Estamos sim, frente a frente com essa cruel realidade. A inflação mundial está com um novo agregado, nascido da necessidade de novos custos em processos de novas fontes de abastecimento de água, como o reúso sanitário.
      Surge adiante uma fronteira que dividirá o comércio antigo com um inimaginável sistema no qual a moeda de troca no mercado de Chicago será a água.

sábado, 14 de outubro de 2017

OS ROBOTS TEM SINDICATOS ?

     Diferentemente da história sindical narrada nos últimos dois séculos, observamos que neste século mal começando, o poder de barganha da mão de obra foi obrigada a recuar diante da importância relativa cada vez maior do capital. A revolução tecnológica teve como aliada o mar de dinheiro varrendo todos os mercados de capitais, essa expansão monetária tem inclusive sustentado o monstro inflacionário escondido e que só aparece quando da contabilidade mensal do trabalhador. Agora, essa revolução se reveste com uma fantasmagoria sedutora e o seu fascínio deslumbra a todos nós, e até agora não tomamos consciência dos seus efeitos psicológicos  capazes de repercutirem de forma macroeconômica, e daí a preocupação de um octogenário economista: os hábitos, costumes e tradições.
     Acrescento como informação estatística, uma informação oficial de um órgão brasileiro (IBGE), sobre o que ocorreu na indústria brasileira na última década do século passado: enquanto o pessoal ocupado teve uma redução naquele período de 38%, a produtividade industrial aumentou em 108%. É evidente que outros fatores contribuíram para essa mudança, porém, a questão que ficou resultante foi de como pode ter ocorrido a readmissão e a readaptação qualitativa daquele contingente humano no novo mercado de trabalho.
     Carpinteiros, metalúrgicos, lavradores, desenhistas e entregadores de cartas, e todas as profissões que ajudaram a construir esse mundo...  por onde andarão?   

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

AS NECESSIDADES INFINITAS E OS RECURSOS ESCASSOS

     A natureza tem alimentado os ricos e os economistas. Os primeiros por serem donos dos negócios chamados de commodities e os segundos por viverem desde, mais provavelmente, o início do século XVIII preocupados com a forma como a humanidade tem consumido os recursos naturais. O mundo moderno tem dado enorme preferência pela exploração do petróleo,do  minério,do  calcário,da  madeira e da água. São recursos sabidamente conhecidos pelas suas capacidades de agregarem valores de uma dimensão, que imagino, incalculável.
     E, esse movimento econômico projeta uma falsa impressão da geração de prosperidade enquanto enche os cofres dos senhores gestores do comércio internacional. e se torna mais grave quando acreditamos  que os donos do capital circulante nesse comércio se importam com o aquecimento global, principalmente com suas causas. Entre elas, a madeira e a água são as maiores vítimas do desrespeito humano, vitais para a sua própria vida,  a correlação entre a madeira e a água é a mesma entre as duas juntas e nós.
     Que apologia alimentará o pensamento dos economistas contemporâneos quando não mais se referirem ao capital e à ganância dos juros? A economia real não se refere mais pela igualdade da produção e renda, porque o capital gera renda sem a produção. A  ciência econômica está, como sempre esteve, representada pela conexão direta  entre o Homem e a Natureza. Se o economista não se preocupar com a harmonia dessa relação, perderá o sentido da sua função social.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

UMA EUROPA IDOSA E ENFRAQUECIDA

     A Europa com seus 500 e poucos milhões de habitantes tem um elevadíssimo índice de envelhecimento na sua força de trabalho, ela pode empobrecer se não houver uma revisão das políticas e estratégias de incentivos ao crescimento demográfico. O fluxo migratório nos últimos 30 anos, trouxe para a Europa a força de trabalho dos jovens dos países não industrializados. Nesses países antes da imigração a relação idoso/jovem que era de 40%, passou para 130%, o efeito imediato foi a variação do índice de desemprego de 4% para 15%.
     A presença do empregado e do emprego é a existência de uma sociedade organizada, a desorganização flui para as manifestações sindicais, não devemos esquecer, que a França contabiliza um desemprego hoje de 10%. A França faz parte de um "top ten" de países com uma concentração de renda que alcança 2/3 da riqueza total, como não ficarmos preocupados sobre o conflito social com a perda da importância petra do emprego e que  esse fenômeno possa contaminar o  mundo.

domingo, 8 de outubro de 2017

O ENFADONHO SENTIDO DA LEI

     A ordem natural durante a passagem de todas as sociedades humanas nunca existiu, os fisiocratas se acomodaram e silenciaram percebendo o utopismo de um pensamento que seria varrido pelo avanço da complexidade em se organizar o Homem, a família e as diferentes sociedades. Se avançássemos nesse entendimento, qual seria o significado e a existência da liberdade, a liberdade pura ? Olhemos de frente a nossa vida para compreendermos definitivamente que essa liberdade é a medida exata da ansiedade contida dentro de cada um de nós, e, se sofremos por isso é porque sabemos que somente somos livres dentro de nós.
     Esse sentido filosófico da liberdade também serve para avaliar o produto do meu trabalho. A mais valia do trabalho! O trabalho só tem sentido se houver alguém para compará-lo e a atribuição do imposto é independente do seu valor e não se aplica por justiça mas por inspiração de formulações de sistemas que invadem a nossa propriedade e desapropriam e tiram de nós a sensação de segurança que imaginamos se limitar com a nossa própria vida, e isso não é verdade.
     A ordem natural não tem nenhum significado com a lei, nem com a ideia da liberdade econômica, política e ideológica, e mesmo afinal, se pudesse  conter tão grande formação liberal, a sociedade como definimos sendo a nossa, ainda assim não saberia definir o que é a liberdade plena. 

sábado, 7 de outubro de 2017

AS VERDADES SOBRE A ÁGUA

     O mais incrível é que para se realizar com exito um projeto de recuperação de nascentes, não precisamos fazer nada, apenas vigiarmos e protegermos as florestas. Assim fizemos durante os últimos 30 anos em nosso sítio aonde vivemos. O nosso legado é a satisfação de ter feito a nossa pequeníssima parte neste grande mundo.
     Cada vez entretanto, que conhecemos a maneira pela qual é realizado o processo produtivo necessário e capaz de satisfazer o consumo patológico da sociedade mundial, nasce uma expectativa angustiante sobre o nosso futuro. E não é por acaso, a OCDE estima uma demanda hídrica global aumentada em 55% até 2050 e o consumo de energia elétrica exigirá para isso um consumo de água também aumentado nesse mesmo período na ordem de 140%, não podemos deixar de lado o fato de que a agricultura mundial tem uma participação de 60% no uso da água. Ainda no final de 2016, dizia em uma postagem que uma tonelada de aço é produzida com o consumo de 300 caixas de 1000 litros de água cada uma, e que naquele ano o Brasil mandou para o exterior 112 trilhões de litros de água contida nos grãos de soja.
     Qual será a verdade entre os atos e os fatos representados pelos discursos e pelos números ?

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

A POBREZA SEGUNDO JOÃO XXIII, O BONDOSO

     O papa João XXIII publicou em 1961 a Encíclica "Mater et Magistra", nela ele questionava os princípios da doutrina econômica e social quanto aos seus resultados práticos que continuam vigorando e obtiveram em verdade, um aumento das diferenças, sobre as quais podemos abordar os aspectos que, no meu entendimento, dominam os debates para o desenvolvimento. Acredito que a presença do Estado  quando deixa de formular, por em prática e revisar conforme a conjuntura, um plano diretor de longo prazo para o desenvolvimento nacional, seja o cerne de todos os problemas. Nesse contexto cabe principalmente ao Estado suplementar o indivíduo, estimulando e protegendo suas iniciativas, atuando de forma justa para impedir as desigualdades, nascidas nas constituições de suas leis, vigilante sem esmorecimento contra as tiranias acopladas entre o indivíduo e o próprio Estado.
     João XXIII se preocupava com o princípio  econômico formado por um minarete, cujas pontas são o trabalho, o salário e a família. Não se pode prever a prosperidade sem a distribuição justa da riqueza produzida por uma Nação,que não seja através da força do trabalho que perpetua a segurança da família. Da grandeza dessa carta, vem para a superfície o verdadeiro perigo do subdesenvolvimento. A preocupação desse papa com o grau de dependência embutida na ajuda aos países pobres pode ser traduzida ou comprovada pelo programas e projetos de investimentos oferecidos, nisso o Santo Padre revela a força do seu conhecimento da realidade moderna da nossa economia, para ele o desenvolvimento filantrópico deveria respeitar todas as formas de hábitos e costumes e a tradição cultural de tal maneira que ficasse protegida a identidade nacional de cada país.
       

domingo, 1 de outubro de 2017

UMA POTÊNCIA SEM ARMAS

       A vocação brasileira para alcançar o desenvolvimento econômico tem como base a exploração do seu potencial energético fornecido pela abundância de seus recursos naturais. Isso representa um perigo de decisão política, porque além do Brasil saber disso, o resto do mundo também está informado e ávido em explorar essa vocação brasileira. Esse ponto é determinante para o resultado futuro, um país que está com suas contas deficitárias e precisando de investimentos em infra estrutura, corre o risco de ver aumentado o grau de endividamento total, quando a dívida interna somada à divida externa pressiona a capacidade de poupança e o investimento público em programas sociais.
     A presença estrangeira na exploração dos recursos naturais brasileiros se fortalece com o fim da segunda guerra mundial, a bauxita e o alumínio são produzidos no estado do Pará , o ouro em Minas Gerais e o ferro em várias regiões, além da celulose, açúcar e soja na agricultura. A parte negativa dessa exploração, e que ninguém revela, é a necessidade do consumo de água permanentemente em todo o processo produtivo. Por conta das divisas necessárias para cobrir as despesas públicas, que ultrapassam as receitas em 59 bilhões de reais previsto para esse ano, viramos as costas para os prejuízos  não contabilizados  no preço de exportação do esgotamento do nosso potencial hídrico. O alerta sobre essa degradação em troca do dinheiro externo é que isso já aconteceu em outros países, é só lembrar o que aconteceu com a água de irrigação na Califórnia dos Estados Unidos.









sábado, 30 de setembro de 2017

ESTÁ HAVENDO UM LEILÃO DA NATUREZA

     Os problemas que afetam a sociedade mundial, a meu ver, extrapolam a auto determinação das nações. Nesse caso caberia um verdadeiro rigor no cumprimento das decisões da ONU, sobre o bem estar e a manutenção sustentável dos recursos naturais de cada comunidade, seja ela quem for e aonde estiver. Muito mais  que ser um visionário é acreditar na união dos povos, sabendo desde criança que os bens naturais pertencem a todos, que o bem estar do meu vizinho refletirá em mim, a intenção da soberbia corrói a esperança, ninguém que eu conheça faz "loby" pela preservação do futuro.
     A internet nos aproximou e nos fez compreender como nunca na história da Humanidade que somos tão iguais nas virtudes e nos defeitos, sonhadores e enormemente amantes da justiça ! Agora, se sabemos que pensamos iguais, daqui para a frente não permitiremos oligarquias, nem tiranos disfarçados que circulam nos parlamentos. Não à escravidão imposta por sistemas de políticas econômicas e sociais que sejam diferentes do que pensamos sobre nossas vidas.
     Vale a pena lembrar que no momento a ação desses sistemas consiste em oferecer, por exemplo, um disponível de capital que representa 50% do dinheiro produzido pela produção anual do petróleo às economias mais fragilizadas, existe um dinheiro chamado "hot money" com a característica de entrar numa operação que lhe seja muito vantajosa e "pular fora" rapidamente. Essa ganância fareja os projetos das economias que tem pressa em se desenvolverem, é o caso, também como exemplo, da tentativa do governo brasileiro de liberar para a exploração mineral uma área virgem do tamanho da Dinamarca, sem o mínimo respeito da opinião pública mundial da qual faz parte a opinião pública brasileira.

domingo, 24 de setembro de 2017

A POLÍTICA DE ARISTÓTELES FAZ FALTA

     Quem mais do que o filósofo grego nascido em 384 antes da era cristã, fundador do primeiro Liceu, mestre de todas as ciências, seria capaz de analisar sobre governos e governantes ? Estaria ele disposto a caminhar ao nosso lado e peripateticamente explicar o que está acontecendo com a carência de líderes virtuosos depois de aproximadamente 2350 anos da sua era ?
      Imediatamente diria que o soberano do Estado " podem ser a multidão, os ricos, os famosos por seu talento e virtude, ou apenas um único homem que será o mais virtuoso entre todos, ou apenas um tirano !"
     Bem. E qual seria a explicação para a dificuldade de se encontrar esses mortais privilegiados, premiados pela sabedoria da vida justa ? Mais uma vez, o filósofo como tinha o poder de explicar o óbvio que nos dias atuais não sabemos , diria: " É evidente que a educação deve responder essa questão e que por muitas razões, devem todos os cidadãos mandar e obedecer alternadamente".
     Vivemos, afinal, uma era de pseudos líderes ou de virtuosos mascarados, era da fuga dos bancos culturais, assentados que estamos confortavelmente em um evolucionismo hedonista inexplicável. Época que ficará marcada como aquele  que tem um só olho será rei, porque todos os outros serão cegos.

sábado, 23 de setembro de 2017

A INCERTEZA ANTIGA QUE NÃO ACABA

     Por ser o fundamento econômico de maior expressão da paz social, a própria história passada desde longe dá ao emprego e à sua riqueza intrínseca motivo inesgotável para se manter vivo, pelo menos, um debate que possa levantar cada vez mais as preocupações em defesa da geração sagrada do emprego.
     O estágio de pleno emprego passou a ser uma miragem desenhada, a meu ver, pela super produção descartável e pelo desperdício do dinheiro público. Como as commodities e os governos não conseguem administrar seus limites, transferem para o mercado financeiro, já inflacionado por uma ciranda de recursos e ativos, um endividamento de perfil de insegurança futura. Por outro lado, o efeito da renda dessa ciranda desestimula investimentos no sistema produtivo. Prefiro acrescentar ainda mais, uma uma velha preocupação de que esse tipo de renda seja um vírus que contamina o sistema econômico e fabrica um sentimento geral de desconfiança.
     A literatura da economia aborda o fantasma do desemprego generalizado que sopra até hoje a economia mundial, desde o século XVII tanto a renda como o nível geral de emprego tem sido a principal fonte das incertezas. Se Ricardo vinculava a renda à exploração da terra, Adam Smith já fazia uma menção diferente ao dizer que " algumas pessoas amam colher onde jamais semearam. "
     Portanto, se aceitarmos que a geração da renda pode ocorrer sem a geração de emprego, podemos também aceitar que não existe a improbabilidade de desemprego geral. Basta observamos os gráficos dos principais indicadores econômicos dos últimos 20 anos para tirarmos as conclusões.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A ECONOMIA PRODUZ CASTELOS DE AREIA

     Vejo a ciência da economia como um código de leis de equilíbrio entre o Homem, a natureza e as forças disponíveis que devem se harmonizarem. No início essas forças eram previsíveis, mas o mundo mudou; a sociedade se tornou demasiadamente perdida na linha de uma conduta mais cuidada, arraigou-se definitivamente na mentalidade consumista, achando que assim estaria no caminho da felicidade hedonista. Talvez aí esteja o cerne que mantém e manterá, enquanto for assim, o desiquilíbrio no uso da economia e da forma de pensarmos sobre ela.
     Sempre preferi o lado da preocupação preventiva, dado que a paz, a fartura e a justiça quando forem conquistadas serei chamado como um pessimista incurável porque nunca fiz projetos de castelo de areia na beira do mar, a pratica do comedimento prepara a vida. 
     Mais que uma metáfora o castelo de areia é um aviso que tudo que virá amanhã é um segredo, mesmo quando vem enriquecido por todos os estudos econométricos, os exemplos varrem o mundo através dos séculos e ainda não aprendemos. 
     No momento está sendo levantado um gigantesco castelo desse tipo na Ásia, espero que seja longe do mar para o bem de todos nós.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

MODELOS QUE GERAM POBREZA

     A economia mundial caminha para um ponto de conflito no momento que se questiona a obsolescência planejada do sistema produtivo em função do consumo irresponsável e da consequente exaustão da matriz energética.
     O consumo da energia não pode representar um risco nos projetos de desenvolvimento, apesar de ser o que acontece até agora sem a menor preocupação com a outra ponta do sistema que é a geração limitada das fontes disponíveis de energia. Alguns indicadores são suficientemente relevantes  na expansão do consumo de bens e serviços como uma cultura contemporânea anti-econômica; as despesas com gastos militares, como exemplo, das cinco maiores potências militares ultrapassam com folga 1 trilhão de dólares. Não me lembro de um maior desperdício de capital humano e financeiro, porém, o pior efeito da prosperidade irregular gerada pelo atual sistema produtivo e seus modelos é a liberdade consumista, com maior incidência, é claro, nos países ricos.
     No início do século 20 a escola Keynesiana sugeria, e foi posta em prática nos Estados Unidos, que os déficits fiscais seriam normais em casos de recessão  ou de elevado nível de desemprego. Contudo, hoje em dia a maioria dos países desenvolvidos, mesmo com suas economias estabilizadas continuam a gastar mais do que as receitas. No meu modo de ver, esse é o efeito negativo da prosperidade desregulada. O Japão, a Alemanha e o Reino Unido reúnem aproximadamente 275 milhões de habitantes para consumirem quase 4 trilhões de dólares do PIB apurado. São valores que revelam uma real condição de consumo em níveis exagerados e economicamente depreciativos em seus valores agregados.

sábado, 16 de setembro de 2017

MODELOS ECONÔMICOS ANTI-SOCIAIS

     Não deixa de ser reconfortante saber que minhas velhas idéias são compartilhadas com a renomada cientista social de origem austríaca Riane Eisler e o economista alemão Reinhard Loske. Essa convergência é muito ampla, sobretudo quando questionamos os modelos econômicos praticados no mundo moderno. Estruturalmente a política usada por todos os pactos econômicos tem a velha visão capitalista da remuneração do capital preferencialmente diante da geração do salário e da renda; isso acabou com o pensamento da sustentabilidade, não podemos acreditar, sobretudo, que o atual sistema de produção e consumo seja a base para o desenvolvimento social, basta avaliarmos a escalada da exploração dos recursos hídricos usados na lavoura irrigada e na indústria, essa atividade econômica nos moldes de um capitalismo fechado jamais recompensará os objetivos solidários de uma economia desenvolvida. Na minha opinião, na agricultura há um enfoque inadequado na distribuição da produção de grãos, a alimentação animal fica com 2/3 e a indústria, por seu lado, implantou uma estratégia de produção descartável !
     É esse o modelo que colabora com a nossa segurança futura ? ainda mais; todos os pactos comerciais são sustentados pelos grandes conglomerados, idealizadores dos modelos econômicos que determinaram a produção que consumimos e que iremos continuar a consumir se não mudarmos essa mentalidade de que consumir da forma subjugante, alguém ganha e alguém perde.
     Só nos resta saber de que lado estamos.  

domingo, 10 de setembro de 2017

AS INCERTEZAS VITAIS DO FUTURO

     Como vivemos em tempos de incertezas, fica incerto também a formação de opiniões. A dinâmica que move a vida atual impede a reflexão moderada sobre os problemas que de fato nos afetarão em breve espaço de tempo.
     Não podemos mais sustentarmos o movimento das commodities agrícola e mineral e pagarmos o resto da vida um custo irrecuperável do meio ambiente. Agora é a vez do rio Araguaia na região central do Brasil. Conheço esse rio caudaloso com uma extensão de mais de 2600 km; é imponente e tem suas margens ciliares muito ricas. Impressiona sua diferença pela virgindade se compararmos com o Nilo, o Chang Yian, o Reno, o Tâmisa, o Vouga, o Tejo, o Mississípi e de tantos outros irmãos sangrados pela mão do Homem. Quando chegamos  em  suas margens entendemos nossa pequenez diante da grandiosidade da  natureza que está ali para nos salvar.
   PRECISAMOS URGENTEMENTE LUTARMOS POR MUDANÇAS DE OPINIÕES.

sábado, 9 de setembro de 2017

O SALÁRIO DO ROBOT É ZERO

     É uma questão de tempo; se não mudar a mentalidade da economia da produção o emprego humano e o salário se extinguirão ou serão atividades isoladas sem nenhuma referência estatística. Nunca fiz esse assunto mera retórica, pois a literatura a respeito vem de muito tempo atrás, a diferença é que agora o envolvimento da tecnologia é extremamente avançada e de forma definitiva. Os efeitos sobre o salário são de grande importância estrutural, mas preocupa de maneira maior, por que as taxas de inflação mundial mantem-se em níveis baixos,  quase deflacionárias, abaixo das metas, depois da recessão de 2008?
     Que fenômeno é esse que mantém os salários sustentados em baixos níveis, apesar dos sinais da recuperação economia mundial, pela teoria clássica, estariam subindo ? Como é possível as taxas de juros reduzidas não serem capazes de promoverem os investimentos, a não ser para os ricos que aproveitam os negócios em ativos. É um padrão novo da atividade econômica, que marginaliza também os sindicatos porque o sistema se capitaliza sem transferências para os investimentos e para o consumo.
     Por mais que as opiniões respeitosas defendam a automação, esse fenômeno que nasceu após a segunda guerra mundial é hoje uma realidade de difícil solução;  ela reduz os salários mesmo com a constatação de períodos de aceleração da produção. O fato é que não podemos mais ignorar a presença do contingente robótico, que entre outras coisas, não recolhe para a previdência, aliás ainda não sabemos o que será o sistema de previdência com essa competição contra o trabalho e salário no futuro.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

RAIOU HÁ 195 ANOS NOSSA LIBERDADE !

Já raiou no dia de hoje a liberdade brasileira ! Foi assim, com o findar do inverno, as manhãs gloriosas alvoreceram com os perfumes da primavera e com ela esse amor pelo Brasil ! Tomemos como manto a brisa da liberdade que percorre nossa pátria querida, trazendo com ela a dimensão continental  do que nós somos e do futuro imaginado, devemos olhar para trás e escutar as vozes daqueles que acreditavam nesse povo para despertamos em um novo dia !
     Quase um século já passou e a voz de Epitácio Pessoa invocava : " Moços, amai o Brasil ! Amai-o desse amor que absorve a personalidade inteira; amai-o desse amor que se faz de abnegação e de sacrifícios, de devotamento e de ternura; amai-o, e o vosso amor o iluminará, e o vosso amor o transformará em breve nessa grande nacionalidade dos meus sonhos, respeitada e temida, progressista e fecunda, gloriosa e feliz." De Nilo Peçanha sua voz ainda nos alerta: "Vois sois o pensamento livre, enamorado da beleza eterna, rico dessa fôrça sempre nova, criadora do amor, da glória, da riqueza, da fé e das grandes obras do coração." E do seu único volume de verso Castro Alves escrevia para nós :        " Auriverde pendão da minha terra,
        que a brisa do Brasil beija e balança,
        estandarte que a luz do sol encerra
        e as promessas divinas da esperança !"















domingo, 3 de setembro de 2017

DAR UM PASSO ATRÁS, FORTALECE

     A indústria sustentável jamais ocorrerá, esse setor da economia depende da mineração! Acredito que com um retrocesso nos hábitos, costumes, quantidade e frequência do consumo da sociedade mundial, poderá ocorrer uma mudança do rumo do quadro insustentável de hoje. Como a espécie humana não pode ter taxa de crescimento negativa na geração da juventude, a sustentabilidade no uso de todos os recursos naturais só será possível, na minha opinião, com o engajamento permanente da sociedade nos órgãos não governamentais na preservação da riqueza natural de cada país. O excesso de capitalização dos caixas dos países ricos é o maior perigo para a segurança dos países pobres, ou daqueles que precisam de investimentos para crescerem, como no caso da Amazônia do Brasil.
     O Brasil está de olho no dinheiro chines e a China está de olho na riqueza natural brasileira. O dinheiro não acaba, apenas muda de mão enquanto a virgindade da terra desaparece para sempre, simplesmente morre diante de nós. Com uma humilde desculpa, mas quem já viveu 80 anos, sabe do que era e do que é.
"Oh! que saudade que eu tenho da aurora da minha vida"
   "Livre filho das montanhas,
    eu ia bem satisfeito,
    de camisa aberto o peito,
    pés descalços, braços nus,
    correndo pelas campinas
    a roda das cachoeiras,
    atrás das asas ligeiras
    das borboletas azuis !"   do poeta brasileiro Casemiro de Abreu em 1859

sábado, 2 de setembro de 2017

O MANEJO CRIMINOSO DA TERRA

     O desenvolvimento alcançado pelos países industrializados, só foi possível pela exploração irracional dos recursos naturais, e tem sido assim como única maneira em toda a história industrial. O setor industrial não tem nem terá outra natureza para retirar o seu alimento, mas ele é e sempre foi e será escasso, apesar de que até agora, a bem da verdade, nenhum Ser Humano vivo se preocupa na prática com isso.
     É um desastre anunciado com uma questão de tempo para acontecer, o mais trágico é a forma como o poder político encara esse assunto. Em meu arquivo tenho uma declaração feito no mês de junho de 1984 pela primeira ministra britânica Margaret Thatcher com uma proposta na qual os países devedores deveriam vender suas riquezas naturais para pagar suas dívidas. Ora! essa irracionalidade desenvolvimentista é a essência que perdura como pensamento protecionista egoísta. Todas as reservas naturais são patrimônios universais. Porque quando acabam...acabam. Apenas no Brasil, naquela época, estavam concentrados 35% das reservas mundiais de madeira tropical, o momento político, econômico e social brasileiro requer atenção público internacional porque a gula internacional fareja as riquezas que o povo brasileiro tem o dever de proteger para nos, a humanidade.  

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

O MUNDO ANDA COM O PETRÓLEO...AINDA.

     No início da década de 70 do século passado, em sala de aula, eu preconizava o futuro dos países árabes produtores de petróleo com um uso imoderado da ênfase, dizia então: Os árabes poderão um dia tomar petróleo de caneca. Não cabia no vaticínio menosprezar a inteligência e muito menos a sabedoria milenar dos árabes, cabia sim um faro da teoria dos ciclos e da incapacidade do Ser Humano de ficar parado.
     Não demorou muito para que os órgãos não governamentais, defensores do meio ambiente, levantassem a questão sobre os danos da energia fóssil, ainda não havia a globalização da internet e a concorrência das fontes limpas de energia. Convém lembrar que os países não produtores naquela década tinham em suas contas de importação um elevado peso de ponderação por esse produto, exigindo enormes volumes de comércio que comprometiam o equilíbrio da balança comercial.
     Era inevitável a partir de então, que o mundo econômico sustentado por políticas que tendiam a acompanhar a opinião pública mundial, partiria para os projetos de inovação tecnológica, quase como impossível é se imaginar a velocidade da mudança da civilização em tão pouco tempo ?! 47 anos !. Só posso acreditar é que o Ser Humano questiona a sua vida hoje, como nunca. Enfim, essa é a esperança pela nossa salvação... o questionamento.
     O petróleo é batizado apropriadamente como "ouro negro" e graças a ele as 3 maiores poupanças do mundo são provenientes exclusivamente do comércio com o petróleo, elas ultrapassam em média a 53% do PIB desses 3 países. A questão para ser resolvida é o que deve ser feito com essa riqueza guardada por poucos em benefício da sociedade mundial.
   

quinta-feira, 31 de agosto de 2017

VIVEMOS POR UMA IDEOLOGIA QUE NÃO EXISTE

     Em 1867 Karl Mark proferiu a sentença de morte ao capitalismo.
     A teoria dos ciclos não permitiu que se concretizasse aquela profecia. O capitalismo nunca esteve tão vivo, por isso inventamos a produtividade que remunera o capital com melhores rendas, enquanto despreza o salário e alarga cada vez mais a distância entre a riqueza e a pobreza. Devemos lembrar que esse sistema avançou sobre todas a fronteiras ideológicas, a ponto de transformar a maior Nação comunista na maior máquina consumidora  de fatores econômicos mundial, ademais, foi capaz de entesourar 4 trilhões de dólares em divisas produzidas exclusivamente pela atividade capitalista.
     A visão capitalista e a socialista sempre estiveram em confronto, o que sempre foi colocado à margem do debate, no entanto, é a figura do empresário; aquele gerador de emprego e renda, uma das  colunas do pensamento econômico. E, quanto a nós, não nos damos conta ou não queremos dar quanto a nossa parcela de culpa na filosofia ou no fundamento de desenvolvimento, seja do ponto de vista capitalista, socialista ou de ambos.
     O ciclo pode avançar numa trajetória logarítmica ou temporal, e as vontades e culturas vão se formando ou transformando-se. Vivemos a cultura da abdicação da poupança pelo consumo irresponsável que endivida o futuro e compromete a prosperidade. Acho mesmo impossível que possamos dar um passo atras sem passar por uma era perigosamente pobre, e aí sim, redirecionarmos nossas vidas de uma forma mais plausível e previsível quanto a segurança de um futuro que venha a valer para todos nós.  

quinta-feira, 17 de agosto de 2017

A DEMOCRACIA CONFIGURADA

     Está acontecendo no Brasil o debate por uma reforma política no Congresso Nacional. Nesse debate percebemos a preocupação dos congressistas em manter de fora a opinião popular, justamente a parte de causa e efeito da existência de uma República, se entre esses congressistas estivesse presente Aristóteles, filósofo grego, nascido em 384 antes da era cristã, estaríamos provavelmente tranquilos sobre a salvaguarda da nossa democracia. Chamaria ele, as hordas políticas de aproveitadores do poder que lhes foram cedidas eventualmente pelo desejo de um povo. Descontentes ainda assim, os políticos se lançam a uma reforma autocrática para mudar a forma da Constituição estabelecida.
      Como o filósofo acreditava em vários tipos de democracia, ficamos a pensar que a nossa tem a presença da existência do poder de um arconte, aquele cargo que perpetua a desigualdade embebecida pelo poder. Aquece, porém, o sentimento da revolução pela liberdade do povo refém. Este sim, não se envolverá em querelas, pois jamais se insurgirá contra si mesmo.

terça-feira, 15 de agosto de 2017

A HISTÓRIA DA LUTA PELO SALÁRIO

    Nas décadas de 20 e 30 do século passado havia melhor compreensão das autoridades pelo equilíbrio da atividade econômica na sustentação do emprego e além disso os processos da produção abriam imenso leque de tarefas para um consumo baseado em bens e serviços de primeira necessidade. Era um contexto que permitia a conquista salarial pelo resultado da valorização individual com a formação do trabalhador  especializado.  A historia mostrou que a figura do especialista perdeu significado e se tornou um alerta para a situação do trabalhador de hoje em dia, ele hoje tem o anonimato daquilo que produz, contrariando o pensamento de Adam Smith de que "todo o produto do trabalho pertence ao trabalhador".
     Isso mudou !
     A população do século XVIII de 1 bilhão de pessoas não consumia com a mesma intensidade e descartabilidade como existe hoje. A diferença histórica, a meu ver, são as dimensões e volumes da produção e do consumo, mas, o mais importante são as formas morais de produção e as características psicológicas do consumo atualmente. O sistema produtivo teve que buscar no desenvolvimento tecnológico a velocidade necessária capaz de atender ao mercado consumidor com mais de 7 bilhões, com efeito, a consequência inevitável recaiu na oferta de emprego, e daqui para a frente o mundo econômico terá que solucionar ou conviver com o estado de desemprego mundial e seus desdobramentos.

sexta-feira, 11 de agosto de 2017

A RECICLAGEM DE UM FUNDAMENTO

     O trabalhador só pode revindicar o resíduo do resultado da produção, segundo o pensamento da Escola Clássica da economia. Se esse resíduo é compartilhado hoje com a mão de obra robótica, poderemos entender que pouco sobrará para remunerar o trabalhador humano, como também não haverá condições para se alcançar o pleno emprego, mesmo que haja uma migração da força de trabalho entre os setores da economia a concorrência da tecnologia cada vez mais afastará a mão de obra humana da atividade produtiva. Resta então saber, como ficará no futuro, não muito longe, a formação da renda de origem salarial, responsável direta pelo nível do consumo e da produção.
     Os socialistas e os capitalistas jamais consideraram que um dia o emprego poderia mudar de mão, que o trabalhador pudesse ser substituído por uma inteligência fria e sem sentimentos, incessante e sem incontestabilidade sobre a sua jornada incontinenti. Mestres como Smith, Ricardo e Mark não saberiam hoje entender o "estado original das coisas" porque, segundo meu pensamento humildoso, o trabalhador não faz mais parte do conjunto fundamental das coisas "petras" do trabalho, da terra e do capital. Os índices de desemprego pelas economias do mundo econômico mantém-se de maneira resistente diante do desinteresse dos políticos de elaborarem políticas de proteção da presença do trabalhador na oferta de emprego, e que a tecnologia seja sua ferramenta e não o inverso.

terça-feira, 8 de agosto de 2017

O DESENVOLVIMENTO SEM A GANÂNCIA

     Existem duas questões no rumo para se chegar ao desenvolvimento global. A mudança do clima e a utilização em grande escala da tecnologia robótica na indústria, são dois fatores que convergem em causa e efeito naturalmente. Mas, o motivo vetor de toda essa história é a necessidade do lucro pelo menor esfôrço. Quando o setor do agronegócio se torna a locomotiva da arrecadação de divisas para um país, as medidas de proteção ambiental passam a serem negociadas pelo entendimento falacioso do custo-benefício, e quando se introduz numa fábrica a máquina inteligente capaz de dispensar a carga de compromissos financeiros de contribuições previdenciárias com a presença de empregados, a produtividade se apresenta como o argumento para rebocar a expectativa de mais lucros e arrecadação de impostos. A sustentabilidade e o desenvolvimento precisarão de novos padrões éticos de produção e consumo para podermos seguir em frente.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

O DESENVOLVIMENTO DEPREDATÓRIO

     Realizei um pequeno projeto de reflorestamento de madeiras nobres em meu sítio em 1985, hoje as árvores daquele projeto estão, poderia dizer, adolescentes, e precisarão pelo menos de mais uns 30 anos para chegarem a um porte adulto. Muito mais longe de qualquer valor econômico é o humilde legado para a Mata Atlântica do Brasil, na qual faço parte como residente.
     Enfim, em nome da prosperidade e do desenvolvimento, chamado também de sustentável, derrubamos árvores bicentenárias, com 2 metros de diâmetro. Somente na Amazônia legal existem algo em torno de 80 bilhões de metros cúbicos de madeira tipo A para serem exploradas, o que representa 30% da madeira tropical existente no mundo. Em 1980 as madeiras retiradas das hidroelétricas inundadas na região amazônica por conta do crescimento energético do país, somaram 90 milhões de metros cúbicos, rendendo naquela época, mais de 40 bilhões de dólares. Para onde foi aquele dinheiro??, como também é assustador imaginar o volume de 1 metro cúbico multiplicado por 90 milhões.
     Existem no Brasil, códigos florestais e programas de regularização ambiental, todavia, em um único município localizado na estrada federal que liga a cidade de Brasília, capital do país, ao estado do Pará a presença das madeireiras dominam esse mercado milionário. Ora, a captura de CO2 da atmosfera é derrubada indiscriminadamente por uma simples conta : Em cada 10 mil metros quadrados de madeira nobre ainda de pé, pagá-se  200 dólares por cada 38 metros cúbicos do tipo A que agrega um acervo de 200 espécies de madeira.
     São informações preocupantes quando a FAO prevê um aumento de 13% na produção de carne nos próximos 10 anos, corre contra o tempo a necessidade de protegermos as fronteiras da agropecuária, sem avançarem nos limites atuais.
   

segunda-feira, 31 de julho de 2017

UM VELHO SONHO DE UM BRASILEIRO VELHO

     Viver pela aspiração de uma democracia é como caminhar por uma estrada desconhecida e sem fim. No Brasil somos verdadeiramente amabilíssimos, somo assim, democratas sem conhecer a verdade da democracia, a história contemporânea da política brasileira tem sido escrita por um Estado e poder que vê a democracia pelo ponto de vista de cima para baixo, vivemos atrelados a um conluio sem ideologia consciente de um propósito político, a não ser o interesse de uma porção de bandos.
     Um regime que se utiliza sem parcimônia do instrumento de decretos e se torna pactário com os poderes constituídos, deixa à deriva a vontade e os direitos do seu povo e não deve e não pode ser chamado democrático. É tão curta a conclusão como é tão grande a importância de que esse estado de governança será resolvido quando um dia tivermos dinheiro suficiente e necessário para mantermos e educarmos nossos jovens. Lá, nesse tempo, afogaremos todos os conluios e a luz da democracia, mesmo em sonho plat

sábado, 29 de julho de 2017

CONTINUAREI BATENDO NA DESIGUALDADE

     A pressão populacional exige que o capital circulante no mundo seja efetivamente colocado nos projetos desenvolvimentista. Em 2015 o valor de 1,76 trilhões de dólares foram destinados basicamente para as economias já bastante capitalizadas, isso demonstra, a meu ver, o desinteresse pelo desenvolvimento global, é necessário frisar que esse dinheiro quando chega aos países não desenvolvidos tem propositadamente um caminho estratégico para os investidores, como energia fóssil, mineração, comércio, energia e indústria. O argumento de que haverá geração de emprego, arrecadação de impostos e aumento da renda per capita, apenas se presta a um projeto externo, por isso entendo ser insuficiente, por não alcançar os propósitos sociais.
     Como prova disso, o Programa das Nações Unidas para o desenvolvimento, registra uma estagnação no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), esse indicador, revela em verdade, a consolidação do fraco desempenho da educação, expectativa de vida ao nascer e a renda per capita nos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. Se compararmos o fluxo financeiro mundial com as rotas comerciais, a compreensão será de duas conjunturas econômicas internacionais : uma gerencia o mercado de capitais internacional, e outra, composta pelas economias emergentes, sempre correndo atrás de um melhor resultado. O curioso, é que a OCDE ( Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ) recomenda que as economias da parte baixa da riqueza mundial possam ajudar no desenvolvimento econômico e social e o bem-estar dos povos ao redor do mundo. Se eu não estiver com uma caduquice aguda, nesse caso, a OCDE está pedindo aos menos pobres para ajudarem os mais pobres.
     E o que farão os mais ricos ?

terça-feira, 25 de julho de 2017

O DESENVOLVIMENTO, COMO É DIFÍCIL.

     A economia brasileira está embargada pela presença do Estado. O Estado é uma figura extremamente perniciosa em toda tentativa de se alcançar o desenvolvimento. Se avaliarmos a teoria do crescimento equilibrado, encontraremos a indicação de um programa de investimentos, por menor que sejam os níveis orçamentários, é nesse ponto que existe o complicador político.
     O que está acontecendo no Brasil, sabemos, não é um caso isolado, países com economias fortalecidas estão transferindo seus déficits em conta corrente para os contribuintes, ou mudando o perfil da dívida, mais o fato contábil não altera a grande verdade do que está ocorrendo no mundo, seja ele democrático ou não, gastam muito mais do que a arrecadação, basta lembrar que os gastos com a indústria bélica mundial é da ordem de 2,7% do PIB mundial. O balanço orçamentário brasileiro apresenta um débito de 139 bilhões de reais e essa dívida também é paga pelo setor privado, isso quer dizer que a poupança das famílias está sendo trocada por títulos da dívida pública, são mais de 70% de todo o valor captado no mercado financeiro brasileiro.
     Para um país em desenvolvimento, onde a economia precisa de recursos externos, a destinação se torna a questão básica, em 2015 o Brasil recebeu 78 bilhões de dólares para o setor produtivo, esse dinheiro, em verdade, constrói um estoque de capital produzido pelo resultado da economia, todavia, não entra como  fator de geração de projetos de base,  a parte dos investimentos públicos são destinados para a infra-estrutura e para o social, lamentavelmente, esse investimento no caso brasileiro está em minguados 2% do PIB no momento que o país atravessa por forte e prolongado processo de paralisação da atividade econômica. É claro que um país com projetos de desenvolvimento precisa de muito mais, e cabe ao Estado realizar também, um austero enxugamento da máquina pública, e não contar com a carga tributária para resolver o problema nacional do equilíbrio orçamentário.
   

domingo, 23 de julho de 2017

A BARREIRA DO DESENVOLVIMENTO

     Ao analisarmos os caminhos escondidos e que fazem parte dos textos acordados nos pactos comerciais, podemos entender então, por princípios, que não existe acordo perfeito e justo, a relação de troca significa uma equivalência relativa de necessidades. Isso nunca existiu. Além disso, só para lembrar, os movimentos sociais entre as décadas de 30 e 40 do século passado, quando o processo da economia se fortalecia com negócios e mercado e abria todas as barreiras internacionais, a polêmica girava em torno do protecionismo.
     O protecionismo faz parte dos interesses que se aproximam, porque eles procuram as mesmas praças seguras dos sistemas políticos convergentes ideologicamente. O capital que rola nessas praças tem a preocupação pela segurança, define o destino dos investimentos estrangeiro direto, como exemplo, em 2014 superaram 300 bilhões de dólares e mais de 50% desse dinheiro foram para as economias das 3 maiores potências econômicas, esses mercados são responsáveis pelo movimento das maiores bolsas de valores no mundo, só as 10 principais negociam 50 trilhões de dólares anuais.
     Por esses aspectos, fica difícil encontrar argumentos capazes de assegurarem que o desenvolvimento para os países que não fazem parte desse "esquema" possa ser alcançado. É uma lei forjada na usura que o dinheiro chama o dinheiro, não se olha para traz nem para os lados, que fiquem a margem do fluxo financeiro que sustenta esse mundo desenvolvido

quarta-feira, 19 de julho de 2017

A RAZÃO MAIOR DA NOSSA INSATISFAÇÃO

     Estou muito velho e cansado para continuar ouvindo falar de esquerda e direita de doutrinas políticas. Que chatice, próprio de sociedades chauvinistas. Somos nós, povo livre do pensamento indutivo alheio. Sobre isso, muito tempo atras, Aristóteles questionava: " Os cidadãos se revoltam pelas constituições que transformam democracias em oligarquias ou estas em repúblicas aristocráticas e reciprocamente".
     Deveria ser assim, quando nascemos a natureza nos acolhe para vivermos tão somente.Porque então já percorremos todas as eras da inteligência humana sem entender nada sobre nós mesmos. Sem esse conflito de identidade, poderíamos não estar tão dominantes quanto ao intelecto, essa dúvida,sobretudo, muito me conforta e me torna existencialista. Prefiro imaginar que seria feliz de outra forma, do que pensar que nunca tive outra forma.
     Somos nós, sociedade livre dos inúteis arcaicos pensamentos de como deveríamos ser, como o conhecimento da igualdade fosse próprio de alguma genialidade. Somos contra aos sistemas políticos, econômicos e financeiros imputados pelos aviltadores e profanadores das nossas boas intenções. Somos livres mas não anárquicos, amantes e irmãos da solidariedade, da coisa boa e da prevalência dos princípios inalienáveis da justiça e da igualdade.
     Foi esse o legado deixado em nós pelo encontro de Hamburgo.

terça-feira, 18 de julho de 2017

O TAMANHO DA NOSSA FAMÍLIA

          As Américas tem 1 bilhão de habitantes, o Brasil e os Estados Unidos somam mais da metade
          A Europa tem 743 milhões de habitantes
          A Ásia tem 4.400 bilhões de habitantes
          A África tem 1.200 bilhões de habitantes
     Geograficamente, esses quatro grupos demográficos são mutuamente dependentes, por isso não entendo como vivemos confrontos de ideias protecionistas. Os continentes mais novos são responsáveis pelo abastecimento de matérias-primas e alimentos, o velho continente junto com os Estados Unidos mantém a evolução e dinamização da tecnologia e a Ásia, afinal, dá os primeiros passos em busca do tempo perdido na escuridão do pensamento isolado e fechado para o crescimento da necessidade de novos conceitos de hábitos de consumo. São os tempos da aproximação rumo ao
 Ocidente.
     A síntese disso passou a ser chamada de globalização. Essa interdependência precisa de que seja alterada toda a filosofia de normas e condutas que até hoje fazem parte das políticas discutidas em todas as organizações de cúpulas entre todas as Nações. Somente com a solidariedade a globalização poderá transformar em todos os níveis da estratificação humana mundial a condição de desigualdade que foi reclamada em Hamburgo.
     Essa nossa família não para de crescer, e, ainda estamos egoístas e presunçosos.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

AS VOZES DE HAMBURGO

     O que as manifestações de Hamburgo queriam dizer ?  Imagino que o mais importante deve ser com quem está o poder do sistema econômico mundial, e, sob o qual a sociedade trabalhadora, produtora de bens e serviços, tem a tutela do seu nível de renda salarial entregue voluntariamente e de forma escravocrata a esse sistema. A produção e o emprego não sobrevivem sem o investimento,  necessário para o  fluxo permanente do capital internacional. Mas, de quem é esse dinheiro ?
     Os déficits nas contas públicas no mundo estão anulando a capacidade da economia na geração de empregos. Só a China tem um negativo contábil na ordem de 11 trilhões de dólares, é um indicador macro econômico da desaceleração da renda pessoal.
     E o dinheiro do petróleo ? Desde a década de 70 era sabido que esse dinheiro triangulava entre os importadores de petróleo a OPEP e o mercado financeiro internacional. Entre os países industrializados, os países das OPEP e os países em desenvolvimento, apenas esses últimos eram os únicos que mantinham os saldos negativos em conta corrente aumentando a cada ano, indicando, é claro, uma dependência do petróleo e do capital externo.
     Esse é o pequeno detalhe da questão de Hamburgo. Se aquela triangulação se fortaleceu durante as décadas seguintes, assim como antes, os países integrantes da OPEP são credores do sistema financeiro internacional, e todo tomador de capital externo é devedor do mercado financeiro internacional, e, finalmente, significa que o poder sempre esteve com os donos dos petrodolares. Não tem grande importância, no meu ver, a perda da cotação do barril porque a capitalização de meio século permite a esse cartel ainda ficar sentado na cabeceira da mesa do poder do sistema econômico mundial.
     Não vejo assim que o desenvolvimento chegue aos países que dependem desse sistema.

sábado, 15 de julho de 2017

O GRITO E A MANIFESTAÇÃO É O EQUILÍBRIO

     As manifestações invocam os pensamentos e os desejos diferentes contra a realidade. Afinal, em algum momento nós nos sentimos felizes no mundo em que vivemos ? A nossa vida e a realidade mantém um eterno conflito pela disputa da satisfação ideal de nossas necessidades. O que assistimos atualmente não faz parte do conflito social e humano que tanto preocupam o mundo. As correntes que dominam o pensamento político tem marcantes traços de hipocrisia econômica, é visível o desprezo pelos acordos econômicos, os encontros dos líderes entre os países que representam a locomotiva da economia mundial não tem mais as agendas cruciais sobre as questões que retardam o desenvolvimento e o comércio de mercadorias, muito menos, o sistema tarifário  solidário na troca de bens e serviços de diferentes valores agregados.
     Portanto, esse momento, acredito, deverá ser marcado por políticas de isolacionismo, e de um protecionismo, que em verdade, projetam um quadro perigoso de descrença e esgotamento da importância dos acordos comerciais multilaterais, porque esses acordos exigem restrições legais dentro de cada país participante, como verdadeiras camisas de força. Nesse caso, as economias que tiverem suas commodities mais ordenadas, passarão a ocupar um papel de maior visibilidade mundial. Enquanto isso, as questões sociais, humanas e ambientais, como sempre, ficam para depois.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

SERÁ QUE "PENSO LOGO EXISTO" ?

     A tautologia é própria da idade avançada. Quem vive vida longa, já viveu as verdades e as mentiras, as épocas de paz e épocas das tentativas de pazear o mundo, mas o que o que ainda está porvir ?. Serão tantas, e tantas vezes repetidas como tem sido as repetições da História. Todavia, e principalmente entretanto, uma nova página deverá ser acrescentada nessa narrativa : a batalha pela sobrevivência da inteligência humana. Não mais importa quando teve início a transferência para a máquina esse Dom da vida, importa sim quando não mais seremos sequer um prefixo grego ou latino que significam meio ou quase metade de alguma coisa... Hemi, Semi, o primeiro possui apenas um hemisfério e o segundo é semi-ânimo... ou meio morto!
     Preparem-se gerações futuras !
     Os arqueólogos virtuais provavelmente encontrarão enterrados os originais de nossos artesãos, então primitivistas do trabalho da mão humana. Por isso ainda saboreio o que escrevo nos meus rascunhos em folhas de papel, e, se daqui a 100 anos alguém for capaz de escrever no papel à mão livre o seu pensamento e o que habita em sua alma, poderá ser digitalizado como um gênio, um Deus ou um louco.
     A escolha é ainda de cada um, hoje.

segunda-feira, 3 de julho de 2017

ATÉ ONDE CHEGAMOS ?

     O mundo tem hoje uma população de desamparados próximo da metade do todo. é uma sociedade de penuriosos, levas de refugiados, desempregados, encarcerados e apátridas eternos.
     Se isso não for uma verdade que habita dentro de uma velha realidade, qual será a razão para negarmos o atual estágio de desenvolvimento humano a que chegamos ? As razões são antigas, muito mais antigas do que o pensamento contemporâneo da humanidade. Compreenderemos melhor se identificarmos qual é a argola em cadeia, o elo que liga todo o transcurso das eras da vida humana inteligente. Acredito ser a imaginação. Ela é a oficina da alma, lugar e fonte de toda a construção da Ciência e do cientista. Sobre o restante, nada mais mudou no Homem, alimento esse pensamento em dizer que a diferença entre o cientista e o indivíduo é a própria narrativa da nossa história. São Thomas de Aquino entendia que a geração humana era uma forma de proteção da espécie e não do indivíduo, no alinhamento desse pensamento Santo Agostinho dizia que o amor do homem pela coisa pública aumentaria na medida da renúncia ao interesse particular e o filósofo Campanella não entendia porque em eleições de magistrados os cientistas não eram lembrados; esses, segundo o filósofo eram iluminados por uma entidade denominada Hoh, senhor da metafísica, acima do pensamento temporal e espiritual, mais esses não tinham magistratura.
     Isso é o Homem, usa a evolução do pensamento científico para continuar o mesmo. Inteligente, mais acima de tudo, não passa de um reles indivíduo. A sorte do Homem está dentro do seu conflito.