sábado, 9 de setembro de 2017

O SALÁRIO DO ROBOT É ZERO

     É uma questão de tempo; se não mudar a mentalidade da economia da produção o emprego humano e o salário se extinguirão ou serão atividades isoladas sem nenhuma referência estatística. Nunca fiz esse assunto mera retórica, pois a literatura a respeito vem de muito tempo atrás, a diferença é que agora o envolvimento da tecnologia é extremamente avançada e de forma definitiva. Os efeitos sobre o salário são de grande importância estrutural, mas preocupa de maneira maior, por que as taxas de inflação mundial mantem-se em níveis baixos,  quase deflacionárias, abaixo das metas, depois da recessão de 2008?
     Que fenômeno é esse que mantém os salários sustentados em baixos níveis, apesar dos sinais da recuperação economia mundial, pela teoria clássica, estariam subindo ? Como é possível as taxas de juros reduzidas não serem capazes de promoverem os investimentos, a não ser para os ricos que aproveitam os negócios em ativos. É um padrão novo da atividade econômica, que marginaliza também os sindicatos porque o sistema se capitaliza sem transferências para os investimentos e para o consumo.
     Por mais que as opiniões respeitosas defendam a automação, esse fenômeno que nasceu após a segunda guerra mundial é hoje uma realidade de difícil solução;  ela reduz os salários mesmo com a constatação de períodos de aceleração da produção. O fato é que não podemos mais ignorar a presença do contingente robótico, que entre outras coisas, não recolhe para a previdência, aliás ainda não sabemos o que será o sistema de previdência com essa competição contra o trabalho e salário no futuro.

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