sábado, 23 de setembro de 2017

A INCERTEZA ANTIGA QUE NÃO ACABA

     Por ser o fundamento econômico de maior expressão da paz social, a própria história passada desde longe dá ao emprego e à sua riqueza intrínseca motivo inesgotável para se manter vivo, pelo menos, um debate que possa levantar cada vez mais as preocupações em defesa da geração sagrada do emprego.
     O estágio de pleno emprego passou a ser uma miragem desenhada, a meu ver, pela super produção descartável e pelo desperdício do dinheiro público. Como as commodities e os governos não conseguem administrar seus limites, transferem para o mercado financeiro, já inflacionado por uma ciranda de recursos e ativos, um endividamento de perfil de insegurança futura. Por outro lado, o efeito da renda dessa ciranda desestimula investimentos no sistema produtivo. Prefiro acrescentar ainda mais, uma uma velha preocupação de que esse tipo de renda seja um vírus que contamina o sistema econômico e fabrica um sentimento geral de desconfiança.
     A literatura da economia aborda o fantasma do desemprego generalizado que sopra até hoje a economia mundial, desde o século XVII tanto a renda como o nível geral de emprego tem sido a principal fonte das incertezas. Se Ricardo vinculava a renda à exploração da terra, Adam Smith já fazia uma menção diferente ao dizer que " algumas pessoas amam colher onde jamais semearam. "
     Portanto, se aceitarmos que a geração da renda pode ocorrer sem a geração de emprego, podemos também aceitar que não existe a improbabilidade de desemprego geral. Basta observamos os gráficos dos principais indicadores econômicos dos últimos 20 anos para tirarmos as conclusões.

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