segunda-feira, 28 de outubro de 2019

ENQUANTO A CARRUAGEM PASSA

     O domínio e o poder mudam de " mão em mão " e em seus objetivos não faz parte o povo, como não faz parte na disputa pela conquista do dinheiro, da matéria prima, dos recursos naturais e principalmente da lei. O sentimento e o pensamento que os impele é a ganância farta e disposta, habitando no meio da soberania. É o prêmio natural de quem é herdeiro dos grandes impérios, senhores donos do dinheiro do mundo.
     Esses senhores não interferem nos meios circulantes da moeda, preferem a articulação das tendências dos mercados e eles são os mesmos que em nome dos direitos, dos princípios e conceitos de democracia, redigem as leis e formalizam a política para o povo respeitar. Portanto, nesse velho juízo repousa a afirmação de que ainda está na mão da família a chave mestra do mundo. sobrepondo aos gestores públicos e seus alquimistas do dinheiro que embalam a história de acabar com a miséria humana.
     A chave que desconecta a ordem do sistema parece estar girando. 

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

A EXTINÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO

     Os economistas e mestres estudiosos das antigas doutrinas e os analistas modernos trocam desencontradas opiniões sobre o futuro do emprego. Sabemos que toda inovação  no sistema econômico, exige a readaptação da mão de obra e ela traz consigo a diminuição da força do trabalho humano, redução de encargos e salários.
     Não é de hoje que alguns sinais começaram a afetar diretamente a vida das famílias. Alguém duvida que a estabilidade do emprego é coisa do passado ? e que a velocidade da inovação tecnológica, assim como na primeira revolução industrial, é o fantasma de quem ainda está empregado?
     Ao se verificar que a taxa média do crescimento líquido da população mundial, em torno de l,5% nos últimos 25 anos é acompanhada por níveis reduzidos do PIB médio mundial, o espaço de formação de poupança familiar é pressionado e ainda assim é obrigada a transferir para os governos através de impostos a sua segurança sem receber a reciprocidade social.
     Muito embora, todos esses aspectos possam ser rebatidos, acredito todavia que eles sejam a consolidação de todos os motivos que estão se espalhando pelas manifestações nas  ruas das cidades.

quarta-feira, 23 de outubro de 2019

O MUNDO EM PASSO DE ESPERA

     Com a desaceleração latente da economia mundial rondando os mercados de fatores é normal que o sistema entre em passo de espera. A impressão geral é de um processo crônico de insegurança nos investimentos. Os resultados negativos  nos preços das commodities e a resistência na composição de melhores níveis de abertura na bolsa de empregos, fazem parte fundamental, a meu ver,  do leque de fatores que sustentam a apatia no comportamento da economia mundial.
     Ainda assim, existem os países que protagonizam o fator da importância do mercado que movimenta as commodities do agronegócio. Eles estão fora necessariamente da crise psicológica das  incertezas, devido a natureza social da produção transportada.
     Seria essa a nova ordem econômica prevista para o mundo sustentável ?
      Os investimentos oriundos das poupanças seriam priorizados para a sobrevivência humana, contra a redução provocada pela inflexão dos hábitos e costumes de consumo da sociedade internacional. Podemos prever uma guerra de interesses patrimoniais, sobretudo em relação à dimensão instalada da indústria por todo o mundo.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

O ESTADO ESTÁ PERDENDO O PODER

     O Estado recua diante do limite imposto pela razão do cidadão no palco do mundo. Os novos sinais estão surgindo trazidos pelos cidadãos virtuosos e que seguem a virtude como guia para divergirem do Estado e impedirem dessa forma a tirania.
     Aristóteles acreditava que só haveria um Estado feliz quando todos os seus cidadãos tivessem a consciência plena da felicidade. Todavia, esse pensamento filosófico não representa nada além de uma visão imaginável de um horizonte de mais de dois mil anos atrás
     Como o Estado sempre viveu de tributos, convém mencionar que atualmente somente entre as 15 principais economias, excetuando os Estados Unidos, Japão e Coréia do Sul, tem uma carga tributária que ultrapassa em média os 40% e que a grande maioria dessa sociedade não recebe o retorno suficiente e compensatório. As contas públicas são deficitárias com o peso da má gestão de gastos  significativos no orçamento, sem condições portanto, de formação de poupança. Esse quadro, é bom que se diga, diz respeito  às economias mais desenvolvidas e o pior é o resultado social quando o índice de Gini revela que a riqueza produzida no mundo dos ricos está longe do alcance de todos os cidadãos.
     Os sinais de descontentamento humano se espalham e contaminam primeiro os menos favorecidos, mais ninguém ficará imune.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

A MADEIRA SERRADA VALE OURO

     Em setembro de 1980 chegava ao Brasil uma delegação de mais de 20 empresários europeus, chefiada pela associação dos Madeireiros da Suécia para junto com o IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal) extrair 5,6 milhões de metros cúbicos de madeira de primeira qualidade. Naquela época os seis projetos hidroelétricos projetavam um ganho de 30 milhões de dólares em 90 milhões de metros cúbicos de madeira tipo A.
     Em 2018 somente dois Estados Brasileiros do norte, faturaram mais de 200 milhões de dólares com a exportação aproximada de 3 milhões de metros cúbicos de madeira nativa. A diferença no tempo está na valorização extraordinária dessa mercadoria, alimentada por uma lei de sustentabilidade que apenas favorece aos quase 800 membros de associações de madeireiros da região citada.
     Os importadores são os mesmos que se manifestam contra o desmatamento brasileiro. A Ásia, os Estados Unidos e a União Europeia são os maiores fregueses, além do sul e sudeste brasileiro, ávidos pela madeira tipo A brasileira. Ignoram ou não se interessam em conhecer o fato fundamental de que o manejo de 25 anos para o rodágio do corte de madeira de lei representa a condenação da floresta, ( o reflorestamento de madeira tipo A, em meu pequeno sítio realizado há mais de 30 anos, ainda está na juventude ).
    " Esse é um Negócio da China", talvez por isso ela seja o maior importador.
     

sexta-feira, 11 de outubro de 2019

O PROTOCOLO DO SUBDESENVOLVIMENTO

     De tempos em tempos o mundo mergulha em águas turvas, contaminadas pela incerteza encontrada no caminho até então percorrido. Esse caminho tem sido marcado por conflitos que sempre deixaram um rastro de destruição sobre tudo aquilo que o pensamento de solidariedade projetava para o desenvolvimento geral.
     As crises econômicas e as perturbações de caráter político-ideológico concretaram o âmago da insegurança que até os dias de hoje marca o balizamento  pessimista de todos os fundamentos, sejam eles liberais no sentido da maior participação do setor privado e totalmente aberto às leis de mercado, ou sem assemelhar, os sociais conservadores com suas amarras de planejamento centralizado.
     Entre as correntes de pensamentos, estão a crescente riqueza das nações e o contraponto do subdesenvolvimento e a fome que até a virada do século representava três quartos da população mundial. As alternâncias das ideologias adotadas na condução dos agentes econômicos, a meu ver, sempre encontraram um poder intransponível na concentração da riqueza nas mãos de poucas pessoas.
   








segunda-feira, 7 de outubro de 2019

O IMPERIALISMO ECONÔMICO EUROPEU

     O século XIX pode ser considerado como o período da repartição da África em colonias europeias, são ainda hoje, mais de 50% de países africanos falando linguás da Europa.
     Somente a partir do final da segunda guerra mundial é que : com o surgimento do nacionalismo africano, a exploração das riquezas pelas metrópoles cedeu ao processo político nacional, notadamente na África Central, aonde se localizava os maiores depósitos de riquezas minerais.
     A Europa então, como o continente mais desenvolvido se apoderava livremente de qualquer região. O colonialismo francês e inglês, por exemplo, se deslocou para o Oriente, avançou seu horizonte até o Extremo Oriente, chegando à Península Indochinesa e à Birmânia respectivamente.
     Devemos entender portanto que em todo o desenrolar da história moderna, a exploração econômica pelas nações colonialistas não foi mais consentida, e o domínio a partir do nascimento do sentimento nacionalista e protecionista, não teve mais sentido, na medida em que a modernização dos sistemas de comunicação se globalizavam, alcançando em tempo real todos os recantos do mundo.
     É como se a história da humanidade estivesse começando de novo, trazendo em sua escrita os verdadeiros fundamentos de justiça e liberdade.

sexta-feira, 4 de outubro de 2019

A EUROPA SEM FUTURO

     Como podemos pensar de outra forma que não seja de um continente ultrapassado. É dependente da energia importada do leste e o seu poderio industrial está nas multinacionais instaladas no exterior. Alguns dos setores industriais, responsáveis por uma grande massa salarial, estão sob forte questionamento ambiental, as produções  automotivas e aeronáuticas são as principais. As produções do setor químico que atendem toda a agropecuária no mundo inteiro, começam a ceder seus capitais para as grandes empresas chinesas e americanas, perdendo a participação na receita do produto exportado.
     A dívida pública consolidada dos grandes líderes da União Europeia funciona como em amortecedor nos investimentos, e isso projeta politicamente um enfraquecimento para a estabilidade política que se arrasta desde a crise grega. Se acrescentarmos às questões sociais e seus efeitos sobre a economia o êxodo incontrolável dos foragidos e refugiados, que se acotovelam sob as vistas dos governos, essa situação da Europa poderá ser explicada pela fuga da Inglaterra, como aquela primeira pérola a escapar do cordão.