sábado, 29 de dezembro de 2018

DESCARTES ESTÁ ANDANDO PELA CHAMPS-ELYSÉES

     Mais uma vez o inconformismo desperta, o iluminismo agora não é por novas ideias ou por novos elementos, é pelo direito de lutar pelo direito. O que está em jogo é a sobrevivência da inteligência do grupo social que não consegue avançar. Mais uma vez a burguesia viu a Razão se dispersar no tempo e se misturar com os movimentos ideológicos dos Estados Modernos.
     Do século XVII até hoje a Razão que habitava em pouco mais de 1 bilhão de pessoas, habita atualmente mais de 7 bilhões de mentes humanas mutantes, acompanhando a transformação da Natureza. Consideremos de acordo, que por dependermos do nosso grupo social, torná-se difícil a nossa sobrevivência, o que é absurdamente contraditório, mas é a áurea verdade.
     Afinal, se temos a sensação que a sociedade moderna vive por um fio, é porque talvez, faltá-nos alguns iluministas. É possível que estejam escondidos e encarnados nos coletes amarelos parisienses. O sonho é que se espalhem pelo mundo, despertando os fundamentos da burguesia em busca de mudanças a favor da prosperidade social, lutando por igualdade de opinião junto às velhas instituições, opondo-se às autoridades levianas e ao poder do Estado conveniente.
     Vida longa à Revolução da Razão !

quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

OS GOLIAS ECONÔMICOS CORREM PERIGO

     Alguns analistas estão considerando uma possível escalada na disputa comercial entre os Estados Unidos e a China, ao ponto de se prever um conflito militar. Como imaginarmos tamanho despropósito no mundo de hoje. Por acaso esses dois gigantes acreditam tanto no poderio econômico frente ao que existe consolidado pela globalização ? Os mercados das commodities sustentam todas as indústrias mundiais, e nas atuais condições oferecidas pelos acordos multilaterais, não vejo como tocar uma indústria sem o suporte das commodities,  mesmo que ela seja a mais poderosa.
     Simples assim !
     Que esses líderes saibam antes de qualquer aventura isolada, avaliarem o papel relativo perante à estrutura econômica instalada pela globalização, pois já assistimos a quebra em um de seus segmentos e o abalo foi geral.
     É importante que não se pague para ver.
   
   

terça-feira, 25 de dezembro de 2018

A POBREZA E O PENSAMENTO DO ESTADO

     A extrema pobreza de 800 milhões de pessoas indica uma catástrofe politicamente ignorada. A necessidade de se descobrir a natureza e as causas, mantém por conta disso, um debate que atravessa a contemporaneidade da ciência econômica quanto  a aplicação do pensamento liberal como base do processo econômico a ser conduzido pelos agentes de mercado ou pelo Estado.
     O intervencionismo é a própria presença do poder público e tende sempre para o absolutismo. Se compararmos o mundo de hoje com o início do século XX, a organização política regida pelo Estado permanece a mesma. A diferença, no meu modo de ver, é que as divisões ideológicas ficaram no passado nas leituras clássicas e o mundo passou a ter uma clara convergência política intervencionista do poder público no processo econômico e social.
     É uma configuração muito estranha a organização do mundo moderno da política, como não existe mais a luta ideológica, os regimes políticos fechados se tornaram mais liberais, enquanto as democracias ficaram reféns do intervencionismo no processo econômico. É a conjunção ideal do poder político com os agentes econômicos que permitiu, em última análise, que houvesse o crescimento da pobreza mundial.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

TODO PODER EMANA DO POVO ?

     Não acredito.
     Na Odisseia, Homero já dizia que " o senhor absoluto a todos, prescreve todas as leis ", ele se referia evidentemente, as hordas submissas. Os senhores nascem entre as gerações e formam famílias em grupos que representam a hegemonia burguesa, era assim mesmo que Aristóteles denominava o nascimento do poder, como gerações do mesmo leite genético, ou " homogalactiens ".
     Por mais que isso possa representar uma digressão, o mundo moderno define governo e povo como sendo a mesma coisa, se essa mera ilusão for verdade, quando estamos contra o governo, estamos então contra nós. Ser oposição é apenas uma mistura dogmática de poder e a ideia de como o sentimento contrário sempre estará dentro de nós, o povo. Somos ainda, segundo a escrita dos homens, a fonte de todo o poder, porém, longe e destituído da equidade política.
     Dizia-se na antiguidade que alguns deuses se submetiam ao rei. Isso é o nosso fim ! acreditando afinal que a humanidade está abaixo dos deuses, se não for assim, teremos que nos propor e organizarmos ainda que em pequenos burgos para se obter uma vida mais feliz. Não importará quem irá carregar o círio da liberdade na frente dos dominados ou por cima dos dominadores, porque a vida tem que seguir o seu rumo.

domingo, 16 de dezembro de 2018

O EXEMPLO BRASILEIRO DA INSEGURANÇA MUNDIAL

     Nesse momento para que servem os 370 bilhões de dólares guardados nos cofres das divisas cambiais do Brasil, o lucro obtido com a valorização do dólar frente ao real brasileiro tem sido compensado com o pagamento de juros internos da dívida pública. Todo o esfôrço das exportações dos países emergentes que dependem de suas commodities está atracado por uma âncora cambial que não permite a perda de receitas, mas impede também a solução fiscal do país.
     A causa está nos efeitos prolongados entre as recessões e tem como purulência a desastrosa desaceleração do ânimo dos agentes econômicos, eles perdem a força de reconstruir e dessa forma, e por isso, o mundo passou a andar de lado, o sistema econômico internacional tem receio do futuro e do efeito em cadeia. Daí, o sistema político entra em defensiva, arrastando para o mar das incertezas o vetor da renda gerada pela produção e pelo emprego.
   

sábado, 15 de dezembro de 2018

A ERA DOS DESAMPARADOS

     O mundo tem hoje uma população de desamparados próximo da metade do todo. É uma sociedade de penuriosos, desempregados, encarcerados, levas de refugiados e apátridas eternos. Se isso não for uma verdade que habita dentro de uma velha realidade, qual será a razão para acreditarmos e assim negarmos o atual estágio de desenvolvimento humano a que chegamos ?
     As razões são mais antigas do que o pensamento contemporâneo da humanidade, compreenderemos melhor se identificarmos qual é a argola em cadeia, o elo que liga todo o transcurso das eras da vida. Quem já avançou a idade ao ponto de acha-la longa, por certo já viveu tantas verdades e tantas mentiras que as épocas de paz e as tentativas de pazear o mundo se misturam com aquelas,e, serão tantas !
     Nunca estivemos tão inseguros.Nesse momento, acredito, deverá ser marcado por políticas de isolacionismo, um quadro perigoso de descrença e esgotamento da importância dos acordos internacionais, enquanto isso, as questões sociais, humanas e ambientais, como sempre, ficarão para depois.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

A POBREZA POR JOÃO XXIII , O BONDOSO

     Em 1961 ele publicou a Encíclica "Mater et Magistra", nela ele questionava os princípios da doutrina econômica e social quanto aos seus resultados práticos que continuam vigorando e obtiveram em verdade, um aumento das diferenças, sobre as quais podemos abordar os aspectos que, no meu entendimento, dominam os debates evasivos do desenvolvimento.
     Acredito que a presença do Estado quando deixa de formular um plano diretor de longo prazo para o desenvolvimento, seja o centro de todos os problemas. A situação é ainda mais grave quando avaliamos no mundo o orçamento da ONU destinado à combater a pobreza : é menor que 3 bilhões de dólares para uma renda mundial estimada ao redor de 100 trilhões de dólares.
     João XXIII se preocupava com o princípio econômico formado por um minarete, cujas pontas são o trabalho, o salário e a família, da grandeza dessa carta, vem para a superfície o verdadeiro perigo do subdesenvolvimento, isto é, a riqueza está presente no mundo rico, o que falta é levar isso às pessoas necessitadas, garantir a prosperidade do futuro das crianças e finalmente a ONU cumprir o verdadeiro objetivo da paz.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

A AMAZÔNIA E A NOSSA HIPOCRISIA

     Como podemos acreditar em uma indústria madeireira sustentável e extrativa de madeira certificada, quantas centenas de anos serão necessárias para a recuperação das matas virgens. São enormes investimentos em bens de capital introduzidos na selva, com alta tecnologia, para que a madeira seja transportada serrada e não mais em toras. É um negócio de altíssima rentabilidade, quando é vendido o metro cúbico de madeira tipo A, madeira que não tem dono, mais ela é nossa ! 
     Pertence ao povo brasileiro que cede ao mundo seus benefícios. Contudo ela é cortada de graça para chegar na Europa ou nos Estados Unidos a um preço de mercado acima de 15 mil dólares o metro cúbico.
    À quem interessa isso ?
     Dentro da Amazônia de seus 25 milhões de habitantes, 62% são urbanos, logo o restante depende dela para sobreviver; seja pelo extrativismo mantido por pequenas associações, ou então através dos mil e duzentos garimpos de ouro clandestinos ou dos empregos oferecidos pelas mineradoras estrangeiras.
     A Amazônia é isso !
     A comédia e a tragédia da antiga arte grega. Sorrimos e choramos por ela, e, em cada pedaço da sua madeira que está por todos os nossos lados, está a sua história. Vida ou morte.
     Depende de nós. 

domingo, 9 de dezembro de 2018

O CENTRO DO MUNDO É PARIS

     Brigar por que o custo de vida pressiona a capacidade da renda individual é sinalizar para a outra ponta que não dá mais para bancar esse mundo corporativo dos grandes negócios. A Rússia, a Arábia Saudita, os Estados Unidos e o Irã, dizem que não suportam o duro golpe do preço do barril de petróleo, alegam a preocupação com a desaceleração da economia mundial sobre a demanda do seu principal produto.
     Esquecem que o petróleo é o personagem herói apenas para eles, principalmente quando manipulam o cartel, a oferta despenca e a cotação dispara. A imagem de vilão não é a emissão do CO2 na atmosfera, o vilão é sorrateiro e anda nas sombras, vive às custas da especulação cambial, aproveitando os rendimentos diários por conta das oscilações dos mercados de capitais.
     É aí aonde começa o custo de vida, o lugar da fonte de capitais para os investimentos sociais. São os financiamentos bancários que o sistema produtivo da economia vai buscar, depende deles, são eles, afinal, que alimentam a máquina da produção, dominam o capital, dominam a geração de emprego e da renda pessoal e permitem que de vez em quando possamos vestir um colete amarelo e protestar no Arco do Triunfo deles.

sábado, 8 de dezembro de 2018

A BASTILHA AINDA NÃO FOI DERRUBADA

     Muito embora haja corrente que defende a administração pública dos programas sociais sem governo, existe e sempre existiu a ideologia antiga de que somente o Estado é capaz de prover os serviços essenciais e que ele pode fazer a distribuição de renda e acabar com as desigualdades.
     O mundo movimenta uma renda total em torno de 90 trilhões de dólares, contudo, ao que parece, é insuficiente para atender os verdadeiros anseios sociais, isso porque, ao se retirarem em impostos do contribuinte, somente nos países ricos, de 25 a 50% da renda pessoal, evidentemente, os governos não conseguem mais, nessas condições, superarem as insatisfações das classes trabalhadoras assalariadas.
     Os coletes amarelos estão espalhados pelo mundo. O fenômeno da globalização transferiu para a sociedade o ônus das dívidas públicas sem controle e a incapacidade do resgate dos títulos públicos com credores internacionais, a manutenção das despesas militares e a perda definitiva da mão de obra tradicional do sistema produtivo.
     Agregar valor pela maior produtividade e aumentar a oferta, não significa mais aumentar receita quando o consumo não funciona com desemprego e baixa remuneração. Por enquanto, essa insatisfação domina o campo ocidental, falta entrar nessa questão a Ásia.
       

sábado, 1 de dezembro de 2018

G-20, A GLOBALIZAÇÃO QUE PAGAMOS

     Quando vamos ao supermercado comprar um produto importado, por conta da abertura comercial globalizada, em verdade, estamos sustentando a economia mundial, transferindo renda, mas que deixa de remunerar a atividade fim para beneficiar substancialmente a atividade meio.
     O comércio globalizado está, a meu ver, empobrecendo a economia produtiva, porque o valor real de um bem pago pelo consumidor final não existe mais, aquilo que sempre nos referimos da economia clássica como o valor agregado do produto ao " sair do chão da fábrica ".
     As principais despesas diretas sobre um produto importado podem ser descritas em : financiamento bancário para o exportador e para o importador, quase sempre pelo mesmo banco na origem e no destino, seguro e resseguro , impostos nas duas pontas, taxas alfandegárias, cabotagem ou atracamento, manutenção sanitária de conservação do embarcado, frete internacional, frete de embarque e desembarque, comissões de distribuidores, serviços cambiais, comunicações, negociações de mercados atacadistas internacionais e domésticos.
     Quem sustenta isso ? Quem sustenta o lucro disso ?
     Somos nós ! Perdidos consumidores por esse mundo afora, achando que o nosso parco salário não é capaz de alimentar um sistema tão grande e poderoso, que ao contrário de distribuir essa nossa renda, concentra dentro dessa máquina chamada de globalização administrada por alguns.
   

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

O MATERIALISMO VENCEU !

     Pelo labor que construiu a história da humanidade, devemos insistir na procura da justiça do trabalho representado pelo salário e pela natureza da mão de obra humana que tem seu vínculo com a sua sobrevivência. É claro que essa medida jamais foi respeitada pela relação entre o capital e a renda, apesar disso, a economia adquiriu a forma globalizada e se revestiu totalmente com a tecnologia para mudar os conceitos considerados clássicos.
     Se a organização da economia dividiu todas as atividades e os salários, como poderemos introduzir o pensamento evolutivo nesse sentido quando existe uma clara tendência da desvalorização da atividade humana na economia.
     David Ricardo ou Mark seriam, se vale a minha comparação, os criadores destruídos pela própria criação. Porque o salário perdeu a mais valia e o seu produto não representa mais o valor da mão de quem forneceu o trabalho, o trabalhador. E a ideia de que a evolução do materialismo seria responsável pelas transformações de ordem ideológica, estava certa. Transformou !
      O capitalismo e o socialismo vivem de braços dados, contra o salário.   

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

AUSTERIDADE ? PARA OS OUTROS .

     Por qual razão quase sempre questionamos a administração pública, quando verdadeiramente, ela nada mais é do que a forma ampla da nossa administração pessoal. A única cruel diferença é que existe uma única fonte de renda : a nossa.
     Ao compararmos os significados das dívidas públicas brasileira e americana ; para a quitação da dívida brasileira, cada brasileiro é responsável por 18 mil reais e cada americano por 64 mil dólares da dívida do seu país. A China tem uma dívida pública que compromete mais de 100% o PIB. Se houver superavit no orçamento público, isso quer dizer que as autoridades souberam usar o nosso dinheiro. Caso contrário, seremos nós os fiadores de todos os títulos públicos emitidos no mercado de capitais, esses títulos quando são rolados para a frente, comprometem o futuro da sociedade.
     Pelo que parece. a austeridade é sempre em cima dos ombros do contribuinte e os governos sustentam suas inseguranças contando com a seriedade do povo em gerir a renda do seu salário.

domingo, 25 de novembro de 2018

ADMITIR ERROS ? NEM PENSAR !

     Enquanto vivemos com a noção de superioridade ideológica, qualquer que seja ela, o mundo e a nossa espécie continua e continuará cientificamente avançando para frente, e para trás no pensamento político.
     Quando somos capazes de afirmar que o progresso tecnológico só foi alavancado com a colaboração das grandes guerras mundiais, confirmamos com isso do quanto somos imbecis !
     Desprezamos a solidariedade porque temos medo de perdemos o nosso espaço, e, se questionamos os problemas que nos afeta, a todos; não sabemos admitir que erramos. Que os atos e fatos da História fomos nós os protagonistas, reais.
     Então.
     Qual a ideologia que somou a população da América Latina, a América do Norte e a União Européia, 3 continentes, em um só país : a China. Ao se levantar esse fato, estamos também dizendo que esse potencial de consumo real é será alimentado por toda a estrutura instalada pelo capitalismo ao redor do mundo inteiro. É bom que se diga : não podemos mais projetar qualquer restrição do efeito contrário, sabemos que as duas maiores potências industriais do mundo lançam com sobras mais de 40% de CO2 na atmosfera, até agora. E essas potências ainda disputam por hegemonia ?
     Admitir os erros da democracia capitalista ou do socialismo comunista, ou de ambos ; seria o sentido mais justo para se servir da plena liberdade de escolha sem ferir alguém. Somente pela compreensão de que ela é harmônica dentro de
 nós e poderemos um dia sermos felizes. Essa é a ideologia que imagino. 

sábado, 17 de novembro de 2018

O ESTADO É O ENTRAVE DO DESENVOLVIMENTO

     A obra do Eurotúnel ligando a Inglaterra à França foi financiada pelo dinheiro privado, algo em torno de 50 bilhões de reais, durou 7 anos e teve um atraso de um ano. Um projeto envolvendo duas grandes nações de línguas e moedas diferentes, e principalmente, estruturas políticas de governo com características próprias. O orçamento estourou devido as dificuldades e acidentes por ser uma obra abaixo 100 metros do solo submarino em condições insalubres para os 8 mil operários.
     A ferrovia brasileira Transnordestina de mil e oitocentos quilômetros, uma obra na superfície, tem até agora um pouco mais de 50% concluída. Sua inauguração estava prevista para 2010 e os entraves da administração pública prevem sua conclusão em 2027, projetando um custo final hoje de 13 bilhões de reais. Essa obra pública no Brasil já envolveu duas empresas, um banco e vários fundos e uma concessionária, todas estatais. Tem o controle do Tribunal de Contas, uma Agência de Transporte terrestre, um grupo interministerial e uma comissão especial da Câmara de Deputados, tudo sob o controle estatal.
     Lamentavelmente, sua conclusão ainda depende de capital externo, como está previsto e com a sua natural reciprocidade na exploração da ferrovia quando estiver pronta.
     É isso aí. 

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

O ECONOMISTA DA IDADE MÉDIA

     Se até hoje não conseguimos ultrapassar o terreno dos conflitos de interesses econômicos e as políticas institucionais protecionistas, como podemos imaginar então que alguém na Idade Média, preocupado com o pensamento de justiça e de igualdade, pudesse levantar as bases da discussão sobre a usura dos juros, do valor dos salários e a atenção do quanto de dignidade esses temas deveriam ser tratados.
     Foi o Santo Tomás de Aquino, quando ainda estava em formação o Estado e o capitalismo, defendia o valor da  unidade social e a importância das relações corporativistas, conhecidas como as guildas. Quanto ao comércio e as relações de trocas a sua ótica observava a ponderação dos valores dentro das importâncias e necessidade de cada produto.
     Já ficaram para trás mais de 500 anos e aquele forte sentido de justiça não impediu, como seria inevitável, o surgimento de um outro sentido paralelo, que eliminou para sempre a preocupação com a justiça nos negócios.
     Salve-se quem puder do nacionalismo protecionista ! 

quinta-feira, 15 de novembro de 2018

O SENTIMENTO REPUBLICANO NÃO É GREGO

     Se os seguidores do pensamento republicano de Sócrates ou Platão acharem que aquele caminho os conduziria para o entendimento definitivo de que o cidadão é o centro básico de uma República, entenderão também que o crescimento do Estado é o crescimento da felicidade do cidadão.
     Seguir o juízo verdadeiro de justiça humana de Sócrates, hoje não mais fortalece esses nossos princípios na procura da paz social que nem sempre o Estado nos oferece. No entanto, prefiro buscar no passado recente brasileiro a aurora sempre revivida de Silvio Romero no ano de 1900, que estabiliza dentro de mim o sentimento republicano da terra onde nasci.
     " Para bem servir a República basta apenas um pouco de boa vontade, de bom senso e de patriotismo ".
     Esse é o cidade, arquiteto da República e dono do Estado.

domingo, 11 de novembro de 2018

AS PREOCUPAÇÕES COM NOSSA INTELIGÊNCIA

     De concreto mesmo é a concorrência que a tecnologia implantou em todos os segmentos da economia moderna. A busca por melhores resultados, permitiram que os investimentos no desenvolvimento de novas técnicas trocassem a utilização da mão de obra humana pela automação e a robótica. A economia moderna se caracteriza pela concorrência entre duas formas de inteligências : a lógica e a criativa, e quanto mais for sofisticada no conhecimento mais se aprofundará a necessidade impiedosa da dispensa humana.
     É esse o objeto que nos acompanha desde a primeira revolução industrial, rompeu com todos os princípios fundamentais da valorização do trabalho, contribuiu para o enfraquecimento social, desprezo pela renda e pelo salário.
     Entretanto, tudo isso tem o efeito bumerangue, e se o Estado falir será por subestimar o poder da nossa ignorância.

sábado, 10 de novembro de 2018

OS PREOCUPANTES SINAIS DO TEMPO

     Existe a expectativa de que o fluxo migratório africano que acontece na Europa possa conter a forte redução da população, atualmente com uma taxa de fertilidade em torno de 1,2%. É uma tendência mundial desde 1950 e apresenta uma estimativa negativa para daqui 30 anos, até chegar a zero na virada do século XXI, segundo estudos da ONU.
     Com base nesse espectro social a economia também deverá se movimentar, como sempre foi. Durante longo tempo os impostos e as despesas públicas, carga tributária, em relação a renda nacional, cresceu até 4 vezes, principalmente nos países mais ricos, a partir de 1980 começou a se observar que essa participação estabilizou na faixa entre 30% a 50%.
     O que essa informação nos traz de concreto para a explicação do que acontece hoje no mundo ?

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

A INOVAÇÃO QUE NÃO TRANSFORMA

     Consideremos o seguinte : o mundo procura de como resolver o problema do meio ambiente com um consumo comprovadamente insustentável. A economia mundial desenvolve processos inovadores focalizando a produtividade sem levar em consideração a importância do comedimento e o esgotamento dos recursos naturais. Tudo, absolutamente tudo que consumimos sai da natureza, por isso, essa afirmação é mais do que uma sentença, porque contra ela só cabe a redução do consumo como solução sustentável.
     O Brasil por ser um país continental tem sua balança comercial alicerçada pelo campo, mas a sua atividade rural sofre um desastre ambiental sem controle. É bem verdade que a causa está no consumo externo através das commodities, esse fluxo sustenta no exterior a indústria de transformação, o setor de logística de transporte, abastecimento e químico. O rebanho bovino brasileiro é maior que a população de 208 milhões de habitantes e na sua cadeira de produção consome mais da metade da produção de soja do país. Necessita de espaço para os pastos, desmata, realiza queimada, poluí rios, mananciais e prejudica a camada de ozônio na atmosfera. Contudo, o Brasil não recebe qualquer contra partida como indenização pelos danos ambientais produzidos para atender ao consumo externo.
      Enquanto a sociedade brasileira paga os prejuízos, lá fora se realizam os lucros.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

A INCERTEZA É UMA CERTEZA

     Após a crise de 2008 a economia mundial não conseguiu mais se recuperar, os níveis de estabilidade para que pudéssemos acreditar em uma segurança confortável ainda não foram alcançados. Os confrontos comerciais puseram por terra os pactos e blocos firmados entre os países que procuram através do comércio internacional fortalecerem seus fluxos cambiais.
     A política americana, a meu ver, está travada pela necessidade de encontrar uma saída que possa zerar uma dívida que consome todo o valor do PIB ( 17 trilhões de dólares ) . Isso porque, quando a carga tributária elevada se mantém durante o processo de recessão, o contribuinte empobrece e a dívida pública aumenta. No curto prazo, o nível de quase emprego não é suficiente para recuperar o seu problema fiscal, e o pior, é que a economia mundial está atrelada aos resultados e interesses dessa política. Os países emergentes, em consequência, estão navegando entre a procela americana e os recifes chineses.

domingo, 4 de novembro de 2018

A MIGRAÇÃO MUDA O MUNDO

     Sempre mudou. As viagens dos fenícios, Marco Polo e Vasco da Gama, muito mais do que aventureiras e exploratórias serviam para construírem as estradas que iriam formar as nações de hoje. Por essas estradas o homem percorreu todos os cantos do mundo, constituiu e construiu famílias que estabeleceriam a cultura europeia, era a imigração do velho mundo, cansado das guerras e das pragas, das explorações dos feudos e da tirania das monarquias.
     Portanto, não sejamos hipócritas para negarmos o passado que a história deixa marcada nos livros de cada nação de hoje. Aqueles que algum dia fugiram da opressão da fome e da miséria estão retornando aos lares dos seus antepassados. São os herdeiros de suas culturas, fazendo o mesmo caminho de volta, com os mesmos desejos de paz e felicidade que afinal de contas é a única razão de se viver.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

A MÃO ESPERTA DA ESPECULAÇÃO

     Isso já estava escrito na idade das cavernas: a política alimenta a especulação e por isso o mundo não consegue viver sem uma crise  política. Dependendo de sua intensidade a especulação pode abalar, desabar ou alavancar a economia ou o mercado financeiro internacional. Em apenas 24 horas alguém engorda sua conta bancária em centenas de milhões de dólares, não importa onde esteja.
     O período recente que antecedeu as eleições brasileiras o câmbio se manteve volátil, enquanto os principais indicadores econômicos demonstravam a estabilidade necessária para acalmar o mercado. É uma mão invisível e poderosa que enriquece uma minoria às custas, é claro, de prejuízo de outrem, seja lá física ou jurídica,e, por absurdo, até uma instituição bancária.
     Essa minoria tem como parceiros os lobistas inescrupulosos que espreitam os corredores e gabinetes de Brasília, Washington ou Pequim. Lugares por onde circulam os interesses de projetos de grandes investimentos, não se importam em interromperem o processo de recuperação da atividade econômica de países em desenvolvimento e que quase sempre, não dispõem de reservas de divisas cambiais para sustentarem as dificuldades geradas pelo mercado de câmbio. 

terça-feira, 30 de outubro de 2018

UMA CONTA QUE NÃO FECHA

     Os rumos das sociedades no mundo estão mudando. Todos os continentes sofrem transformações políticas e econômicas, parece um fenômeno em onda dos grandes bolsões da pobreza. O contraste oferecido pelo crescimento asiático, como exemplo, tem o patrocínio das multinacionais e seus investimentos com uma visão oportunista de produção à custo baixo. Ninguém duvida do sugamento das remessas desses lucros para as matrizes e seus acionistas.
     Uma outra preocupação, está em uma tendência do desinteresse das famílias pela cultura de poupar, preferindo o endividamento sustentado pelo consumo. E curiosamente, o mesmo ocorre com os governos que não conseguem administrar os saldos negativos em conta corrente, às custas da emissão perigosa de papeis como penhora de suas dívidas.
     Esse movimento mundial, para fechar o seu balanço registra a receita a favor de outro segmento econômico em atividade. segundo o FMI,  entre os 10 países com poupanças acima de 50% do PIB, 7 são países produtores de petróleo. Dessa forma, qualquer impulso da atividade econômica, a poupança mundial segue o caminho do mercado dessa fonte de energia, e continuará enquanto o consumo for alimentado e sustentado pelo recurso da dívida crônica.

sábado, 20 de outubro de 2018

O QUE DESTRÓI OS SONHOS ?

     A emigração humana não é como a das aves que sempre voltam, ninguém vai embora por estar feliz em seu lugar. A palavra mais enternecida de um emigrante foragido ele deixou para trás: a sua República. Nela ele abandonou os sonhos de oportunidade, cidadania e felicidade.
     Caminham em direção de um aceno da esperança em países mais desenvolvidos, de regimes democráticos capitalistas, talvez pela confrontação do seu lugar ou pela fome e tirania. Esse movimento mundial transmite a real noção de que a globalização uniu o compartilhamento de problemas e veio mostrar a verdadeira cara da falsa caridade, da indiferença e da demagogia.
     

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

O MUNDO ESTÁ A BEIRA DA FALÊNCIA

     É possível que a dívida global tenha ultrapassado os 250 trilhões de dólares. O que isso significa ? O que está acontecendo ?
     Ou o mundo se tornou pródigo ou não sabemos mais para que serve o dinheiro. Os governos se acovardam diante da ganância e da necessidade de mentir e as famílias não sabem como planejar o futuro preocupadas com as incertezas  causadas pelas frequentes crises que desestabilizam o sistema financeiro e produtivo. O empresário, o principal agente econômico, fica entre a obrigação dos impostos e o pagamento de salários, e assim como as famílias, a incerteza e as obrigações levam à angústia e a falência.
     O Estado como tem a lei e o poder, articula o balanço contábil com manobras engenhosas para encobrir a exigibilidade do dinheiro público, com isso o endividamento é rolado de gestão para gestão, quando não é coberto por emissão de papeis que cheiram a calote ou que se transformam em bolhas no mercado financeiro internacional, inaugurando uma nova crise.       

terça-feira, 16 de outubro de 2018

VISÃO DIFERENTE DE UM MESMO ÂNGULO

     Muito embora, o Fundo Monetário Internacional (FMI) considere que os países emergentes possam sofrer com o aumento da taxa de juros nos Estados Unidos, acredito que o Brasil estará em condições de blindar a saída ou a fuga de capital. Acredito mais ainda, ao contrário, deverá entrar em uma fase promissora após o término das eleições e a inauguração de um novo governo, o que traduz implicitamente para o mercado externo de capitais a segurança do processo democrático brasileiro.
     Além de uma agricultura estruturada e competidora, o Brasil está entre os 5 maiores produtores de bauxita, alumínio e ferro ; tem uma poupança em divisas superior a 340 bilhões de dólares e uma política monetária que reduziu drasticamente a taxa referencial de juros, permitindo a menor despesa com pagamentos do juros da divida interna. As reformas a serem decididas pelo novo Congresso para conduzir com segurança a política fiscal não só reduzirá a dívida pública como permitirá a melhor regulação da economia.
     Como existe um elevado endividamento das famílias e um índice preocupante do desemprego, fica evidente que o consumo reprimido do comércio e dos serviços, setores propulsores da produção e da arrecadação, devem apresentar no curto prazo resultados positivos nos indicadores econômicos.
     Entendo afinal, que o Brasil está pronto para os investimentos externos em infra estrutura e retomar o crescimento da economia.

domingo, 14 de outubro de 2018

CADA PESSOA PRODUZ UM QUILO DE LIXO POR DIA

     Se a população mundial tender para um comportamento sem cautela quanto ao seu hábito de consumir, não precavendo-se contra a circunstância dos desastres naturais e crises de abastecimento, provavelmente passaremos por tempos difíceis.
     Os sintomas são latentes e assim mesmo as recomendações dos fóruns passam despercebidas, enquanto o cidadão comum continua pagando a conta sobre o consumismo desenfreado. A consequência imediata e perigosa subestimada é a produção de lixo, os números, incrivelmente, não afetam as pessoas por não conhecerem as suas dimensões catastróficas : cada pessoa no mundo produz um quilo de lixo por dia, países como Brasil, Japão, Estados Unidos e Alemanha tem uma produção próxima da referência mundial. Pagamos a energia para gerar esse lixo sem racionamento e raciocínio da sua real necessidade. Consome-se tudo de forma cega de responsabilidade, como se vivêssemos uma cultura dentro de uma seita cujo dogma é determinado por um sistema que fazemos parte e o alimentamos.
     Ninguém quer falar sobre isso !
     Não sei a total grandeza do que falo mas sei do que ele fará com o mundo. 

sábado, 13 de outubro de 2018

PRODUZIR O PERECÍVEL E O PERIGOSO-II

     Para os próximos 10 anos está prevista uma significativa resposta na produção de grãos brasileiro, estimá-se um crescimento de apenas 16% na área plantada e aumento de 30% na produção, provocando, sobretudo, um importante ganho de produtividade sem a expansão do desmatamento.
     Confirmada essa previsão, devemos acrescentar algumas variáveis consideradas ocultas nos modelos estatísticos atuais como oscilações climáticas, programas de governos, o manejo permanente do solo, o uso da água e características de cada lavoura, na visão conjuntural do setor agrícola. Esse procedimento, é bem verdade, não sofre grandes alterações no mundo agrícola.
     A produção de grãos é perecível e de elevado grau de desperdício, e essa produção consome a água disponível nos rios sem cobrança pelo seu uso. Segundo a ONU a indústria usa 17% e a agricultura usa 60% dos recursos hídricos. Essa questão está sendo inserida completamente no custo do nosso alimento, hoje os contratos de seguro agrícola estão mais caros, devidos aos riscos hídricos mais do que o controle de pragas.
     Se acharmos que esse processo produtivo colabora para o desenvolvimento definitivo do país e que seus efeitos colaterais não prejudicarão a vida de nossas gerações futuras para daqui a 100 anos, então, comemoremos hoje, rejubilemos, porque afinal, não estaremos lá.

sexta-feira, 12 de outubro de 2018

NÃO DEVEMOS SUBESTIMAR O MEDO

     O aquecimento das águas do Pacífico Sul, o El Niño, assola com seus efeitos a economia mundial e influi nos debates das conferências. Um choque súbito hoje, nos preços dos alimentos não isentará ninguém, a elasticidade dos preços dos alimentos  tem sua medida em termos das flutuações normais de mercado, e como deverá se comportar o mercado diante de uma catástrofe de secas no mundo.
     China, Austrália, Estados Unidos, Rússia, Europa, Brasil e Argentina ; todos esses países com suas produções de grãos alimentam o mundo e sofrem com o aumento do rigor e da frequência das estiagens. O Departamento de Agricultura do governo americano (USDA) acompanha o mercado e a produção de trigo mundial, esse grão faz parte da própria história da humanidade, mas ao que parece, contudo, é que a produção de 750 milhões de toneladas seja insuficiente para cobrir uma demanda de 740 milhões de toneladas. A FAO estima um crescimento de 20% da produção mundial de grãos em 10 anos e a população, em contra partida, deverá crescer um bilhão de pessoas, quase 15% da atual.
     É um equilíbrio no fio da navalha.
     

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

CRÉDITO DE DESCONFIANÇA

     Acompanho a política brasileira desde 1956, quando votei pela primeira vez. Com o passar do tempo, e com o amadurecimento da vida comecei a compreender que dar crédito de confiança e dar crédito de desconfiança, a soma será igual a zero.
     Todas as políticas oferecidas até hoje no Brasil não foram suficientes para mudar a qualidade de vida do povo. Não convencem os dados históricos sobre o desenvolvimento humano brasileiro, porque todas as parcerias comerciais com o mundo desenvolvido foram exploratórias dos nossos recursos naturais, sem que ao menos, fincassem um legado social. Devemos reconhecer que a participação das multinacionais na geração de emprego é uma verdade econômica, contudo, elas necessitam de mantem o rendimento constante de equilíbrio de suas ações na participação do patrimônio líquido.
     Esse entrave de política econômica se arrasta por longo tempo sem que ainda não tivéssemos capacidade de ordenamento dos planos nacionais de desenvolvimento com os acordos e parcerias nacionais e internacionais capazes de transformarem definitivamente o perfil do desenvolvimento humano brasileiro.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

AS IDEOLOGIAS POLÍTICAS ANDAM NA CONTRAMÃO

     Desde o mundo antigo governar é fazer política de maneira mais justa no geral, é claro que os governantes erram, e aí, nasce todo o problema com a interpretação dos atos políticos que conduzem à uma tendência de pensamento julgador, e nesse caso é obvio, o pensamento humano é criticista.
     Na minha concepção não existe ideologia ideal concreta, prefiro falar em bom senso de justiça, o poder de afirmação é um contra senso ao direito do contraditório naufragando a compreensão de ser diferente e poder viver com a alma democrática.
    Devemos nesse instante brasileiro, deixar de lado sentimentos que não refletem a nossa história recente, os  maiores avanços de direitos trabalhistas e os maiores lucros bancários no Brasil desde 1950 aconteceram em governos tidos de direita e de esquerda respectivamente, basta citar o lucro bancário realizado desde o ano 2000 que se aproxima de meio trilhão de reais.
    Nós somos um único povo. Nos versos de Raul de Leoni nos encontramos :
              Duas almas deves ter...
              É um conselho dos mais sábios;
              Uma, no fundo do Ser,
              Outra, boiando nos lábios !
     Governantes estarão sempre sob o nosso poder, por mais que queiram transformar por vezes o voto em seu trono. O cupim da opulência e da vaidade consumirá suas entranhas e nós sobreviveremos.

domingo, 30 de setembro de 2018

ALGUM DIA APRENDEREMOS A LIÇÃO ?

     A sabedoria dos anos se torna o livro aonde a história de cada vida fica registrada, porém, e ainda assim, buscamos tão longe a sabedoria que nos falta ou que teríamos que viver V séculos para encontrar pelo menos a penumbra do alvorecer da luz plena.
     7 séculos atras a necessidade era considerada a coisa mais poderosa e invencível e que tudo estaria perdido quando os malvados servissem de exemplo e os bons de mofa. Ao percorremos de um só lance a história da humanidade, podemos sentir de imediato que estamos andando para traz. Creio que o homem defende mais o poder do que a própria vida, e, se concordarmos, qual o critério entenderemos como o mais sábio para reunirmos as constituições dos 193 países no mundo e extrairmos a mais bela das leituras da carta das cartas e podermos finalmente dizer :
     Heis aqui a democracia.   

sábado, 29 de setembro de 2018

O CAPITALISMO IDEAL

     Até 1980 a Coreia do Sul tinha uma renda per capita menor que a do Brasil, quando então conseguiu a ultrapassagem nesse indicador econômico, e permitindo a partir disso que atualmente o coreano tenha uma renda superior quatro vezes ao brasileiro.
     A balança comercial Brasil/Coreia do Sul é caracterizada totalmente por uma troca de produtos agropecuários e minérios brasileiros em torno de 3 bilhões de dólares contra circuítos integrados, micro conjuntos eletrônicos,fornos industriais, motores de explosão, centrifugadores, telefonia, radiotelegrafia, radar, vídeo, robots tudo em tecnologia de ponta em torno de 5,5 bilhões de dólares. O principal indicador de desenvolvimento coreano, o IDH, é maior que 0,9 ( o máximo é 1,0 ) e o brasileiro está perto de 0,6. Enquanto a Coreia do Sul gasta 1.300 dólares por pessoa no Brasil esse dispêndio chega a 460 dólares.
     O resultado de tudo isso é que enquanto nesse país asiático o analfabetismo gira em torno de zero a educação brasileira tem um negativo de 8,3 % de analfabetos sem contar os funcionais, em outras palavras, corresponderia a 30% da população daquele país.
     

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

O DESENVOLVIMENTO IMPOSSÍVEL

     Só existe um caminho para o desenvolvimento, seguindo os conselhos da educação, construindo o bem estar e a segurança do povo. No Brasil, como entendo o processo de desenvolvimento, errou. Durante a década de 70 passada, como exemplo, o orçamento consolidado da união obedecia a uma programação quinquenal com acompanhamento trimestral do executado. Este era um sistema vinculado ao plano diretor do I e II PND do renomado economista brasileiro João Paulo dos Reis Velloso. Por lógica sabemos que não existe um plano tenaz no tempo, contudo, pior, é não haver um plano.
     O erro no exercício da República brasileira nas últimas décadas é administração de curto prazo, essa estratégia configura um interesse exclusivamente político de poder e não de Estado. Qualquer pensamento de desenvolvimento nacional não poderia nem pode se abstrair da educação qualificada do povo, como foi adotado, como exemplo que não serviu para o Brasil, o desenvolvimento da Coreia do Sul. 

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

O AQUECIMENTO GLOBAL É UMA BOMBA

     A agricultura mundial é o setor mais sensível e fundamental para a economia e a estrutura social, ela é capaz de deflagar uma explosão inflacionária e quebrar todos os mercados.
     O desequilíbrio entre a produção e o consumo mundial do milho e da soja tem um elevado índice de insegurança quando destacamos alguns aspectos, como a participação de 44% da produção americana de milho sobre o total produzido no mundo e a liderança mundial dividida com o Brasil na produção de soja. A safra de milho nos Estados Unidos este ano foi favorecida pelas águas da chuvas do Meio-Oeste, porém a ameaça das secas é uma realidade, tanto para o solo americano como para a produção de soja brasileira.
     Com efeito, entendemos que a produção desses grãos sendo predominantemente entre dois países a demanda mundial fica refém do preço de um mercado oligopólio e do perigo da escassez. Se levarmos em conta que 1/3 de toda soja e milho plantado no mundo é consumido pela China, não podemos imaginar os efeitos imediatos de quebras rigorosas de safras desses alimentos. 
   

domingo, 23 de setembro de 2018

A DESTRUIÇÃO CRIADORA

     A Revolução Científica do século XXI, ao contrário daquela primeira, ela desemprega sem readaptação, está concretada no princípio da produtividade. A ideia de buscar os investimentos dirigidos para o crescimento da produção não deveriam se afastar da ideologia social de proteger o emprego e a família. Basicamente, a necessidade da obtenção de lucros constantes transformou o empresário em um inovador de fatores não mais preocupado em manter a força de trabalho humano. Isso talvez tenha se transformado na destruição da previdência social pelo mundo inteiro, com base nisso, existe uma indisfarçável insatisfação na sociedade mundial refletida na onda conservadora e protecionista da política dos governos.
     A justiça a favor da renda individual não segue mais o efeito demonstração do consumo, pelo contrário, passou a pressionar a capacidade de poupança e o aumento da dívida das famílias, esquecendo que a justiça que determina o padrão de vida do trabalhador é medida pela poupança que a sua força de trabalho propicia.
     Portanto, é necessário que a atividade econômica siga a inteligência conservadora, dispondo de todos os fatores de produção com equilíbrio, observando que a inovação não elimine o emprego, uma preocupação de Schumpeter, economista austríaco do início do século passado. Ele achava que o fenômeno do desenvolvimento parte da procura capitalista do lucro, constrói a evolução da economia, os ciclos são identificados com a realidade de cada época. E no transcorrer de todas as épocas o emprego se angustia pelo medo. 

sábado, 22 de setembro de 2018

UMA GUERRA DE TRAVESSEIROS

     Poucas ciências tenham as suas conexões tão permanente com a origem das ideias como a Ciência Econômica. O pensamento da Escala Clássica durante todo o século XIX ainda alicerça a vida moderna para que possamos entender melhor as questões a serem resolvidas.
     No início do século XIX, mais exatamente, nascia em 1806 Stuart Mill, doze anos antes do nascimento de Karl Mark. Seu pai era economista e discípulo de Ricardo. Ricardo morreu em 1823 com apenas 51 anos. Foi com esses mestres que, ao meu ver, ficou estabelecido o debate para sempre sobre o liberalismo, o direito de propriedade e o valor do trabalho.
     A compreensão do passado serve para aplicarmos hoje a "Lei dos Valores Internacionais" de Mill, podemos assim entender o confronto comercial entre as duas principais economias do mundo. A troca de mercadorias não atende exclusivamente ao interesse do preço de mercado ou ao custo de produção, o comércio internacional funciona cientificamente na formação de um equilíbrio de forças de procura e oferta. Porém, dentro desse equilíbrio deve se observar as conveniências estratégicas do valor agregado de cada produto negociado,e, está claro, o valor científico da mercadoria comercializada, como poder de barganha no negócio.
     Essa é a natureza da guerra, não de duas nações e seu intercâmbio comercial, mas do mundo inteiro a mais de 2 séculos.   

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

BRIGA DE DEVEDORES

     Se acharmos que a briga comercial entre os Estados Unidos e a China tem alguma injustiça dentre os dois, estamos completamente enganados. O país capitalista está cuidando de manter o emprego do trabalhador, o nível de renda e evitar que a inflação possa reaparecer para aumentar a dívida pública. O país comunista está preocupado com a capacidade instalada da sua indústria perder força, acumular estoques e o pior, perder o principal cliente consumidor.
     O que existe de igual entre os dois, é que são os maiores em dívida pública no mundo inteiro. A China para garantir sua poupança tem em títulos públicos da dívida americana mais de 1 trilhão de dólares, mesmo que queira se desfazer desses papeis será de forma pulverizada, o que não é conveniente.
     De repente, o impacto do consumo de 1/3 da produção chinesa, acordou o setor empresarial americano. O problema é de como equalizar a atividade desse setor que está presente, afinal das contas, nas duas Nações. É uma guerra de fogos de artifício, no final todos sairão felizes, menos os assistentes no resto do mundo, os injustiçados. 

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

O DESEMPREGO É UM INVESTIMENTO PERDIDO

     No mundo não existe coincidência, o estágio de pleno emprego passou a ser uma miragem. Como as commodities e os governos não conseguem administrar seus limites transferem seu endividamento para o mercado financeiro e essa ciranda desestimula os investimentos. Quando deveria ocorrer um maior fluxo de capital externo para tocar a economia e o emprego, os investidores estrangeiros esbarram na insegurança da legislação sobre o direito de recuperação do capital.
     O Brasil não tem como mudar de estágio de desenvolvimento sem um fluxo de capitais aberto. Em 1965 o Brasil não se tornou consignatário da Convenção de Washington para a arbitragem de investimento, muito embora, tenha feito outras alternativas, até agora os investimento externos ainda sofrem com a falta de proteção. Não existe fórmula mágica para avançar no desenvolvimento, o uso das poupanças das famílias nacionais e estrangeiras devem ser respeitadas a qualquer custo, mesmo que esse dinheiro venha por empréstimos de fundos internacionais como do FMI. Devemos ter consciência que governo nenhum em qualquer lugar é dono do dinheiro, somente as famílias produzem essa riqueza.
     

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

UM PAÍS RICO DE IDÉIAS POBRES

     Se os países desenvolvidos tem o alicerce da economia na indústria, como podemos acreditar que o Brasil alcance o desenvolvimento exportando grãos ! É impossível copiar as tecnologias da indústria de transformação, porque as patentes estratégicas não são transferidas. Normalmente vendemos a produção agrícola para serem transformadas e vendidas no exterior e o que sobra internamente é transformado pela indústria nacional com tecnologia de patentes de propriedades externas.
     Quem são esses brasileiros que em seus discursos nos levam a pensar se não estamos na contra mão do mundo na busca do nosso futuro ? O sistema eleitoral do Brasil é inadequado para o processo de desenvolvimento, porque não permite ao eleitor dar sua opinião sobre os projetos de relevância na sua vida, como ocorre em países socialmente desenvolvidos. As decisões no Brasil são com as portas fechadas, acordos são feitos sob sigilo, como a compra de 36 caças de um país que não é parceiro comercial para que pudéssemos ter poder de barganha, são modelos protótipos sem experiência de voo e equipados com a compra de seus sistemas nos Estados Unidos por 14 bilhões de reais, enquanto isso, o projeto do trem bala ligando o Rio de Janeiro a Campinas em São Paulo ( que não saiu do papel ) de inestimável valor social e econômico teria um custo de 35 bilhões de reais.
     Quem são esses brasileiros ?

domingo, 16 de setembro de 2018

A PRODUTIVIDADE PERECÍVEL E PERIGOSA

     Para os próximos 10 anos está previsto uma significativa resposta na produção de grãos brasileira. Segundo o Ministério da Agricultura haverá apenas um aumento de 16%  na área plantada e um crescimento de 30% da produção, é um importante ganho de produtividade sem provocar a expansão do desmatamento.
     A produção de grãos é perecível e com elevado grau de desperdício, sua irrigação é puxada de poços esgotados, como ocorre pelo mundo afora, enquanto isso, os rios para a irrigação não tem a necessária proteção ciliar. Outro fator questionado para que o desmatamento não avance, é que o solo precisa de equilíbrio químico e defensivos, o que tornará essas áreas agricultáveis com o tempo, abandonadas.
     Se hoje, achamos que esse processo produtivo colabora para o desenvolvimento definitivo do país e que seus efeitos colaterais não prejudicarão a vida de nossas gerações futuras, então, comemoremos ! regojizemos ! porque afinal não estaremos lá para empurrar a tal locomotiva salvadora da economia brasileira.

sábado, 15 de setembro de 2018

A FALTA DE DINHEIRO NÃO TEM IDEOLOGIA

     O Brasil se aproxima de suas eleições gerais e nesse momento, melhor que o debate sobre ideologias, seria que cada eleitor olhasse para a dificuldade que todos os planos apresentados encontrarão : a falta de dinheiro !
     Os principais indicadores econômicos e sociais mantém desativados os agentes que promovem a retomada do crescimento. Vivemos uma véspera que precisamos de conscientização muito mais grave, é dessa forma que devemos discutir a formação de emprego e de renda dos discursos imponderáveis. Aquilo que atribuímos ao agronegócio como locomotiva econômica não foi capaz de resolver o desemprego e a dívida pública e privada. Esse setor depende de um alto grau de dolarização em seu processo produtivo em insumos e implementos, o que vale dizer que depende do mercado cambial e de cotação do mercado de mercadorias.
     O desenvolvimento inicia com a solução da infraestrutura, e com base nisso, foi criado em 1993 a União Europeia, a formação de um poderoso fundo mútuo de assistência financeira, com aporte substancial aos seus filiados. Como exemplo, Portugal já recebeu mais de 600 milhões de euros para uma população de pouco mais de 10 milhões de habitantes,  permitindo que as dificuldades para implantação de projetos em infraestrutura pudessem ser resolvidos.
     Enquanto não tivermos um projeto de entrada de investimentos externos diretos, amparado constitucionalmente, estaremos inventando soluções de "algodão doce", e que agrada no momento à quem ? O eleitor.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

MODELOS ECONÔMICOS NADA SOCIAIS

     É reconfortante saber que minhas velhas ideias compartilham com a renomada cientista social de origem austríaca Riane Eisler e o economista alemão Reinhard Loske, sobretudo quando questionamos os modelos econômicos praticados no mundo. Os pensamentos voltados para a formação de capital e renda acabaram com o pensamento da sustentabilidade. Hoje visitei uma madeireira que recebe por quinzena uma carreta de 9 eixos de madeira serrada tipo "A" certificada da região amazônica,  não podemos dessa forma, acreditar que o atual sistema de produção e consumo seja a base para o desenvolvimento social.
     No outro lado do mundo, o Japão, a Alemanha e o Reino Unido reúnem aproximadamente 275 milhões de habitantes para consumirem quase 4 trilhões de dólares do PIB apurado. Esses valores revelam uma real condição de consumo em níveis exagerados e economicamente depreciativos ao confrontarmos com as ideias de sustentabilidade.

domingo, 9 de setembro de 2018

NÃO QUERO IMIGRAR PARA MARTE

     Os números, que são públicos, informam que o Brasil corta 21 mil quilômetros quadrados de florestas por ano ! Os depósitos de madeira serrada de primeira estão lotados, enquanto os caminhões percorrem as rodovias autorizados por uma falácia de madeiras certificadas. Apesar de todas as informações que projetam uma escassez terrível de água, o mundo ainda não chegou a um acordo de como economizar esse bem vital.
     O conflito da Síria, ainda não é um conflito pela posse da água, entretanto uma das causa foi a fuga para as cidades, fugida da seca. É o fenômeno mundial do êxodo procurando água, o Saara tem uma precipitação pluviométrica de apenas 10 milímetros por ano, congestionando o travessia do Mediterrâneo por refugiados. Sem essa água não existe razão para resistir. Os aquíferos não resistirão ao crescimento populacional.
     Quando se aborda o desperdício, a configuração esconde a distribuição de responsabilidades, é sabido que o brasileiro usa 200 litros por dia e o americano 600 litros. O que não conhecemos, e está contido nesse problema, é o consumo de água da produção industrial e da produção agrícola irrigada.
     Imaginar, segundo estudos da antiguidade, que o Saara já recebeu 400 milímetros de chuva por ano, nada se pode dizer ao contrário, que a Amazônia seja o Saara de amanhã.
   

sábado, 8 de setembro de 2018

AVANÇAMOS NO TEMPO E PARADOS NA HISTÓRIA

     Tão importante na história francesa, Voltaire dizia se tivesse que escolher a melhor tirania, preferiria aquela de apenas um disposta, ao invés de vários, porque seria obrigado a se curvar somente para um. Passaram 200 anos e Rui Barbosa, como se fosse hoje, aconselhava-nos que a República precisa de ser conservadora, mas conservadora a um tempo, contra o radicalismo e contra o despotismo, contra as utopias revolucionárias e contra as usurpações administrativas. E na mesma época, mais um dos nossos brasileiros imortais, Sílvio Romero dizia que : " PARA SERVIR BEM Á REPÚBLICA BASTA APENAS UM POUCO DE BOA VONTADE, DE BOM SENSO E DE PATRIOTISMO. "
     A carência é a forma geral do saudosismo e da melancolia, os valores morais não fazem parte da vida, e se fosse assim não estaríamos vivendo sob os chavões da turbulência, da incerteza e da intolerância. ´
     É como vejo a era sem definição que vivemos.

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

UM SONHO BRASILEIRO

     Viver pela aspiração de uma democracia é como caminhar por uma estrada desconhecida e sem fim. No Brasil somos democratas sem conhecer o verdadeiro sentido da verdade democrática. A história contemporânea da política brasileira tem sido escrita por um Estado e por um Poder que vê a democracia pelo ponto de vista de cima para baixo, e como a nossa própria sombra, a verdade referida nunca esteve atrelada às ideologias conscientes de apenas  propósitos de poder político que fazem parte da vida de interesses de uma porção de bandos.
     O Poder que se torna pactário com os poderes constituídos, deixa à deriva a vontade e os direitos do seu povo e não deve e não pode ser chamado,portanto, democrático.
     É tão curta a conclusão como é tão grande a importância de que esse estado de governo será resolvido quando um dia tivermos dinheiro suficiente e necessário para mantermos e educarmos nossos jovens. Lá, nesse tempo, afogaremos todos os conluios, e a luz da democracia brilhará sobre nós.
   

quarta-feira, 5 de setembro de 2018

MALTHUS : PASTOR, ECONOMISTA, FILÓSOFO E PROFETA .

      Por volta de 1800 o mundo tinha um bilhão de pessoas e Malthus era um economista inglês controvertido devido sua teoria sobre o perigo do crescimento da população de forma desenfreada em razão da dependência da produção de alimentos disponíveis. Para ele "não havia lugar para o Homem no banquete da natureza".
     Passados 200 anos a população mundial ultrapassa os 7 bilhões, convém ressaltar que o Brasil em apenas 30 anos mais que dobrou a sua prole, entre 1970 e 2000 passou de 90 para 190 milhões de habitantes. Sem abordar no momento o diagnóstico da taxa de natalidade, prefiro então me prender sobre a produção disponível de alimentos para o humano. Enquanto as previsões do crescimento populacional obedecem as taxas geométricas, o crescimento de alimentos não tem base de cálculo confiável. Os estudos de projeção são cautelosos em função do elevadíssimo grau de incertezas, com a inclusão de uma variável que Malthus não imaginava : o aquecimento global e seus efeitos catastróficos e as quebras consequentes de safras. Nunca é demais lembrar que 2/3 da produção mundial de grãos é destinada ao consumo animal não humano.
     O medo é que daqui a pouco cada um de nós esteja guerreando para ocupar seu lugar no banquete a que se referia Malthus em 1800. 
   

terça-feira, 4 de setembro de 2018

QUE ÉPOCA VIVEMOS ?

     A sensação é que ainda estamos na Idade Média, discutimos o tempo todo sobre o papel e a presença do Estado na vida das famílias. Primeiro concordamos que o poder absoluto, o absolutismo, é a forma de como as decisões são feitas e que as sociedades no mundo inteiro se submetem. O Estado participa de todos os segmentos da sociedade, enfraquece a iniciativa privada e quando manipula as regras alça seu braço em direção à corrupção.
     Esse questionamento é a fonte que alimenta os donos da razão, são os pensamentos , dentre outros, que diz "todo poder emana do povo", mas toda lei de outorga para o Estado não contempla a isonomia. Quando o confronto evidencia uma ruptura institucional na procura de uma definição se o Estado deve trabalhar para o cidadão ou é o cidadão que deve trabalhar para o Estado, surgem os chamados "iluminados", pseudos herdeiros do iluminismo do século XVIII, que traziam novas ideias salvadoras, diferentes da Idade das Trevas da Idade Média.
     A época que vivemos é outra mas somos os mesmos, entre a mentira e a verdade depende do conceito relativo de cada um.

domingo, 2 de setembro de 2018

COMO COMPREENDER O QUE NÃO CONHECEMOS

     A ideia pura de democracia ainda está por nascer. Na era da antiga Grécia, no berço da filosofia, esse conceito de justiça não avançou além da dialética, não bastaram também todas as revoluções contemporâneas porque todas elas apenas serviram para a troca de mão do poder. Mesmo as sociedades que se dizem democráticas, o estado de direito do cidadão não existe. Se isso é uma verdade é que ate hoje ninguém soube definir em plenitude o que seja estado de direito do cidadão, pois ninguém viveu nessa condição.
     O estado de direito pleno seria a soma de todas as liberdades individuais, é um bem sem autoria, ele é natural e não pertence a qualquer ideologia. Basta que possamos entender a existência da lei para ver com claridade o conceito relativo de liberdade e democracia. 

UMA LIDERANÇA EM XEQUE

     O governo dos Estados Unidos anunciam a possível saída da Organização Mundial de Comércio (OMC), assim como tem se manifestado com antagonismo sobre o Fórum de Davos, o acordo com a OTAN, com o NAFTA e desprezando o sentimento mundial quanto ao aquecimento global.
     Afinal, o que está por atrás dessa nova política ?
     Será que as peças no tabuleiro estão deixando a posição americana em posição desfavorável ? Ou a possibilidade plausível de que a política adotada no após 2ª guerra mundial esteja somente agora revelando suas falhas na medida em que elas trazem à tona uma estratégia de liderança absoluta, ao invés de uma liderança compartilhada com o mundo aliado em um desenvolvimento solidário além da fronteira europeia.
     Esse recuo, pior do que parecer um isolacionismo pretensioso, deixa nas "entre linhas" a clara impressão de um protecionismo cautelar diante de um enfraquecimento relativo na economia e na presença da política mundial. Sem levarmos em conta que o pensamento do governo dos Estados Unidos começa a entender que o mundo é bem maior do que o mercado interno de pouco mais de 325 milhões de consumidores, menor até do que o mercado somado de Brasil e Rússia de 350 milhões de habitantes dentro de um universo de mais de 7 bilhões de consumidores que não ficaram parados no tempo e no espaço.     

sábado, 1 de setembro de 2018

OS INDICADORES DO MEDO

     O mundo se tornou urbano e por causa disso surgiram as novas tribos para lutarem contra aquelas que ainda sobrevivem em seu pequeno espaço. O homem moderno vive em um núcleo que lhe oferece um conforto egocêntrico, como se fosse uma capsula. Ali se mantém conectado com tudo que lhe traz a razão dele, a vontade e as  suas aspirações que espera confortavelmente e que julga serem exclusivamente e somente suas.
     O convite para fugir de nós mesmos já foi dado no ano de 563 antes de Cristo por um príncipe indu, Sidarta Gautama, que viveu durante 29 anos de sua vida em uma capsula imperial, como vive o homem moderno.
     Quando ele saiu da capsula se tornou BUDA, o iluminado !
     Como sobreviver em um lugar urbano com 85% da população do país ? É o senso brasileiro, sobrecarregado com o desemprego. Alias, o mundo acumula mais de 200 milhões de desempregados, o que representa grosso modo, 1 bilhão de pessoas amarguradas. A população economicamente ativa mundial nos últimos 25 anos registra uma tendência decrescente permanente, isso projeta entre outras considerações, que hoje uma pessoa trabalha para sustentar mais quatro.
     O mundo atravessa por uma nuvem metamorfósica, ela está vindo da África e de todos os continentes. São pessoas desesperadas, em busca de uma capsula de sobrevivência e continuar, sem saber, escravo dentro dela.
   
   
   

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

5 É MAIOR QUE 7

     O BRICS ( Brasil,Rússia,Índia,China,África do Sul ) abriga quase metade da população mundial e dispõe de uma potencialidade econômica em condições de estabelecer as regras do jogo do comércio e da economia mundial. A presença desse bloco na conjuntura da política internacional tem um peso determinante no processo produtivo do grupo das 7 maiores economias do mundo, o G-7, composto por Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Japão e Itália, diferentemente, sua população está em torno de 500 milhões de habitantes. As riquezas minerais comercializadas pelo BRICS são destinadas, a grosso modo, para o G-7, destinadas aos projetos avançados estratégicos e que acabam contribuindo para a formação do estoque de patentes vitais.
     A era da incerteza paira sobre o mundo desde o início do século XX, ela tem a um pano de palco ideológico que encobre, verdadeiramente, a disputa entre as forças que dominam o desenvolvimento tecnológico contra os donos dos recursos naturais e produtores de matérias primas.
     O senhor Alan Greenspan, ilustre presidente do Federal Reserve (FED) dos Estados Unidos, em seu livro " A era da turbulência " entendia que haveria um processo ativo da democracia sobre a economia e que as forças do mercado seriam capazes de globalizar o desenvolvimento. No entanto, não atribuía ao protecionismo nacionalista as forças não mercadológicas, mas que são competentes o suficiente para alterarem as regras do jogo, que convenhamos, não tem nada de democrático. 


quarta-feira, 29 de agosto de 2018

COMO SE CONSTRÓI O ATRASO

     Como foi possível o Brasil abandonar a educação dos jovens ! As gerações que hoje estão impedidas de conquistarem sua educação, estão em verdade, deixando para o futuro do País um diagnóstico antecipado dos males do atraso. A evasão de 41% do ensino médio brasileiro tem um efeito desastroso, a saber, pelo conselho da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de que "entre a sala de aula e o trabalho está a delinquência". Esse contingente da juventude ficará afastada de toda a oportunidade qualificada, em outras palavras : é um acervo de inteligência jogado pelo ralo, perda que faz falta, sem dúvidas, no desenvolvimento de qualquer país,e, é uma perda que não se recupera.
     Nós, brasileiros, ainda acreditamos que haja alguma ideologia política capaz de salvar, apenas pelo discurso, a condição de pobreza da nossa educação. Não existe outro objetivo social para o País a não ser gastar o pouco que tem em educação ou continuar pobre.
     A juventude é o grande projeto !
     

domingo, 26 de agosto de 2018

AS VELHAS IDEOLOGIAS CADUCARAM

     A partir do século XIX surgiram indisfarçáveis preocupações no plano teórico que defendiam tanto o pensamento da maior interferência do Estado como a liberdade dos agentes econômicos, achando que o liberalismo traria um sentido democrático para a formação da renda e da distribuição social da riqueza.
     O transcorrer da história e a evolução da  economia, mudaram os conceitos. Um novo muro foi construído pelas modernas necessidades de produção que dividiu as opiniões sobre os fundamentos que interligam o investimento dirigido, a livre concorrência e a corrida pela produtividade, em geral, mascarados por dumping, subsídios e cartéis.
     Com a identificação dessa realidade, as políticas governamentais passaram a adotar posições de protecionismo, pragmáticas com uma nova ordem harmônica da economia. Dizemos que ela é invisível, como uma arpa afinada, como se fosse extraída de um sentido apurado, assim emerge um capitalismo nacional social post-marxista, projetá-se o fortalecimento da industria nacional e das representações sindicais.
     Fundiram-se as doutrinas e entendemos finalmente que sempre estivemos diante da necessidade humana em busca da justiça e da felicidade. 

sábado, 25 de agosto de 2018

O TRIUNFO DO CAPITALISMO, MITO OU VERDADE ?

     No momento conturbado que passa o mundo, o Brasil parece estar em uma posição de "outside ", a pressão cambial não tem ainda o efeito de curto prazo na economia. Apesar de favorecer as exportações das commodities a economia brasileira tem um índice de dolarização muito alto, para um estágio de elevado nível de desemprego uma recuperação da inflação traria maiores dificuldades para o governo.
     O estranho, para não dizer contraditório, é que o pleno emprego da atual economia americana pressiona o consumo e a oferta de preços, sinalizando a interferência do FED (Federal Reserve) na taxa de juros. Essa tendência representa uma expectativa ruim para o câmbio brasileiro no momento, para os pagamentos de dívidas em dólar.
     Enquanto isso, existem as dívidas internas do setor público e privado. A dívida pública esta contida em todos os programas de governos dos candidatos à eleição presidencial de outubro deste ano, as opções são várias, todavia, a meu ver, não existe opção de pagamento de dívida pública sem redução de despesas, aumento de arrecadação ou por aumento de impostos.
     E a dívida do setor privado ?
     É tão abrangente no sentido do risco quanto a dívida pública, se as famílias estão próximo dos 60% do endividamento, com todos os agentes econômicos "capengando", a alternativa salvadora seria reativar o setor empresarial. Porém, o setor da produção acumula uma dívida de mais de meio trilhão de reais. Sem abordarmos possíveis diagnósticos, não se pode negar que tamanha dívida depende de acordos. Isso tem sido negociado no Congresso Nacional, em ano eleitoral de forma inoportuna, porque o projeto de refinanciamento não pode ser lançado no colo do legislativo futuro.
     Qualquer que seja a forma de pagamento do principal da dívida do setor empresarial, o governo deve considerar como alternativa plausível, pois é o caminho para gerar empregos e as famílias pagarem suas dívidas. 

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

PREVIDÊNCIA SOCIAL NÃO SE COMPRA NA FEIRA

     A previdência social significa a poupança garantida do futuro do trabalhador na aposentadoria. A certeza da garantia no futuro não existe, em função é claro, do uso das contribuições em um mundo de negócios de enorme volatilidade e de um sistema de regulamentações sempre de perfil transitório.
     A quebradeira nas administrações públicas dos fundos de previdência no mundo inteiro reflete a irresponsabilidade da gestão de gastos dos governos, vale ressaltar que a dívida pública mundial gira em torno de uma construção de desmandos da ordem de 300 trilhões de dólares. Assim foi jogado encima do trabalhador um calote criminoso sobre a paz social da velhice. Como a gestão pública é corruptível e pródiga, as preocupações dos trabalhadores quanto ao futuro, estão fazendo que suas poupanças sejam transferidas para fundo abertos de previdência. Mas, qual é o combustível que alimentará essa opção de investimento de longo prazo no mercado de renda variável ?
     O mercado de capitais é regulado pelos Bancos Centrais, além de praticar a política monetária, acompanha o equilíbrio do fluxo financeiro, não permitindo que determinado segmento se transforme em uma bomba de efeito retardado. Por isso, os fundos abertos de previdência estão expostos também às flutuações e incertezas de mercado.

sábado, 18 de agosto de 2018

UMA NOVA IDEIA DE PREVIDÊNCIA

     Um dos grandes problemas atualmente são as políticas de previdência que não conseguem equilibrar suas contas, o fluxo de entrada e saída está sem um diagnóstico de estrutura, contendo-se na interpretação financeira e nas flutuações do mercado de emprego. Contudo, entendo que a previdência está se defrontando com distanciamento entre o mercado de fatores de produção que a família oferece e a procura de bens, serviços e renda do sistema produtivo que a família depende.
     Essa correlação  está sendo invadida por um elemento antropomorfo gerado por uma tecnologia que atropela a própria realidade e faz com que o Estado perca as rédeas da condução da economia.
     Por causa disso e diante disso, também entendo que é o momento de se pensar no salvamento da previdência social, observando-se novo fundamento de contribuição, ponderando a parcela substituída  da produção humana que seria produzida pela atividade robótica, para se calcular um valor devido.
     A contribuição da previdência social deve seguir por outros caminhos, explorando-se a produção da tecnologia como se fosse a produção da mão de obra humana. O eixo família e empresa precisa de produção e consumo para gerar riqueza, ou será a destruição da sociedade organizada.     

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

O ROBOT TEM QUE PAGAR PREVIDÊNCIA

     O mundo dos desempregados espera que os proprietários dessas máquinas tenham um novo compromisso fiscal por uma "lei inovadora" de contribuição da previdência, sobre um valor devido, correspondente ao aumento da produtividade a partir da introdução da tecnologia que retirou do processo produtivo a mão de obra humana.
     A revolução da automação e robótica mudou a economia mundial em todos os setores e essa tendência não aceita mais nenhum retrocesso. Com efeito, os sistemas de produção tecnológicos serão responsáveis cada vez mais pelas pressões sindicais desvalorizadas e com as manifestações das classes de trabalhadores. A solução que garanta a paz social não virá mais pela pressão tributária sobre quem ainda trabalha, entendo que a justiça sairá da cobrança da previdência sobre a produção realizada pela tecnologia que extinguirá as tarefas do homem ainda neste século 21. 

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

O FUTURO EMANA DA JUVENTUDE

     O povo brasileiro se aproxima do instante que será revelado os mistérios submersos no oceano das palavras da política que banha o Brasil. Outras vezes já navegamos por esses mares e as suas águas também percorrem todos os mundos e todos os continentes, e não poucas vezes, as procelas da traição chegam as praias desprotegidas para não mais saírem.
     Assistimos o surgimento de um novo caráter da instrução pública, o estandarte à sua frente é o desprezo pela imoralidade, mas preservando acima de tudo a magistratura da boa-fé. Esses sentimentos, vez por outra, vem pousar em nossas vidas, como pousou no ano de 1921 nas palavras de Epitácio Pessoa : " É por isto que me esforço por estimular o patriotismo dos moços, que são as mais justas esperanças da Nação, sangue novo e sadio, destinado a acender-lhe nas veias a sede do progresso, o culto da justiça, o amor da liberdade. "

domingo, 12 de agosto de 2018

A DÍVIDA IMPAGÁVEL

     Uma coisa é certa : o mundo inteiro não consegue gastar menos que a receita. O Instituto de Finanças Internacional (IIF) avalia que a dívida mundial se aproxima de 250 trilhões de dólares, esse valor é 3 vezes maior que a produção global, isto é, não conseguimos acelerar o processo produtivo para um patamar sólido, gerador de emprego e poupança. A desorganização administrativa torna o sistema econômico como um todo deficitário e isso pode ensejar que existe um consumo exagerado e a consequente perda da capacidade na formação de renda.
     O setor público, as empresas e as famílias estão transferindo suas dívidas entre si, a prática da rolagem de vencimentos serve apenas para procrastinar todos os compromissos, aumentando os riscos dos refinanciamentos, mas que no final da linha serão pagos na conta do contribuinte.
     O sistema financeiro internacional está inchado com a emissão de papeis em troca de um dinheiro destinado somente para conter o serviço da dívida, ou seja, pagamento apenas de juros, sem que haja amortização do principal que por seu lado não para de crescer. Aos poucos vai se formando uma expectativa viável de que pode ocorrer um grande calote global a ser desencadeado com efeito dominó na economia mundial.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

MAIS UMA ENCRUZILHADA EM NOSSA VIDA

     Durante o período que antecipa as eleições no Brasil, não há como deixar de se envolver com a visão de um horizonte que nos espera no futuro. Mas até lá teremos que passar por encruzilhadas, algumas escorregadias, e outras, são aquelas mais temidas : as indefinidas. Suas placas são sinalizadas por políticas enfeitadas por ideologias, convocando a sociedade a seguir por seus caminhos. Mas, a essência do pensamento que se transforma em política, surge através das palavras, ricas em convictos argumentos, quase sempre revestidos de hipocrisia ou mediocridade.
     Aristóteles, tenho como o maior pensador de política, dizia ele : " o Estado se compõe de três classes de cidadãos : os que são muito ricos, os que são muito pobres e aqueles que estão em uma posição intermediária com uns e com outros". Nesse último caso é onde o pensamento político se transfigura com um passo de mágica, usando a máscara mais adequada para sua sobrevivência.
     Ao confrontarmos com uma encruzilhada, não devemos seguir pela filosofia chinesa que recomenda o acaso fortuito do destino, devemos saber que a política é apenas o berço da humanidade, mas que a humanidade precisa também do alimento da justiça para voar e ser livre. 

domingo, 5 de agosto de 2018

DÓLAR É MELHOR QUE SOJA

     Nos últimos anos muito se fala que o resultado das exportações do agro negócio brasileiro bancou o bom desempenho econômico nacional. A parte verdadeira está na previsão para este ano na exportação de soja que deve faturar 30 bilhões de dólares, aproveitando a briga entre a China e os Estados Unidos.
     Do ponto de vista econômico entretanto, essa contribuição tem o seu  resultado com base no mercado cambial. Entre 2012 e 2017 a exportação do grão de soja teve um aumento de 123% enquanto nesse mesmo período o preço médio por tonelada registrou uma queda de 41% e mesmo assim, o faturamento em dólar cresceu 47%. Como nesse mesmo espaço de tempo a cotação da moeda americana teve um crescimento de 120%, passando de 1,70 para 3,87 reais, o entendimento lógico é que a exportação foi paga pela valorização do dólar em relação a moeda brasileira. Chega ser cruel quando verificamos que apenas em um ano o preço do barril de petróleo teve um ganho de mais de 50%.
     Com base nesse quadro, podemos perguntar, se vale a pena destruir o solo nacional, envenená-lo, exaurirmos a riqueza hídrica, derrubar nossas florestas, expulsar a mão de obra do campo  e, apenas a favor de poucos. 

sábado, 4 de agosto de 2018

O POVO ESTÁ ACIMA DAS IDEOLOGIAS

     Uma nação na qual o seu povo não tem interesse ou educação ou cultura capaz de identificar o seu papel como cidadão, essa nação jamais será soberana e principalmente soberanamente democrática. Enquanto houver poderes que trabalhem para julgar méritos de posse e de poder públicos como se esses dois bens pertencessem a alguém e capazes também de emitir sentenças definitivas sobre o que só pertence ao povo, que outro nome a ser dado senão o da tirania. E desse modo , não haverá uma nação organizada e justa, e, é claro, não existirá uma nação.
     Uma constituição magnânima é aquela cujo texto é curto para que todos possam entender sem nenhuma dificuldade. Ela deve listar quais são os bens do povo e como ele deve se servir. Se o povo não souber ou não poder usa-los, significa dizer que a pátria está aberta e órfã da proteção do seu dono natural: o povo. Portanto, ou ele toma posse da nação ou será escravo eternamente dentro dela.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

A ORDEM MUNDIAL E A INCERTEZA

     A turbulência e a incerteza fazem parte da memória da sociedade contemporânea mundial provavelmente desde o início do século XX, as preocupações de hoje estão ligadas aos efeitos das mudanças de posições das peças no tabuleiro, as lideranças não tem mais vitaliciedade, são compartilhadas e alternadas, com isso os valores econômicos e políticos adquirem importâncias relativas e não mais absolutas.
     Sempre surgirão velhos conceitos para novas propostas. Com a identificação dessa realidade as políticas governamentais dos países mais desenvolvidos passaram a adotar posições de protecionismo, ou uma nova ordem harmônica entre renda e produção, talvez emergindo um capitalismo nacional social post-marxista, que fortalece a maior presença da mão de obra menos qualificada e das representações sindicais. Isso é uma economia desenvolvida e solidária, reformulando o socialismo e tornando o capitalismo mais justo.
     A incerteza não gera mais turbulência, tendo em vista que a economia não compartilha mais com ideologias, é a aliança de interesses que determina a tranquilidade entre todas as formas de pensamento

domingo, 29 de julho de 2018

A VERGONHA DE UMA NAÇÃO CANSADA

     Apos 28 anos de uma vida nacional sob uma nova Carta Magna, a impressão é de que o povo brasileiro ainda não alcançou a consciência da proteção da sua liberdade. Aqueles que se apresentaram como novos líderes e paladinos da democracia, nada mais eram do que as famintas hienas a espera das sobras nas carcaças que os abutres abandonaram. O Brasil é muito rico em sua natureza, em seus abundantes recursos naturais e tem uma população gentil em mais de 207 milhões de pessoas que têm carregado nesse período um fardo pesado com as falsas promessas de desenvolvimento e as pegajosas mentiras quanto a permanente dilapidação do patrimônio público nacional.
     A forma de pensar sobre o Brasil é muito importante para que o povo aceite as ideias de comprometimento nas decisões do futuro que lhe resta e de seus descendentes. Em alguns momentos da vida nacional, assistimos o enfraquecimento das instituições que formam o alicerce da nação e pouco ou nada fizemos para o seu fortalecimento. Quem vive em algum lugar deste país, deve saber a importância do seu papel, pois vive dentro de um sistema fechado pela ganância dos planos daqueles que nunca se importaram com a esperança que habita no coração de uma nação tão cheia de condições e amantes da liberdade.

sábado, 28 de julho de 2018

TRIBUNAIS SEM PRINCÍPIOS

     O Brasil vive o momento que antecede a razão. Nada melhor então que incluir  agora o cravo na ferradura que sustenta a democracia : ele é o leigo, aquele que tem o sentimento e a inspiração sobre a razão, não sabendo a ciência das coisas, recebeu a contrapartida do faro de poder estar certo ou errado, ele entende a evolução do pensamento que margeia a realidade e o envelhecimento do idealismo da vida, é capaz de mudar as idéias e legar ao futuro dos povos.
     Dito isso, acredito que a presença de leigos em uma côrte de juízes, representaria a garantia que essa côrte não é maior que a verdade extraída da inspiração ingênua. Seria o poder produzido no seio sagrado da opinião pública, essa verdade voaria acima da lei, da justiça, do mérito e da moral, que juntas representam o juízo de valores, mas ainda assim, menor que os princípios que germinam no terreno da dignidade humana.     

sexta-feira, 27 de julho de 2018

O CIDADÃO ESTÁ ABAIXO DA LEI E ESSA ABAIXO DO POVO

     O manto da justiça é o principal pilar da nação, o tronco maciço da honestidade, das virtudes milenares, da grande aptidão para separar o joio do trigo e da absoluta renúncia a tudo aquilo que representa a sombra desumana das tiranias. O problema da lei não se refere ao pensamento, mas como deve funcionar, isto é, da forma como se julga ou como se deve julgar. Na medida que o homem aumenta sua prole e ocupa mais os espaços, faz emergir do nada a necessidade de se respeitar mutuamente o mérito e a verdade de cada ato no convívio complexo entre as pessoas.
     Avançou tanto tudo isso que passou a ser uma contingência permanente a criação de novos tribunais. A ideia mais preocupante é de quantas mãos e por quantos juízos de valores e de juízos sem valores a lei será interpretada. A arte de lapidar a lei despreza o bom senso e não raras vezes sucumbe ante a insensatez.
     Se esse for o fanal do nosso destino, virão sobre nós as correntes que levarão a justiça a ser inteligentemente guardada em cofres dos velhos piratas das sociedades elitistas e jogados nas profundezas das águas negras da ignorância para esquecimento do patrimônio pátrio  legal constituído.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

BRASIL ! " QUO VADIS ? "

    Faltando menos de 70 dias para as eleições gerais no Brasil, paira sobre o país um estranho nevoeiro institucional, envolvendo-nos com a insegurança, impedindo a visão segura sobre o caminho político, e abrir o desengate de ideologias que não atendam os princípios democráticos, e , mais ainda, a definição sobre as necessidades fundamentais a serem obtidas afim de sustentarem o processo de desenvolvimento econômico-social.
     Na minha ótica, a omissão da sociedade brasileira ocorreu pela falta da educação que lhe foi negada e impedida de se manter à frente da vida política nacional. Esse comportamento delegou ao poder político todas as decisões, apenas as decisões, porque as repercussões dos seus efeitos pertencem à vida da sociedade. O pior momento é esse, quando na hora dos debates sobre projetos de interesse nacional para desatrelar o país do atraso  em relação aos parceiros emergentes, ainda vivemos o drama da corrupção, que parece não terminar, se não conseguirmos arrancar das entranhas da vida pública brasileira. 

domingo, 22 de julho de 2018

O MUNDO PRECISA DESCOBRIR O DESENVOLVIMENTO

     É provável que estejamos passando por mais uma fase pós revolução industrial. A estimativa de pessoas empregadas no mundo, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT) é de l,5 bilhões de trabalhadores, isso representa 21,5%  da população mundial, menos de 1 pessoa para sustentar mais 4 pessoas. Estima-se também, em 200 milhões de desempregados em todo o mundo, seguindo o mesmo raciocínio, são quase 1 bilhão de pessoas amarguradas e preocupadas com seus dias. Enfim, podemos dessa forma afirmar que vivemos em um planeta subdesenvolvido. Se olharmos com mais atenção o que ocorre ao nosso redor, não há como questionar essa triste realidade.
     A condução da vida humana em direção ao futuro, acredita-se ter um rumo independente da nossa ação, mesmo assim,  quando se vê uma ideia absurda ser criada e emergir do mar da descrença, ali poderá estar a salvação.   

O MUNDO ESPERANDO PELA UTI

     Se retroceder não for uma boa ideia, como o mundo do futuro haverá de resolver o problema fundamental da sua sobrevivência no consumo da água e do alimento. Não importa mais o que previsões indicam em termos demográficos, sobre quantos seremos daqui a 20,30 ou 100 anos. Com 7,5 bilhões de habitantes nossas vidas correm perigo por causa dos fenômenos climáticos mais frequentes, a continuidade do desmatamento ilegal e oficial, as secas mais longas, o reúso da água e do lixo, a necessidade das safras de grãos serem sustentadas com uso de agrotóxicos e principalmente a promoção que os sistemas econômicos desenvolvem para que possamos consumir sem parar.
     A meu ver, esse é o retrato da falência dos sistemas econômicos até agora praticados e das ideologias que se prognosticavam. Os sintomas dessa decadência são latentes, mas no entanto, vivemos em uma platéia a assistir uma fantochada de líderes, títeres que entram em nossas vidas como traças que se alimentam das ambições, indiferentes aos choros seculares da humanidade. Essa mesma humanidade tem atualmente um passivo produzido por essas políticas que haverá de pagar, da ordem de 250 trilhões de dólares, mais de 3 vezes tudo que foi produzido, ou seja, o PIB mundial que produzimos.

sexta-feira, 20 de julho de 2018

A DIVISÃO DA RIQUEZA MUNDIAL

     Estimá-se que a riqueza mundial de 1950 até hoje já cresceu mais de 5 vezes, quando comparamos os cocientes entre os  PIBs e as populações das 2 épocas. A população mundial em 1950 era de 2,5 bilhões de pessoas com um PIB mundial em torno de 6 trilhões de dólares, esses mesmos dados giram em torno de 7,5 bilhões de pessoas para um PIB de 75 trilhões de dólares.
     Mas, de lá para cá, continua a maldição de que "o dinheiro sempre procura o dinheiro". Em tempo algum se permitirá que a riqueza produzida pelo Homem tenha objetivos democráticos.
     Existe uma ferramenta, o índice de Gine, ela é  usada  para medir a distribuição do dinheiro disponibilizado no conjunto das classes sociais de uma sociedade. Esse índice tem uma oscilação variando entre 0 e 1, quanto menor for o cociente, melhor será a participação igualitária de cada cidadão no total da riqueza nacional. Ao contrário, é claro, quanto mais próximo de 1 , maior será a pobreza. Vale lembrar que os países mais ricos registram os menores índices de Gine, e lideram o ranking mundial.

terça-feira, 17 de julho de 2018

A LIBERDADE ROUBADA

     A inspiração divina de Sócrates, ele atribuía ao sopro profético de Apolo por onde viria a luz da verdade que ainda estaria por ser revelada.
     Mantida as devidas distâncias entre as ignorâncias e as virtudes, penso que a liberdade da civilização moderna, pouco a pouco, se não está extinta, com absoluta certeza, o seu entendimento e o seu limite saíram do campo ideológico para a esfera do desconhecido, é a sublimar noção que perdemos, pois somos conduzidos por uma única ordem : o poder econômico.
     As fusões entre os interesses das multinacionais de todos os setores do processo produtivo estão sendo realizados sem o nosso consentimento, restringindo sem darmos conta, depois da globalização, afinal, qual era o nosso direito de livre escolha ? A livre escolha em rótulos é uma forma de condução e condição, e o mais grave é que passivamente acreditamos, como o gado caminhando para o seu cutelo. Sou levado a recuperar a ficção de um filme do início dos anos 80 do século passado, quando nele se previa que no ano de 2020 o mundo seria atendido por uma única empresa.
     Se a liberdade plena era efêmera tornou-se intangível. Os nossos Senhores fazem parte do G-7, o grupo das 7 maiores potências econômicas. Juntas, são proprietárias de mais de seis milhões e oitocentos mil importantes patentes que fazem parte fundamental de nossas vidas e de nossos futuros.
     As profecias de um dos deuses do Olimpo, Apolo, continuam a soprar pelos ventos dos destinos da humanidade. 

sábado, 14 de julho de 2018

OS NÚMEROS DA REALIDADE QUE ASSUSTAM O FUTURO

     Se existe uma realidade que atravessa o tempo é de quem estiver empregado pelo mundo afora, não deverá confiar em sua estabilidade. Como poderei escrever sobre o emprego na economia enquanto os dados fornecidos sobre taxas de desemprego são geralmente difusos. Os índices de desemprego entre as 10 maiores economias, em números aproximados, somam 50 milhões de trabalhadores. Se levarmos em conta mais 2 dependentes, esse número poderá chegar facilmente aos 150 milhões de pessoas angustiadas.
     A questão da intranquilidade global não está na insegurança militar das grandes potências, ela já invadiu os países em busca de emprego, salário, saúde, educação, segurança e oportunidades. Os recentes acordos na zona do euro são estabelecidos às pressas, visando evidentemente, a proteção das fronteiras e do emprego nacional, diante da pressão migratória. Se voltarmos as vistas para o Brasil e a América do Sul, a crise venezuelana está elevando os problemas sociais já existentes na região, apenas pela fronteira brasileira já passaram no primeiro semestre deste ano mais de 24 mil venezuelanos. Esse grupo vem para se juntar aos 13 milhões de desempregados e aos 11 milhões de analfabetos que sobrecarregam a enfraquecida assistência social do país.
     Portanto, essas são as armas que poderão destruir todas as defesas, qualquer que seja a pretensa potência no mundo de hoje de enormes diferenças econômicas e pseudas solidárias.

sexta-feira, 13 de julho de 2018

O PIB DOS RICOS SE DESTINA PARA AS ARMAS

     A distribuição da riqueza mundial é aritmética : 8 países somam um PIB de 60 trilhões de dólares contra 13 trilhões de dólares registrados pelo PIB de 180 países. Se dividirmos o dinheiro produzido entre os 8 ricos, cada um ficará com 7,5 trilhões de dólares, para o restante do PIB produzido no mundo inteiro, cada país ficaria em média aproximadamente 65 bilhões de dólares.
     Enquanto isso, há uma articulação política para que parte do PIB dos países da OTAN seja usada como reforço capaz de dobrar a despesa na defesa dessa organização. O mundo tão globalizado com a comunicação ultrapassando todas as fronteiras, permitindo a conexão entre todas as pessoas nos lugares mais remotos do planeta, essa defesa tão importante, afinal, serve para se defender contra o quê ?
     Os inimigos da humanidade atualmente são bem conhecidos e não serão jamais vencidos com o uso das armas da OTAN. Acredito, entretanto, que o dinheiro consumido por essa organização até agora teria sido suficiente para tornar a miséria e a fome questões que seriam combatidas com renitência e impediria o recrudescimento dos níveis atuais da pobreza.
     Percebemos de forma limpa que o mundo continua sendo composto por dois mundos : um é muito grande e luta pela sobrevivência e pela exploração do outro pequenino mundo que detém mais de 80% da riqueza mundial. Esse, como é muito rico precisa proteger sua riqueza, só não sabe contra quem !
     Ou será que em algum tempo por vir a miséria e a fome irão bater em sua porta.
    

terça-feira, 3 de julho de 2018

O MUNDO RICO INVADIDO PELA MISÉRIA

     O que está acontecendo na Europa, a meu ver, é a derrota das ideologias que pretensamente seriam a solução do desenvolvimento mundial. O mundo deverá entrar em um novo processo político pelo qual as forças que irão compor o quadro da economia mundial terão que resolver, uma vez por todas, a emigração que foge da fome e da morte.
     O êxodo do século XXI é uma resposta à história da Europa, com a colonização dos países europeus fora do continente. As potências industriais no passado loteavam o mundo, apenas a Inglaterra possuía 50 colônias.
     Não importa mais o conceito imperialista de formulação capitalista ou socialista, pois não conseguiram resolver o problema da desigualdade. Muito pelo contrário, alargaram as distâncias entre os pobres e os ricos. As reuniões entre os países europeus não passam de uma intensão de desespero para acordarem o fechamento das fronteiras do continente.
     Imagino que a burguesia européia não suportará a grande força dos desesperados que atravessam  o mar mediterrâneo. Esses apenas são os colonizados cobrando dos colonizadores o resgate daquilo que lhes pertencia.

domingo, 24 de junho de 2018

O MUNDO É FEUDAL

      Qual seria a outra denominação a ser dada ás grandes organizações políticas, jurídicas e comerciais que são comandadas por uma "ordem" de meia dúzia de países, no máximo. Por mais que o mundo tenha avançado abrindo as fronteiras do desconhecido, não conseguiu dar um passo si quer no entendimento global do comércio. A história tem em seus registros os ciclos econômicos marcados pelos fluxos em rotas comerciais desde o ouro, o cobre, a seda, o trigo, a soja e o petróleo. Se essas rotas comerciais foram responsáveis pelo mapeamento econômico das commodities atuais, construíram também a divisão da hegemonia comercial.
     Mas o comércio é muito dinâmico, ele chega a ser cruel e desumano. Existe um velho ditado que diz: "a barriga e o dinheiro não tem moral nem pátria". Por isso o ressurgimento do multilateralismo dividiu a liderança do comércio e se tornou um problema para a OMC (Organização mundial de comércio). Os novos acordos bilaterais são fundamentais para neutralizar os confrontos de lideranças dentro da OMC e fortalecer a globalização, tornando-a mais democrática.
     O mundo é outro. Ninguém manda nesse mundo e o comércio não serve mais para criar colônias e impérios. O propósito deve ser apenas um : o desenvolvimento de todas as nações.     
    

sábado, 23 de junho de 2018

EMIGRANTES E DESEMPREGADOS, QUEM ESTÁ PIOR ?

     Essa sociedade organizada não sobreviverá por muito tempo sem o salário que sustenta o consumo, essa função depende de subsídios e do crédito de curtíssimo prazo, a renda do salário não cobre mais o passivo mensal das famílias, o seu grau de endividamento é uma herança dos déficits primários dos orçamentos governamentais. Nas economias de renda per capita muito baixa é muito alta a contingência opressiva para as camadas assalariadas, visto que além do endividamento existe sobre as costas do assalariado a pesada carga tributária que os governos, por seus lados, precisam equilibrar suas contas. Nesses países é elevado o empenho da renda futura e o consumo antecipado não é garantido por uma renda a realizar duvidosa. Porque ?
     Entendíamos que o triple da sociedade chamada organizada era composta pela família, pela empresa e pelo governo, mas o fluxo que fortalecia essa engrenagem, ora acelerando, ora pisando no freio era a renda produzida pelo salário, e as filas quilométricas por algumas vagas que fazem parte do conteúdo da mídia é um sintoma de uma anemia econômica e social profunda que ninguém, esteja aonde estiver, irá me convencer da desorganização social que o mundo atravessa pela extinção do salário, sonho e felicidade de toda família organizada.   

segunda-feira, 18 de junho de 2018

A PROCURA POR UM SALÁRIO HUMILHANTE

     A procura do trabalhador pela informalidade representa, a meu ver, a consagração de que a sociedade trabalhadora será composta por talentos "deletados". Não haverá mais a herança do artífice e muito menos a honrosa lembrança daqueles que serviram de referência ou de legado.
     O salário deixará de ser o indicador de prosperidade econômica e capaz de mensurar objetivos futuros. Na informalidade não existe degrau de especialização ou valorização profissional. Só existe a vontade de sobreviver, já que está fora do mercado, da competitividade profissional e não é lembrado.
     O trabalho informal e o desemprego formam a base da falência social e previdenciária e coloca todos os governos no mundo inteiro reféns de uma doutrina moderna de que a necessidade de produtividade tem correlação com o desenvolvimento tecnológico sem a presença do operário. Acredito apenas, que a vida humana precisa do trabalho e na independência digna que o trabalho produz. Se não assim, que base social comandará o mundo ?

sábado, 16 de junho de 2018

UM MUNDO DESEMPREGADO

     Existe uma acentuada corrente pela atividade informal, é um fenômeno muito mais sério do que uma rápida avaliação possa explicar, porque isso é uma onda que percorre o mundo desde o início do século passado, desde a primeira revolução industrial, ela tem deixado no tempo um rastro irrecuperável de desemprego. Só nos Estados Unidos, nos últimos 40 anos foram extintas presumivelmente mais de 20 milhões de atividades profissionais que requeriam o uso do trabalho manual.
     Marx e  Engels deixaram um legado conceitual que justificaria enormemente a recente greve dos caminhoneiros no Brasil causando grande transtorno e prejuízo para o sistema de abastecimento. Eles acreditavam que os conflitos das classes operárias seriam importantes na valorização do proletariado ao longo do tempo.
     Estavam enganados.
     Mesmo esses mestres do pensamento econômico não imaginavam, alem da teoria extraída da contemporaneidade dos agentes, até que ponto a ciência da automação e da robótica destruiriam como carrascos as teorias socialistas. O que significaria a noção de produtividade ? Infelizmente, mais uma greve operária, como a dos caminhoneiros brasileiros apenas servirá como alerta na necessidade de substituição desse modal. O emprego não será considerado, provavelmente.

terça-feira, 12 de junho de 2018

A AMÉRICA LATINA NÃO CONHECE O SEU VALOR

     Enquanto a Europa Ocidental tem uma população aproximada de 400 milhões de habitantes, a América Latina tem sua população em torno de 570 milhões. São duas zonas globais com contrastes de desenvolvimento humano, tecnológicos e econômicos.
     Entretanto, o que devemos esperar das possibilidades econômicas para daqui a 30 anos ? A onda do protecionismo que percorre o mundo sinaliza até para os mais otimistas que existe um enfraquecimento crônico em todos os agentes econômicos. O último fórum da COP-23 realizado em Bonn procurava encontrar a base da resolução do fundamento principal de que devemos ter o cuidado de parar enquanto é tempo, porque existem sinais latentes de que o início já começou de uma era transitória.
     A era do valor ponderado entre o antropocentrismo e o naturalismo.