sábado, 28 de janeiro de 2017

UMA NOVA ORDEM MUNDIAL ESTÁ NASCENDO

        A nova ordem mundial é marcada por um conjunto de 3 elementos produzidos por um processo político ao mesmo tempo conjuntural e particular. Essa ordem produziu efeitos que passaram a ter denominações como as Eras da incerteza, da turbulência e a globalização. Após a segunda guerra mundial a aceleração da tecnologia construiu todos os caminhos para a globalização , é claro que esses caminhos foram patrocinados pelas multinacionais, os conglomerados, commodities e com o aval de seus governos, que afinal de contas sempre foram os maiores interessados. Se por um lado os resultados econômicos revelaram novas oportunidades a nível global, também é certo que por causa disso produziu a turbulência política, o que seria inevitável a partir da expansão de outros pólos econômicos em processo e desenvolvimento. Bastou que o mundo apresentasse novas economias emergentes e novas representações de lideranças para que se começasse o questionamento dos resultados da globalização.

     Agora, livre das incertezas e turbulências, esse movimento produzido por correntes nacionalistas e protecionistas fará nascer, em contra partida, nos países em desenvolvimento, uma nova mentalidade, exalante e acima de todas as credulidades políticas. Com essa consciência, e na prática das articulações e barganhas, deverá surgir uma nova comunidade globalizada muito mais voltada para a economia solidária e com o princípio igualitário onde todos produzem, ganhem e se realizem a distribuição da renda. É assim que o desenvolvimento é conquistado.  

domingo, 22 de janeiro de 2017

ADMIRÁVEL TURBULÊNCIA

     Não consigo me afastar do jeito comparativo de ver as coisas, talvez, por achar que o Homem é repetitivo e os acontecimentos vão e vem obedecendo os mesmos desejos humanos. Quando o senhor Alan Greenspan, ilustre presidente do Federal Reserve (FED) analisou a natureza do mundo atual em seu livro A ERA DA TURBULÊNCIA entendia que haveria um processo ativo da democracia sobre a economia nas décadas futuras, ao citar palavras a propósito de Winston Churchill "Quanto mais se recua na observação do passado, mais se avança na visão do futuro", sempre deveria ser assim e não tem como ser diferente quando a própria natureza tem memória ativa. O senhor Greenspan sempre foi defensor da democracia na prática de mercado e que as forças do mercado seriam capazes de globalizar o desenvolvimento. Com efeito, entendo que para o desenvolvimento no mundo real ocorrer, será necessário um processo de vascularização nas políticas de comércio e dos regimes de governos que impedem a verdadeira globalização da economia e o livre comércio justo e solidário.
     A era da turbulência teve início , a meu ver, com a primeira grande guerra em 1914, de lá para cá, foram as disputas que sempre estiveram fora dos acordos comerciais, responsáveis pela transformação da economia mundial e alavancando a liberdade das relações bilaterais de comércio. Basta citar que o leque de parceiros comerciais do Brasil que na década de 50 mal chegava a uma dúzia, hoje está totalmente internacionalizado.
     A turbulência do novo mundo não é preocupante porque é um efeito das mudanças de posições das peças no tabuleiro, as lideranças não tem mais vitaliciedade, são compartilhadas e alternadas, com isso os valores econômicos e políticos adquirem importâncias relativas e não mais absolutas.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

O FÓRUM DO DEBATE SOBRE A FALSA DEVOÇÃO

     O Fórum Econòmico Mundial em Davos não passa de um "muro das lamentações", o mundo em Davos está representado por suas elites para debater questões econômicas repercutidas pela globalização em seus efeitos colaterais. Argumentou-se que a globalização em seu efeito positivo conseguiu tirar da pobreza 700 milhões de pessoas. Num ambiente de luxo com signatários que dispõem reservas internacionais depositadas em seus países na ordem de 12 trilhões de dólares, fazer uma menção dessas como vitória seria cômico se não fosse trágico.
     A oligarquia avalia com facilidade o vulgo a seu modo e não permite o ultraje a virtude da sua nobreza. Estou na fase franca da vida, fase essa que não convive mais com a hipocrisia e seus concordantes. Se querem falar sobre a economia verdadeira a serviço beneficente e solidária no combate a pobreza, ao invés desse encontro que propicionará em poucos dias alguns milhões de dólares para um país rico com uma população de renda per capita entre os "top ten", poderíamos assistir esse mesmo Fórum levando todos os problemas do movimento da economia e da sua consequente riqueza para baixo de tendas ao ar livre em uma periferia do Sri Lanka, da Eritreia, da Etiópia ou em uma comunidade da periferia pobre que abriga mais de 200 mil pessoas no meu país, o Brasil.
     O sonho de Mark e Engels não se realizaria jamais em um capitalismo industrializado, e, vou mais além, não se realizou no comunismo de Czares e nobres autocráticos, se  quiserem realizar o grande sonho da erradicação da pobreza, comessem os Fóruns no meio dela, vejam nos olhares de quem tem fome. Sem nada ! Sem nada !
     Atendam as aspirações, as esperanças e se doem.
   

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

A ENXÓ DA MOEDA É O JURO E A INFLAÇÃO

     É sabido que somos descuidados com o dinheiro, é agindo assim que os mais ricos se aproveitam e ficam mais ricos. Não existe no movimento do dinheiro, esteja ele em qualquer função, possibilidade de não ter a proteção da taxa de juros, a taxa de juros serve para equilibrar todas as conveniências, quando consumimos, guardamos, investimos no mercado financeiro, em bens imobiliários, em bens de capital ou paraísos fiscais. Ela é tão importante como variável da teoria econômica por ser o principal fundamento do investimento que determina o nível da atividade econômica e por consequência o nível de emprego.
     Dificilmente algum dia poderá haver justiça na fixação de uma taxa de juros. O juro é baseado em um princípio hedonista do credor em querer viver bem sem sacrifício, ao passo que o devedor segue o princípio "quantun satis", sentido oposto que deseja apenas o suficiente para atender a sua necessidade. É uma lei de usura eterna que jamais foi escrita e editada por alguém que se considerasse avarento, discordando ou não, é sobre esses trilhos que continuaremos a viajar enquanto estivermos dependente do vil metal, também chamado dinheiro.

domingo, 15 de janeiro de 2017

A JUSTIÇA DOS JUROS

     Tentarei por alguns espaços criticar a interrogação da nossa vida moderna em sobreviver dentro daquilo que denominamos democracia e com ela o que significa para as maiorias a reserva de valor da moeda proveniente do salário ou do capital fora da atividade econômica quando da aplicação dos juros e o que está contido em seu princípio de justiça.
     Esse tema por ser longo, é necessário não entrar, que não é o caso, na análise monetária, mas na expressão do peso e suas consequências sócio-econômica. Nisso está presente a própria história da moeda em seu tempo de uso medido e quantificado em percentual, em outras palavras, é a aplicação da taxa de juros como proteção técnica na reserva de valor da moeda no transcorrer do tempo, todavia, e aí mora o problema, legalmente não existe a justiça da aplicabilidade e muito menos da universalidade .Deste modo ficam abertas as traves que asseguram o funcionamento justo das regras e do código regulatório. E, é nesse ponto que mais uma vez, inevitavelmente, lembro o pensamento de Aristóteles ao dizer que "há duas espécies essências de governo: a democracia e a oligarquia". No meu singelo e alusivo entender o mundo de hoje exerce a oligarquia dentro da democracia que estabelece todas as regras a serem seguidas pela maioria composta por nós, o povo. E, mais adiante falaremos o fardo e o feno dos juros na sociedade.

sábado, 14 de janeiro de 2017

UM TEMA INESGOTÁVEL COMO ELE MESMO

     As opiniões que fortalecem a corrente de que o mundo luta contra o petróleo não são bem recebidas pelos países cujas economias dependem da produção e comércio desse produto. Podemos até dizer que a grande batalha no mundo desse comércio não será travada entre a energia fóssil e o meio ambiente, se entendermos que o consumo de petróleo é feito apenas pelo Homem em pleno âmbito da natureza, isto quer dizer que o agente é sempre o mesmo, não importando o seu papel dentro do sistema. Sendo assim, a questão que não faz parte do mercado é empurrada e guardada embaixo dos tapetes, as potências empresariais e os governos envolvidos competem dentro do próprio cartel e com o mercado livre não filiado. Em 2016 a OPEP tinha como agenda comum a relação de equilíbrio ótimo entre produção e o preço, a resposta do mercado foi a rejeição sobre a decisão do cartel.
     O mundo do petróleo é composto por uma verdade e uma mentira: é verdade que é um  patrimônio presente em todos os cantos da Terra, a grosso modo,  representa algumas vezes o PIB consolidado das 8 maiores economias e que dispõe de uma capacidade energética para os próximos mil anos. E a mentira contida nas previsibilidades dão conta de que os 92 milhões de barris consumidos por dia em 2014 por 7 bilhões de pessoas, deverá ser em  2030, daqui a 16 anos, 113 milhões de barris por dia a serem consumidos por 9 bilhões de pessoas.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

UMA CORRIDA CONTRA O CAOS III

     Chega ser irritante o descaso e o deboche que alguns líderes mundiais lidam com a questão do arsenal nuclear, essa atitude me autoriza a chamá-los de imbecis porque parecem molequinhos de rua fazendo pirraça. Colocar sob suspense o mundo é de tão grande loucura como loucos são ao pensarem que um conflito nuclear só causaria desgraça além de suas fronteiras. Como podemos justificar tal ameaça em um mundo carregado de problemas sociais, econômicos e ambientais ? Só os imbecis não conseguem distinguir todos os legados deixados pela insensatez do uso da energia nuclear. Na década de 60 Kurushchev e Mao Tsé-tung eram pródigos em oratória imoladora e ao que parece suas fantasias ainda estão impregnadas nos líderes atuais. Mas afinal, líderes de quem ?  Não é por acaso sua ignorância do dispêndio da manutenção desse fantasmagórico arsenal e de que o uso do dinheiro dessa forma é mais um crime contra a humanidade. Enquanto estudamos soluções para acabar com o quisto da miséria, existe um grupinho de infecciosos brincando de "bandido e mocinho".
     Patifes !

domingo, 8 de janeiro de 2017

UMA CORRIDA CONTRA AS PREVISÕES DO CAOS II

     Quando lembramos a teoria do equilíbrio de Alfred Marshall, admirável mestre do século XIX que introduziu o tempo nas condições de equilíbrio entre a procura e a oferta, queremos em verdade enfatizar a importância do tempo como uma variável independente em todas as decisões de nossas vidas. Cento e cinquenta anos atras não se negociava nos mercados como hoje em dia, são fechados contratos para uma safra de soja sem que a semente ainda não tenha sido jogada na terra. Marshall abordou o valor do significado do "equilíbrio secular" do latim saecula ou de um tempo de prazo muito distante, estaria formulando a preocupação com o equilíbrio entre a procura e a oferta em prazos longínquos. Os contratos do mercado futuro e principalmente seus analistas dão particular atenção as hipóteses de desastres climatológicos, os contratos de seguros referentes as quebras de safras estão obviamente atentos, como as repercussões no PIB no mundo inteiro. Corremos o perigo de que isso obrigue as economias mais fortes a se protegerem ainda mais. Por enquanto, essas questões circulam nos corredores dos órgãos internacional, reguladores dos litígios normais de comércio e seus contenciosos.
     Enfim, no momento ao se avaliar que a economia da Alemanha permite que 80% da sua população tenha um intenso consumo de recursos naturais e energético contra os 30% consumidos pela população  somada da China, Índia e Brasil. sendo esses países ainda em desenvolvimento, somos, nesse caso, obrigados a admitir que as previsões de "equilíbrio secular", sobretudo, dependendo da perversidade da natureza e do aumento desenfreado e irresponsável do consumo mundial, essas previsões são verdadeiramente ameaçadoras. Se tudo permanecer constante, do latim "ceteres paribus".

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

UMA CORRIDA CONTRA AS PREVISÕES DO CAOS

     A Organização Mundial do Comércio OMC não tem a liderança suficiente para gerenciar os interesses políticos e os conflitos de tarifas, acrescente-se as incertezas trazidas pelas notícias atuais da mudança do clima e de seus prováveis desastres. Se levarmos em conta que a China e a Índia  respondem sozinhas com 1/3 do consumo do alimentos mundial, isto quer dizer em outras linhas a real condição desses países de liderarem qualquer proposta de seus interesses perante essa organização, esses países, assim como Estados Unidos, Brasil e Argentina que disputam o mercado de grãos dependem do contingenciamento dos seus estoques de safras excedentes, como ocorre exatamente no mercado de petróleo, quando aumentam os estoques da produção de qualquer mercadoria surge o drama do tempo e da guarda, porque uma coisa é a mercadoria disponível e outra é a oportunidade perdida da cotação de mercado.
     Essa conjuntura mundial de comércio tem pela frente uma nova e irreversível variável na política de preços dos mercados futuros, os riscos de possível disparada nos preços dos alimentos em caso de uma quebra mundial de safra devido a uma onda de calor prolongada, apesar de já existirem significativos sinais nesse sentido, continuamos preocupados com os ganhos financeiros e nada se fazendo em termos de estratégias de logística solidária para que possamos estar preparados para um abastecimento de alimentos protegidos de algum desastre dessa magnitude.

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

SOMOS O QUE SOMOS OU DUVIDAMOS ?

     É verdade ou não que os heróis já causaram grandes problemas no mundo ? Vivemos as realidades, mas de vez em quando ficamos a questionar e não concordamos com elas. E isso tem todo sentido na luta que não acaba durante a vida entre a opulência e a miséria, em verdade, ela é a sonegação da verdade, é a verdade pertencente as referências dos inditosos e de suas indigências, ou se quiserem, são  as imperfeições humanas, marcas evidentes dos menos favorecidos.
     Se perguntássemos a todos os grandes pensadores da história da humanidade a quem sempre foi imputado essas imperfeições, alguém teria dúvidas de qual seria a resposta ? O mundo tem dois lados e duas verdades, segundo Aristóteles a obra perfeita tem dois lados: a perfeição da obra e a perfeição da obediência . Ao se meditar sobre isso, a gestão através do tempo, dessa obra, não tem favorecido ao Homem a sua felicidade. Sempre esteve, ao contrário, entregue aos líderes, heróis cobertos pelas luzes e acima dos degraus cobertos por tapetes, uma urdidura descarada da vaidade e da arrogância.