domingo, 22 de janeiro de 2017

ADMIRÁVEL TURBULÊNCIA

     Não consigo me afastar do jeito comparativo de ver as coisas, talvez, por achar que o Homem é repetitivo e os acontecimentos vão e vem obedecendo os mesmos desejos humanos. Quando o senhor Alan Greenspan, ilustre presidente do Federal Reserve (FED) analisou a natureza do mundo atual em seu livro A ERA DA TURBULÊNCIA entendia que haveria um processo ativo da democracia sobre a economia nas décadas futuras, ao citar palavras a propósito de Winston Churchill "Quanto mais se recua na observação do passado, mais se avança na visão do futuro", sempre deveria ser assim e não tem como ser diferente quando a própria natureza tem memória ativa. O senhor Greenspan sempre foi defensor da democracia na prática de mercado e que as forças do mercado seriam capazes de globalizar o desenvolvimento. Com efeito, entendo que para o desenvolvimento no mundo real ocorrer, será necessário um processo de vascularização nas políticas de comércio e dos regimes de governos que impedem a verdadeira globalização da economia e o livre comércio justo e solidário.
     A era da turbulência teve início , a meu ver, com a primeira grande guerra em 1914, de lá para cá, foram as disputas que sempre estiveram fora dos acordos comerciais, responsáveis pela transformação da economia mundial e alavancando a liberdade das relações bilaterais de comércio. Basta citar que o leque de parceiros comerciais do Brasil que na década de 50 mal chegava a uma dúzia, hoje está totalmente internacionalizado.
     A turbulência do novo mundo não é preocupante porque é um efeito das mudanças de posições das peças no tabuleiro, as lideranças não tem mais vitaliciedade, são compartilhadas e alternadas, com isso os valores econômicos e políticos adquirem importâncias relativas e não mais absolutas.

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