quinta-feira, 16 de setembro de 2021

O DESEMPREGO E A SUA DIMENSÃO DENTRO DA DEMOCRACIA

 Os princípios de moralidade em um campo minado pelo desemprego não sobrevivem por muito tempo. É nesse sentido que encontraremos o valor de um governo, quando tentando recuperar a economia de resultados negativos por um longo período é obrigado a abandonar sua trajetória de crescimento diante de um impacto sanitário perigoso.

O desemprego que assolou o Brasil significou em termos financeiros um lapso mensal da ordem de 25 bilhões de reais, considerando-se um salário médio de 1,6 mil reais. Essa massa salarial freou o movimento da economia, acumulando em 20 meses, nesse raciocínio, meio trilhão de reais. A resultante dessa perda só não foi maior devido a injeção de mais de 300 bilhões de reais oriundos do tesouro nacional em forma de auxílio emergencial.

Até junho passado o governo federal já tinha disponibilizado para combater a pandemia do Covid-19 mais de 550 bilhões de reais, um gasto não previsto no orçamento de 8% do PIB nacional. Se projetarmos, para se ter uma ideia, a dimensão do esforço na implantação, em curtíssimo prazo de um projeto anacrônico em um país continental, basta compararmos os 14 milhões de desempregados brasileiros com as populações somadas da Áustria e Suíça totalmente desempregadas.