quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

A ERA DO COLD MONEY

     A China precisa usar sua poupança dentro do próprio país, visto que o mercado internacional dá sinais de uma oferta mais generosa de capitais. O FED, depois de prever mudanças nos juros, avaliou com mais prudência os efeitos no curto prazo do fluxo de capitais que essa medida poderia causar.
     Como as revisões da economia internacional são cautelosas e as taxas de câmbio não ajudam, por seu lado, nas investidas dos investimentos globais. É possível que o FMI esteja com vistas voltadas para esse quadro de incertezas, e assim não ofereça qualquer prognóstico aos mercados.
    Uma coisa está bem claro : o mundo da economia está com medo. Cabe aos emergentes voltarem seus projetos para um âmbito que não estabeleça contingenciamento externo. Estranhamente, não se pode dizer o mesmo em relação à China. Na minha ótica, a ironia da economia se aplica na vida chinesa; quando a renda per capita daquele país ultrapassar, por exemplo, 25 mil dólares , hoje em torno de 9 mil dólares, o orçamento público estará nas mãos dos credores externos.
     Heis o perigo de uma poupança inútil. 

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

A POUPANÇA INÚTIL

     Quando guardamos nossa poupança por muito tempo, ela passa  ter a  sua segurança correlacionada ao tempo com todos os seus riscos. Essa verdade serve para todos os dinheiros, inclusive para aqueles também chamados de divisas nacionais. O Brasil, acumulou uma poupança em divisas que se aproxima de meio trilhão de dólares e não consegue utilizá-la, a China aproveitando a expansão de oportunidades no comércio internacional conseguiu uma enorme formação de poupança, sobretudo, pela entrada de investimentos em formação de capital fixo.
     No caso do Brasil, como a sua economia está atrelada às turbulências externas que abalam principalmente, aos movimentos das commodities, mantém suas divisas como uma blindagem cambial. Já, no caso da China, a competição política contra as economias ricas com estratégias protecionistas, foram capazes de oferecer um confronto, ao ponto de repercutir na produtividade chinesa.
     E, o que fazer com a sua poupança ?

sábado, 26 de janeiro de 2019

PRECISAMOS RETROCEDER

     A geração de emprego seria o maior problema se não houvesse o aquecimento global. A comunidade científica vacilava, e quando iniciou uma corrida de recuperação, já haviam passados, pelo menos, 40 anos desde 1980. Os efeitos irão determinar a orientação dos investimentos de longo prazo, enquanto a economia mundial continuará sem forças aceleradoras, e ao contrário, haverá o fortalecimento da onda de receios que contamina os mercados.
     Esse quadro de expectativas conflitantes não é de hoje. Mas, a avaliação da economia e as medidas capazes de impulsionarem o crescimento, esbarram em possíveis indicadores sociais que revelam novas tendências de comportamento na escala de preferências do consumidor. Se novos hábitos e costumes da sociedade mundial surgirem em função da mudança do clima, tudo terá que se adaptar, e isso demora.   

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

O IMBRÓGLIO DA ECONOMIA MUNDIAL

     O FMI está enrolado, faz alerta para a fraca economia mundial, e chama a atenção para os países emergentes, contudo não recomenda que as potências resolvem seus transtornos tarifários e retomem os negócios do comércio internacional.
     A globalização, apesar de algumas dificuldades políticas, deverá continuar. Porque o processo mundial para o desenvolvimento, só será possível com solidariedade. Não se pode entender como os Estados Unidos e a China que representam quase a metade do PIB mundial, estejam tão auto-suficientes, ignorando que o resto do mundo interligado sairá perdendo sozinho.
   

terça-feira, 22 de janeiro de 2019

UMA FICÇÃO DO SÉCULO XVIII

     Um famoso pensador socialista do século XVIII, Robert Owen, dizia que a solução para acabar com a pobreza estava em tornar produtivos os pobres. Pena que o mundo não caminhou nesse sentido, a evolução do pensamento sempre caminhou nas margens das realidades, muito embora, sejam elas as promotoras que transformam a pressão das necessidades, não são  para sempre. Cada revolução nasce também para viver por algum tempo. Então, se o pensamento e a realidade são efêmeros, ambos nos servirão casualmente.
     Quando avaliamos o perfil das necessidades de consumo em várias épocas, encontramos as razões que marcaram os ciclos inovadores da economia. Se a indústria foi a área na qual a ciência, como um todo, mais evoluiu, foi ela também a que mais marginalizou a mão de obra de menor qualificação.
     A quinta revolução anunciada prevê a pá de cal na presença humana na atividade produtiva em todos os setores da economia. Espero, porém, que o capitalismo moderno considere essa revolução apenas um ligeiro prefácio daquela que seria a revolução de Owen : a tecnologia nunca será justa se não for capaz de resgatar o trabalho produzido pelos pobres, vencer a pobreza, e a humanidade fazer, afinal, a revolução de todas as revoluções.

domingo, 20 de janeiro de 2019

O ESTADO GRANDE SEM PLANO DIRETOR

     Fazemos parte do ranking dos 5 países maiores produtores de ferro, bauxita e alumínio. A nossa renda per capita é igual a China e a Suíça, e , com certeza, o celeiro do mundo ! Abordaria imensos motivos para incentivar viver no Brasil, o brasileiro que vive fora amarga essa verdade : somos uma grande Nação ! Então, vivemos contornando nossas mazelas e não mergulhamos, na procura das certezas que precisam da presença de cada um nós. A sociedade !
     O ferro gusa que mandamos para a produção de aço no exterior é produzido a partir da queima da madeira da amazônia, os maiores produtores são os mesmos países que questionam as queimas que fazemos em nossas florestas.  Não fazemos parte do ranking das reservas de ouro mundial, mas as nossas minas de exploração desse minério estão nas mãos das empresas externas.
     O Estado brasileiro tem uma dívida elevada que absorve mais de 60% a sua economia de curto prazo, e uma despesa com pessoal da ordem de 54% na média com todas as unidades da federação.
     O equacionamento nacional exige medidas pragmáticas, com apoio parlamentar, em condições de varremos o lixo burocrático e político que entravam a visão internacional do comércio e a máquina governamental livre das questões criminosas que tanto atrasaram e quase ruíram a moral da nação brasileira. 

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

OS DISCURSOS DO IMPÉRIO

     Em 1944 na minha cabeceira, havia um rádio com sintonização por uma pedra de galena que permitia ouvir as transmissões da BBC de Londres. Está claro, aos meus 7 anos me divertia  com aquele som que não entendia, porém, imaginar hoje que na verdade estaria ouvindo os discursos de Wilston Churchill, quando às vésperas de uma possível invasão, admitia que a Ilha seria protegida pelo império de além mar. A Inglaterra naquela época tinha ascensão em dezenas de colonias, e não poderia se sentir desprotegida, com efeito.
     As colonias se dissiparam, e o que resta hoje é uma colonia global, sobre a qual todos devem pedir ajuda. Seria voltar no tempo e pedir que aquele primeiro-ministro aconselhasse os súditos de hoje, que o mundo mudou. O isolacionismo é um sinal, hoje, de insegurança ou de pretensa capacidade populista de sobreviver sozinho diante de problemas, como o aquecimento global, que destruirá a todos, caso não trabalhemos para inverter as previsões catastróficas, que a ONU e todos os Institutos Científicos divulgam.
     Como pararmos com discurso debatidiço decadente, sobre a luta pela forma em detrimento do conteúdo.
     Existe a expectativa de que os investimentos das empresas que tem suas produções com o uso da água, renegociem os seguros de seus investimentos em ativos da ordem de 70 trilhões de dólares.
     Isso é problema ! É a invasão em todas as economias.   

terça-feira, 15 de janeiro de 2019

A INGLATERRA NÃO É MAIS UMA ILHA

     A bolsa de valores em todo o mundo tem como âncora de segurança o sistema político internacional, não é aceitável que a opinião inglesa sobre a sua posição dentro da União Europeia seja nos dias atuais, tão protecionista. Provavelmente, caso o parlamento inglês decida sair da zona do euro, haverá um longo período de perigosa adaptação nas composições dos fundos financeiros privados, visto que cada fundo tem seu próprio regulamento aceito pelas partes; os fluxos de capitais entre os mercados serão reavaliados sob a importância política e o mais importante, como entendo, será o movimento financeiros das commodities.
     O Brasil mantém um comércio com a Europa, e tem uma receita em torno de 50 bilhões de dólares com sua exportação, representado mais de 20% das exportações brasileiras, ficando atrás apenas no comércio com a China. Além do Brasil, é claro, está o mundo inteiro com essa expectativa que interfere nas políticas nacionais e nas projeções de investimentos.
     A parte estranha nesse processo, fica por conta da indagação: Porque a Inglaterra aceitou fazer parte da União Europeia ? O "fog" tradicional da Inglaterra era visto como um fenômeno nacional, mas estavam enganados os ingleses ; o nevoeiro paira por todo o mundo,e, é isso que deixa o parlamento ficar sem saber para onde ir.

domingo, 13 de janeiro de 2019

O MERCADO DE AÇÕES E O NEVOEIRO GLOBAL

     Já houve época que investir em ações, pessoa física, os indicadores financeiros de mercado eram  mais previsíveis. Como exemplo, as empresas divulgavam seus patrimônios líquidos, e com eles podíamos avaliar os valores das ações, esse indicador atualmente, no meu entender, sofre com a insegurança de previsibilidade das taxas de juros de longo prazo.
     O mercado de ações americano (Dow Jones) transfere para os mercados, como um todo, um passo de espera. É preciso saber que as taxas de juros americano balizam o mercado internacional, e sobre isso, seria uma catástrofe mundial o aumento de 2 pontos percentuais nos juros americano. As ações na zona do euro não se recuperaram desde a crise de 2008, mesmo com o aporte do Banco Central Europeu perto de 3 trilhões de euros à economia europeia.
     A expectativa de que a economia americana tenha chegado a um patamar de pleno emprego, sinaliza uma eventual política monetária mais restritiva. A questão americana/chinesa, vejo como um jogo de cartas combinadas, pois o envolvimento a que chegaram as duas economias, qualquer conclusão será precipitada. Esse nevoeiro ainda continua se expandindo em meus textos. 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

A DÍVIDA PÚBLICA MUNDIAL IRRESPONSÁVEL

     Essa dívida gira em torno de 60 trilhões de dólares, em alguns casos já ultrapassou a margem de segurança do equilíbrio financeiro. A dívida japonesa se for paga por habitante, cada cidadão desembolsará 100 mil dólares; nos Estados Unidos o cidadão americano pagará 60 mil dólares e o brasileiro desembolsará 6 mil dólares.
     A negociação das dívidas públicas entre os países é a maior prova de que o mundo precisa da cooperação mútua, essa relação acompanha paralelamente o intercâmbio comercial, por isso a suposta guerra comercial entre os Estados Unidos e a China apenas serve para valorizar  através do câmbio os títulos soberanos negociados. As dívidas são renegociáveis e terceirizadas, vale lembrar que a China tem em cofre 1 trilhão de dólares em títulos da dívida pública americana. Caso haja necessidade, esses títulos serão garantidos na liquidez por um país que honra seus compromissos, sem dúvidas.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

O CONFLITO DO PROTECIONISMO GLOBAL

     Desde a segunda parte do século XIX as grandes nações já apresentavam em suas políticas comerciais a necessidade de proteção de suas economias. A procura pelas matérias primas, exigiu a formação das colonias, sobressaindo nesse caso, a Inglaterra com forte abrangência sobre dezenas de colonias.
     A exploração estrangeira da sociedade capitalista tem a capacidade de transformação permanente, suas principais ferramentas são os bancos e a indústria. É possível que haja a formação nessas colonias de máquinas perversas de transferência de renda, quando se espera, pelo menos, a troca comercial de preços justos seguindo a doutrina cardinal de Tomás de Aquino.
     O comércio internacional e os investimentos em bens de capital, ou ainda, em aquisições de concessões, de licitações patrimoniais acionárias e empréstimos, são negócios que exigem comprometimentos de longos prazos, influindo nas instituições constitucionais e na soberania das nações mais desprotegidas.
      É uma regra com uso do poder econômico que já deveria estar enterrada pela intenção mundial de haver um desenvolvimento solidário. 

quarta-feira, 9 de janeiro de 2019

O CAPITALISMO E A BURGUESIA DE KARL MARK

     O Manifesto Comunista em 1848 foi publicado quando a Revolução Industrial adquiria o fortalecimento do seu rumo na Europa. Essa revolução foi a resposta do capitalismo para aquilo que Mark acreditava como uma transformação natural em todos os sistemas. A afirmação da sua teoria central ficaria por conta da inacabada luta de classes, ao criticarmos hoje em dia o capitalismo, teremos que criticar aquela velha teoria sobre a qual o proletariado jamais faria parte da burguesia.
     Por mais que essa luta seja inseparável do conceito materialista, o sentido de escravidão econômica imposta pela burguesia no capitalismo, morreu com a evolução da história humana da civilização moderna. Foi a evolução dos dois pensamentos, que para Mark seriam antagônicos até que o choque de conflitos revelasse a afirmação do socialismo,  a tutela do capitalismo moderno que permite o trabalhador se transformar em um empresário e surgir o significado das parcerias impostas por leis de mercado entre quem é dono do capital e quem produz. E, principalmente, que a teoria do valor da produção foi substituída pelo valor de troca determinada pela procura e pela renda do proletariado.
     

domingo, 6 de janeiro de 2019

O CAPITALISMO ESTÁ FALINDO ?

     A ganância não mais planificada da economia, esqueceu a remuneração da força do trabalho humano. Sabia o sistema que o crescimento econômico sustentável dependia da função consumo/renda, disso se resultaria a poupança ou o endividamento, enveredou-se então, quase de forma draconiana, freneticamente, pelo caminho da produtividade, com objetivos voltados para a maior oferta possível, alicerçada pela tecnologia insuperável. A perda do ritmo da produção planejada, cria a insegurança nos mercados, os contratos futuros perdem a referência, preferindo-se contabilizar os lucros com negócios à vista.
     Dessa forma, todos os resultados recairão no bolso do assalariado, o custo de uma economia inconsciente gera as insatisfações e lança aos manifestos os elementos das crises.
     O capitalismo ao virar as costas para a função social da renda, achando que basta produzir que alguém irá consumir, e o proletariado também acreditando em seu papel de gerador de emprego como fator de distribuição de riqueza, sejam  suficientes  para a estabilidade econômica e social, estão enganados, pois o perigo da quebra do sistema começa com protestos nas ruas e seguem pelo mundo afora.

sábado, 5 de janeiro de 2019

A EUROPA DEPENDE DO MERCOSUL

     Os líderes da Alemanha e da França tentam barganhar entre o Mercosul e a União Europeia, alegando o Acordo de Paris sobre o aquecimento global; o resultado das eleições no Brasil seria um dos motivos de pressão para a conclusão do fechamento do acordo comercial. A América do Sul tem um forte crescimento de commodities primários, e a Europa sabe disso e não pode prescindir desse mercado que ainda está longe de alcançar sua maturidade econômica.
     Faz parte da história europeia o caráter soberbo,mas, de indisfarçável insegurança política. O continente persegue as soluções para os conflitos sociais causados pela insatisfação da fraca capacidade da renda do trabalhador diante da pressão do alto custo de vida. Seus líderes estão perdendo a oportunidade de acalmarem os tumultos parisienses, oferecendo uma oferta de consumo dada pelo Mercosul, que tem a vocação para o setor primário.
     Não é hora de se fazer blefe contra o futuro garantido de um continente que já não precisa de mais nada para se fazer presente no mundo.
     

sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

O FUNDO PERDIDO DA PREVIDÊNCIA

     A previdência social é considerada como uma conta duvidosa. O trabalhador vive após da aposentadoria por um futuro próximo de vida sem o amparo legal do fundo que contribuiu durante sua vida ativa. É, em última análise, uma fraude legal. A previdência social caminha para a falência em todo o mundo, é o reflexo da insegurança do sistema econômico diante dos novos padrões adotados na economia moderna. Além disso as turbulências se tornaram frequentes com agravantes disputas de poder e ideologias que só servem para aumentar a insegurança do trabalhador e do futuro sob sua responsabilidade que herdará para a sua família.
     Cabe, no meu entender, que todos os órgãos internacionais do trabalho apresentem suas propostas contendo amarras de sustentação ao benefício àqueles indisponíveis pelo mercado de trabalho altamente transformado pela tecnologia de ponta em todo o sistema produtivo mundial.