terça-feira, 22 de janeiro de 2019

UMA FICÇÃO DO SÉCULO XVIII

     Um famoso pensador socialista do século XVIII, Robert Owen, dizia que a solução para acabar com a pobreza estava em tornar produtivos os pobres. Pena que o mundo não caminhou nesse sentido, a evolução do pensamento sempre caminhou nas margens das realidades, muito embora, sejam elas as promotoras que transformam a pressão das necessidades, não são  para sempre. Cada revolução nasce também para viver por algum tempo. Então, se o pensamento e a realidade são efêmeros, ambos nos servirão casualmente.
     Quando avaliamos o perfil das necessidades de consumo em várias épocas, encontramos as razões que marcaram os ciclos inovadores da economia. Se a indústria foi a área na qual a ciência, como um todo, mais evoluiu, foi ela também a que mais marginalizou a mão de obra de menor qualificação.
     A quinta revolução anunciada prevê a pá de cal na presença humana na atividade produtiva em todos os setores da economia. Espero, porém, que o capitalismo moderno considere essa revolução apenas um ligeiro prefácio daquela que seria a revolução de Owen : a tecnologia nunca será justa se não for capaz de resgatar o trabalho produzido pelos pobres, vencer a pobreza, e a humanidade fazer, afinal, a revolução de todas as revoluções.

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