sábado, 25 de maio de 2019

SISTEMAS DE APOSENTADORIAS EM EXTINÇÃO

    A previdência social na forma de um fundo compensatório começou a sofrer a sua exaustão no início da década de 50 com as primeiras apresentações do sistema da linguagem Fortran de computação da IBM. Esse sistema ainda era de processamento de dados rudimentar. Hoje, acreditá-se que apenas essa empresa seja proprietária de mais de 8 000 patentes de inteligência artificial.
     A inteligência artificial IA está de fato ameaçando o futuro da economia ! Existem previsões para os próximos 10 anos que o PIB consolidado de 4 países : USA, China, Índia e Brasil some 150 trilhões de dólares, resultado do produto gerado por uma mão de obra que vem sendo substituída progressivamente desde os anos 50.
     Essa afirmação, se baseia em uma experiência particular quando utilizei em uma estatal brasileira os recursos de processamento Fortran. A capacidade de substituição chega a ser desumana e, sem dúvidas, a maior ameaça ao emprego do trabalhador tradicional. O futuro da economia baseado na renda e no consumo deverá ser subsidiado pela produção oriunda da inteligência artificial, assim como o financiamento de todos os fundos de aposentadorias. Vale lembrar que a população dos 4 países mencionados em 2030 poderá ultrapassar 3,5 bilhões, ou  corresponder a quase metade do mundo.   

segunda-feira, 20 de maio de 2019

AS PEDRAS DO CAMINHO DO DESENVOLVIMENTO

     Celso Furtado, renomado economista brasileiro, em meados do século passado, defendia a ideia de que o desenvolvimento de um país dependeria do desenvolvimento do conjunto regional aonde ele estivesse.
     A realidade do mundo e a economia moderna, ajudaram a esfriar o meu entusiasmo por aquela teoria desenvolvimentista. Algum outro fator ainda poderá sobrevir, porém,  o que se vê, são duas potências econômicas disputando pela sobrevivência hegemônica, protegendo indiscriminadamente seus compromissos comerciais. Nesse embate nenhuma ajuda entra em pauta, e os países que estejam envolvidos, mesmo na periferia, os seus acordos bilaterais ficam à deriva, com perda da confiança nas projeções e implantações de projetos.
     Na minha visão, a polarização comercial está prejudicando os planos de desenvolvimento dos emergentes, acrescente-se a esse fato, a concentração e proteção das patentes dos dois lados e do capital realizado pelas empresas nacionais desses países.
     A espera pela definição desse jogo, deve servir para a melhor reflexão dos países interessados em seus desenvolvimentos. Entendo que os negócios devam seguir independentes, as parcerias não devem mais aceitarem as propostas com barganhas, as barganhas em acordo entre forças econômicas desiguais, convenhamos : não existe.
     O mundo de hoje é plural, e sabemos disso.

sábado, 18 de maio de 2019

OS FANTASMAS DOS EMERGENTES

     Está cada vez mais difícil em alcançar o desenvolvimento. Não bastasse as dificuldades domésticas que as economias emergentes enfrentam pela falta de infra estrutura, logística e principalmente da necessidade do capital externo, e ainda assim ficam à mercê, da benevolência do que sobrar após uma guerra entre duas potências comerciais.
     Certamente, sempre foi assim, o que mudou veio pela globalização com a diversificação dos corredores de comércio. As commodities, todavia, dependem do fluxo de capitais com uma maior oferta de dinheiro barato. Se a taxa de juros americano entra em perspectiva de aumento, os preços de todas as commodities são pressionados nos dois sentidos : há um ganho nas receitas e uma perda no custo de fatores. Essa insegurança serve apenas aos mercados em prejuízo dos produtores.
     Na categoria de emergentes, essas economias estão abaixo dos detentores das regras impostas, na maioria dos casos, pelas economias desenvolvidas. Nesse momento, os mais fracos estão sofrendo com a crise entre os Estados Unidos e a China; caso houvesse um mercado internacional em um nível mais expansionista, os emergentes teriam um protagonismo relevante nessa competição, porque essas duas potências estariam sozinhas no meio de um comércio verdadeiramente democratizado, com leis de mercado vistas com ampla justiça para todos em condições de terem uma maior presença junto a OMC e a OCDE.
     Está na hora, o quanto antes, dos candidatos ao desenvolvimento se formarem em bloco e estabelecerem um pacto independente de comércio.
     

sexta-feira, 17 de maio de 2019

O NÓ DO DESENVOLVIMENTO BRASILEIRO

     O pior para um país em alcançar o desenvolvimento é lutar e vencer as incertezas externas e internas. Os problemas do exterior são criados de forma independente, ao passo que as questões internas dependem do livre arbítrio constitucional.
     O Brasil precisa vencer 3 barreiras, cujas contingências, serão reduzidas com grandes programas de administração pública, austera e de médio prazo, no período de 10 anos. As barreiras dizem respeito ao controle rigoroso das contas públicas, à dedicação ao ensino fundamental e a preparação técnica para a moderna utilização da mão de obra brasileira, esse é o nó.
     Em uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE, com dados referentes ao ano de 2000. Há uma referência quanto as contas da previdência social e que reflete, no meu entendimento, um Estado centralizador. Na análise da previdência social brasileira, passados 19 anos, o regime geral então, recolhia 56 bilhões de reais e pagava benefícios de 66, enquanto a previdência dos servidores públicos recebia 7 bilhões de reais e pagava 52 bilhões. Outro fator nessa pesquisa era o grau de analfabetismo nacional, acima de 15 anos com 14%. Comparando com os países vizinho, o Chile tinha 4%, a Argentina com 3% e o Paraguai em 6%, a soma da perda da educação desses países era menor do que a do Brasil, o mais grave é que aquela análise observava também a consistente deterioração na avaliação dos alunos nas disciplinas básicas.
     Se esses dados,ultrapassados quase 20 anos, sofrerem traduções políticas, ainda assim, o Brasil terá que resolver e desatar o nó com urgência, é um conflito encrostado nas despesas do governo, ela subtraiu tudo aquilo que ficou perdido na educação e na preparação da geração que naquela época tinha 15 anos. 

segunda-feira, 13 de maio de 2019

DESMATAR É FORMA DE SOBREVIVÊNCIA

     Em 1956 a região amazônica tinha cadastradas 90 serrarias, com a explosão desse meio de enriquecimento, na virada do século já estavam cadastradas mais de 6000 serrarias.
     O desmatamento tem como grande aliado a pobreza das suas regiões e as enormes dificuldades de oferta de emprego. Convém salientar que apenas na parte legal da Amazônia esse setor emprega mais de 600 mil trabalhadores. Esses dados justificam o volume triplicado de madeira serrada : passou de 3,5 para 11 milhões de metros cúbicos, entre 1960 e 2000.
     Quando consideramos os danos ambientais, paradoxalmente, devemos aceitar a condição elementar da ocupação da mão de obra e da geração de renda necessária na sustentação mínima de sobrevivência das famílias.
     Afinal, não devemos nos omitir da culpa do desmatamento, estamos envolvidos diretamente nessas atividades, ou não estamos ?