sábado, 20 de abril de 2024

QUAL O TAMANHO DA POBREZA EM 2050 ?

 Os indicadores básicos da produção de alimentos, com vistas aos próximos 30 anos são preocupantes, levando-se em conta, por exemplo, que a seca tem causado sistematicamente sérios transtornos nas previsões agrícolas. A safra mundial de trigo 2018/2019 de 745 milhões de toneladas não foi suficiente para atender um consumo de 751 milhões. 

A agricultura consome sozinha 70% do consumo mundial de água, e ainda assim, existe uma estimativa para 2050, nos próximos 26 anos, de um aumento de 400% de água na agricultura que irá alimentar 9 bilhões de pessoas. Essas projeções são cada vez mais conflitantes com o crescimento populacional, o que leva crer um aumento significativo na propensão marginal de consumo, com menores quantidades de alimentos para um número cada vez maior de pessoas. Essa expectativa de oferta vem sempre acompanhada com as turbulências inflacionárias, penalizando a população desprotegida.

A marginalização da pobreza é feita pelo alimento que lhe é negado. A fome é consequência do processo hipócrita de causa e efeito, os planos internacionais de parâmetros específicos, não são ponderados na relação produção/consumo destinados aos mercados, incluindo o solidário das populações pobres do planeta, sabendo-se, sobretudo, que não são os responsáveis pela  crescente aceleração do índice de insatisfação de consumo.

sexta-feira, 5 de abril de 2024

BUSCANDO OS CULPADOS DA POBREZA-II

 Em 100 anos  a população mundial cresceu 4 vezes e  13 vezes mais economicamente. A matriz energética acompanhou naturalmente esse processo, produzindo 3 vezes mais energia.

Mas o que quer dizer esses indicadores com relação ao desenvolvimento social ? Se enquanto isso a FAO estima que se aproxima de um bilhão de pessoas passando fome e a OMC, por seu lado registra uma taxa média de crescimento anual das exportações maior que 2 %, incluindo principalmente as commodities de alimentos. É um paradoxo que nos leva crer em um crime internacional da ONU em não colocar na mesa dos debates o mundo de uma economia sempre em evolução desenvolvida através dos anos contra, por exemplo, a taxa média anual de crescimento da indústria bélica em torno de 3%.

Sempre esteve claro dentro da ONU que o domínio do cartel político,  detentor de uma política pública em seus países deficitária da ordem de 12% na relação despesa/ PIB nunca esteve obviamente interessado nessa questão, colocando sempre em pauta assuntos de interesses protecionistas .

Entendo que não haverá solução enquanto os países ricos não equilibrarem suas contas. O mundo e a vida não param, a FAO  estima que a produção de alimentos até 2050 precisa de um aumento necessário de 60% para alimentar 9 bilhões de pessoas. Se nada for modificado o mundo poderá se aproximar de 1, 3 bilhões de famintos numa visão otimista.