segunda-feira, 30 de novembro de 2015

'" QUO VADIS " COP-21 ?

     Existe uma expressão que surgiu com a 2ª guerra mundial, assim : " combinaram com os russos ? "
     Todos os líderes presentes na COP-21, deveriam antes de irem a Paris, combinarem com todos os meios poluidores e degredadores do meio ambiente em seus países sobre quais seriam as reais propostas a serem apresentadas no forun. Sabemos que as multinacionais dependem do entusiasmo da sociedade consumidora do mundo inteiro, essa relação não dá importância para o lixo que produzem. Como ignorar os lixões existentes em balsas gigantes flutuando sobre águas oceânicas, propriedades de alguns países do evento. Esses mesmos países são integrantes do G-8, G-20, G-33, Grupo de CAIRNS, cujos objetivos são unicamente financeiro, protecionista, formação de cartéis, concentração de renda e de elevado custo social na exploração dos recursos naturais. No último ano o G-20 faturou na produção agrícola 2 trilhões de dólares, tratando-se de alimento, todo o mundo se defende. Acredito que nesse forun estejam presentes grandes fazendeiros, madeireiros, pecuaristas, usineiros, mineradores,  portando no peito faixas de governantes.
     Já assisti pessoalmente,uma abertura de campo virgem para implantação de um projeto agrícola de soja : 2 tratores de esteira de grande porte afastados e conectados, numa distância de 50 metros e por uma corrente de com anéis de 3,5 polegadas de espessura de ferro. Quando iniciam o arrasto por onde passam, o solo virgem está limpo e pronto para o plantio, desafio alguém que já tenha visto esse conteúdo em algum documentário da imprensa.
     Enquanto ocorre a COP-21, os pecuaristas brasileiros fazem planos para 2030, é uma meta de redução de 55 milhões de hectares, porém, para realizarem essa tarefa, serão necessários investimentos acima de 50 bilhões de reais, em uma fase de grandes apertos de capitais. Espera-se para um período de 5 anos um confinamento de mais de 1 milhão de cabeças anuais até alcançar 6 milhões de cabeças bovinas no bioma da fronteira amazônica.
     Os governos que estão representados em Paris, fazem vistas grossas para as explorações do setor primário da economia. Mas, todos somos cúmplices da destruição do planeta, a visão e proposta que defendo desde muito tempo é a de começarmos o retrocesso  nos hábitos e costumes para que a COP-21 não fique marcada pela dúvida do debate sobre o início, ou o meio ou do fim do nosso futuro.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

A COP-21 e o nosso alimento

     Cada delegação na reunião de Paris, conhece suas metas reais e as que irão propor. É sabido também que o mundo tem suas metas reais, somente as reais, e que as metas do mundo não são factíveis nessa reunião. A meta real da agropecuária, anualmente registra uma produção mundial exportada de 2 trilhões de dólares, e esse mesmo valor foi pago pela importação de alimentos, isto é sem dúvidas, real.
     Uma outra discussão, estaria numa agenda de políticas de subsídios e protecionismo, agenda que todos reclamam e todos tem razão. Quando a questão é sobre alimentos, todo o mundo se protege, porém, quanto ao custo social e ambiental a prosa segue nos " entretantos", acho oportuno citar alguns "finalmentes"que provavelmente não serão abordados:
     No Brasil, para cada mil quilos de soja, são necessários 2 milhões de litros d'agua, e  esse mesmo tipo de irrigação está secando os aquíferos da California; o comércio agrícola internacional tem como principais exportadores em dólares o continente europeu, os Estados Unidos, Brasil, China e Canadá, e os maiores importadores agrícolas são o continente europeu, China, Estados Unidos, Japão e Rússia, sendo que os 2 últimos dependem significativamente da importação de alimentos. O território brasileiro é ocupado pelo setor agropecuário em quase 1/3 e nesse terreno são usados anualmente 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos. Seguirei mais adiante falando dessas metas de "DANTE".

domingo, 22 de novembro de 2015

O ALIMENTO ESTÁ NA AGENDA DA COP-21 EM PARÍS

     O problema da economia mundial é o protecionismo e o atrelamento das commodities nas exportações dos países em desenvolvimento. Esse problema, para o Brasil , acarreta consequências estruturais na economia interna, como no comércio internacional a eficiência e a produtividade são fatores determinantes, a exportação brasileira do setor secundário e terciário encontra uma barreira muito grande, devido as lideranças dos países desenvolvidos e a concorrência dos países, como o Brasil, tem na produção de manufaturados um índice de componentes agregados que permitem uma maior expansão da renda nacional. É provável que no encontro agora em Paris, o setor primário da economia mundial tenha uma agenda relevante no papel que as commodities representam na venda de grãos para o mundo sem se preocuparem com as devastações das florestas, do envenenamento do solo e do subsolo, envenenamento dos lençóis freáticos e fundamentalmente o uso da água para a irrigação por aspersão retirada dos rios e poços sem o cuidado da exaustão desse processo.
     Se levantarmos o debate para a produção da soja mundial na escala especulativa que é praticada, o problema do clima e da função básica na alimentação que a soja representa, encontrará uma forte resistência por parte dos países que tem suas balanças comercias dependentes do dinheiro da soja.
     Seguirei mais adiante abordando o alimento que é produzido em escala.

sábado, 21 de novembro de 2015

O DINHEIRO EM NOSSAS VIDAS

     Quando Aristóteles colocou em seus pensamentos as primeiras observações do significado da presença da moeda cunhada no processo de troca de mercadorias, não imaginava a repercussão que haveria depois de 2000 anos. A necessidade de troca de mercadorias e as trocas das sobras provocavam a perda real do valor do que era produzido, devido ao processo físico do mercado, e por isso foi trazido para a vida da humanidade a invenção da moeda. A partir de então a moeda passou a ser o único símbolo de riqueza, adquirida pela arte de acumular patrimônio pela economia  produtiva, ou pela acumulação da moeda, ou ainda pela arte da especulação. A especulação é um impulso intuitivo de inteligência em antecipar e promover o resultado futuro. A história conta que Tales de Mileto, filósofo e matemático grego tenha usado essa estratégia para ganhar dinheiro; ao prever uma grande safra das oliveiras, comprou as prensas da região e monopolizou a produção de óleo. Ao dizermos que a riqueza é uma arte não estamos dizendo que todas as artes são boas, a mitologia grega também nos conta como é estranho pensar que a riqueza não impede alguém de morrer de fome, a citação própria é encontrada na fábula de Midas, Deus que transformava em ouro todos os alimentos que lhe eram servidos.
     O dinheiro não é chave das soluções de todos os problemas e muito menos movimenta o mundo. Como elemento de troca é usado por aqueles que dispõe de uma intuição elevada e realizam as melhores trocas. Quando o sistema de trocas não era representado monetariamente, um quilo de trigo poderia ser trocado por um quilo de ouro, a equivalência dos valores dessas mercadorias é contada pela real necessidade de cada trocador. Ainda existem as trocas, e nesse caso, impera o sentimento da igualdade, ninguém perde porque o bem ou serviço é real. O drama aparece com a utilização da moeda que não nos dá o conhecimento  do destino final de nossas decisões, é o mistério do resultado contido nas incertezas e nos julgamentos alheios.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

A CONFIRMAÇÃO DE UMA IDÉIA ABSURDA

     Em 1983, em um seminário sobre planejamento demográfico, o ilustre economista brasileiro Mário Henrique Simonsen, já alertava o perigo de uma taxa de crescimento demográfico negativa, para uma população de renda per cápita anual decrescente, a partir de níveis de subsistência,
" podendo-se esperar é que a população seja submetida a um processo gradual de extinção por falta de meios de sobrevivência ".
     Uma previsão com pouco mais de 30 anos, mencionando uma idéia catastrófica, poderia ser considerada como absurda, porém, a grande previsibilidade daquela época, atualmente, se confrontarmos com os indicadores globais, não há como deixar de se preocupar.
     A saber inicialmente, que em uma população mundial em torno de 7,3 bilhões de pessoas, 54 % vivem em cidades, são quase 4 bilhões de pessoas fora do campo, lugar, é necessário lembrar, aonde se produz o alimento da raça humana. Apenas no Brasil, essa diferença é representada por uma proporção de 6 habitantes urbanos para apenas i no campo. A taxa de crescimento demográfico mundial tem uma tendência decrescente, e, é mais significativa nos países desenvolvidos, com uma variação para menor de 50 % nos últimos 50 anos. Como natural consequência dessa população velha, o mundo está produzindo menos. Em 2014, o PIB contabilizado pelas 10 maiores economias, alcançou 51 trilhões de dólares e no entanto a taxa de crescimento desse indicador de riqueza, vem caindo desde a década de 70.
     Outra avaliação global, pode ser feita com a soma dos Estados Unidos, Europa, Ásia, Oriente Médio, América Latina e África, se classificarmos por grupos produtores de tecnologia, produtores industriais, produtores de agricultura e pecuária e produtores de energia, entenderemos facilmente, que a grande parte de países no mundo são dependentes de uma pequeno grupo que produzem alimentos e com enormes secas e de redução nos lençóis freáticos, haja vista, que o Estado da California, tido como um dos maiores celeiros do mundo, a agua começa a ser localizada em poços mais profundos, e no caso do Brasil, apenas em 2012, 113 trilhões de litros de água foram enviados para o exterior nos grãos de soja, e para a Rússia, em cada quilo de carne bovina que exportamos, são necessários 15 mil litros de água. Como o processo de irrigação retirada dos rios não tem hidrômetro, toda a água que abastece as commodities, compromete o meio ambiente e tem alto custo social.
     

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O DINHEIRO ANDA NA CONTRA MÃO BRASILEIRA

     A história que está por trás da recessão deve ser contada levando-se em conta a volúpia financeira que é adotada pelo sistema bancário com a proteção da legislação que o governo mantém. A atividade econômica perdeu o fôlego e o caminho seguido pelo dinheiro foi direto para o mercado de capitais. Esse setor não ajuda a ninguém que participe dele sem que tenha um alto conhecimento de seus meandros, apenas os astuciosos estão com um passo a frente das flutuações especulativas e o governo patrocina as injustiças desse mercado com a autoridade que impõe taxas de juros abusivas no crédito e para os tomadores já realizados. Como as empresas ficam descapitalizadas, a procura por capital de giro fica difícil de se levantar porque o dinheiro é caro no mercado dominado pelos bancos e as famílias sofrem o mesmo processo de descapitalização pela perda do poder da moeda e do desemprego.
     O efeito colateral desse problema é a imediata redução da arrecadação de impostos e o baixo nível contábil no superavit primário do governo. Qual a garantia fora do sistema produtivo que as aplicações no mercado financeiro podem oferecer ao investidor ?  Nenhuma. Já ocorreram  quebras de bancos e calotes de governos. seus papéis e títulos públicos e privados, entregam todo o risco para o investidor. Se a poupança doméstica no país foge para os papéis públicos influenciados pela insegurança dos indicadores econômicos, também causa o problema do aumento da dívida pública, que será paga no final das contas, pelo próprio investidor.
     Enquanto não se fizer uma desoneração no custo do dinheiro em circulação, pelas taxas referênciais, pelos custos dos serviços bancários e pelos custos fiscais agregados nos bens e serviços produzidos, teremos uma eterna indexação na economia que sustenta o passivo do governo e escraviza as famílias consumindo grande parte de sua renda.

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

A FALÊNCIA DAS IDEOLOGIAS POLÍTICAS

     Qual é o destino da base política existente no mundo? As diferentes correntes ideológicas se recusam a admitir que não são mais puras e uma terceira começa a nascer na soma de suas sínteses.
Não é uma neologia sobre essa idéia, porém a vida reflete uma permanente barganha de interesses políticos e financeiros na ebulição global.
     A partir do início do século 20, mesmo antes da primeira guerra mundial, o sistema capitalista já apresentava os primeiros sinais de enfraquecimento, a perfeição do regime liberal abria espaço para as idéias do dirigismo da economia. Com o tempo aquele modêlo se transfigurou e as economias do mundo ocidental passou a ter a presença do Estado cada vez maior, regulando, normatizando e competindo com o setor privado. Nas economias de países de regime comunista os mercados financeiros movimentam capitais especulativos e abrem as portas para o deslumbramento das multinacionais, amparadas por leis comuns que facilitam o acesso aos donos do feudo chamado mundo.
     Em tese, a economia de mercado liberava o indivíduo para comutar sua propriedade com qualquer bem material ou racional, era um sistema baseado no indivíduo em busca do seu bem estar e esse regime privado produziria indiretamente a satisfação coletiva, também conhecido como sistema capitalista. Por seu lado a economia distributiva ou socialista comunista, era baseada no coletivismo que substituiria o indivíduo. Cabia a autoridade a divisão igual do resultado, a propriedade pertencia a todos e os objetivos eram planificados e o quanto coubesse a cada um significaria  seu nível de vida.
     A história apenas narra a contra partida entre os dois sistemas, sem que entretanto, nenhum dos dois tenha adquirido um corpo capaz de formar uma estrutura forte de sustentação de poder político. Como mais nada sobressae, a humanidade através dos tempos mantém uma dialética que não passa de concepção de cada um. A realidade nos mostra que o mundo tem um sistema extraído das imperfeições do liberalismo e do socialismo. Esses sistemas se enfraqueceram lutando por suas afirmações, e por mais contraditório que pareça, esses dois regimes contém em seus âmagos ideológicos os mesmos princípios, sem que entendam a convergência que está presente em suas divergências.
   

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

UMA APLICAÇÃO DE RISCO É O CÂMBIO

     O montante em reais como resultado da economia brasileira não é suficiente para tocar a construção de toda a infra-estrutura necessária capaz de tornar o país desenvolvido. É preciso que haja entrada de recursos externos, é a contribuição proveniente das poupanças das famílias estrangeiras, atualmente é superior a 500 bilhões de dólares, também conhecida como a dívida externa do país. Essa é a verdadeira noção sobre a quem pertence a moeda de um país, o governo é seu avalista legal e essa moeda é garantida por lastro em ouro nos cofres do tesouro nacional.
     Em 2014, para mencionar alguns exemplos, entraram no Brasil aproximadamente 65 bilhões de dólares, destinados principalmente para a área do petróleo e ainda devem entrar 25 bilhões de dólares até 2020 para atender a 90 projetos de logística apenas na região sudeste. O fluxo internacional de dinheiro é regulado pela variação cambial e pela situação política das instituições representativas dos poderes de uma nação. No caso do Brasil, o câmbio está provocando uma perda de mais de 200 bilhões de dólares nas poupanças das famílias do exterior. O entendimento aritmético e financeiro dessa perda pode ser com dados hipotéticos ; se entra no país 100 dólares valendo 2,50 reais por dólar, convertidos serão 250 reais, quando o dólar passa a valer 3,00 reais, os 250 reais que pertencem, dentro do Brasil, as famílias do estrangeiro só poderão reaver 83,33 dólares.
     Portanto, os recursos externos, que fazem parte da dívida brasileira devem ser honrados, pois eles participam na construção do país e representam a confiança e o respeito que o mundo tem pelo Brasil.
   

sexta-feira, 6 de novembro de 2015

O MUNDO É CAPAZ DE ABANDONAR O PETRÓLEO ?

     Quando regozijamos com a perda da importância relativa do petróleo como fonte de energia, não consideramos o desastre no futuro que teremos que enfrentar com a troca para outras fontes de energia limpa. Em primeiro lugar não acredito que os cartéis estarão dispostos a perderem de "mão beijada" sua principal fonte de renda, e abandonarem as gigantes reservas como as que estimam estarem depositadas no Oriente Médio e Rússia, algo em torno de 8 trilhões de barris. São poderosos conglomerados que irão manipular, como sempre fizeram, os preços a níveis reduzidos afim de incentivar o sistema de consumo atual.
     É possível que ainda leve muito tempo para assistirmos a reforma da capacidade instalada da indústria mundial no uso desse combustível. Sabemos que até hoje apenas foi explorado 1/3 do potencial estimado no mundo e que existem atualmente navegando pelos mares mais de 3.500 petroleiros, carregando 2,4 bilhões de toneladas de óleo, uma avaliação mais contundente é que somente um super petroleiro transporta mais que toda a produção de um dia do Brasil.
     Dentre todas as questões sobre esse assunto, haverá o questionamento do fim a ser dado a toda sucata, as problemas oriundos das negligências que ocorrerão após os abandonos dos ambientes dos campos produtores terrestres e marítimos além dos complexos sistemas de logísticas de estocagem e transporte. O impacto da transformação nos países que tem o petróleo como sustentação de suas economias, deverá alcançar o resto de mundo. O mundo se movimenta com o petróleo e o efeito multiplicador do colapso da produção será disseminado por todas as camadas da sociedade mundial. Por isso, acredito que a tendência da política do mundo dos negócios, arraste essa questão para o âmbito de expectantes debates e de reuniões para se marcar outras reuniões.    

domingo, 1 de novembro de 2015

A ENCRUZILHADA DO MUNDO

     Em alguns momentos sou levado a pensar apenas no presente e não ver com mais atenção o quanto a frequência das causas que tiram a tranquilidade das pesssoas alteram as nossas vidas sem que tenhamos a apercepção do que está acontecendo. A sociedade como um todo , vive o dia a dia fazendo planos imediatos baseados principalmente na renda pessoal ou na proteção do emprego e o   medo do endividamenteo. Mantem um adequado sistema de consumo, de preferência cuidando em não mudar seus hábitos e na medida do possível cuidando da educação e da saúde. Esse plano de vida tem atravessado a história da civilização, valendo  para os ricos e os pobres, mantendo, é claro, as devidas diferenças.
     Durante o caminhar da humanidade, não se deu conta que a presença da tecnologia a partir do meio do século passado, mudou o fundamento e a compreenção da vida. Se eu só preciso do dinheiro para satisfazer todas as minhas necessidades materialistas, sem dar um passo siquer, o fundamento da conquista pessoal  dos valores acabou! E, se eu acho que toda a  tecnologia virtual  é a razão da minha felicidade, o meu juízo de valores já não mais me pertence!
     A tecnologia isola as classes sociais das castas e elites e  ainda mais daqueles que governam, os  senhores feudais. Precisamos acordar da fantasia do sistema virtual, no meu entendimento retrógrado, estamos nos isolando da natureza real das coisas, do tato e do faro. É como se cego e surdo eu fosse, e assim viveria feliz apenas imaginando tudo.