segunda-feira, 16 de novembro de 2015

O DINHEIRO ANDA NA CONTRA MÃO BRASILEIRA

     A história que está por trás da recessão deve ser contada levando-se em conta a volúpia financeira que é adotada pelo sistema bancário com a proteção da legislação que o governo mantém. A atividade econômica perdeu o fôlego e o caminho seguido pelo dinheiro foi direto para o mercado de capitais. Esse setor não ajuda a ninguém que participe dele sem que tenha um alto conhecimento de seus meandros, apenas os astuciosos estão com um passo a frente das flutuações especulativas e o governo patrocina as injustiças desse mercado com a autoridade que impõe taxas de juros abusivas no crédito e para os tomadores já realizados. Como as empresas ficam descapitalizadas, a procura por capital de giro fica difícil de se levantar porque o dinheiro é caro no mercado dominado pelos bancos e as famílias sofrem o mesmo processo de descapitalização pela perda do poder da moeda e do desemprego.
     O efeito colateral desse problema é a imediata redução da arrecadação de impostos e o baixo nível contábil no superavit primário do governo. Qual a garantia fora do sistema produtivo que as aplicações no mercado financeiro podem oferecer ao investidor ?  Nenhuma. Já ocorreram  quebras de bancos e calotes de governos. seus papéis e títulos públicos e privados, entregam todo o risco para o investidor. Se a poupança doméstica no país foge para os papéis públicos influenciados pela insegurança dos indicadores econômicos, também causa o problema do aumento da dívida pública, que será paga no final das contas, pelo próprio investidor.
     Enquanto não se fizer uma desoneração no custo do dinheiro em circulação, pelas taxas referênciais, pelos custos dos serviços bancários e pelos custos fiscais agregados nos bens e serviços produzidos, teremos uma eterna indexação na economia que sustenta o passivo do governo e escraviza as famílias consumindo grande parte de sua renda.

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