quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

O MUNDO, AFINAL, A QUEM PERTENCE ?

     Temos que aprender a viver juntos no mundo, praticando o princípio da universalidade e igualdade, só assim evitaremos as depressões e pobreza que alimentam as intranquilidades e pior ainda, a paz.
     Em 1944, William Hard, estudioso reporte americano de assuntos internacionais, com extrema inspiração já reclamava em seus artigos da necessidade universal do voto igual para todos os países. Era observador das políticas que conduziam as alianças e principalmente os interesses estranhos e as suas implicações políticas e econômicas. William era um crítico com profunda compreensão sobre as conveniências das alianças internacionais, basta lembrar suas observações da balança dos interesses entre a aliança do Mediterrâneo e a aliança anglo-russa, sua visão política era verdadeiramente solidária, os países do mediterrâneo contavam com a aproximação da Turquia e o Iraque, pertencentes a Mesopotâmia e o Irã da Pérsia. Como a Inglaterra e a Rússia tinham, como ainda tem, enormes interesses naquelas regiões a intenção política e econômica evidenciava neutralizar a aliança do Mediterrâneo. Ora, como já existia a aliança anglo-americana, a tradução disso revela que se entregaria o governo do mundo apenas a três países.
     O que mudou ? NADA !
     Como esse mesmo mundo é igual para poucos e desigual para muitos, entendo que o conteúdo da história acima, resultante, é a distribuição da riqueza mundial, ela pode ser entendida apenas com as 8 maiores economias: todos os 8 países representantes desse grupo, obtiveram no período 1970-2010, taxas de crescimento em torno de 2% na relação renda nacional por habitante, se ainda assim essa taxa fosse zero, poderia significar como uma ampla distribuição de benefício social nesses países. Sobretudo, o que se observa, a meu ver, é uma grande concentração de renda  para uma grupo de países com crescimento populacional menor que 1% nesse mesmo período e com uma taxa de poupança privada superior aos 2 dígitos.
     Então ? A quem devem pertencer as decisões da segurança e os assuntos mais importantes do povo que habita esse mundo ? Devem pertencem, acredito, a todos os povos de todos as nações, as mais ricas e as mais pobres, ao se interligarem solidariamente, somando suas diferenças em defesa de um só bem, a paz total !

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

FELIZ NATAL, MESMO ASSIM

A nova realidade  tem nos apresentado um problema não previsto na época dos meus pais,  ha 60 anos atrás. Como poderiam imaginar que as famílias passariam a noite de Natal "on line ", apenas se representando por  figurinhas e hieroglifos, muitos deles intraduzíveis. A magia moderna do Natal está diante, contido e sintetizado em uma tela de 3 polegadas, que ali para e acaba o mundo ao redor.
     Por onde andarão no tempo e no espaço os últimos murmúrios das famílias reunidas, transcender pelos natais em busca da tradição é coisa ultrapassada. Sorrimos publicamente como um eremita e não nos damos conta que existe em volta da gente, na pele da gente, dentro da gente e melancolicamente a frente de nós, um cativeiro a nossa espera aonde seremos consumidos.

domingo, 18 de dezembro de 2016

QUAL É O PÃO NOSSO DE CADA DIA ?

     Como podemos entender que depois da evolução acelerada da inteligência humana e só agora a alimentação é valorizada através das informações fornecidas por dicas sobre os alimentos saudáveis, os chamados orgânicos. Vale lembrar que o modelo de produção de alimentos orgânicos nada mais é que a volta ao passado quando não havia a indústria de transformação alimentícia.
     Os atuais projetos urbanos de hortas, é uma saída moderna na procura de soluções sustentáveis. Mas, com a devida desculpa, não posso deixar de mencionar o projeto de horta urbana sobre a lage  do telhado  de nossa casa em 1952, quando morávamos no centro da cidade do Rio de Janeiro, devo acrescentar que meu pai tinha origem portuguesa de lavrador, portanto com um testemunho fiel posso dizer que a fartura e a impressionante variedade de legumes e verduras abasteciam mais que meia duzia de famílias.
     A vida avançada incorpora pensamentos de experiência para semeadura, os cuidados de prevenção contra as seduções dos hábitos modernos de alimentação devem se tornar matéria obrigatória do ensino fundamental. Essa herança não me transformou em um em um convicto retrógrado, absolutamente ! Essa herança me conforta com o sentimento de liberdade !
     O mundo e tornou urbano e a pressa inútil inibe a vontade de se cuidar do prazer e da arte do ato da refeição.
     ATENÇÃO !  CUIDADO ! Aquele frango congelado abatido com 30 dias de vida, foi embalsamado para um ano de validade e foi injetado por uma mão robótica com meia dúzia de agulhas devidamente abastecidas com os nutrientes informados nos rótulos. A soja recebe agrotóxicos na produção das sementes, na germinação, no processo de crescimento recebe hormônios controladores, para que a planta se adapte ao tamanho da colhedeira,e o defensivo do grão no ensacamento, no armazenamento, no transporte e vai parar finalmente dentro da gente.
     O império econômico que domina o Setor agropecuário está presente na formação das leis nos Parlamentos, são deputados, senadores, ministros, chefes de secretárias, chefes de Estados. Todos herdeiros de grandes famílias de fazendeiros e de negócios milionários sobre AQUILO que colocamos em nosso prato.
     A vida nos ensina o suficiente para entender que nos prtos de porcelana chinesa o cardápio é diferente. Cabe então nesse caso, aos meros mortais, perguntarem a si próprios:
     O que é ser e ter por pequeno que seja um banho de liberdade ?
   

sábado, 17 de dezembro de 2016

VELHOS CONCEITOS PARA NOVAS PROPOSTAS

     Existe um velho chavão popular que diz assim: " barriga e bolso não tem moral nem pátria ". Este comentário serve para antecipar as ideias as e interpretações das velhas doutrinas econômicas. A partir do século XIX surgiram indisfarçáveis preocupações no plano teórico que defendiam o pensamento da maior interveniência do Estado ou a liberdade dos agentes econômicos, achando que o liberalismo traria um sentido democrático para a formação da renda e da distribuição social da riqueza. O chavão equinóforo é o que fez no transcorrer da história a evolução da economia e dos seus conceitos;um novo muro construído pelas modernas necessidades de produção, comércio e consumo dividiram as opiniões do fundamento que uni o investimento dirigido, a livre concorrência e a corrida pela produtividade, elementos como preço e custo agregado da produção são frequentemente mascarados por dumping, subsídios e cartéis de oligopólios.
     Com a identificação prematura dessa realidade, as políticas governamentais dos países mais desenvolvidos, passaram a adotar posições de protecionismo, ou uma nova ordem harmônica da economia, dizemos que ela é invisível, incorpórea como uma arpa afinada, como se fosse extraída de um sexto sentido apurado. Emerge um "capitalismo nacional social post-marxista ", projetá-se o fortalecimento da indústria nacional com a presença maior da participação técnica da mão de obra "humana" e das representações sindicais. Uma economia desenvolvida e solidária pode compartilhar com um socialismo reformado, tornando o capitalismo mais justo inevitavelmente. Os economistas são os responsáveis por conduzirem  no plano teórico a economia, fundirem as doutrinas e entenderem que estão como sempre estiveram diante da necessidade humana em busca da justiça e da felicidade.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

A DIFERENÇA ENTRE OS DESIGUAIS-II

     A oligarquia que se esconde e é protegida entre as vírgulas das constituições das democracias precisa admitir que homens livres e de honorabilidade impar, mesmo em minoria, tenham autoridade sobre as maiorias.
     A injustiça começa pela desigualdade da tributação nos capitais ocultos, pode-se dizer que a perversidade dos homens está na sua insaciável vontade de riqueza, formam governos em nome de uma falsa perfeição, um credo tão velho quanto o sol que nos aquece, é uma filosofia brotada nos sulcos da artimanha humana, como os "três óbolos" de salário dado por Péricles aos juízes de Atenas, aqueles magistrados aceitaram contentes porque sabiam que faziam parte da oligarquia e eram ignorantes das desigualdades.
     Afinal, qual é a instituição ideal capaz de evitar o interminável aumento da desigualdade ? Seria o imposto progressivo sobre o capital ? Ou a prevalência de uma constituição petrificada, que o interesse geral tangido pelo pensamento utópico prevaleça sempre sobre o interesse privado. Sabemos pela história que os ideais de justiça nunca saíram das mentes mais avançadas. Mas o que dizer da realidade burlada, como no caso brasileiro, onde um contribuinte com renda mensal de 1.700 dólares paga de imposto de renda a mesma alíquota de quem tem renda mensal de 500.000 dólares ! Diante disso o que esperar do futuro da distribuição de renda e do desenvolvimento de todas as classes sociais. A própria nação americana, os Estados Unidos, país rico e desenvolvido, sempre encontrou em sua história as barreiras formadas pelas oligarquias, boias da democracia ! O presidente Herbert Hoover taxava em mais de 50% as rendas mais altas, Roosevelt durante a sua campanha presidencial criticava Hoover, mas não demorou a ultrapassar os 80% , e hoje não chega aos 35%.
    " O verdadeiro mal não é a desigualdade : é a dependência, duro porém, é servir um ao outro.", augustas palavras do início do século XVIII de François Marie Arquet. Voltaire.
   
     

domingo, 4 de dezembro de 2016

O TRANSCURSO DOS INTERESSES PELA HISTÓRIA

     A dominação vem pela economia. ela se baseia na classificação de "superiores" sobre os "inferiores". Podemos dizer que o questionamento desse sistema político econômico teve início no século 18 com Adam Smith, teórico da Escola Clássica, em suas ideias sobre a "Teoria dos sentimentos morais" e em 1776 com a publicação da "Riqueza das Nações". Provavelmente, iniciava então os primeiros impulsos para uma economia solidária. Contudo, no transcorrer da própria história da economia o processo dos interesses daqueles que dominam o capital, revelou uma tendência contrária a uma economia justa.
     Atualmente o que se vê é um conluio entre os acordos comerciais e os destinos dos fluxos financeiros, é a velha classificação do leme nas mãos dos "superiores". A China possui uma das maiores reservas de divisas construída pela implantação das multinacionais em sua indústria, em troca seus investimentos no exterior são destinados aos mercados seguros dos países ricos. A estatal chinesa COFCO é dona de 4 usinas sucroalcooleiras no estado de São Paulo no Brasil. A procura por esse tipo de investimento no exterior é, ao meu ver, uma proteção da segurança nacional do investidor, é uma aquisição do fator de energia que pertence, nesse caso, a um país fragilizado economicamente, a energia gerada pelo etanol participa com 17% na matriz energética do Brasil.
     Em outras palavras, a ordem econômica atual ordenada pela globalização dos acordos bilaterais destrói os velhos conceitos da livre concorrência. Quando o investimento é dirigido para um setor estratégico no exterior, está ocorrendo em verdade, um processo imperialista, ou quando as empresas multinacionais se unem visando uma pretensa produtividade, está também criando um cartel sem o menor respeito ao consumidor. Sabemos que a produção de carros da auto-latina no Brasil é totalmente feita em cima de uma plataforma comum para todas as marcas. É oferecido ao consumidor uma enganosa interpretação de livre concorrência e o mais importante dessa questão diz respeito se a economia solidária entre os "superiores" diminuirá a concentração de renda no mundo a favor dos "inferiores".

domingo, 27 de novembro de 2016

OS ACORDOS E OS DESACORDOS ECONÕMICOS

Os historiadores, sem dúvidas, explicarão por certo, os movimentos sociais-econômicos entre as décadas de 30 e 40 do século passado, quando o processo da economia através dos negócios e do comércio abria todas as barreiras internacionais. A principal repercussão girava em torno de uma polêmica, muito discutida nos dias atuais, tratava-se do protecionismo. Naquela época, o argumento era da possível catástrofe mundial provocada pelo protecionismo do mercado que se universalizava. O que ocorreu em termos políticos posteriormente, foram os acordos de livre comércio, que se tornaria em uma nova forma de se proteger quem participasse dos acordos. A criação, por exemplo, do "Gatt", Acordo Geral de Tarifas e Comércio, engessava e condicionava a participação de economias niveladas, deixando de fora os mercados desiguais de salários de produção desiguais.
     Entendo por princípio, que não existe acordo perfeito e justo, a relação de troca só é justa na equivalência relativa das necessidades, só que as necessidades modernas são voláteis e descartáveis, até mesmo as necessidades fundamentais  perderam o valor essencial, e nesse sentido o processo da globalização solidificou o mercado voltado para isso. Se a globalização desentravou os processos arcaicos e quebrou os cadeados das tiranias políticas e econômicas, também permitiu a abertura total da transparência dos resultados práticos dos acordos para aqueles que tocam suas vidas dependentes, em última análise, dos acordos setoriais, vale salientar, a presença sempre marcante da resistência dos agricultores franceses frente a própria União Europeia de Comércio, nesse caso o protecionismo não é uma política como aconteceu no primeiro ato do governo democrata de Clinton, quando elevou as tarifas aduaneiras sobre a importação do aço, o que os agricultores franceses fazem é uma defesa necessária de uma tradição da sua força de trabalho, isso não é um protecionismo nacionalista, é muito mais ilativo, pois entendo que assim agindo evitarão a ameaça da catástrofe mercantil e com absoluta certeza a extinção da identidade e personalidade daquilo que se produz no mundo.
     Vida longa aos agricultores franceses !

sábado, 26 de novembro de 2016

A JUVENTUDE É O GRANDE PROJETO- PROTEJAM-NA !

       Todos os textos escritos tem como destino um porto chamado juventude, ela me enche com uma saborosa inveja e por ela manterei acesa a chama do meu protesto sem claudicar nem recuar perante a estupidez da alcateia de desumanos. O avanço das ideias sem respeitar fronteiras mudou no mundo os currais ideológicos e criou para sempre uma opinião pública respeitada, capaz de alterar a dinâmica que move os sistemas políticos e econômicos. Se arrasta uma disputa na era moderna entre os pensamentos diferentes do que representa justiça e liberdade, do que representa livre empresa, propriedade privada e livre iniciativa ou um sistema central de planejamento e a economia dirigida. Entre os ideólogos e doutrinadores, tanto uns como outros terão que conviver com a globalização da opinião pública mundial, ela varre o planeta em segundos e muda na hora qualquer "status quo "
     Por que o êxodo rumo a Europa ? Não se emigra ao desconhecido como na época das grandes descobertas, a busca pela liberdade chega hoje pelos admiráveis meios de comunicação da tecnologia de ponta do século 21. Nada nem ninguém impedirá essa nuvem que envolve todas as sociedades por mais diferentes e isoladas, dentro de um mundo único e de uma relação umbilical. Por que ainda existe uma intacta altura para chegar a dignidade humana, mínima pelo menos para se ser feliz ? Tenho uma fé fiel de que no jovem sorriso marcante e empolado da juventude, esteja ela aonde estiver, estará  a fonte virgem e soberana da esperança da humanidade.
    Ela é o colo ideológico em que me apoio e me inspira escrever.

domingo, 20 de novembro de 2016

A DESIGUALDADE ENTRE OS DESIGUAIS NÃO MUDA

     Gosto da tautologia, é a maneira de se repetir o mesmo assunto, sofro desse mal por me manter no combate sem glória entre o poder dos ricos e a submissão dos pobres.
     Existe um poderoso mercado de riquezas minerais que funciona "full time" e suas cotações são acompanhadas mundialmente por um público específico, são consumidores de ouro, prata, platina, bronze, cobre, níquel, paládio, alumínio e amianto como principais mercadorias. São clientes do G-8, eles sustentam um população economicamente ativa em suas economias, com percentuais em média superiores a 60%.  Uma força alimentada por regiões e categorias desprotegidas, economias desenvolvidas utilizam melhor essas matérias primas, tem parques industriais de alta tecnologia e o mais importante é que todas as patentes utilizadas pertencem aos seus grupos. De elevado valor econômico e financeiro, as valorizações nas bolsas de mercadorias ocorrem a favor dos especuladores quando as políticas de nível internacional se conflitam. Representam afinal nessas ocasiões maior segurança de lastro anulando o valor das moedas fortes, estamos nesse caso falando de uma moeda mais forte do qualquer papel carimbado, são ligas nobres e raras, fonte de toda ambição e da gula humana, motivo de todas as guerras e batalhas pela conquista do poder.
     Devemos ter muito cuidado daqui para frente ao analisarmos os caminhos tortuosos que escondem os segredos e fazem parte dos textos acordados nos pactos comerciais entre nações de economias heterogêneas e padrões tecnológicos desiguais. Mais uma vez retorno aos meus antigos arquivos para lembrar uma entrevista em 1979 de Cláudio Mamanna, ex-executivo da IBM e professor de física que manifestava sua preocupação dos aspectos da " vulnerabilidade dos parques industriais com o aumento cada vez maior da dependência da tecnologia patenteada por grupos estrangeiros ".
      Se as duas pontas da economia estão amarradas por grupos, a parte que resta do sistema produtivo sofre com a paridade do poder de compra entre quem compra e quem vende. Como conhecemos os compradores, seus fornecedores de riquezas são os pobres, os países africanos e os países sul americanos, verdadeiros quintais da exploração desigual e desumana das riquezas minerais de valorizações física etéreas e eternas e servem de lastro em qualquer lugar. Em alguns casos, convém citar a Eritréia, país com PIB abaixo de 200 dólares per capta , fornecedora de ouro, cromo, platina, cobre, níquel, carvão e amianto.
     O que dizer mais ? Peço desculpas desse meu defeito, continuarei porque a ciência da Economia tem como destino fanal a justiça.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

15 de novembro de 1889

     Comemoramos hoje os 127 anos da jovem República Federativa do Brasil, esta data muito me honra, pois meu pai nascia nove anos depois, se tornando parte da histórica primeira geração republicana. Esta Nação teve o marechal Manoel Deodoro da Fonseca como seu primeiro presidente, foi ele ao lado de Benjamin Constant os fundadores da nova pátria brasileira. Devolveram a pátria mãe Portugal a monarquia imperial carunchosa e mofada. Raiva em nossa gente rejuvenescida o patriotismo, como a luz da primeira estrela da madrugada nacional.
     Assim então, um pouco mais adiante, nos idos de fevereiro de 1893, ouvíamos o som das palavras da águia Rui Barbosa, sonho para que aquele verbo possa ecoar para sempre em cada coração brasileiro : " A República precisa ser conservadora a um tempo para que possa combater o radicalismo, o despotismo, as utopias revolucionárias e contra as usurpações administrativas".
     Salve a pátria amada brasileira
     Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós !

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

A LUTA PELA NOSSA RIQUEZA

     Não tenho muito mais espaço para mudar o pensamento doutrinal quanto a forma de se viver em retrocesso. Retroceder, no meu modo de pensar, é praticar no dia a dia alguma medida particular e pessoal a favor da humanidade no futuro. Existe alguma coisa de errado quando percebemos que a aceleração da vida está mais rápida que o tempo, fomos impactados pela maravilha da era tecnológica no uso individual e doméstico, essa sedução contagiou o mundo inteiro e transformou nossas casas em pontos produtores e acumuladores de lixo.
     A fome das multinacionais é patologicamente financeira e por isso nada fazem no sentido da redução do consumo de energia. A máquina industrial da China para manter os altos índices de crescimento consome em energia elétrica o dobro das outras fontes como o petróleo e o carvão, no Brasil, como já escrevi anteriormente, são usados 300 mil litros de água para produzir uma tonelada de aço e mandamos anualmente para o exterior algo em torno de 112 trilhões de litros de água dentro dos grãos transportados.
     Se o planeta corre perigo, a mais simples decisão em economizar energia é um passo de esperança em direção a um destino melhor. Quando os depósitos de lixo nuclear se tornaram uma sinistra preocupação, a causa raiz somos nós, consumidores irresponsáveis e alienados diante do projeto aliciante das multinacionais.
     Como a ciência econômica trata da produção e consumo das riquezas, devemos economizar essas riquezas. É preciso, pois, coragem e paciência na vida ativa, prudência no passo a passo, mais quando a felicidade começar a escoar, deveremos ser audaciosos.

domingo, 13 de novembro de 2016

A TRAMA QUE ESTÁ POR TRAZ DO DESENVOLVIMENTO

     O maior paradigma conceitual do capital, democracia e capitalismo, é a nação americana dos Estados Unidos da América do Norte. Nesse país as minorias são respeitadas, todavia as minorias normalmente são frágeis e desprotegidas por natureza, é a lei da oportunidade que tende sempre para o lado mais forte, remonta ao tempo da opulência e da extrema miséria de Esparta. é por esse caminho que as oligarquias se transformam em tiranias, e essas formam o caldeirão das insatisfações humanas, únicas, segundo Sócrates que podem provocar revoluções.
     Hoje, basta uma rápida avaliação do desemprego e da concentração de renda americana pós recessão, para se entender a diferença entre os fundamentos da economia e o poder da política. Enquanto a força de trabalho e a renda do trabalhador despencava no período entre 2006 2010, em função do índice de desemprego que subia de 4% para 10% , os 10% da população americana mais rica, avançava na fatia de participação da riqueza de 43% para 51%. Com o fim da recessão, o crescimento gerou empregos derrubando o desemprego abaixo de 5%, esperava-se a retomada da renda salarial o que não ocorreu, e ainda assim houve maior concentração de renda nas mãos dos mais ricos.
     É estranho como a oligarquia tenha duas cidades, a que for menor compartilhará na trama do desenvolvimento, como um jogo de cartas marcadas, não existe segredos sobre essa fábula da vida das nações. Enquanto houverem os negócios e transações movimentadas sob as rédeas dos interesses políticos, funcionará o "efeito estilingue" como forma de garantir os melhores ganhos, se consolidarmos todas as reservas internacionais, todos os depósitos voluntários e compulsórios e toda a moeda circulante no mundo, o montante será superior algumas vezes ao necessário para se tocar a produção da economia mundial no combate a pobreza. O mercado financeiro internacional não se importa se  o povo miserável é o seu principal feudatário, caduco e derrocado, porém, não acorda para a mudança das coisas existentes na medida que os cidadãos na eminência da ruína moral se revoltem contra a ambição.

sábado, 12 de novembro de 2016

A REALIDADE QUE DIGERIMOS

     O homem inventou e processou todas as revoluções a procura de uma suposta felicidade. Talvez convenha após esta ligeira digressão, fazer a pergunta que mais contentaria a nós mesmos :_  o que colocaremos hoje em nossos pratos ? Colocaremos a última e derradeira revolução executada pelo homem... a do alimento !
     A entrada pode ser uma salada hidropônica, legumes modificados geneticamente e cultivados em estufas controladas por computadores, peixes de cativeiros alimentados com ração industrial; pode ser um salmão de carne rosada artificialmente, arroz e feijão transgênicos, frangos abatidos com menos de 30 dias ou para os mais exigentes pode-se pedir o frango orgânico, (orgânico ? ), a soja transgênica processada como ProteínaTexturizada,  ótimos bifes de "bois precoces" abatidos com 6 meses de vida, clonados  e gerados com semem mecanicamente, ovos de galinhas de postura em pé presas em gaiolas;  alimentos congelados, leite  engarrafado industrialmente em vasilhas   de plástico  com validade de 90 dias e água engarrafada em plástico azul,  água com sabor. Os temperos são de ótimos e conceituados produtores de realçadores de sabores, conservantes, corantes, aromatizantes e edulcorantes artificiais.
     Esse cardápio medonho é oferecido por Dow Chemical, Dupont, Chem China, Syngenta, Bayer e Monsanto. Suponho que por uma questão do ponto de vista ético deles ou de um apurado conhecimento do evolucionismo, esses " Senhores "  acima citados tenham em suas mesas um menu diferente.
     Quanto a nós, consumidores ignorantes, só resta dizer :
   
        SAÚDE E BOM APETITE.

   

sábado, 5 de novembro de 2016

A ENCRUZILHADA NO CAMINHO DA CIVILIZAÇÃO

     O mundo vive a muito tempo um grande impasse, um conflito que coloca a humanidade refém. Uma parte é medida pela insegurança mundial representada no arsenal de ogivas nucleares e a outra parte é uma medida também de insegurança em se investir na pobreza e na miséria. Algumas menções dão conta de que o processo da globalização retrocede e segue por um caminho oposto a integração e ao desenvolvimento econômico. Os ciclos que norteiam o caminho dos povos em nenhum momento mais poderá conter a mínima intenção de se usar o arsenal imbecil, salvo se quiserem aplicar, como solução para acabar com a miséria, os princípios de Malthus, o economista inglês nascido em 1766 defendia a ideia da mudança na taxa de crescimento populacional geométrica para aritmética com os adventos dos desastres naturais ou de pragas, dessa forma ocorreria a redução das necessidades e o melhor equilíbrio entre oferta e procura.
     Como a hipótese nuclear só existe nas cabeças das grandes potências, pois acreditam que a paz é mantida pelo medo, descartam qualquer argumento técnico de que a miséria é a nossa maior calamidade e seu gatilho está acionado. Algumas informações valem a respeito, como as barreiras protecionistas das commodities emergentes e a rotatividade dos acordos comerciais, colocando em dúvida a sobrevivência da rodada de Doha. O capital que rola pelos mercados especulativos nunca chegarão nas valas negras das favelas, duzentos trilhões de dólares estão nas mãos de 9%  dos ricos da Europa Ocidental Estados Unidos, Canadá e Austrália, essa preocupação em proteger o capital investido define o destino e os rumos. Os investimentos diretos do exterior, (IED) em 2014 superaram os 300 bilhões de dólares e mais de 50% foram destinados as economias ricas de 3 grandes potências mundiais num conjunto de 10 países beneficiados.
     Lamentavelmente a bomba da miséria está atravessando o Mar Mediterrâneo para ser detonada na Europa, enquanto isso 10 países se sentem protegidos com suas fantasmagóricas ogivas adormecidas e obsoletas diante da tragédia causada pelo afastamento das classes sociais e como se os ricos fossem os donos da profecia de que o mundo termina dentro de suas fronteiras.

domingo, 30 de outubro de 2016

A VÍTIMA DA CONCORRÊNCIA É O CONSUMIDOR FINAL

     A vida da sociedade consumidora está restrita teoricamente a dois elementos estudados na Economia, são eles o efeito-renda e o efeito-preço. Podemos dizer que é a maneira pela qual o consumidor tem a sensação de ter adquirido a maior ou menor satisfação no uso do seu dinheiro em função das oscilações dos preços. Esse fundamento é o equilíbrio mais importante em toda a estrutura sócio-econômica, a base política desse equilíbrio é a própria base do capitalismo desenvolvida no berço dos Estados Unidos, a livre concorrência permitia até 1980, que o consumidor pudesse escolher livremente a melhor maneira de fazer suas comprar e negócios.
     A partir do avanço da globalização a atividade econômica mundial caminhou em direção a um processo acelerado de fusões entre grandes empresas, formando grandes corporações de abrangência em todos os setores produtivos e de significativa influência política governamental. O maior interesse dessa revolução do mundo dos negócios da produção, beneficia a formação de preços mais baixos dos fatores produtivos, isto é, alcançar menores custos e consequentemente, maiores lucros. As fusões do setor do agronegócio, por exemplo, com empresas estrangeiras são vistas como uma questão de segurança nacional, com riscos principalmente na produção de várias marcas de um mesmo dono.
     Se a história conta as revoluções, deverá contar no futuro o que ocorre hoje com a formação de um novo tipo de empresa, a empresa compradora de empresa, dona da sua própria concorrência. Essa nova conjuntura, elimina sem dúvidas a livre iniciativa do pequeno empresário e retira o direito da liberdade do consumidor em escolher, valorizar a sua renda e não amargar a certeza de que o melhor preço conseguido é falso.

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

DESENVOLVIMENTO NÃO SIGNIFICA SEGURANÇA SOCIAL

     A utilidade marginal do uso do petróleo é cada vez menor. Se não bastasse as pressões das agências ambientais, ainda se acrescentaria a transformação política desse mercado no sentido de reduzir a hegemonia da OPEP no controle de preços. O que acontece com o petróleo não passa de um exemplo na análise do comércio internacional de mercadorias. Quando a bolsa de Chicago divulga as cotações, está informando qual a posição da expectativa da oferta internacional de mercadorias.
     Convém salientar que no movimento de todas as commodities os preços tem embutidos os valores das incertezas futuras antecipadamente agregadas. Para o consumidor final, aumenta o custo de vida pelo processo direto ou indireto de tudo que é produzido no mundo inteiro. O consumo internacional das pessoas tem uma variável independente ao seu dispêndio representada pelo conjunto do aquecimento global e do protecionismo, esses fatores estão quebrando safras, dificultando acordos, prejudicando o desenvolvimento mundial e principalmente gerando inflação e desemprego. Se compararmos os preços dos contratos efetuados no sistema de mercado futuro de 30 anos atrás, não encontraremos as cláusulas do sistema de "hedge". São instrumentos acessórios de segurança contratual, cujo custo naturalmente recaí na ponta final das cadeias produtivas.
     No caso do protecionismo, que nada mais é além da interpretação mercadológica do nacionalismo, nunca esteve tão exposto no intercâmbio internacional, provocando preocupantes decisões de isolamento. Como é possível no mundo virtual de hoje os mercados estarem tão amedrontadas ? A resposta imagino, está na diplomacia ineficaz em todos os fóruns, tanto nos comerciais como políticos. O mundo nunca esteve olhando tanto para o seu próprio umbigo, esse sentimento serve para

sábado, 22 de outubro de 2016

TODO PODER EMANA DO POVO... SERÁ ?

     A civilização convive com a tributação imposta em toda a sua história, convive também com a ordem pública, isto é, com as leis que o Estado faz cumprir.
     Na Odisseia, Homero já dizia que o " senhor absoluto a todos prescreve leis ", ele se referia evidentemente, as hordas submissas. Os senhores nascem entre as gerações e formam famílias em grupos que representam a hegemonia burguesa, era assim mesmo que Aristóteles denominava o nascimento do poder : " homogalactiens " ... gerações do mesmo leite genético.
     Por mais que isso possa representar uma digressão, o mundo moderno define governo e povo como sendo a mesma coisa. Se essa mera ilusão for verdade, quando estamos contra o governo, estamos então contra nós. Ser oposição é apenas uma mistura dogmática de poder e a ideia como o sentimento contrário sempre estará dentro de nós, o povo. Somos ainda segundo a escrita dos homens, a fonte de todo o poder, porém, longe e destituído da equidade política. Dizia-se na antiguidade que alguns deuses se submetiam ao rei. Esse é o nosso fim ! acreditando afinal que a humanidade está abaixo dos deuses, teremos que nos propor e organizarmos ainda que em pequenos burgos, para se obter uma vida mais feliz. Não importará quem irá carregar o círio da liberdade a frente dos dominados ou dos dominadores. A vida sempre seguirá o seu rumo.

sábado, 15 de outubro de 2016

O CONSUMO IRRACIONAL DE ENERGIA

      Somos mais de 7 bilhões de habitantes consumindo sem a preocupação de que algum dia não possamos mais acender uma lâmpada. Ao projetarmos para 2050 seremos 10 bilhões, e como ficará a oferta de energia e os programas internacionais de investimentos, obedecendo o rigor político que se anuncia quanto ao meio ambiente e sobre as possíveis novas fontes de energia ? Atualmente uma das propostas é aumentar nos próximos  30 anos as usinas nucleares dos atuais 450 para 1500, ou seja, triplicar os riscos de acidentes e o aumento dos depósitos perigosos do lixo nuclear. Um outro fato, é o fornecimento de energia elétrica pelas hidroelétricas, está esgotado, sem apoio das agências ambientais, com o agravamento do uso das termas elétricas de abastecimento mantido pelo petróleo. Como as fontes alternativas utilizadas hoje em dia são consideradas intermitentes, resta o processo agrícola na produção do biodiesel e do álcool da cana de açúcar e do milho. Como os desastres ambientais na agricultura de escala ainda não fazem parte de qualquer questionamento, pouco valor ou nada de acrescenta nesse tema se o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos e de que a lavoura americana está puxando água do subsolo.
     Em 2050, o inverno no hemisfério norte deverá ter um aquecimento para atender mais de 8 bilhões de pessoas, imagino a grosso modo, se assim for, precisamos hoje proteger as gerações que virão, ou estaremos de outra forma, oferendo ao futuro daquelas pessoas o privilégio de conhecerem o apocalipse.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

A VERDADE PARA SER FALADA NA REUNIÃO DO BRICS

     Foi divulgado nos últimos dias que a exploração de madeira na Amazônia Legal cresceu 42%. Ora, a sustentabilidade praticada pelo homem se revelou inútil até hoje todas as discussões a respeito nos fóruns não produzem leis, as leis são produzidas pelos governos comprometidos com os negócios geradores de divisas que o meio ambiente proporciona, ou não é assim ?  A exploração da Amazônia internacional tem um componente intocável, isto é, a ilegalidade e a corrupção, É muito rápido e fácil "lavar" um certificado legal de corte, a madeira nobre, principalmente seduz pela sua beleza e conexão com o homem. Meu pai era carpinteiro e através dele aprendi a conhecer o valor das madeiras. O mogno, a peroba e o cedro são valorizados na indústria moveleira; o ipê e a Massaranduba são próprias para grandes estruturas de telhados e assoalhos, com excelente esquadria sem empeno e resistentes as pragas.
     Esta semana haverá o encontro dos países que compõem o BRICS, uma das agendas está o meio ambiente e o desmatamento, porém, entendo que sem dinheiro não se produzirão metas. Vale acrescentar que os investimentos estrangeiros diretos em 2012 na América Latina somaram 96 bilhões de dólares, esse dinheiro é carimbado para infra estrutura e não combate o desmatamento. Os gastos militares no mundo ultrapassam  l,3 trilhões de dólares, enquanto isso as fronteiras das florestas recuam a cada minuto. Conheci um caminhoneiro que avançava 200 metros  mata a dentro cada vez   que carregava a carreta.
     Não devemos nos iludir quanto a isso, parem com o falso corte seletivo,  os equipamentos nos locais de exploração ilegal devem ser destruídos e que se estabeleçam o limite de novas propriedades para o setor da agro-pecuária. Isto é pragmatismo e realismo, sem o qual o Brasil do BRICS em 2050 poderá não ser mais considerado o pulmão do mundo. A Amazônia é o maior patrimônio natural da humanidade.

sábado, 8 de outubro de 2016

A DEMOCRACIA E A VERDADE PROFUNDA

     Jamais emergirá a suprema luz da justiça, nem no dia de "São Nunca " ou das "Calendas Gregas", surgirá a democracia perfeita. A humanidade graças ao conforto físico, perdeu a essência e a emoção, aceitou o dinheiro e entregou em troca a virtude como nas palavras de Sócrates. O mundo vive entre a dúvida e a certeza ideológica do capitalismo e do socialismo, navega pelo mar revolto da política semântica, e assim, como não poderia ser de outra forma, não produziu nada até os dias de hoje para que pudéssemos acreditar num futuro solidário.
     Podemos concordar que tanto a democracia como o comunismo dependem nas entranhas do processo produtivo do capital e do capitalista. Somos nós, seus servidores... seres consumidores desde que nascemos e até  em qualquer ponto da terra. Como não citar Sócrates repetidamente: " TEMOS UM ESPÍRITO QUE SE INQUIETA COM MIL NECESSIDADES POR ELE CRIADAS PARA SEU CORPO ". Não nos importamos se empobrecemos a alma para vivermos numa democracia plutocrática, entre a pobreza dominada e a concentração de renda dominante.
     Se pouco ou nada adianta continuar, valho-me então em me fartar com o pensamento de que os preceitos estão acima das leis pequeninas e cruéis dos homens. Portanto, heis a virtude constituída, é por ela que nos manteremos, as vezes alheios ao nosso redor, e as vezes buscando em nascentes mais puras, as águas da sabedoria que satisfaz a nossa sede, caustificada pela ignorância e a arrogância.
   

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

A FALÁCIA DA DISTRIBUIÇÃO DE RENDA

     Se o mundo ainda pensa que as doutrinas políticas e econômicas serão suficientes para tornar a globalização o melhor vetor do desenvolvimento mundial, deve considerar primeiro que a realidade dos negócios e os acordos corporativistas costumam habitar em qualquer terreno desde que obtenham lucro.
     A globalização vista pelos olhos das commodities é um salvo conduto de livre comércio com qualquer país. Todas as transações desse comércio são basicamente um fluxo de mão única dos países produtores de alimentos, minério e matéria prima de toda ordem da natureza, para os países industrializados. Isto quer dizer que a riqueza explorada dos pobres segue para os ricos transformarem tecnologicamente e venderem de volta para os pobres. Vale lembrar que apenas uma commodities apurou um lucro no primeiro semestre deste ano com negócios na América do Sul, algo em torno de 140 milhões de dólares. Esse resultado lucrativo é obtido em negócios neste mundo irreconhecível, ele proclama o valor da globalização e se cala sobre o dinheiro que sai dos países  pobres produtores dos lucros das commodities.
     Uma grande prova, a meu ver, de que a globalização é um sistema de movimento financeiro das grandes potências é a mudança do foco americano da Parceria Transpacífico para a Parceria Transatlântica de comércio e investimentos com a União Europeia. Como o nascimento de fato da globalização ocorreu apos a Revolução Industrial no início do século XIX, seus agentes propulsores estabeleceram um padrão de viés voltado para manter a riqueza com os ricos, apregoando uma democracia liberal, contraditória perante a realidade mundial da permanente concentração de renda.

domingo, 2 de outubro de 2016

O SALÁRIO E OS MEIOS DE PAGAMENTO

     O sistema de circulação com moeda primária, ( em espécie ), foi usado pelos meus pais até o final da década de 50. O salário era colocado sobre a mesa e se distribuía conforme  as despesas fixas, compromissos contingenciados e o restante, se houvesse, seria uma poupança visando um investimento em bem de consumo durável ou imobiliário. Era uma gestão de moeda seguindo o conceito de " ex-post ", para a renda salarial que determinava um poder aquisitivo de curto prazo, com isso as famílias não se atreviam ao endividamento futuro.
     Hoje em dia, para o salário se adota a circulação de quase moeda, tendo em vista que basicamente a renda familiar é virtual e toda a gestão financeira segue o conceito " ex-ante ", isto é, contrata-se todos os compromissos de consumo com  pagamento futuro, extremamente contingenciado, de elevado nível de insegurança na solvibilidade dos pagamentos e a consequente perda do poder aquisitivo salarial.
     Uma leitura diferente deste texto, indica a preocupação com a segurança e a estabilidade nas famílias das antigas gerações, contra a instabilidade e o endividamento futuro da atual renda familiar. O elo que podemos identificar entre o passado e o presente nos meios de pagamentos para os salários, é composto pelo tamanho infinito da cesta de necessidades de hoje e do sistema " on line " de movimentação bancária.
     Enfim, no passado diferentemente de hoje, podia se ver a cor do dinheiro.

sábado, 1 de outubro de 2016

OS RICOS DEPENDEM DOS POBRES

     As grandes potências mantém suas prosperidades as custas de políticas de intercâmbio comercial protecionistas, e vivem reclamando disso. São responsáveis pelo grande movimento das commodities exportadoras das matérias primas dos países em desenvolvimento ou dos países mais pobres. O crescimento da China, por exemplo, tem sido alimentado pela exploração das riquezas importadas, nessas origens mais desprotegidas, é formada uma expectativa crescente pelo desenvolvimento e impacienta os planos econômicos, ao contrário de impulsionar a prosperidade social, essa exploração é subjetiva e objetiva manter a pobreza através de uma miragem de consumo de necessidades materiais.
     Quando mergulhamos na complexidade da natureza e da causa do subdesenvolvimento, vem a tona uma antiga verdade : a pobreza é alimentada pela importação de uma falsa esperança de progresso. Os países exportadores de commodities não contabilizam os efeitos depredatórios causados ao meio ambiente, vendem minério, petróleo bruto sem refino, pecuária, grãos, madeira e celulose. Todo esse volume econômico de negócios, deveria impulsionar o desenvolvimento a longo prazo, mais em verdade o que ocorre, é uma acomodação em receber as divisas em conta corrente, necessárias porém não suficientes para investimento de infra-estrutura social. Essa situação é própria de países superpovoados.
     Muito maior do que as distâncias entre as rendas per capita, é a falta de real interesse em se estabelecer acordos compensatórios no comércio de matéria prima, creio plenamente ser essa medida, uma forma concreta de ajuda e de combate a pobreza e ao subdesenvolvimento.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

A PAZ SOCIAL E A LUTA PELO EMPREGO

     As crises financeiras provocam profundas recessões e redução prolongada da atividade econômica. Tem se mantido assim com ligeiras recuperações pelo menos a um século, mas o que ninguém até agora concluiu, qual a causa cerne independente que sobrevoa o tempo, livrando-se das tendências pré-crise ou das evidências constatadas no pós-crise.
     Ilustres professores analisam as oscilações do produto potencial, são observações sobre o comportamento de  fatores e agentes econômicos, quando confrontados com a  atividade econômica realmente realizada; podem revelar importantes espaços para investimentos como sugere a situação econômica no momento, esses espaços não existem, devido ao pessimismo entre a oferta de capital e seus tomadores.
     No alongamento dessas opiniões sobressai a hipótese da histerese, isto é, um processo continuado de imantação entre as causas e os comportamentos dos fatores e agentes econômicos ocorridos durante e entre as crises.  Muito mais longe estão as ideias sobre hipotéticas rupturas financeiras, econômicas e sociais, conjuntura que vem se arrastando, o século XXI não conseguirá desatar os nós amontoados nos últimos dois séculos,  alguns deles são mais apertados, o mais cruel, é o emprego e o salário. Em todas as recessões o movimento de retração começa com o desemprego e redução de salário, tem sido assim nos últimos 200 anos. As causas dos impactos das experiências passadas, está na competição do mercado de mão de obra do trabalhador com o avanço sistemático da inovação tecnológica, o trabalhador ao longo da história se tornou refém desse processo produtivo e da busca da produtividade. Como a prosperidade da tecnologia dentro da produção é permanente e de alta velocidade, a qualificação da mão de obra não consegue fôlego para se adaptar aos novos métodos. Esse é o elemento fundamental causador do desemprego prolongado instalado na economia mundial desde a primeira revolução industrial... ou será que estou enganado ????
     Os efeitos prolongados entre as recessões tem como purulência , a desastrosa desaceleração do ânimo dos agentes econômicos, perdem a força de reconstruir e dessa forma, e por isso, o mundo passou a andar de lado, o sistema econômico internacional tem receio do futuro e do efeito em cadeia, e o trabalhador é arrastado para o mar das incertezas.

domingo, 18 de setembro de 2016

ESTÁ DIFÍCIL O MUNDO ALCANÇAR O PLENO EMPREGO

     A chamada "mão oculta" nos estudos de economia surge no processo econômico internacional. As doutrinas clássicas que conduziam o pensamento teórico, não imaginavam que a pirâmide demográfica representativa da massa humana consumidora, sofreria uma significativa alteração na sua forma. Por isso, acredito que novas gerações não sustentarão a força de trabalho, com a perda da contribuição de uma população ativa restante que sofre um irreversível envelhecimento. Na Europa, esse envelhecimento é o maior problema. A zona do euro registra um desemprego que alcança um total em torno de 20 milhões de trabalhadores, somado a isso, não podemos ignorar o êxodo dos refugiados, carregados com o peso do desespero, em procura da felicidade deixada para trás. Contra eles, haverão de enfrentar sentimentos nacionalistas e um povo sofrido pela angústia da cercania do desemprego. A Europa está beirando em margens muito pequenas de enormes problemas sociais, se lembrarmos que a população ativa, isto é, a força de trabalho tem recuado nos últimos 30 anos, não tem como deixarmos de afirmar que o pleno emprego é uma ocorrência fora de questão.
     Acredito que a teoria do salário e do emprego, sofrerá novas críticas, começando com o significado da mais valia do trabalho, entre as atividades meio e as atividades fim, haverá uma mudança para estabelecer os novos padrões salariais, novos conceitos de contratos para prevenir a previdência e a renda das famílias. Entraremos em uma nova era de parâmetros financeiros, até então inimagináveis.  

sábado, 17 de setembro de 2016

ESTAMOS DE FATO MUDANDO ?

     Certamente uma interpretação histórica da conjuntura econômica, indica que a grosso modo  a vida do trabalhador continua a mesma, isto é, entre o emprego e o desemprego está a sua sobrevivência. Essa minha forma de falar é um vício chamado de tautologia, repetir as mesmas questões e não se cansar na busca de explicações sobre a realização econômica do mundo.
      A economia contemporânea tem sido escrita na forma dos episódios de crises. Possivelmente , esse processo toma forma a partir da revolução industrial, quando o desemprego surge como um problema de repercussão social na malha da economia desenvolvimentista iniciada em meados do século XVII e se agrava com manifestações violentas de trabalhadores contra a sistema fabril no fim do século XVIII e início do século XIX.
     Se observarmos que em 1932, haviam 17 milhões de trabalhadores desempregados nos Estados Unidos, devido a uma grande depressão econômica americana, e hoje, o desemprego nesse mesmo país, chega  a 10 milhões de trabalhadores. O que mudou ? De um momento de tragédia sócio-econômica, para um outro momento de economia próspera, desenvolvida e líder mundial ? Poderia ainda acrescentar, que entre essas duas épocas, o leque de oportunidades disparou, criado pela imensa variedade de profissões novas e serviços. porém, os agentes promotores detentores dos sistemas produtivos, também avançaram na gula desenfreada de enriquecimento. Por isso faço uma indagação:  se hoje relativamente não existe mais desempregados nos Estados Unidos do que em 1932 ?

sábado, 10 de setembro de 2016

O CONSUMO E O AQUECIMENTO

     No final do século XVII e início do século XVIII, já se faziam estudos no Reino Unido e na França sobre o valor real da terra, por acharem de longe, ser a terra a mais importante fonte de riqueza nas sociedades,porém, tanto naquela época como hoje, a fonte de riqueza deve ser controlada pelo capital financeiro. Portanto, a questão atual do clima é conduzida por uma forte hipocrisia internacional.
     Existe uma disparada do consumo de petróleo na Ásia. Apenas a China aumentou a importação de petróleo em 14% nesse último semestre, com 7,5 milhões de barris diários. Estão investindo em projetos bilionários no norte do Brasil para escoamento das safras de grãos, dominado pelas commodities, que não olham para trás para avaliarem os efeitos colaterais da agricultura de escala, elas estão incentivando e levando euforia aos negócios de compras entre as multinacionais de defensivos agrícolas.
     Em 1980, o mercado mundial madeireiro, era dominado pelos países do sudeste asiático com 85%, seguidos pelos africanos com 10%, enquanto a América Latina contribuía com apenas 5%. Hoje, o Brasil lidera o mercado de exportação de madeira serrada tropical, oferecendo madeira certificada, isto é, árvores selecionadas tecnicamente para corte em determinada área, e por esse critério, cada área só pode ser explorada depois de 30 anos.
     Exatamente há 30 anos atrás, fiz um pequeno reflorestamento com madeiras nobres,e hoje essas árvores estão adultas, mas muito longe de qualquer valor econômico, como madeira serrada. Um pranchão serrado com 2 polegadas de espessura por 12 polegadas de largura, exige a derrubada de uma árvore com um tronco útil, com pelo menos 20 polegadas de diâmetro. Não acredito que o sistema de manejo de corte em florestas virgens, seja com apenas 30 anos. Em um Estado do norte brasileiro estão implantando um pólo industrial de móveis de alto padrão com "madeiras certificadas", e o capital investido é italiano.
     Enfim, em nome da prosperidade e do desenvolvimento, chamado de sustentável, derrubamos árvores bi-centenárias, com 2 metros de diâmetro para atender uma demanda internacional que não para de crescer. Derrubamos com elas a fauna, a flora, a biodinâmica, e não tenho dúvidas, a nossa própria vida.

terça-feira, 6 de setembro de 2016

CO2... EIS A QUESTÃO

     O mundo está debruçado na questão da mudança do clima e do desenvolvimento sustentável. São dois problemas muito bem acordados pelos discursos. Sem entretanto quase nada avançar além disso. Os estudos, há muito tempo atrás, já alertavam sobre esses problemas, todavia a realidade de quem explora os recursos naturais é a necessidade de aumento da prosperidade econômica, usando para isso os meios oferecidos por grandes corporações, que atuam e são responsáveis por todo o fluxo do comércio internacional, são as commodities e as multinacionais do agronegócio, da mineração, da energia fóssil, da química, da biogenética, das matérias primas e da madeira nobre.
     Sobre essa, particularmente, existem algo em torno de 80 BILHÕES de metros cúbicos de madeira tipo A em toda a bacia amazônica brasileira para serem exploradas, representa uma margem de 30% da madeira tropical existente no mundo, vale lembrar, que as madeiras retiradas das hidroelétricas inundadas no Brasil desde 1980, somaram 90 milhões de metros cúbicos, rendendo um valor de mais de 40 bilhões de dólares.
     Existem no Brasil, códigos florestais e programas de regularização ambiental, é verdade. Mas em um único município localizado na estrada federal que liga a cidade de Brasília ao Estado do Pará, funcionam mais de 200 empresas madeireiras.
     A captura de CO2 da atmosfera é serrada indiscriminadamente, por causa de uma conta simples:  10 mil metros quadrados de madeira em pé, custa 200 dólares para retirar 38 metros cúbicos do tipo A em 200 espécies de madeira nobre.
     QUAL O FORUN CAPAZ DE ACABAR COM ISSO ? ?????

domingo, 4 de setembro de 2016

O AQUECIMENTO GLOBAL CAUSARÁ DESEMPREGO

     Aos poucos sem que percebamos, a ciência da tecnologia de ponta transportou o trabalhador para uma posição de segundo plano no conjunto de fatores de produção, isso modificou a teoria da formação dos preços dos fatores. O valor do salário na procura da mão-de-obra não é mais determinado pelo esforço, e a renda como recompensa também caiu na escala de importância relativa do processo produtivo. O trabalhador e o salário são tão secundários na conjuntura econômica mundial, que a  preocupação existente no momento com os riscos do aquecimento do clima, é dirigida apenas para o mercado de capitais. O medo dos investidores financeiros quanto aos novos projetos voltados para uma realidade ainda desconhecida de produção e consumo,  não aborda de como ficará a sociedade trabalhadora, se o mercado de capitais encolher em investimentos de bens de capital, por exemplo? ocorrerá uma depressão econômica-social no mundo.
     O fantasma do desemprego não desaparece da vida do trabalhador, quando o aquecimento provocar mudanças no processo produtivo na economia mundial, terá que caber ao capital proteger o emprego e  o salário, fontes da renda e da segurança das famílias. Sem o emprego e sem a família, sustentadores da magma da economia, imagino que o aquecimento da terra não será o pior para a humanidade.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

VIVEMOS NA ERA DO EMPREGO DESVALORIZADO

     O que significa o emprego? Os 35 milhões de desempregados existentes no Brasil, Estados Unidos e Europa, sabem muito bem o que significa amanhecer sem o seu emprego e a amargura dos seus dependentes, podendo ultrapassar 100 milhões de pessoas. Tanta força de trabalho dispensada e tanta produção perdida por falta de oportunidade.
     O mundo todo  hoje em dia, precisa do dinheiro, da moeda para se sustentar e viver, é uma corrida inglória contra um sistema cuja essência não considera o valor humano. Sou de uma época em que o dinheiro tinha  um significado bem menor do que do crédito e da palavra. Hoje estamos atrás desesperadamente do dinheiro e na frente do tempo. Entre ambos o  espaço é ocupado pela angústia.
     Arrisco dizer que os meus mestres da teoria econômica não saberiam identificar, por exemplo, o fenômeno especulativo que ocorre com o movimento atual dos gestores de fundos na Europa. Fogem com os recursos dos mercados de ações e de renda fixa, enfraquecendo ainda mais os bancos do continente. Esse movimento no ano passado aquecia o mercado europeu. Fica difícil de se entender, fora a especulação, os indicadores dessa volatilidade, que são os sinais do enfraquecimento econômico, ou uma real mudança de hábitos de consumo do povo europeu.
     A manobra de capitais, não reflete em nada o valor social, isto é, a necessidade de investimentos, geração de ativos produtivos, e a sustentação dos níveis de emprego.  

domingo, 28 de agosto de 2016

A LIBERDADE É SENTIMENTO OU PERMISSÃO

     Não sei avançar na teoria econômica, sem que de vez em quando, fique a me questionar porque mantenho uma linha de pensamento crítica,e, em alguns momentos, pessimista, sobre a maneira de se praticar o processo da economia mundial.
     Teria primeiramente de responder se é verdade, ou não, que a humanidade continua escrava da grande mão do poder dominante, é um nevoeiro ou uma mancha invasora incontrolável. Mera ilusão alguém se considerar independente e livre neste mundo. Aristóteles estava convencido que a virtude daquele que manda não é a mesma do simples cidadão. Em 375 antes da era cristã, o tirano Jasão, de Tessália, dizia que morreria de fome se cessasse de reinar, porque ele não saberia viver como simples cidadão particular. Nesse caso pode-se extrair duas democracias; aquela em que o povo é soberano e aquela que a soberania está nas mãos de um pequeno número de homens, a oligarquia.
     Depois do fim da inocência primitivista do sistema de trocas das necessidades humana, nascia o processo organizacional na produção de bens e serviços, esse processo atraiu como uma fantasia o homem do campo. Esse movimento natural histórico das famílias esvaziou o campo e obrigou a sociedade, então moderna, a se organizar urbanamente; a dependência se instala e o efeito demonstração, sem se aperceber, gravava a escravidão do mundo moderno, e assim, como um sopro, amontoa a ansiedade e a angústia, para sempre dentro de nós.
     É a sedução pelo "nada", de tal ordem, que nos imaginamos livres. Me recuso a pensar com as ideias de holocausto de Karl Mak, mas a substituição da mão de obra humana pela máquina é um conforto que retira de cena o maior protagonista da natureza. Entrega a régia das coisas a alguns "Senhores", eles traçam o caminho do nosso destino e da liberdade que é vista com antolhos por nós.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

A FRONTEIRA ENTRE O IDH E A ESCRAVIDÃO

     Sempre fui desconcordante quando a prosperidade e o desenvolvimento é realizada com a utilização de meios desumanos. As consequências são embaçadas pelas pesquisas referentes a medida verdadeira e real da qualidade de vida.
     Como correlacionar o tamanho do PIB com o resultado do IDH ? Por menor que seja a economia de um país, o valor do PIB, tem sempre uma redução de 10% relativo a depreciação, nesse percentual deveria fazer parte outros fatores, além dos contábeis, de complicada configuração, mas que estão afetando e mudando a vida. Esses fatores são produzidos pelos meios de produção da qual a própria sociedade mundial participa e alavanca pelo consumo. Se levarmos em conta também, que o movimento de negócios das 15 maiores bolsas de valores do mundo alcança 50 trilhões de dólares anuais, o quanto desse valor não entra no PIB mundial? O que pretendo dizer, é o prejuízo que a especulação dos mercados financeiros causam, pelo desvio criminoso de recursos, destinados ao desenvolvimento social no mundo.
     Na depreciação do PIB brasileiro, não consta, como exemplo, o prejuízo causado pelo uso de agrotóxicos derramado no solo, e os 120 trilhões de litros de água exportada no grão de soja anualmente pelo Brasil. Também, a política de reflorestamento com eucalipto, que favorece o mercado de crédito de carbono (CO2), faz parte do PIB, mas não se reduz a retirada das campinas naturais para implantação dessa mono cultura, que tem elevado grau de ressecamento do solo.
     O mesmo raciocínio cabe a exploração do petróleo, considerado uma riqueza do país.
     Portanto, dentro do meu senso, está muito longe o valor do IDH, fornecido pela ONU, quando a análise e a interpretação de como é produzida a economia, não agrega a realidade de que  variáveis ocultas deixam de serem contabilizadas.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

UMA INTERPRETAÇÃO NÃO CONVENCIONAL SOBRE O IDH

     Terminado a avaliação médica, retorno para a velha caneta e ao velho tema do desenvolvimento. Desta vez deverei abordar algumas ideias que objetivam um contraditório na visão da ONU, sobre a apuração do Índice de desenvolvimento humano.
     Qualquer que seja o modelo, a educação, o emprego, a formação de renda e as diretrizes que norteiam as políticas públicas, são os principais fundamentos na qualidade da vida humana. Como a educação é a consequência final do PIB, um diagnóstico da estrutura desse indicador econômico, poderá revelar alguns aspectos correlacionados com a apuração do IDH, para uma possível discussão.
     As ideias são trazidas para alimentar e fortalecer o princípio milenar de que o capital decide. Se olharmos os principais poupadores e de melhores resultados sociais, encontraremos os países ricos, é milenar e não existe possibilidade que a humanidade seja capaz de alterar a pirâmide estratificada da distribuição de renda no mundo. Como exemplo, o Brasil registra um  IDH de 0,73, para um intervalo que varia entre 0 e 1, é ao meu ver, elevado, sobretudo que em cada 10 pessoas, apenas 2 fazem poupança, e são raros aqueles com  depósitos acima de 10% do salário, que em média, 85% desses salários ganham até 600 dólares. A poupança realizada pelas famílias em 2010 representaram 4,71% do PIB, são informações do FMI e IBGE ,Instituto oficial de pesquisa brasileiro. Essas informações são suficientes para trazer a questão de que o modelo econômico tem características diferentes entre o rico e o pobre, o detalhe que ainda abordarei é de que um depende do outro, sem vice-versa.

sábado, 30 de julho de 2016

A FONTE DA MINHA DOUTRINA

     Pelo meu caminho, encontrei os livros e as pessoas que fizeram parte do roteiro da minha história.
     Guardei-os.
     Alguns ainda estão na estante empoeirados, outros vivem intensamente em minha memória e em meu coração.
     A primeira parte, me foi dada pelo berço e colo de uma mulher valente, sem obstáculos que temesse, mãe para cuidar e entregar para o mundo. Pai, auto-didata, carpinteiro, porte soberano, o semblante profundo era a imagem da nobreza humana. Ambos formaram a raiz pião do meu cerne.
     A segunda parte, fui levado por essa herança ao encontro dos professores exemplos de dedicação, os conselheiros olheiros das incertezas, chefes calejados do trabalho e os mestres e as doutrinas. Foram eles que orientaram o significado de amar a terra e a pátria. Responsáveis pelo respeito do uso dos recursos e do equilíbrio e bom senso das reais necessidades humanas. Formaram em mim, mais do que sou capaz, ou melhor, sonhar o tempo todo que a utopia dos homens é possível.
     Por esse caminho de 79 anos de extensão, caminhei firme, apoiado por um cajado que durante 58 anos preencheu as minhas faltas, minhas limitações e fraquezas. Luz que ilumina a minha mente e a compreensão de todas as coisas, energia que me mantém desejando o melhor para a humanidade.
     Amor da minha vida, a minha esposa querida.

domingo, 24 de julho de 2016

A DIALÉTICA E A PSEUDESTESIA DO DESENVOLVIMENTO

     Muito se fala e pouco se faz. Essa é forma que a política e a economia mundial funciona. O evento político que afastou o Reino Unido da União Europeia não foi suficiente para afastar as empresas britânicas do capital do mundo rico, a procura por fusões acelerou o movimento de capitais.
     Do outro lado do Atlântico, o Brasil tenta aplicar a velha teoria de Keynes, como medida anticíclica, aumentando a participação do governo na demanda agregada, sem aumento de impostos, com o objetivo de equilibrar o deficit orçamentário público e trazer de volta os investimentos privados.
     O que esses dois casos tem em comum ? São os interesses.
     Enquanto o Brexit serviu para favorecer as incursões de altos investimentos, na ordem de mais de 300 bilhões de dólares, de origem da própria Europa, Estados Unidos, Emirados Árabes e dos petro -dólares. Ora! Está claro, os interesses se aproximam nas praças seguras, nos sistemas convergentes e políticos ideologicamente, acima de tudo, a segurança para o capital envolvido.
     O Brasil se mantém aberto ao capital de investimentos diretos e indiretos do exterior, e mesmo assim, o crescimento brasileiro é dependente de uma reforma de gestão, capaz de mudar a instabilidade política, ter obediência pelas normas, protocolos e regras de acordos e repactuação de negócios, são esses os elementos fundamentais para que haja uma aproximação de interesses, fora isso, as potencialidades econômicas e financeiras se apresentam em segundo plano.
     O conflito de interesses é o que separa o desenvolvimento do subdesenvolvimento.

sábado, 23 de julho de 2016

O IDEALISMO ACIMA DAS DOUTRINAS

      A história tem a explicação para todos os debates contemporâneos. Em 1914 Henry Ford deixava para a humanidade a esperança da prosperidade, o trabalhador empregado de Ford tinha o trabalho valorizado, porque era beneficiado na venda do seu trabalho, era adotado a jornada de 8 horas por 5 dólares a hora, abria-se com isso um novo rumo na estrutura econômica e social. Ford era pragmático e de visão socialista, diferentemente de Mark e Lenine, fazia a teoria aplicada, defendia a participação dos operários nos lucros. Ele mesmo dizia que seriam enormes os benefícios para o seu negócio, conforme transferisse parte dos seus lucros para os usuários e os operários dos seus carros. Essa extraordinária mentalidade como empresário, contraria e derrota a doutrina marxista, que prediz quando o proletariado se tornar poderoso, subverterá o sistema de produção.
     As idéias e o desenvolvimento não correm no tempo lado a lado, algumas vezes são divergentes e correm em sentido contrário. Ford imaginava que a nova ordem econômica para o sistema econômico, daria a humanidade uma prosperidade sem limites e o empregado não seria mais propriedade de ninguém. Aquele investidor, iniciou seu império com uma simples oficina no fundo do quintal, jamais pensaria na presença no mundo da indústria robótica e os grandes conglomerados, controladores de estoques e cotações de matérias primas e petróleo.
     O esplendor do nascimento da força dos sindicatos daquele tempo, hoje não existe mais, estão ameaçados de perderem a representatividade política, por causa da inevitável extinção gradativa das profissões e seus efeitos desastrosos sobre a previdência.
     Os problemas inimagináveis do início do século XX, é de que os trabalhadores poderiam perder a liberdade de escolher uma profissão e a propriedade e o valor do seu trabalho, porque o empresário do mundo de hoje prospera com uma indústria que produz robôs e robôs professores de robôs.Então, estejamos preparados para um forte representante sindical. O sindicato dos robôs.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

A VELHA LUTA PELA FORÇA DE TRABALHO HUMANO

     Economistas e mestres estudiosos das antigas doutrinas, e os analistas modernos que acompanham a evolução dos novos sistemas de produção, travam uma contenda de opiniões, sobre principalmente, o futuro do emprego.
     Sempre defendi a ideia de que o sistema econômico ideal é aquele capaz de abranger fundamentos de todas as doutrinas, voltados para a proteção do emprego. O HOMEM é por natureza uma máquina completa, que precisa trabalhar por toda a sua vida útil, se parar, morre e acaba. No entanto, contrariando essa ideia, o capitalista pensa apenas em rendimentos constantes, isto é, a sua preocupação é financeiramente insensível. O exemplo da maior economia mundial, berço do capitalismo,vem desde o início da década de 50, quando a intenção dominante era da diminuição da cooperação de humanos e reduzir o seu valor econômico, com a revolução da era robótica.
     Quando se critica Karl Mark nas teorias sobre o valor do empregado e dos agentes econômicos valorizados atualmente, em verdade, o que estamos dizendo é que os preceitos do mestre são uma maldição profética. Diante disso, como avaliar então, que a China consome 25% da produção mundial de robôs, em um país de 1,2 bilhões de habitantes, e mais, ainda sobre os Estados Unidos, é muito preocupante para o futuro do emprego, o fato de que a desigualdade da renda entre as classes produtivas se mantem a mesma desde 1930...1930 ! , país de admirável democracia, todavia, sem conseguir melhorar a sua distribuição de renda.O biólogo  inglês Julian Huxley, primeiro diretor-geral da UNESCO, por volta de 1960, alertava para as condições de sobrevivência humana, estimava que os 2,5 bilhões de habitantes, de 1950, em menos de 50 anos duplicaria, estava enganado. Triplicamos.
     Entendo assim, o sistema capitalista é fundamental para a construção das bases sociais da família, por isso a sociedade luta por melhores rendimentos da sua força de trabalho, e não pode ser visto como simples fator de produção, substituível e extinguível, em nome da produtividade econômica

quarta-feira, 13 de julho de 2016

FAZER POUPANÇA SEM GARANTIA DE EMPREGO

     Não é de hoje que alguns sinais começaram a afetar diretamente a vida das famílias. Como a economia só anda de lado, os sintomas dos seus agentes realçam a fragilidade nos fundamentos que servem a sociedade. Alguém duvida que a estabilidade do emprego é coisa do passado, que a velocidade da inovação tecnológica, assim como na primeira revolução industrial, é o fantasma de quem está empregado. Ao se verificar que a taxa média do crescimento líquido da população mundial, em torno de 1,5 %,  nos últimos 20 anos,  é acompanhada por níveis reduzidos do PIB médio mundial, pressiona o espaço para formação de poupança familiar. A capacidade de poupança familiar e o investimento privado voluntário, estão frente a um obstáculo comum. A renda oriunda de salários não ajuda mais na formação da poupança, o exemplo brasileiro indica que apenas 23% dos rendimentos mensais de salário, ultrapassam ligeiramente os 500 dólares. Como o consumo, a inflação e os impostos são presenças definitivas nos orçamentos familiares, o sentimento de mais valia do trabalho, com o tempo perde o sentido, não se consegue mais resgatar a teoria de Mark, se o trabalho não estiver permanentemente valorizado, nesse caso os rumos do processo econômico baterão de frente com as exigências sociais do trabalhador.
     Os sintomas hoje em dia, estão voltados nos investimentos que possam produzir efeitos pela inovação tecnológica, sobretudo aqueles com interesses de redução de custos e aumento de produtividade. Esses investimentos, normalmente, sempre foram liderados pelos países desenvolvidos, que sustentam a hegemonia de patentes intransferíveis, apenas os Estados Unidos, Japão e Alemanha, guardam juntos mais de 130 mil invenções úteis.
     Toda inovação no sistema econômico, exige uma readaptação da mão de obra, essa readaptação traz consigo, a diminuição da força de trabalho humana, redução de encargos e salários. Na minha visão, a história do trabalho, nunca será entendida pelos políticos, são eméritos disfarçadores das realidades, portanto, só resta a alavanca do investimento privado voluntário, para que o trabalho e a renda, com justiça, sobrevivam a maldição do sistema oligárquico, que escraviza quem produz, e jamais reduzem a margem de lucro.
     Breve seremos 8 bilhões de habitantes, se o trabalhador de baixa qualificação de mão de obra não tiver o amparo do sistema econômico internacional, cada vez mais nos afastaremos da sonhada distribuição justa de renda.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

CETERIS PARIBUS

     Expressão do economês, que quer dizer, " tudo o mais permanecendo constante ", se refere a lei geral da procura e da oferta, ela estabelece que a quantidade procurada de um bem varia em relação inversa a seu preço. Essa lei é o principal fundamento de uma sociedade consumidora, e toda dona de casa sabe disso. Entendo que esse pensamento, vem muito a calhar com o momento na Europa, e em contra partida as mudanças políticas, porque o comprometimento dos acordos comerciais, não tem movimento de êmulo, menos ainda,  com as complicadas barreiras políticas. A necessidade de se manter o equilíbrio de preços na Europa, flexibilizará as negociações entre as áreas produtivas, preferencialmente, a do setor primário, que é composto pelos bens de primeira necessidade. Sobre os bens de necessidade superior, por apresentarem menor saciabilidade, provavelmente, atenderão a uma nova ordem de negociações. Com o transcorrer do tempo, o que for essencial para as sociedades da Europa, estarão acima dos interesses políticos, haja visto, que todos os países participantes da União Européia tem suas multinacionais, suas commodities, suas redes bancárias... e, seus medos dos índices de desemprego.
     O meu entendimento, é que toda essa prevalência, e a continuidade do necessário intercâmbio comercial, transformará a União Européia em um simples pacto de livre comércio, com as apresentações de renúncias as vinculações de ordem jurídicas sobre a constituição continental, fortalecendo, a partir de então, a independência dos países. Não saberia usar o passado político da Europa para afirmar que nunca acreditei na sustentação da Nação Única Européia, todavia há um fator que eu encontraria em todas as páginas da história, está escrito como um importante papel no seio da sociedade de cada país, o protecionismo e seu irmão siamês, o nacionalismo.
     A Europa é o berço de meus pais, de Portugal até a Grécia. Terras muito mais velhas do que uma passagem pela história contemporânea, como tantas outras já ocorreram, o melhor, sobretudo, é a paz e a prosperidade entre os povos.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

A COLONIZAÇÃO ECONÕMICA E SEUS EFEITOS

     Muito mais sério que as crises de identidade, são as crises econômicas, as guerras, os grandes descobrimentos dos caminhos marítimos e as descobertas dos novos mundos, tiveram como causa principal as necessidades de recursos de energia e matérias primas. A exploração sempre existiu em todas as épocas e por todos os Impérios na história da civilização. Quando o Mundo Velho saiu a procura das riquezas, levava o retrato da sua identidade evoluída e poderosa, Foi esse grande acervo cultural que permitiu a implantação pelas terras conquistadas a identidade do Continente europeu.
     Aquela identidade original, composta pelos anglo-saxões, germânicos, helvéticos, lusitanos, romanos, gauleses e nórdicos não existe mais, a força invisível da miscigenação que o imigrante transportou, transfigurou a Europa, esse Continente deve entender e aceitar que a sua identidade hoje tem as cores, os credos, as virtudes e os defeitos das terras por onde durante séculos foi soberano. A necessidade de explorar em terras alheias os recursos naturais, petróleo e minério, resultou no que é hoje a Europa.
     Que tenha vida longa o novo Mundo Velho, não adianta fugir da " Lei de Boomerang ", tudo o que vai , volta. Terceira lei de Newton.

domingo, 26 de junho de 2016

O DETALHE SUTÍL DE UMA REPÚBLICA

     Para a República ser perfeita, teríamos que entender o pensamento de Sócrates de 2.700 anos atrás. Segundo o magno filósofo, a distribuição de tarefas seria de forma vocacional e na medida que os tarefeiros ficassem felizes com suas pagas, a República estaria feliz.
     É importante avaliar a relação entre os pensamentos na evolução da história humana, o pensamento socrático estaria mais próximo da doutrina socialista, enquanto a doutrina capitalista tem mais significado com a economia liberal dos tempos modernos. O tempo não foi capaz de mudar absolutamente nada quanto a relação de dependência entre a felicidade do cidadão e a estabilidade da República. Sócrates falava que um carpinteiro, por exemplo, não poderia ter ganhos como um servidor público ou um político, mas que todos deveriam ser felizes com seus salários, sem se angustiarem com outras fortunas acima das suas capacidades na execução de suas tarefas.
     A diferença que a história vem contabilizando se consolidou com o nascimento das ideias capitalistas para uma sociedade organizada da nossa era, nela o carpinteiro pode se transformar em um empresário do setor madeireiro. Na República de hoje, como na de Sócrates, o servidor público e o político só podem ser servidores públicos, eles são os guardiões do Estado, e somente isso. porque não produzem renda e riqueza como o carpinteiro. Cabe portanto, a uns e a outros, saberem isso, aceitarem isso, para que suas felicidades sejam verdadeiras e íntegras, porque se não for assim, não existirá Republica. Imaginar o pensamento republicano, é conhecer seus próprios limites, independentemente da sociedade da qual faz parte. Se é assim que imaginamos como deve ser a felicidade coletiva, é assim a utopia que existe dentro de cada um de nós.

sábado, 25 de junho de 2016

NOVAS IDÉIAS PARA VELHOS PROBLEMAS

     O ressurgimento do " News Deal " no mundo, acaba de se manifestar na Europa. Isso já era esperado, e se engatilhou com o êxodo dos refugiados e assemelhados na procura por melhores empregos e a corrida desesperada por uma competição de oportunidades, que aquele Continente oferece.
     Porém, tudo que é medido por dinheiro tem limite, as medidas usadas em defesa do capitalismo europeu, nesse momento, a meu ver, deveriam seguir preceitos ortodoxos e evitar soluções novas, quando o fantasma do desemprego não saí da porta do trabalhador a mais de um século. Posso ser enfadonho, mas o emprego e o desemprego são a razão da internacionalização das crises, elas são trazidas para cada país, ou criadas no próprio país pelos confrontos dos níveis de subconsumo e superprodução, essas fazes ocorrem de forma cíclicas e portanto, responsáveis pela formação de mercados, capazes de articularem os excedentes de capitais,produtos e matérias primas. A concorrência capitalista é poderosa e desigual, não favorece aos países isolados do sistema internacional de comércio, principalmente, hoje em dia, aqueles que não tem poder de barganha com recursos estratégicos de produção de posse das commodities.
     A ideia inovadora do presidente Roosevelt, nos dias de hoje, tem um significado muito mais implicador, o mundo não perdoa ao isolamento político, muito menos o econômico.
     A globalização tem empurrado os países em direção a todos os tipos de parcerias, essas parcerias são mais consistentes quando tratadas com pactos de blocos de países em assuntos de investimentos e comercias. As crises desde 1929, nada mais acrescentaram do que a continuidade do fracasso de resultados positivos entre os sistemas de produção e as necessidades e o poder de renda em todo o mundo, sendo capitalista ou não.

sábado, 18 de junho de 2016

É NA ESCOLA QUE NASCE O DESENVOLVIMENTO

     As decisões políticas são responsáveis por tudo que representa avanço ou atraso na conquista do desenvolvimento. Os recentes estudos da ONU alertam para a América Latina, salientando o fato da queda do nível de desenvolvimento humano, e isso tenha anulado as conquistas nos últimos anos a favor das classes mais pobres dessa região. A responsabilidade política nunca é assumida pelos governos, com efeito, as políticas sociais brasileiras adotadas pelos últimos governos, apenas representaram ações filantrópicas financeiras, apregoando uma melhor distribuição de renda no país. Entretanto,os programas sociais brasileiros não tem consistência nos conteúdos visando a educação de base.
     O Brasil tem aproximadamente 188 mil escolas destinadas ao ensino básico, elas são lotadas por um pouco mais de 2 milhões de professores para 48 milhões de alunos matriculados. É extraordinário e assustador, imaginar que 24% de uma população, são jovens na busca sofrida, por uma melhor educação. Um exemplo de conhecimento público, são alunos da 8ª série que encontram dificuldades em ler e escrever, esse problema é refletido no processo de admissão para o ensino superior. O mais grave, é o pouco caso atribuído sobre os salários dos professores, como pode haver motivação sem a correspondente valorização da mais nobre das profissões.
     Não existe outro modelo para desenvolver um povo, quantas gerações se perdem ao caminho das escolas vazias do pensamento pedagógico, vazias dos alvoreceres da esperança, desprovidas da atenção paterna do Estado. Tenho pena e medo dos jovens, cujos semblantes observo nas minhas caminhadas matinais; pena por uma geração perdida passando diante de mim, e medo pelo futuro perdido.
     Para um povo pobre, enquanto o Estado fornece ajuda financeira, a visão que se tem é de um conforto de consumo, mesmo assim, esse povo continuará pobre. Quando essa ajuda acaba, o nível da pobreza revela a cruel realidade.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

A DIFÍCIL SAÍDA

     O tema que envolve o aquecimento global, política e negócios de petróleo e opinião pública, ainda levará muito tempo, acredito, no mar da dialética. Os programas de crédito por sequestro de carbono na atmosfera, vem incentivando o desmatamento de florestas naturais para reflorestamento com eucalipto, essa cultura tem elevado grau de ressecamento do solo, alem de uso tradicional de queimadas como manejo de plantas daninhas. A política de petróleo segue o mesmo entendimento, a busca pela melhor qualidade de vida humana, mora ha muito tempo, entre os discursos e a realidade dessa dependência. Se levarmos em conta que apenas 2 países retiram da terra 15 milhões de barris de petróleo por dia, e os produtores tem uma reserva em potencial capaz de sustentar uma extração de combustível por mais de 1000 anos, que representa, por estimativa, apenas 1/3 do que existe abaixo da terra, como podemos evitar tão grande relevância, para o mundo, o papel estratégico e de segurança que tem o petróleo. Também, não há como duvidar que os interesses em jogo são poderosos, e envolvem investimentos que comprometem quase todos os governos no mundo.
     É uma fonte de energia barata, em abundância, com uma infra-estrutura e logística que se aperfeiçoa permanentemente, e o mais importante, é que as outras opções, como a nuclear, usina hidroelétrica, eólica e solar, mesmo que somadas, não serão suficientes, por longo tempo ainda, para encherem os tanques de combustível  existentes em todos os veículos rodando pelo mundo. O biodiesel e o álcool, no meu modo de ver, são monoculturas que agridem profundamente o solo e o meio ambiente, e dependem de irrigação.
     O mundo deve retroceder, porque a moralidade é mantida pelos cabrestos da lei, e como é o dito popular, se me permitem, " se ficar o bicho come e se correr o bicho pega ".

sábado, 11 de junho de 2016

A VELHA LUTA PELO EMPREGO

     A maneira como se comporta atualmente o mercado de emprego no mundo, não é a primeira vez, já ocorreu na  revolução industrial do século XVIII. Quando o desenvolvimento tecnológico é aplicado, por força da atração que move o mundo dos negócios, em todos os processos produtivos da economia , não importa qual seja o sistema político, ocorrerá inevitavelmente a substituição da força da mão de obra, vejo isso como o lado negro do capitalismo, cambiar salários para produzir mais e pagar menos.
     Essa situação mundial é um conflito que poderia ser evitado se os governos de economias industrializadas tivessem guardado o exemplo da primeira revolução industrial. O interesse empresarial de dar preferência a uma política de custos e produtividade, não despertou nos governos a criação de programas de adequação da mão de obra dispensada. Esses programas teriam como objetivos realocar o empregado em novas iniciativas do setor privado. Porém, os governos são obrigados a herdarem esse contingente e pressionando os orçamentos públicos. O desenvolvimento de uma economia deve obedecer parâmetros sócio-econômicos e não somente econômicos financeiros, porque a renovação tecnológica deve exigir atenção governamental do possível efeito colateral sobre a capacidade instalada da atividade humana empregada. É preciso salientar que o custo desse efeito, será sempre bancado pelo contribuinte, isto é, o desemprego motivado por falta de compatibilização de capacidade técnica, é de longo prazo e com implicações adicionais sérias no desenvolvimento social.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

POUPAR OU GASTAR, QUAL É MELHOR ?

     A igualdade matemática é assim : Receita menos despesa = se for positiva, significa poupança, se for negativo, significa dívida. Sabemos que a poupança e a dívida são o resultado do que acontece do outro lado do sinal de igualdade, como sabemos também que raramente, nos dias de hoje, fecha o mês equilibrado. Deixando de lado o saudosismo, vivi uma época que o salário era guardado em casa, separava-se o dinheiro por  despesa, CUMPRIA-SE os compromissos dos pagamentos, e o que sobrasse, continuava guardado em casa, como poupança, até uma compra à vista ( cash ), não havia pagamento em cheque. Esse sistema só existia, porque a vida, fora o infortúnio da morte, era cheia de previsibilidade, um planejamento para um ano, transcorria normalmente, por que ? O raio de liberdade e amplitude de vida, era extremamente pequeno, o efeito-renda tendia para zero, porque o leque de necessidades era constante, daí, poupar fazia parte de um hábito automático.
     A cultura de consumir teve início a partir do final da década de 70, a explosão dos hábitos e costumes, transformou a vida das pessoas, com a chegada da globalização, o leque de necessidades deixou de existir, dando lugar a uma cesta, que varia de tamanho em função do grau de ansiedade de cada um. Poupar, não é mais prioridade, nem faz parte de planejamento de gasto, o que se planeja, é o conjunto  de dívidas a serem pagas ou articuladas por refinanciamentos. A renda não é mais o parâmetro da capacidade econômica pessoal, o novo parâmetro é a condição de convencimento e gerenciamento nos negócios.
     Poupar é coisa do passado. Viva o consumismo ! O futuro que espere, pois o presente é um presente que as multinacionais  oferecem, a valorização do dinheiro anda atras da valorização de qualquer coisa, seja um serviço, seja um bem durável. Não sei qual o destino que está guardado para o dinheiro como representativo de valor.

quarta-feira, 8 de junho de 2016

ALGUMAS SUGESTÕES DE COMBATE A POBREZA

     Um artigo publicado no jornal brasileiro VALOR, de ontem, dia 7, sobre o financiamento da saúde e educação, escrito pelo ilustre professor da Universidade de Colúmbia dos Estados Unidos, Jeffrey D. Sachs, muito me impressiona, devido a identidade em nossos pensamentos, se me permitem a humilde referência.
     Sempre coloquei a hipocrisia dos poderosos como a maior dificuldade de se resolver o problema da miséria e da fome mundial. Quando o professor Jeffrey salienta os gastos militares inúteis em detrimento do desenvolvimento social no mundo, acrescento que o comércio de armas dos Estados Unidos e da Rússia juntos, representam quase 60% desse comércio no mundo. Quando questiona o total desprezo dos ricos, em ajudar os mais pobres, mantendo depósitos em paraísos fiscais que chegam aos 21 trilhões de dólares, ele sugere um imposto de até 0,25% sobre essa riqueza, " para que todas as crianças do mundo pudessem ter garantidos o acesso a cuidados básicos de saúde e educação". Na mesma linha de pensamento, considero viável um imposto, em igual percentual, para todos os contratos de compra e venda de petróleo. Recentemente abordei que no ranking dos 10 maiores países com maior poupança em relação ao PIB, sete estavam vinculados a OPEP.
     Um aspecto, a meu ver, preocupante do ponto de vista social, em geral no mundo, diz que a população economicamente ativa mundial, entre os anos de 1990 e 2012, caiu de 66% para 63%, o que torna muito relevante a opinião do professor, quando diz : " Nosso mundo é muito rico e poderia financiar um início de vida saudável para todas as crianças do planeta".
     Existem dois fóruns capazes de alcançarem esses objetivos, através de debates construtivos, o primeiro é na ONU, e o segundo somos nós, cada cidadão do mundo, apoiando e manisfestando seu protesto em favor dessa sublime e douta opinião, que muito me honra retransmitir.

terça-feira, 7 de junho de 2016

O FUNDAMENTO DO ATO DE POUPAR

     O dinheiro, como moeda, pertence às famílias, e deve estar sempre em seu poder. É pela gestão da vida que a família cria o movimento da economia, produzindo renda quando oferta mão de obra e gerando investimento e emprego quando consome. A família é a empreendedora da gestão pública, fornecedora de recursos, representados pelos impostos. Isso é suficiente para qualquer debate sobre economia.
     O Fundo Monetário Internacional, FMI, é o maior exemplo do que significa, e a importância da prática de poupar. Os recursos que fazem parte desse fundo, são oriundos de famílias do mundo inteiro, dinheiro do esforço de trabalho, de patrimônios de uma vida inteira. Essas pessoas confiam em seus bancos aonde fazem depósitos e os países aplicam no FMI, por serem sócios dessa instituição financeira. Se algum governo recebe um empréstimo do fundo, torna toda a nação devedora de um dinheiro que faz parte da poupança de uma família em algum lugar do mundo, e o seu governo é o fiel depositário junto ao FMI.
     O mesmo fundamento se aplica sobre as reservas internacionais dos bancos centrais de todos os países. Os volumes de divisas monetárias em depósitos, só existem da atividade etérea de cada família em trabalhar, consumir, poupar, acreditar e poder investir. Foi por causa dessa atividade que alguém em um momento, muito remoto da história da humanidade, entendeu que isso poderia ser medido de forma física, e lhe deu o nome de MOEDA.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

AONDE ESTÁ A POUPANÇA DO MUNDO????

     Não precisamos de muita atenção, para concluir que os rumos das sociedades no mundo, passam   por um processo de transformação. Todos os continentes sofrem convulsões políticas e econômicas, parece um fenômeno da espécie humana, e os crescimentos econômicos-sociais navegam  a deriva, por conta da competição da moeda. A atual fase do crescimento na Ásia e no leste asiático é gerado pela atuação das multinacionais, que exploram regiões de baixo custo operacional. Com mais da população mundial, o crescimento dessas regiões não alcançará os grandes bolsões da pobreza asiática, os rendimentos constantes, são transferidos para os acionistas milionários e as matrizes.
      O fator fundamental para explicar a mudança no mundo, está em uma tendência que vem ocorrendo no desinteresse das famílias na cultura e na prática de poupar. É uma mudança de comportamento, acredito, de que as pessoas não confiam mais na moeda como mercadoria de troca, ou melhor, a teoria não é suficiente para afirmar e garantir que o bem físico seja medido por um valor em dinheiro correspondente.
     A poupança que o mundo faz, está na mão da OPEP, ainda. Dados fornecidos pelo FMI, na década de 70, a rolagem dos petro-dólares começava pelos países consumidores de petróleo, principalmente, os em desenvolvimento, cujos saldos em conta corrente entre os anos de 1973 e 1975, acusavam um  aumento de um déficit de 11 bilhões de dólares para 43 bilhões de dólares. É visível a grande transferência de poupança para os países sócios da OPEP.  As dívidas externas desses países eram alimentadas pelo sistema financeiro internacional, tendo como credores os proprietários dos petro-dólares.
     O mesmo FMI, informa atualmente que a poupança mundial tem entre os 10 países com poupanças acima de 50% do PIB, 7 são países produtores de petro-dólares. Seguirei abordando algumas considerações sobre os efeitos que esse tipo de capital causa às iniciativas de investimentos e de possíveis entraves no processo de desenvolvimento dos países emergentes.

terça-feira, 31 de maio de 2016

A PREOCUPAÇÃO COM A COMIDA DO FUTURO

     Uma antiga interpretação matemática do economista Thomas R. Malthus, nascido em 1766, dizia que enquanto a população cresce em taxas geométricas, a produção de alimentos tem taxas de crescimento aritméticas. Entendia que a cada 25 anos a população dobraria, recentemente a população do Brasil , entre 1970 e 2000, dobrou, e a implantação das favelas nas periferias das cidades, passados 200 anos. Malthus tinha a ideia de que a pobreza era culpa dos pobres, recomendava a construção de ruas estreitas para que as pessoas mais próximas, umas das outras, permitisse a facilidade da entrada das pragas, assim o equilíbrio natural fornecido pelas epidemias daria a sustentação dos níveis de alimentos. É uma cruel confirmação de um pensamento visionário.
     Podemos também, considerar que a produção mundial de grãos em torno de 3 bilhões de toneladas, alimenta em tese, cada pessoa com 300 gramas, contudo, isso é uma falácia. Em verdade, acredito que metade da população mundial não recebe esse alimento. Vale comentar, o florescimento com vigor da alimentação bovina por confinamento, representa uma maior participação do setor da pecuária no consumo total de grãos. A meta por conta dessa alimentação em confinamento, é um abate precoce em 18 meses, quando anteriormente, no pasto, era mais de 4 anos. Ora, a alteração nesses processos de alimentação na pecuária, afetará os preços do milho e da soja principalmente, temos que considerar o fato que existe no Brasil mais bois do que pessoas.  Por traz disso está a necessidade de maior produtividade, porém, o que não se leva em conta é a tendência real das safras cada vez mais mirradas, em consequência dos castigos impostos pelas estiagens prolongadas, a alteração do aquecimento, as resistências cada vez maior aos defensivos agrícolas e a dificuldade econômica da irrigação.
     Todas esses aspectos, refletem no conjunto, uma preocupante realidade : A produção de alimentos tem como função social atender as commodities e aos governos. Enquanto isso a pobreza e a fome ameaçam o futuro de uma população mundial, muito mais do que as pragas preconizadas pelo controvertido economista Thomas R. Malthus.

sábado, 28 de maio de 2016

POR QUE NÃO A QUINTA REVOLUÇÃO

     Continuarei a defender a ideia de uma maior valorização do gasto da renda das pessoas, ou melhor, de um retrocesso no atual modelo de produção e consumo da economia mundial. Não sou retrógrado, o que me preocupa é o uso da capacidade de se inventar processos de atividades produtivas em substituição a função social da mão de obra humana.
     Todas as revoluções nos processos econômicos produtivos, arrastaram consigo desastrosas crises pela presença do desemprego. e pela falência da qualidade de vida de milhões de famílias. A reunião que acontece do grupo das 7 maiores economias, está preocupada com a estimulação do crescimento mundial, esses países capitalistas estão propondo maiores gastos governamentais, entendo como uma intervenção pública na formação da renda nacional, o que indica um enfraquecimento no sistema econômico. Essa intervenção vem ocorrendo a muito tempo e nem por isso impediu que a economia mundial começasse a caminhar de lado.
     A mentalidade da sociedade consumidora no mundo ainda demora a mudar, os primeiros sinais concretos dessa mudança, deverá vir do consumidor americano, é oportuno frisar, que no momento a sua produção está voltada para dentro. Por ser a maior economia do mundo, tem em seu bojo o grande espírito da livre iniciativa, da inovação e proteção patrimonial, fundamentos primários que apenas as sociedades mais consolidadas possuem e portanto são críticos, analíticos e capazes de formularem as reformas estruturais que possam atender seus hábitos e costumes, como desejam.

segunda-feira, 23 de maio de 2016

O QUANTO CUSTA O SUBDESENVOLVIMENTO

     A definição sublinhada do subdesenvolvimento, como penso, é a injustiça praticada contra a sociedade. Ela é isolada pelo Estado, que a mantém  estagnada a uma renda per capita muito baixa. Essa mesma sociedade, entretanto, não vive mais, hoje em dia, na bem-aventurada ignorância sobre as condições de vida do mundo desenvolvido. Basta lembrar que as grandes empresas e commodities prosperam em países de elevados níveis de pobreza e de mortalidade infantil, e ironicamente esses indicadores acabam se transformando em complicadores de gestões.
     A notícia divulgada recentemente de que as duas maiores empresas do mundo em pesquisa, desenvolvimento e produção química de adubos, defensivos e sementes voltados para o setor agrícola, estariam se unindo, envolvendo uma soma de mais de 60 bilhões de dólares. A potência empresarial formada, segundo a notícia, aumentaria em 5 % anuais os ganhos dessa atividade .
     Diante disso, como fica declarado em um acordo desse tamanho, os seguintes aspectos:
        1) Qual a contribuição desse novo conglomerado aos países consumidores de seus produtos,como no caso o Brasil, maior consumidor mundial de agrotóxicos;
        2) Qual o compromisso com a recuperação de áreas degradadas e envenenamentos de lençóis freáticos;
        3) Qual a contribuição para a formação de mão de obra em agricultura alternativa, como a orgânica;
        4) Qual a contribuição financeira deduzida das remessas de lucros, destinadas a educação e saúde dos países pobres aonde são utilizados a produção dessa nova multinacional.
     Se o subdesenvolvimento na educação e na saúde mundial custar menos que 60 bilhões de dólares, e, caso seja errada essa minha opinião, ainda assim acredito que estarei certo, em afirmar o quanto ajudaria a educação e a saúde dos países, seus clientes, os 60 bilhões de dólares.  

domingo, 22 de maio de 2016

O FUTURO PODERÁ SER SEM EMPREGO

     O mundo tem hoje dois grandes problemas, o aquecimento global causado pela emissão de gases na atmosfera e o perigo da extinção do emprego. Alias, ambos mantem entre si estreita relação de causa e efeito. Prefiro no momento, tratar do emprego, por considerá-lo como o único agente de equilíbrio para que a sociedade seja organizada.
     Desde a antiguidade, a criação do sistema de troca envolvendo a remuneração de qualquer forma, pela contrapartida de algum trabalho produzido, condicionou a vida humana ao processo de trabalho e salário. Recentemente, abordei a questão do desemprego, naquela oportunidade fiz referência sobre a revolução industrial no final do século XVIII. A adaptação dos novos métodos de produção necessários a ocupação da força de trabalho ocorreu até o início do século XIX. A análise da essência dos objetivos entre aquela época e o que ocorre atualmente, no que diz respeito a ocupação de mão de obra, é a produtividade exigida pelo sistema econômico moderno e não mais a necessidade do emprego humano. O mestre Karl Mark, tinha a convicção de que no futuro a classe trabalhadora seria beneficiada e que o valor da produção do trabalhador fosse determinado pelo tempo de trabalho.
     O que aconteceu a partir, precisamente, depois de 1950, com o crescimento das ciências da computação, foi o surgimento do medo de uma " nova revolução cruel ", capaz de desprezar a contratação de mão de obra por nenhum preço, esse era o pensamento de Norber Wiener, um dos criadores da computação.
     A renda produzida pelo trabalho não atende mais todas as necessidades e os movimentos sindicais perdem a força política de suas revindicações. Existe um pensamento latente sendo projetado de que tanto a previdência como o emprego podem estar com seus dias contados. ´    

sábado, 21 de maio de 2016

RETROCEDER É UMA IDEIA INTELIGENTE

     A condução da vida humana em direção ao  futuro, acreditá-se, que sempre esteve nas mãos dos políticos, é possível, todavia, a história segue seu rumo independente da nossa ação e da reação. Quando um nobre cientista, no seu isolamento vê nascer uma ideia absurda de criar uma máquina capaz de substituir a habilidade do homem em produzir um objeto, ou atuar com a máxima delicadeza em uma intervenção cirúrgica de elevado risco, está dentro de sua alma iluminado o bastante, e voltado para o bem da humanidade. São exemplos de verdadeiros milagres da nossa inteligência. Como o tempo é infinito, e  a obra humana não, tanto as decisões políticas como tudo que é criado pelo homem tem prazo de validade. O poder do absorvimento é tão veloz, que o rumo dado às condições de vida, não levam mais em conta os exemplos do passado, ocorre que existe uma certeza definida por um pensamento rasteiro e fantasmagórico, batendo todos os dias em nossas portas... o que está aí é o futuro.
     É uma questão de escolha, se retrocedemos ou avançamos.

quarta-feira, 18 de maio de 2016

SÓ O EMPREGO SALVA A HUMANIDADE

     Quem está empregado hoje pelo mundo afora, não deve confiar em sua estabilidade. Como posso escrever sobre o emprego na economia atual e ter que ser otimista, enquanto os indicadores gerais do mundo confirmam o contrário. Os dados fornecidos sobre taxas de desemprego mundial, são geralmente difusos, porém, as tendencias demonstradas estatisticamente, exige uma visão mais cautelosa e preocupante. Os índices de desemprego entre as 10 maiores economias representam em números aproximados, 50 milhões de trabalhadores, que trazem consigo, em média, mais 2 dependentes, assim podemos considerar que existem hoje 150 milhões de pessoas angustiadas e preocupadas com seus dias, trata-se apenas, de 10 países líderes da economia mundial.
     Mais preocupante ainda, é a visão em 25 anos do desempenho da atividade econômica mundial, a população economicamente ativa, ou seja, a força de trabalho no mundo, caiu de 66% para 63%, essa tendência, tem a meu ver, forte correlação com a concorrência da automação e com a mão de obra robótica, fatores modernos de produção, responsáveis pela melhoria da produtividade e maiores ganhos de seus proprietários.
     É provável que estejamos passando por mais uma fase pós revolução industrial, ou melhor, revolução tecnológica. A estimativa de pessoas empregadas no mundo, segundo a Organização internacional do trabalho ( OIT ) é de 1,5 bilhões. Ora, isso representa 21% da população mundial, menos de 1 pessoa para sustentar mais 4 pessoas, estimá-se também, em 200 milhões de desempregados em todo o mundo, seguindo o mesmo raciocínio, são 1 bilhão de pessoas amarguradas e preocupadas com seus dias. Enfim, podemos, dessa forma, afirmar que vivemos em um planeta subdesenvolvido, se olharmos com mais atenção o que ocorre ao nosso redor, não há como questionar essa triste realidade.