sábado, 30 de setembro de 2017

ESTÁ HAVENDO UM LEILÃO DA NATUREZA

     Os problemas que afetam a sociedade mundial, a meu ver, extrapolam a auto determinação das nações. Nesse caso caberia um verdadeiro rigor no cumprimento das decisões da ONU, sobre o bem estar e a manutenção sustentável dos recursos naturais de cada comunidade, seja ela quem for e aonde estiver. Muito mais  que ser um visionário é acreditar na união dos povos, sabendo desde criança que os bens naturais pertencem a todos, que o bem estar do meu vizinho refletirá em mim, a intenção da soberbia corrói a esperança, ninguém que eu conheça faz "loby" pela preservação do futuro.
     A internet nos aproximou e nos fez compreender como nunca na história da Humanidade que somos tão iguais nas virtudes e nos defeitos, sonhadores e enormemente amantes da justiça ! Agora, se sabemos que pensamos iguais, daqui para a frente não permitiremos oligarquias, nem tiranos disfarçados que circulam nos parlamentos. Não à escravidão imposta por sistemas de políticas econômicas e sociais que sejam diferentes do que pensamos sobre nossas vidas.
     Vale a pena lembrar que no momento a ação desses sistemas consiste em oferecer, por exemplo, um disponível de capital que representa 50% do dinheiro produzido pela produção anual do petróleo às economias mais fragilizadas, existe um dinheiro chamado "hot money" com a característica de entrar numa operação que lhe seja muito vantajosa e "pular fora" rapidamente. Essa ganância fareja os projetos das economias que tem pressa em se desenvolverem, é o caso, também como exemplo, da tentativa do governo brasileiro de liberar para a exploração mineral uma área virgem do tamanho da Dinamarca, sem o mínimo respeito da opinião pública mundial da qual faz parte a opinião pública brasileira.

domingo, 24 de setembro de 2017

A POLÍTICA DE ARISTÓTELES FAZ FALTA

     Quem mais do que o filósofo grego nascido em 384 antes da era cristã, fundador do primeiro Liceu, mestre de todas as ciências, seria capaz de analisar sobre governos e governantes ? Estaria ele disposto a caminhar ao nosso lado e peripateticamente explicar o que está acontecendo com a carência de líderes virtuosos depois de aproximadamente 2350 anos da sua era ?
      Imediatamente diria que o soberano do Estado " podem ser a multidão, os ricos, os famosos por seu talento e virtude, ou apenas um único homem que será o mais virtuoso entre todos, ou apenas um tirano !"
     Bem. E qual seria a explicação para a dificuldade de se encontrar esses mortais privilegiados, premiados pela sabedoria da vida justa ? Mais uma vez, o filósofo como tinha o poder de explicar o óbvio que nos dias atuais não sabemos , diria: " É evidente que a educação deve responder essa questão e que por muitas razões, devem todos os cidadãos mandar e obedecer alternadamente".
     Vivemos, afinal, uma era de pseudos líderes ou de virtuosos mascarados, era da fuga dos bancos culturais, assentados que estamos confortavelmente em um evolucionismo hedonista inexplicável. Época que ficará marcada como aquele  que tem um só olho será rei, porque todos os outros serão cegos.

sábado, 23 de setembro de 2017

A INCERTEZA ANTIGA QUE NÃO ACABA

     Por ser o fundamento econômico de maior expressão da paz social, a própria história passada desde longe dá ao emprego e à sua riqueza intrínseca motivo inesgotável para se manter vivo, pelo menos, um debate que possa levantar cada vez mais as preocupações em defesa da geração sagrada do emprego.
     O estágio de pleno emprego passou a ser uma miragem desenhada, a meu ver, pela super produção descartável e pelo desperdício do dinheiro público. Como as commodities e os governos não conseguem administrar seus limites, transferem para o mercado financeiro, já inflacionado por uma ciranda de recursos e ativos, um endividamento de perfil de insegurança futura. Por outro lado, o efeito da renda dessa ciranda desestimula investimentos no sistema produtivo. Prefiro acrescentar ainda mais, uma uma velha preocupação de que esse tipo de renda seja um vírus que contamina o sistema econômico e fabrica um sentimento geral de desconfiança.
     A literatura da economia aborda o fantasma do desemprego generalizado que sopra até hoje a economia mundial, desde o século XVII tanto a renda como o nível geral de emprego tem sido a principal fonte das incertezas. Se Ricardo vinculava a renda à exploração da terra, Adam Smith já fazia uma menção diferente ao dizer que " algumas pessoas amam colher onde jamais semearam. "
     Portanto, se aceitarmos que a geração da renda pode ocorrer sem a geração de emprego, podemos também aceitar que não existe a improbabilidade de desemprego geral. Basta observamos os gráficos dos principais indicadores econômicos dos últimos 20 anos para tirarmos as conclusões.

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

A ECONOMIA PRODUZ CASTELOS DE AREIA

     Vejo a ciência da economia como um código de leis de equilíbrio entre o Homem, a natureza e as forças disponíveis que devem se harmonizarem. No início essas forças eram previsíveis, mas o mundo mudou; a sociedade se tornou demasiadamente perdida na linha de uma conduta mais cuidada, arraigou-se definitivamente na mentalidade consumista, achando que assim estaria no caminho da felicidade hedonista. Talvez aí esteja o cerne que mantém e manterá, enquanto for assim, o desiquilíbrio no uso da economia e da forma de pensarmos sobre ela.
     Sempre preferi o lado da preocupação preventiva, dado que a paz, a fartura e a justiça quando forem conquistadas serei chamado como um pessimista incurável porque nunca fiz projetos de castelo de areia na beira do mar, a pratica do comedimento prepara a vida. 
     Mais que uma metáfora o castelo de areia é um aviso que tudo que virá amanhã é um segredo, mesmo quando vem enriquecido por todos os estudos econométricos, os exemplos varrem o mundo através dos séculos e ainda não aprendemos. 
     No momento está sendo levantado um gigantesco castelo desse tipo na Ásia, espero que seja longe do mar para o bem de todos nós.

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

MODELOS QUE GERAM POBREZA

     A economia mundial caminha para um ponto de conflito no momento que se questiona a obsolescência planejada do sistema produtivo em função do consumo irresponsável e da consequente exaustão da matriz energética.
     O consumo da energia não pode representar um risco nos projetos de desenvolvimento, apesar de ser o que acontece até agora sem a menor preocupação com a outra ponta do sistema que é a geração limitada das fontes disponíveis de energia. Alguns indicadores são suficientemente relevantes  na expansão do consumo de bens e serviços como uma cultura contemporânea anti-econômica; as despesas com gastos militares, como exemplo, das cinco maiores potências militares ultrapassam com folga 1 trilhão de dólares. Não me lembro de um maior desperdício de capital humano e financeiro, porém, o pior efeito da prosperidade irregular gerada pelo atual sistema produtivo e seus modelos é a liberdade consumista, com maior incidência, é claro, nos países ricos.
     No início do século 20 a escola Keynesiana sugeria, e foi posta em prática nos Estados Unidos, que os déficits fiscais seriam normais em casos de recessão  ou de elevado nível de desemprego. Contudo, hoje em dia a maioria dos países desenvolvidos, mesmo com suas economias estabilizadas continuam a gastar mais do que as receitas. No meu modo de ver, esse é o efeito negativo da prosperidade desregulada. O Japão, a Alemanha e o Reino Unido reúnem aproximadamente 275 milhões de habitantes para consumirem quase 4 trilhões de dólares do PIB apurado. São valores que revelam uma real condição de consumo em níveis exagerados e economicamente depreciativos em seus valores agregados.

sábado, 16 de setembro de 2017

MODELOS ECONÔMICOS ANTI-SOCIAIS

     Não deixa de ser reconfortante saber que minhas velhas idéias são compartilhadas com a renomada cientista social de origem austríaca Riane Eisler e o economista alemão Reinhard Loske. Essa convergência é muito ampla, sobretudo quando questionamos os modelos econômicos praticados no mundo moderno. Estruturalmente a política usada por todos os pactos econômicos tem a velha visão capitalista da remuneração do capital preferencialmente diante da geração do salário e da renda; isso acabou com o pensamento da sustentabilidade, não podemos acreditar, sobretudo, que o atual sistema de produção e consumo seja a base para o desenvolvimento social, basta avaliarmos a escalada da exploração dos recursos hídricos usados na lavoura irrigada e na indústria, essa atividade econômica nos moldes de um capitalismo fechado jamais recompensará os objetivos solidários de uma economia desenvolvida. Na minha opinião, na agricultura há um enfoque inadequado na distribuição da produção de grãos, a alimentação animal fica com 2/3 e a indústria, por seu lado, implantou uma estratégia de produção descartável !
     É esse o modelo que colabora com a nossa segurança futura ? ainda mais; todos os pactos comerciais são sustentados pelos grandes conglomerados, idealizadores dos modelos econômicos que determinaram a produção que consumimos e que iremos continuar a consumir se não mudarmos essa mentalidade de que consumir da forma subjugante, alguém ganha e alguém perde.
     Só nos resta saber de que lado estamos.  

domingo, 10 de setembro de 2017

AS INCERTEZAS VITAIS DO FUTURO

     Como vivemos em tempos de incertezas, fica incerto também a formação de opiniões. A dinâmica que move a vida atual impede a reflexão moderada sobre os problemas que de fato nos afetarão em breve espaço de tempo.
     Não podemos mais sustentarmos o movimento das commodities agrícola e mineral e pagarmos o resto da vida um custo irrecuperável do meio ambiente. Agora é a vez do rio Araguaia na região central do Brasil. Conheço esse rio caudaloso com uma extensão de mais de 2600 km; é imponente e tem suas margens ciliares muito ricas. Impressiona sua diferença pela virgindade se compararmos com o Nilo, o Chang Yian, o Reno, o Tâmisa, o Vouga, o Tejo, o Mississípi e de tantos outros irmãos sangrados pela mão do Homem. Quando chegamos  em  suas margens entendemos nossa pequenez diante da grandiosidade da  natureza que está ali para nos salvar.
   PRECISAMOS URGENTEMENTE LUTARMOS POR MUDANÇAS DE OPINIÕES.

sábado, 9 de setembro de 2017

O SALÁRIO DO ROBOT É ZERO

     É uma questão de tempo; se não mudar a mentalidade da economia da produção o emprego humano e o salário se extinguirão ou serão atividades isoladas sem nenhuma referência estatística. Nunca fiz esse assunto mera retórica, pois a literatura a respeito vem de muito tempo atrás, a diferença é que agora o envolvimento da tecnologia é extremamente avançada e de forma definitiva. Os efeitos sobre o salário são de grande importância estrutural, mas preocupa de maneira maior, por que as taxas de inflação mundial mantem-se em níveis baixos,  quase deflacionárias, abaixo das metas, depois da recessão de 2008?
     Que fenômeno é esse que mantém os salários sustentados em baixos níveis, apesar dos sinais da recuperação economia mundial, pela teoria clássica, estariam subindo ? Como é possível as taxas de juros reduzidas não serem capazes de promoverem os investimentos, a não ser para os ricos que aproveitam os negócios em ativos. É um padrão novo da atividade econômica, que marginaliza também os sindicatos porque o sistema se capitaliza sem transferências para os investimentos e para o consumo.
     Por mais que as opiniões respeitosas defendam a automação, esse fenômeno que nasceu após a segunda guerra mundial é hoje uma realidade de difícil solução;  ela reduz os salários mesmo com a constatação de períodos de aceleração da produção. O fato é que não podemos mais ignorar a presença do contingente robótico, que entre outras coisas, não recolhe para a previdência, aliás ainda não sabemos o que será o sistema de previdência com essa competição contra o trabalho e salário no futuro.

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

RAIOU HÁ 195 ANOS NOSSA LIBERDADE !

Já raiou no dia de hoje a liberdade brasileira ! Foi assim, com o findar do inverno, as manhãs gloriosas alvoreceram com os perfumes da primavera e com ela esse amor pelo Brasil ! Tomemos como manto a brisa da liberdade que percorre nossa pátria querida, trazendo com ela a dimensão continental  do que nós somos e do futuro imaginado, devemos olhar para trás e escutar as vozes daqueles que acreditavam nesse povo para despertamos em um novo dia !
     Quase um século já passou e a voz de Epitácio Pessoa invocava : " Moços, amai o Brasil ! Amai-o desse amor que absorve a personalidade inteira; amai-o desse amor que se faz de abnegação e de sacrifícios, de devotamento e de ternura; amai-o, e o vosso amor o iluminará, e o vosso amor o transformará em breve nessa grande nacionalidade dos meus sonhos, respeitada e temida, progressista e fecunda, gloriosa e feliz." De Nilo Peçanha sua voz ainda nos alerta: "Vois sois o pensamento livre, enamorado da beleza eterna, rico dessa fôrça sempre nova, criadora do amor, da glória, da riqueza, da fé e das grandes obras do coração." E do seu único volume de verso Castro Alves escrevia para nós :        " Auriverde pendão da minha terra,
        que a brisa do Brasil beija e balança,
        estandarte que a luz do sol encerra
        e as promessas divinas da esperança !"















domingo, 3 de setembro de 2017

DAR UM PASSO ATRÁS, FORTALECE

     A indústria sustentável jamais ocorrerá, esse setor da economia depende da mineração! Acredito que com um retrocesso nos hábitos, costumes, quantidade e frequência do consumo da sociedade mundial, poderá ocorrer uma mudança do rumo do quadro insustentável de hoje. Como a espécie humana não pode ter taxa de crescimento negativa na geração da juventude, a sustentabilidade no uso de todos os recursos naturais só será possível, na minha opinião, com o engajamento permanente da sociedade nos órgãos não governamentais na preservação da riqueza natural de cada país. O excesso de capitalização dos caixas dos países ricos é o maior perigo para a segurança dos países pobres, ou daqueles que precisam de investimentos para crescerem, como no caso da Amazônia do Brasil.
     O Brasil está de olho no dinheiro chines e a China está de olho na riqueza natural brasileira. O dinheiro não acaba, apenas muda de mão enquanto a virgindade da terra desaparece para sempre, simplesmente morre diante de nós. Com uma humilde desculpa, mas quem já viveu 80 anos, sabe do que era e do que é.
"Oh! que saudade que eu tenho da aurora da minha vida"
   "Livre filho das montanhas,
    eu ia bem satisfeito,
    de camisa aberto o peito,
    pés descalços, braços nus,
    correndo pelas campinas
    a roda das cachoeiras,
    atrás das asas ligeiras
    das borboletas azuis !"   do poeta brasileiro Casemiro de Abreu em 1859

sábado, 2 de setembro de 2017

O MANEJO CRIMINOSO DA TERRA

     O desenvolvimento alcançado pelos países industrializados, só foi possível pela exploração irracional dos recursos naturais, e tem sido assim como única maneira em toda a história industrial. O setor industrial não tem nem terá outra natureza para retirar o seu alimento, mas ele é e sempre foi e será escasso, apesar de que até agora, a bem da verdade, nenhum Ser Humano vivo se preocupa na prática com isso.
     É um desastre anunciado com uma questão de tempo para acontecer, o mais trágico é a forma como o poder político encara esse assunto. Em meu arquivo tenho uma declaração feito no mês de junho de 1984 pela primeira ministra britânica Margaret Thatcher com uma proposta na qual os países devedores deveriam vender suas riquezas naturais para pagar suas dívidas. Ora! essa irracionalidade desenvolvimentista é a essência que perdura como pensamento protecionista egoísta. Todas as reservas naturais são patrimônios universais. Porque quando acabam...acabam. Apenas no Brasil, naquela época, estavam concentrados 35% das reservas mundiais de madeira tropical, o momento político, econômico e social brasileiro requer atenção público internacional porque a gula internacional fareja as riquezas que o povo brasileiro tem o dever de proteger para nos, a humanidade.  

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

O MUNDO ANDA COM O PETRÓLEO...AINDA.

     No início da década de 70 do século passado, em sala de aula, eu preconizava o futuro dos países árabes produtores de petróleo com um uso imoderado da ênfase, dizia então: Os árabes poderão um dia tomar petróleo de caneca. Não cabia no vaticínio menosprezar a inteligência e muito menos a sabedoria milenar dos árabes, cabia sim um faro da teoria dos ciclos e da incapacidade do Ser Humano de ficar parado.
     Não demorou muito para que os órgãos não governamentais, defensores do meio ambiente, levantassem a questão sobre os danos da energia fóssil, ainda não havia a globalização da internet e a concorrência das fontes limpas de energia. Convém lembrar que os países não produtores naquela década tinham em suas contas de importação um elevado peso de ponderação por esse produto, exigindo enormes volumes de comércio que comprometiam o equilíbrio da balança comercial.
     Era inevitável a partir de então, que o mundo econômico sustentado por políticas que tendiam a acompanhar a opinião pública mundial, partiria para os projetos de inovação tecnológica, quase como impossível é se imaginar a velocidade da mudança da civilização em tão pouco tempo ?! 47 anos !. Só posso acreditar é que o Ser Humano questiona a sua vida hoje, como nunca. Enfim, essa é a esperança pela nossa salvação... o questionamento.
     O petróleo é batizado apropriadamente como "ouro negro" e graças a ele as 3 maiores poupanças do mundo são provenientes exclusivamente do comércio com o petróleo, elas ultrapassam em média a 53% do PIB desses 3 países. A questão para ser resolvida é o que deve ser feito com essa riqueza guardada por poucos em benefício da sociedade mundial.