quarta-feira, 20 de setembro de 2017

MODELOS QUE GERAM POBREZA

     A economia mundial caminha para um ponto de conflito no momento que se questiona a obsolescência planejada do sistema produtivo em função do consumo irresponsável e da consequente exaustão da matriz energética.
     O consumo da energia não pode representar um risco nos projetos de desenvolvimento, apesar de ser o que acontece até agora sem a menor preocupação com a outra ponta do sistema que é a geração limitada das fontes disponíveis de energia. Alguns indicadores são suficientemente relevantes  na expansão do consumo de bens e serviços como uma cultura contemporânea anti-econômica; as despesas com gastos militares, como exemplo, das cinco maiores potências militares ultrapassam com folga 1 trilhão de dólares. Não me lembro de um maior desperdício de capital humano e financeiro, porém, o pior efeito da prosperidade irregular gerada pelo atual sistema produtivo e seus modelos é a liberdade consumista, com maior incidência, é claro, nos países ricos.
     No início do século 20 a escola Keynesiana sugeria, e foi posta em prática nos Estados Unidos, que os déficits fiscais seriam normais em casos de recessão  ou de elevado nível de desemprego. Contudo, hoje em dia a maioria dos países desenvolvidos, mesmo com suas economias estabilizadas continuam a gastar mais do que as receitas. No meu modo de ver, esse é o efeito negativo da prosperidade desregulada. O Japão, a Alemanha e o Reino Unido reúnem aproximadamente 275 milhões de habitantes para consumirem quase 4 trilhões de dólares do PIB apurado. São valores que revelam uma real condição de consumo em níveis exagerados e economicamente depreciativos em seus valores agregados.

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