sábado, 30 de julho de 2016

A FONTE DA MINHA DOUTRINA

     Pelo meu caminho, encontrei os livros e as pessoas que fizeram parte do roteiro da minha história.
     Guardei-os.
     Alguns ainda estão na estante empoeirados, outros vivem intensamente em minha memória e em meu coração.
     A primeira parte, me foi dada pelo berço e colo de uma mulher valente, sem obstáculos que temesse, mãe para cuidar e entregar para o mundo. Pai, auto-didata, carpinteiro, porte soberano, o semblante profundo era a imagem da nobreza humana. Ambos formaram a raiz pião do meu cerne.
     A segunda parte, fui levado por essa herança ao encontro dos professores exemplos de dedicação, os conselheiros olheiros das incertezas, chefes calejados do trabalho e os mestres e as doutrinas. Foram eles que orientaram o significado de amar a terra e a pátria. Responsáveis pelo respeito do uso dos recursos e do equilíbrio e bom senso das reais necessidades humanas. Formaram em mim, mais do que sou capaz, ou melhor, sonhar o tempo todo que a utopia dos homens é possível.
     Por esse caminho de 79 anos de extensão, caminhei firme, apoiado por um cajado que durante 58 anos preencheu as minhas faltas, minhas limitações e fraquezas. Luz que ilumina a minha mente e a compreensão de todas as coisas, energia que me mantém desejando o melhor para a humanidade.
     Amor da minha vida, a minha esposa querida.

domingo, 24 de julho de 2016

A DIALÉTICA E A PSEUDESTESIA DO DESENVOLVIMENTO

     Muito se fala e pouco se faz. Essa é forma que a política e a economia mundial funciona. O evento político que afastou o Reino Unido da União Europeia não foi suficiente para afastar as empresas britânicas do capital do mundo rico, a procura por fusões acelerou o movimento de capitais.
     Do outro lado do Atlântico, o Brasil tenta aplicar a velha teoria de Keynes, como medida anticíclica, aumentando a participação do governo na demanda agregada, sem aumento de impostos, com o objetivo de equilibrar o deficit orçamentário público e trazer de volta os investimentos privados.
     O que esses dois casos tem em comum ? São os interesses.
     Enquanto o Brexit serviu para favorecer as incursões de altos investimentos, na ordem de mais de 300 bilhões de dólares, de origem da própria Europa, Estados Unidos, Emirados Árabes e dos petro -dólares. Ora! Está claro, os interesses se aproximam nas praças seguras, nos sistemas convergentes e políticos ideologicamente, acima de tudo, a segurança para o capital envolvido.
     O Brasil se mantém aberto ao capital de investimentos diretos e indiretos do exterior, e mesmo assim, o crescimento brasileiro é dependente de uma reforma de gestão, capaz de mudar a instabilidade política, ter obediência pelas normas, protocolos e regras de acordos e repactuação de negócios, são esses os elementos fundamentais para que haja uma aproximação de interesses, fora isso, as potencialidades econômicas e financeiras se apresentam em segundo plano.
     O conflito de interesses é o que separa o desenvolvimento do subdesenvolvimento.

sábado, 23 de julho de 2016

O IDEALISMO ACIMA DAS DOUTRINAS

      A história tem a explicação para todos os debates contemporâneos. Em 1914 Henry Ford deixava para a humanidade a esperança da prosperidade, o trabalhador empregado de Ford tinha o trabalho valorizado, porque era beneficiado na venda do seu trabalho, era adotado a jornada de 8 horas por 5 dólares a hora, abria-se com isso um novo rumo na estrutura econômica e social. Ford era pragmático e de visão socialista, diferentemente de Mark e Lenine, fazia a teoria aplicada, defendia a participação dos operários nos lucros. Ele mesmo dizia que seriam enormes os benefícios para o seu negócio, conforme transferisse parte dos seus lucros para os usuários e os operários dos seus carros. Essa extraordinária mentalidade como empresário, contraria e derrota a doutrina marxista, que prediz quando o proletariado se tornar poderoso, subverterá o sistema de produção.
     As idéias e o desenvolvimento não correm no tempo lado a lado, algumas vezes são divergentes e correm em sentido contrário. Ford imaginava que a nova ordem econômica para o sistema econômico, daria a humanidade uma prosperidade sem limites e o empregado não seria mais propriedade de ninguém. Aquele investidor, iniciou seu império com uma simples oficina no fundo do quintal, jamais pensaria na presença no mundo da indústria robótica e os grandes conglomerados, controladores de estoques e cotações de matérias primas e petróleo.
     O esplendor do nascimento da força dos sindicatos daquele tempo, hoje não existe mais, estão ameaçados de perderem a representatividade política, por causa da inevitável extinção gradativa das profissões e seus efeitos desastrosos sobre a previdência.
     Os problemas inimagináveis do início do século XX, é de que os trabalhadores poderiam perder a liberdade de escolher uma profissão e a propriedade e o valor do seu trabalho, porque o empresário do mundo de hoje prospera com uma indústria que produz robôs e robôs professores de robôs.Então, estejamos preparados para um forte representante sindical. O sindicato dos robôs.

segunda-feira, 18 de julho de 2016

A VELHA LUTA PELA FORÇA DE TRABALHO HUMANO

     Economistas e mestres estudiosos das antigas doutrinas, e os analistas modernos que acompanham a evolução dos novos sistemas de produção, travam uma contenda de opiniões, sobre principalmente, o futuro do emprego.
     Sempre defendi a ideia de que o sistema econômico ideal é aquele capaz de abranger fundamentos de todas as doutrinas, voltados para a proteção do emprego. O HOMEM é por natureza uma máquina completa, que precisa trabalhar por toda a sua vida útil, se parar, morre e acaba. No entanto, contrariando essa ideia, o capitalista pensa apenas em rendimentos constantes, isto é, a sua preocupação é financeiramente insensível. O exemplo da maior economia mundial, berço do capitalismo,vem desde o início da década de 50, quando a intenção dominante era da diminuição da cooperação de humanos e reduzir o seu valor econômico, com a revolução da era robótica.
     Quando se critica Karl Mark nas teorias sobre o valor do empregado e dos agentes econômicos valorizados atualmente, em verdade, o que estamos dizendo é que os preceitos do mestre são uma maldição profética. Diante disso, como avaliar então, que a China consome 25% da produção mundial de robôs, em um país de 1,2 bilhões de habitantes, e mais, ainda sobre os Estados Unidos, é muito preocupante para o futuro do emprego, o fato de que a desigualdade da renda entre as classes produtivas se mantem a mesma desde 1930...1930 ! , país de admirável democracia, todavia, sem conseguir melhorar a sua distribuição de renda.O biólogo  inglês Julian Huxley, primeiro diretor-geral da UNESCO, por volta de 1960, alertava para as condições de sobrevivência humana, estimava que os 2,5 bilhões de habitantes, de 1950, em menos de 50 anos duplicaria, estava enganado. Triplicamos.
     Entendo assim, o sistema capitalista é fundamental para a construção das bases sociais da família, por isso a sociedade luta por melhores rendimentos da sua força de trabalho, e não pode ser visto como simples fator de produção, substituível e extinguível, em nome da produtividade econômica

quarta-feira, 13 de julho de 2016

FAZER POUPANÇA SEM GARANTIA DE EMPREGO

     Não é de hoje que alguns sinais começaram a afetar diretamente a vida das famílias. Como a economia só anda de lado, os sintomas dos seus agentes realçam a fragilidade nos fundamentos que servem a sociedade. Alguém duvida que a estabilidade do emprego é coisa do passado, que a velocidade da inovação tecnológica, assim como na primeira revolução industrial, é o fantasma de quem está empregado. Ao se verificar que a taxa média do crescimento líquido da população mundial, em torno de 1,5 %,  nos últimos 20 anos,  é acompanhada por níveis reduzidos do PIB médio mundial, pressiona o espaço para formação de poupança familiar. A capacidade de poupança familiar e o investimento privado voluntário, estão frente a um obstáculo comum. A renda oriunda de salários não ajuda mais na formação da poupança, o exemplo brasileiro indica que apenas 23% dos rendimentos mensais de salário, ultrapassam ligeiramente os 500 dólares. Como o consumo, a inflação e os impostos são presenças definitivas nos orçamentos familiares, o sentimento de mais valia do trabalho, com o tempo perde o sentido, não se consegue mais resgatar a teoria de Mark, se o trabalho não estiver permanentemente valorizado, nesse caso os rumos do processo econômico baterão de frente com as exigências sociais do trabalhador.
     Os sintomas hoje em dia, estão voltados nos investimentos que possam produzir efeitos pela inovação tecnológica, sobretudo aqueles com interesses de redução de custos e aumento de produtividade. Esses investimentos, normalmente, sempre foram liderados pelos países desenvolvidos, que sustentam a hegemonia de patentes intransferíveis, apenas os Estados Unidos, Japão e Alemanha, guardam juntos mais de 130 mil invenções úteis.
     Toda inovação no sistema econômico, exige uma readaptação da mão de obra, essa readaptação traz consigo, a diminuição da força de trabalho humana, redução de encargos e salários. Na minha visão, a história do trabalho, nunca será entendida pelos políticos, são eméritos disfarçadores das realidades, portanto, só resta a alavanca do investimento privado voluntário, para que o trabalho e a renda, com justiça, sobrevivam a maldição do sistema oligárquico, que escraviza quem produz, e jamais reduzem a margem de lucro.
     Breve seremos 8 bilhões de habitantes, se o trabalhador de baixa qualificação de mão de obra não tiver o amparo do sistema econômico internacional, cada vez mais nos afastaremos da sonhada distribuição justa de renda.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

CETERIS PARIBUS

     Expressão do economês, que quer dizer, " tudo o mais permanecendo constante ", se refere a lei geral da procura e da oferta, ela estabelece que a quantidade procurada de um bem varia em relação inversa a seu preço. Essa lei é o principal fundamento de uma sociedade consumidora, e toda dona de casa sabe disso. Entendo que esse pensamento, vem muito a calhar com o momento na Europa, e em contra partida as mudanças políticas, porque o comprometimento dos acordos comerciais, não tem movimento de êmulo, menos ainda,  com as complicadas barreiras políticas. A necessidade de se manter o equilíbrio de preços na Europa, flexibilizará as negociações entre as áreas produtivas, preferencialmente, a do setor primário, que é composto pelos bens de primeira necessidade. Sobre os bens de necessidade superior, por apresentarem menor saciabilidade, provavelmente, atenderão a uma nova ordem de negociações. Com o transcorrer do tempo, o que for essencial para as sociedades da Europa, estarão acima dos interesses políticos, haja visto, que todos os países participantes da União Européia tem suas multinacionais, suas commodities, suas redes bancárias... e, seus medos dos índices de desemprego.
     O meu entendimento, é que toda essa prevalência, e a continuidade do necessário intercâmbio comercial, transformará a União Européia em um simples pacto de livre comércio, com as apresentações de renúncias as vinculações de ordem jurídicas sobre a constituição continental, fortalecendo, a partir de então, a independência dos países. Não saberia usar o passado político da Europa para afirmar que nunca acreditei na sustentação da Nação Única Européia, todavia há um fator que eu encontraria em todas as páginas da história, está escrito como um importante papel no seio da sociedade de cada país, o protecionismo e seu irmão siamês, o nacionalismo.
     A Europa é o berço de meus pais, de Portugal até a Grécia. Terras muito mais velhas do que uma passagem pela história contemporânea, como tantas outras já ocorreram, o melhor, sobretudo, é a paz e a prosperidade entre os povos.