domingo, 27 de novembro de 2016

OS ACORDOS E OS DESACORDOS ECONÕMICOS

Os historiadores, sem dúvidas, explicarão por certo, os movimentos sociais-econômicos entre as décadas de 30 e 40 do século passado, quando o processo da economia através dos negócios e do comércio abria todas as barreiras internacionais. A principal repercussão girava em torno de uma polêmica, muito discutida nos dias atuais, tratava-se do protecionismo. Naquela época, o argumento era da possível catástrofe mundial provocada pelo protecionismo do mercado que se universalizava. O que ocorreu em termos políticos posteriormente, foram os acordos de livre comércio, que se tornaria em uma nova forma de se proteger quem participasse dos acordos. A criação, por exemplo, do "Gatt", Acordo Geral de Tarifas e Comércio, engessava e condicionava a participação de economias niveladas, deixando de fora os mercados desiguais de salários de produção desiguais.
     Entendo por princípio, que não existe acordo perfeito e justo, a relação de troca só é justa na equivalência relativa das necessidades, só que as necessidades modernas são voláteis e descartáveis, até mesmo as necessidades fundamentais  perderam o valor essencial, e nesse sentido o processo da globalização solidificou o mercado voltado para isso. Se a globalização desentravou os processos arcaicos e quebrou os cadeados das tiranias políticas e econômicas, também permitiu a abertura total da transparência dos resultados práticos dos acordos para aqueles que tocam suas vidas dependentes, em última análise, dos acordos setoriais, vale salientar, a presença sempre marcante da resistência dos agricultores franceses frente a própria União Europeia de Comércio, nesse caso o protecionismo não é uma política como aconteceu no primeiro ato do governo democrata de Clinton, quando elevou as tarifas aduaneiras sobre a importação do aço, o que os agricultores franceses fazem é uma defesa necessária de uma tradição da sua força de trabalho, isso não é um protecionismo nacionalista, é muito mais ilativo, pois entendo que assim agindo evitarão a ameaça da catástrofe mercantil e com absoluta certeza a extinção da identidade e personalidade daquilo que se produz no mundo.
     Vida longa aos agricultores franceses !

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