domingo, 20 de novembro de 2016

A DESIGUALDADE ENTRE OS DESIGUAIS NÃO MUDA

     Gosto da tautologia, é a maneira de se repetir o mesmo assunto, sofro desse mal por me manter no combate sem glória entre o poder dos ricos e a submissão dos pobres.
     Existe um poderoso mercado de riquezas minerais que funciona "full time" e suas cotações são acompanhadas mundialmente por um público específico, são consumidores de ouro, prata, platina, bronze, cobre, níquel, paládio, alumínio e amianto como principais mercadorias. São clientes do G-8, eles sustentam um população economicamente ativa em suas economias, com percentuais em média superiores a 60%.  Uma força alimentada por regiões e categorias desprotegidas, economias desenvolvidas utilizam melhor essas matérias primas, tem parques industriais de alta tecnologia e o mais importante é que todas as patentes utilizadas pertencem aos seus grupos. De elevado valor econômico e financeiro, as valorizações nas bolsas de mercadorias ocorrem a favor dos especuladores quando as políticas de nível internacional se conflitam. Representam afinal nessas ocasiões maior segurança de lastro anulando o valor das moedas fortes, estamos nesse caso falando de uma moeda mais forte do qualquer papel carimbado, são ligas nobres e raras, fonte de toda ambição e da gula humana, motivo de todas as guerras e batalhas pela conquista do poder.
     Devemos ter muito cuidado daqui para frente ao analisarmos os caminhos tortuosos que escondem os segredos e fazem parte dos textos acordados nos pactos comerciais entre nações de economias heterogêneas e padrões tecnológicos desiguais. Mais uma vez retorno aos meus antigos arquivos para lembrar uma entrevista em 1979 de Cláudio Mamanna, ex-executivo da IBM e professor de física que manifestava sua preocupação dos aspectos da " vulnerabilidade dos parques industriais com o aumento cada vez maior da dependência da tecnologia patenteada por grupos estrangeiros ".
      Se as duas pontas da economia estão amarradas por grupos, a parte que resta do sistema produtivo sofre com a paridade do poder de compra entre quem compra e quem vende. Como conhecemos os compradores, seus fornecedores de riquezas são os pobres, os países africanos e os países sul americanos, verdadeiros quintais da exploração desigual e desumana das riquezas minerais de valorizações física etéreas e eternas e servem de lastro em qualquer lugar. Em alguns casos, convém citar a Eritréia, país com PIB abaixo de 200 dólares per capta , fornecedora de ouro, cromo, platina, cobre, níquel, carvão e amianto.
     O que dizer mais ? Peço desculpas desse meu defeito, continuarei porque a ciência da Economia tem como destino fanal a justiça.

Nenhum comentário:

Postar um comentário