domingo, 30 de outubro de 2016

A VÍTIMA DA CONCORRÊNCIA É O CONSUMIDOR FINAL

     A vida da sociedade consumidora está restrita teoricamente a dois elementos estudados na Economia, são eles o efeito-renda e o efeito-preço. Podemos dizer que é a maneira pela qual o consumidor tem a sensação de ter adquirido a maior ou menor satisfação no uso do seu dinheiro em função das oscilações dos preços. Esse fundamento é o equilíbrio mais importante em toda a estrutura sócio-econômica, a base política desse equilíbrio é a própria base do capitalismo desenvolvida no berço dos Estados Unidos, a livre concorrência permitia até 1980, que o consumidor pudesse escolher livremente a melhor maneira de fazer suas comprar e negócios.
     A partir do avanço da globalização a atividade econômica mundial caminhou em direção a um processo acelerado de fusões entre grandes empresas, formando grandes corporações de abrangência em todos os setores produtivos e de significativa influência política governamental. O maior interesse dessa revolução do mundo dos negócios da produção, beneficia a formação de preços mais baixos dos fatores produtivos, isto é, alcançar menores custos e consequentemente, maiores lucros. As fusões do setor do agronegócio, por exemplo, com empresas estrangeiras são vistas como uma questão de segurança nacional, com riscos principalmente na produção de várias marcas de um mesmo dono.
     Se a história conta as revoluções, deverá contar no futuro o que ocorre hoje com a formação de um novo tipo de empresa, a empresa compradora de empresa, dona da sua própria concorrência. Essa nova conjuntura, elimina sem dúvidas a livre iniciativa do pequeno empresário e retira o direito da liberdade do consumidor em escolher, valorizar a sua renda e não amargar a certeza de que o melhor preço conseguido é falso.

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