quinta-feira, 9 de junho de 2016

POUPAR OU GASTAR, QUAL É MELHOR ?

     A igualdade matemática é assim : Receita menos despesa = se for positiva, significa poupança, se for negativo, significa dívida. Sabemos que a poupança e a dívida são o resultado do que acontece do outro lado do sinal de igualdade, como sabemos também que raramente, nos dias de hoje, fecha o mês equilibrado. Deixando de lado o saudosismo, vivi uma época que o salário era guardado em casa, separava-se o dinheiro por  despesa, CUMPRIA-SE os compromissos dos pagamentos, e o que sobrasse, continuava guardado em casa, como poupança, até uma compra à vista ( cash ), não havia pagamento em cheque. Esse sistema só existia, porque a vida, fora o infortúnio da morte, era cheia de previsibilidade, um planejamento para um ano, transcorria normalmente, por que ? O raio de liberdade e amplitude de vida, era extremamente pequeno, o efeito-renda tendia para zero, porque o leque de necessidades era constante, daí, poupar fazia parte de um hábito automático.
     A cultura de consumir teve início a partir do final da década de 70, a explosão dos hábitos e costumes, transformou a vida das pessoas, com a chegada da globalização, o leque de necessidades deixou de existir, dando lugar a uma cesta, que varia de tamanho em função do grau de ansiedade de cada um. Poupar, não é mais prioridade, nem faz parte de planejamento de gasto, o que se planeja, é o conjunto  de dívidas a serem pagas ou articuladas por refinanciamentos. A renda não é mais o parâmetro da capacidade econômica pessoal, o novo parâmetro é a condição de convencimento e gerenciamento nos negócios.
     Poupar é coisa do passado. Viva o consumismo ! O futuro que espere, pois o presente é um presente que as multinacionais  oferecem, a valorização do dinheiro anda atras da valorização de qualquer coisa, seja um serviço, seja um bem durável. Não sei qual o destino que está guardado para o dinheiro como representativo de valor.

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