A extrema pobreza de 800 milhões de pessoas indica uma catástrofe politicamente ignorada. A necessidade de se descobrir a natureza e as causas, mantém por conta disso, um debate que atravessa a contemporaneidade da ciência econômica quanto a aplicação do pensamento liberal como base do processo econômico a ser conduzido pelos agentes de mercado ou pelo Estado.
O intervencionismo é a própria presença do poder público e tende sempre para o absolutismo. Se compararmos o mundo de hoje com o início do século XX, a organização política regida pelo Estado permanece a mesma. A diferença, no meu modo de ver, é que as divisões ideológicas ficaram no passado nas leituras clássicas e o mundo passou a ter uma clara convergência política intervencionista do poder público no processo econômico e social.
É uma configuração muito estranha a organização do mundo moderno da política, como não existe mais a luta ideológica, os regimes políticos fechados se tornaram mais liberais, enquanto as democracias ficaram reféns do intervencionismo no processo econômico. É a conjunção ideal do poder político com os agentes econômicos que permitiu, em última análise, que houvesse o crescimento da pobreza mundial.
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