sábado, 1 de dezembro de 2018

G-20, A GLOBALIZAÇÃO QUE PAGAMOS

     Quando vamos ao supermercado comprar um produto importado, por conta da abertura comercial globalizada, em verdade, estamos sustentando a economia mundial, transferindo renda, mas que deixa de remunerar a atividade fim para beneficiar substancialmente a atividade meio.
     O comércio globalizado está, a meu ver, empobrecendo a economia produtiva, porque o valor real de um bem pago pelo consumidor final não existe mais, aquilo que sempre nos referimos da economia clássica como o valor agregado do produto ao " sair do chão da fábrica ".
     As principais despesas diretas sobre um produto importado podem ser descritas em : financiamento bancário para o exportador e para o importador, quase sempre pelo mesmo banco na origem e no destino, seguro e resseguro , impostos nas duas pontas, taxas alfandegárias, cabotagem ou atracamento, manutenção sanitária de conservação do embarcado, frete internacional, frete de embarque e desembarque, comissões de distribuidores, serviços cambiais, comunicações, negociações de mercados atacadistas internacionais e domésticos.
     Quem sustenta isso ? Quem sustenta o lucro disso ?
     Somos nós ! Perdidos consumidores por esse mundo afora, achando que o nosso parco salário não é capaz de alimentar um sistema tão grande e poderoso, que ao contrário de distribuir essa nossa renda, concentra dentro dessa máquina chamada de globalização administrada por alguns.
   

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