sábado, 25 de agosto de 2018

O TRIUNFO DO CAPITALISMO, MITO OU VERDADE ?

     No momento conturbado que passa o mundo, o Brasil parece estar em uma posição de "outside ", a pressão cambial não tem ainda o efeito de curto prazo na economia. Apesar de favorecer as exportações das commodities a economia brasileira tem um índice de dolarização muito alto, para um estágio de elevado nível de desemprego uma recuperação da inflação traria maiores dificuldades para o governo.
     O estranho, para não dizer contraditório, é que o pleno emprego da atual economia americana pressiona o consumo e a oferta de preços, sinalizando a interferência do FED (Federal Reserve) na taxa de juros. Essa tendência representa uma expectativa ruim para o câmbio brasileiro no momento, para os pagamentos de dívidas em dólar.
     Enquanto isso, existem as dívidas internas do setor público e privado. A dívida pública esta contida em todos os programas de governos dos candidatos à eleição presidencial de outubro deste ano, as opções são várias, todavia, a meu ver, não existe opção de pagamento de dívida pública sem redução de despesas, aumento de arrecadação ou por aumento de impostos.
     E a dívida do setor privado ?
     É tão abrangente no sentido do risco quanto a dívida pública, se as famílias estão próximo dos 60% do endividamento, com todos os agentes econômicos "capengando", a alternativa salvadora seria reativar o setor empresarial. Porém, o setor da produção acumula uma dívida de mais de meio trilhão de reais. Sem abordarmos possíveis diagnósticos, não se pode negar que tamanha dívida depende de acordos. Isso tem sido negociado no Congresso Nacional, em ano eleitoral de forma inoportuna, porque o projeto de refinanciamento não pode ser lançado no colo do legislativo futuro.
     Qualquer que seja a forma de pagamento do principal da dívida do setor empresarial, o governo deve considerar como alternativa plausível, pois é o caminho para gerar empregos e as famílias pagarem suas dívidas. 

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