sábado, 13 de outubro de 2018

PRODUZIR O PERECÍVEL E O PERIGOSO-II

     Para os próximos 10 anos está prevista uma significativa resposta na produção de grãos brasileiro, estimá-se um crescimento de apenas 16% na área plantada e aumento de 30% na produção, provocando, sobretudo, um importante ganho de produtividade sem a expansão do desmatamento.
     Confirmada essa previsão, devemos acrescentar algumas variáveis consideradas ocultas nos modelos estatísticos atuais como oscilações climáticas, programas de governos, o manejo permanente do solo, o uso da água e características de cada lavoura, na visão conjuntural do setor agrícola. Esse procedimento, é bem verdade, não sofre grandes alterações no mundo agrícola.
     A produção de grãos é perecível e de elevado grau de desperdício, e essa produção consome a água disponível nos rios sem cobrança pelo seu uso. Segundo a ONU a indústria usa 17% e a agricultura usa 60% dos recursos hídricos. Essa questão está sendo inserida completamente no custo do nosso alimento, hoje os contratos de seguro agrícola estão mais caros, devidos aos riscos hídricos mais do que o controle de pragas.
     Se acharmos que esse processo produtivo colabora para o desenvolvimento definitivo do país e que seus efeitos colaterais não prejudicarão a vida de nossas gerações futuras para daqui a 100 anos, então, comemoremos hoje, rejubilemos, porque afinal, não estaremos lá.

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