segunda-feira, 20 de novembro de 2017

AS COPS E OS GOVERNOS

     Acabou a COP-23, os participantes retornaram aos seus países com as bagagens recheadas com recomendações para que seus governantes colaborem na luta contra o aquecimento global, acontece e já faz bastante tempo que as principais economias e seus governos estão muito mais preocupados com suas dívidas públicas do que com o meio ambiente. O fórum tenta resolver um problema de tabuleiro de xadrez, é um problema que exige dinheiro para formação de um fundo, no momento em que a economia mundial se arrasta com uma recessão endêmica, basta a avaliação da situação das contas públicas dos 10 principais países mais poluidores da atmosfera, a soma do déficit orçamentário desses países ultrapassa os 60 trilhões de dólares e o pagamento dessa dívida exige por parte dos governos uma política monetária que traz atrelado os juros que estrangulam os investimentos e o crescimento econômico.
     A distância entre a COP e os governos é a necessidade de uma gestão contemporizadora de medidas antissociais  e programas de recuperação da atividade econômica, diante desse quadro, a meu ver, não encontro espaço nos países ricos para a devida atenção ao aquecimento global. A economia mundial  precisa limpar de vez os efeitos da crise de 1988, mas isso só será possível com o aumento da produção pela matriz energética adotada até hoje, o que se torna um contrassenso e um nó difícil de se desatar.
     Portanto, cabe que a consciência da sociedade consumidora, tome a dianteira dessa questão e inicie um permanente processo de mudança de hábitos de consumo, não podemos ficar esperando que os interesses dos ricos se sensibilizem e abram os cofres para financiar essa batalha.
   

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