domingo, 15 de outubro de 2017

A FALTA DE ÁGUA GERA INFLAÇÃO

     Por mais que seja repetitivo, e não devo desistir, é a abordagem sobre os riscos para a economia mundial do uso e reúso da água. Assim penso, partindo de uma premissa de que o fim dos meios determinará o fim dos fins.
     O Banco Mundial divulgou uma perda global do PIB de 6% por conta de um possível estresse hídrico, e, é por isso que também devemos buscar a causa ou a coisa que podem estar dentro de um cesto de fatores. O comércio internacional de grãos é mantido por uma frota de graneleiros que mal atracam nos portos, como isso é possível, a não ser na ponta da produção, ou melhor, no campo, sustentado por um processo perene de irrigação sem obedecer os ciclos naturais das chuvas que sofrem com o aquecimento global. Outra informação pouco mencionada, nos diz que, de toda a disponibilidade de água para irrigação, mais de 90% é disponibilizada para as grandes propriedades e o restante para o pequeno produtor, mais voltado ao mercado doméstico.
     Esse processo de irrigação para atender uma demanda sempre crescente de grãos, deve ser na minha opinião, um perigo maior do que o aquecimento global, porque a escassez de água está acontecendo na produção do alimento diário da humanidade. Estamos sim, frente a frente com essa cruel realidade. A inflação mundial está com um novo agregado, nascido da necessidade de novos custos em processos de novas fontes de abastecimento de água, como o reúso sanitário.
      Surge adiante uma fronteira que dividirá o comércio antigo com um inimaginável sistema no qual a moeda de troca no mercado de Chicago será a água.

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