sábado, 14 de outubro de 2017

OS ROBOTS TEM SINDICATOS ?

     Diferentemente da história sindical narrada nos últimos dois séculos, observamos que neste século mal começando, o poder de barganha da mão de obra foi obrigada a recuar diante da importância relativa cada vez maior do capital. A revolução tecnológica teve como aliada o mar de dinheiro varrendo todos os mercados de capitais, essa expansão monetária tem inclusive sustentado o monstro inflacionário escondido e que só aparece quando da contabilidade mensal do trabalhador. Agora, essa revolução se reveste com uma fantasmagoria sedutora e o seu fascínio deslumbra a todos nós, e até agora não tomamos consciência dos seus efeitos psicológicos  capazes de repercutirem de forma macroeconômica, e daí a preocupação de um octogenário economista: os hábitos, costumes e tradições.
     Acrescento como informação estatística, uma informação oficial de um órgão brasileiro (IBGE), sobre o que ocorreu na indústria brasileira na última década do século passado: enquanto o pessoal ocupado teve uma redução naquele período de 38%, a produtividade industrial aumentou em 108%. É evidente que outros fatores contribuíram para essa mudança, porém, a questão que ficou resultante foi de como pode ter ocorrido a readmissão e a readaptação qualitativa daquele contingente humano no novo mercado de trabalho.
     Carpinteiros, metalúrgicos, lavradores, desenhistas e entregadores de cartas, e todas as profissões que ajudaram a construir esse mundo...  por onde andarão?   

Nenhum comentário:

Postar um comentário