terça-feira, 25 de julho de 2017

O DESENVOLVIMENTO, COMO É DIFÍCIL.

     A economia brasileira está embargada pela presença do Estado. O Estado é uma figura extremamente perniciosa em toda tentativa de se alcançar o desenvolvimento. Se avaliarmos a teoria do crescimento equilibrado, encontraremos a indicação de um programa de investimentos, por menor que sejam os níveis orçamentários, é nesse ponto que existe o complicador político.
     O que está acontecendo no Brasil, sabemos, não é um caso isolado, países com economias fortalecidas estão transferindo seus déficits em conta corrente para os contribuintes, ou mudando o perfil da dívida, mais o fato contábil não altera a grande verdade do que está ocorrendo no mundo, seja ele democrático ou não, gastam muito mais do que a arrecadação, basta lembrar que os gastos com a indústria bélica mundial é da ordem de 2,7% do PIB mundial. O balanço orçamentário brasileiro apresenta um débito de 139 bilhões de reais e essa dívida também é paga pelo setor privado, isso quer dizer que a poupança das famílias está sendo trocada por títulos da dívida pública, são mais de 70% de todo o valor captado no mercado financeiro brasileiro.
     Para um país em desenvolvimento, onde a economia precisa de recursos externos, a destinação se torna a questão básica, em 2015 o Brasil recebeu 78 bilhões de dólares para o setor produtivo, esse dinheiro, em verdade, constrói um estoque de capital produzido pelo resultado da economia, todavia, não entra como  fator de geração de projetos de base,  a parte dos investimentos públicos são destinados para a infra-estrutura e para o social, lamentavelmente, esse investimento no caso brasileiro está em minguados 2% do PIB no momento que o país atravessa por forte e prolongado processo de paralisação da atividade econômica. É claro que um país com projetos de desenvolvimento precisa de muito mais, e cabe ao Estado realizar também, um austero enxugamento da máquina pública, e não contar com a carga tributária para resolver o problema nacional do equilíbrio orçamentário.
   

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