sábado, 1 de julho de 2017

OS CAMINHOS DE PEDRA DO DESENVOLVIMENTO

     A estratégia de exportação de matérias-primas e produtos agrícolas pelos países em desenvolvimento só beneficia aos países ricos. Isso é um pensamento sobre a questão mundial da sustentabilidade, ele ressalta que a transferência da responsabilidade da degradação do solo fica para os países subdesenvolvidos, e ao mesmo tempo colabora com a maior formação e acumulação de renda pelos mais ricos.
     É bem verdade que o fluxo de capital externo desde o início da década de 1950 tem se mantido em taxas médias superiores a 10%, beneficiando as economias dos países subdesenvolvidos. O problema da não absorvição desse dinheiro como fator de crescimento se deve ao fato de serem destinados ao setor público, e não poucas vezes são desperdiçados. Em alguns casos esse fluxo de ajuda externa chega a ser superior a soma das receitas das exportações e dos investimentos externos no setor privado, causando uma considerável pressão no passivo do balanço de pagamentos dos países subdesenvolvidos.
     São razões bastantes suficientes para tornarem o processo de desenvolvimento em um veículo de uma marcha só, algumas teorias como o Arranco não se prestam para uma estratégia que não seja austera e republicana. A necessidade do consumo de recursos, sejam eles naturais ou energéticos, deve obedecer a uma parcimônia que exige um nível equilibrado de desenvolvimento. Enquanto na Alemanha 80% da população desfruta de um consumo intenso, o mesmo comportamento não pode ser imitado por países, como o Brasil, que é levado por um consumo induzido, alimentado pelo efeito demonstração do atual sistema globalizado da economia.

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