sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

O ANO GREGORIANO SEM DÍVIDAS

     Desde 1582, os anos gregorianos passam obedecendo um calendário estabelecido pelo Papa Gregório III, sem que possamos resolver a questão do conceito de renda. Afinal, qual a diferença entre a renda, o dinheiro e a necessidade de consumo ? A renda tem a representatividade contábil da nossa capacidade de gastar, enquanto o dinheiro é a forma física e real disponível para todos os gastos, já a necessidade de consumir é que irá determinar de forma discriminatória a previsibilidade da utilização da renda. Dizer que o limite de despesas realizadas representa o tamanho da renda é formar apenas um ponto de equilíbrio acadêmico, no meu entendimento, nada mais é do que um sentido abstrato da nossa capacidade econômica de viver.
     O poder político na vida de cada um de nós é uma medida psicológica em função da variação da riqueza para cima ou para baixo. Existe uma identidade do indivíduo, do governo e da empresa; suas rendas são mutuamente dependentes, enquanto seus dispêndios acompanham as previsões e suas temporalidades, objetando completamente suas capacidades de renda. Os endividamentos das famílias, os déficits primários dos governos e as moratórias das dívidas empresariais, retratam a ideia da falência da correlação entre renda e consumo, quando fora do texto puramente teórico.
     Assim deveria correr a vida, se estou certo e convencido: A cada fim de ano gregoriano deveríamos estabelecer nossas metas e projetos com base numa seleção de desejos de consumo, com a expectativa de uma renda de suporte físico e não abstrata como nos acostumamos, e assim será para sempre.
     Feliz Ano Novo !

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