sexta-feira, 11 de agosto de 2017

A RECICLAGEM DE UM FUNDAMENTO

     O trabalhador só pode revindicar o resíduo do resultado da produção, segundo o pensamento da Escola Clássica da economia. Se esse resíduo é compartilhado hoje com a mão de obra robótica, poderemos entender que pouco sobrará para remunerar o trabalhador humano, como também não haverá condições para se alcançar o pleno emprego, mesmo que haja uma migração da força de trabalho entre os setores da economia a concorrência da tecnologia cada vez mais afastará a mão de obra humana da atividade produtiva. Resta então saber, como ficará no futuro, não muito longe, a formação da renda de origem salarial, responsável direta pelo nível do consumo e da produção.
     Os socialistas e os capitalistas jamais consideraram que um dia o emprego poderia mudar de mão, que o trabalhador pudesse ser substituído por uma inteligência fria e sem sentimentos, incessante e sem incontestabilidade sobre a sua jornada incontinenti. Mestres como Smith, Ricardo e Mark não saberiam hoje entender o "estado original das coisas" porque, segundo meu pensamento humildoso, o trabalhador não faz mais parte do conjunto fundamental das coisas "petras" do trabalho, da terra e do capital. Os índices de desemprego pelas economias do mundo econômico mantém-se de maneira resistente diante do desinteresse dos políticos de elaborarem políticas de proteção da presença do trabalhador na oferta de emprego, e que a tecnologia seja sua ferramenta e não o inverso.

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