sábado, 4 de julho de 2015

SÓ O GOVERNO ACHA QUE OS IDOSOS DÃO PREJUÍZO

     O sistema da previdência social no Brasil tem como base a administração financeira do caixa, entendo que outros elementos sejam essenciais, como estudos do perfil do trabalhador, políticas voltadas para a oferta de emprego do setor privado, políticas de formação de mão de obra qualificada,
administração rigorosa do orçamento da previdência, qualidade nos investimentos em saúde pública e acompanhamento da participação da renda dos idosos na economia.
     A população em idade ativa, varia entre os diferentes povos conforme a pirâmide de idades e das  condições sócio econômicos de cada país. No Brasil para uma população estimada em 200 milhões a disponibilidade da mão de obra em condições de trabalho chega a 110 milhões, um aumento de 53% nos últimos 20 anos e desse montante 70 milhões trabalham efetivamente, apenas 35% da população total. Os outros 40 milhões não entram no mercado oficial de trabalho devido a falta de oferta de vagas, por inadequação, por baixa qualidade de vida e de dificuldades de logísticas e mobilidade.
     O problema focalizado acima não considera que existem no país 46 milhões de deficientes o que corresponde a quase um quarto da população, um ônus pesado para a previdência por não existir no país até hoje saúde pública. A população de idosos ultrapassa 23 milhões, os estudos estimam um crescimento em taxas geométricas, contudo o que é pouco mencionado é que os rendimentos das pessoas com mais de 60 anos chegam a meio trilhão de reais, algo em torno de 23% dos ganhos da população total no Brasil. Entretanto, enquanto o setor privado sai na frente, indo ao encontro desse mercado promissor criando novas linhas de ações em bens e serviços, aproveitando a demanda reprimida desse mercado, a governo com a visão míope da política fica para traz, achando que o dinheiro dos aposentados é queimado no fundo do quintal ou que ainda esconde embaixo do colchão, esse meio trilhão de reais sofre a carga tributária de 40%, a visão dos empresários sobre esse filão de ouro ajudará afinal à previdência na geração de empregos e na arrecadação. Em países com maior população de pessoas idosas,algumas iniciativas dão um banho de empreendedorismo, da Europa, América do Norte e Japão já impactados pelo envelhecimento. podemos capturar e trazer novas tendências. No Brasil a maioria dos idosos ( 64% ) é protagonista de suas decisões financeiras e de consumo e contribui com 20%  da renda das famílias do país.

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